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terça-feira, 26 de maio de 2015

Contrato de empréstimo de R$ 20 milhões com construtora ameaça futuro do Botafogo



Coletiva com o goleiro Jeferson do Botafogo, no Engenhão. Foto Marcos Tristão Foto: Marcos Tristão
Nelson Lima Neto

Investigado pelos conselheiros do clube, o contrato de empréstimo de R$ 20 milhões firmado com a Odebrecht ameaça o futuro do Botafogo ao fatiar grande parte de seus patrimônios. Além de ter a gestão do Estádio Nílton Santos em questão, o Alvinegro fica à mercê da construtora no caso da negociações de jogadores. No empréstimo, fatias de 88 atletas são citadas como garantias, entre eles do goleiro Jefferson, do lateral Gilberto e do atacante Jobson.

O camisa 1 da seleção, por sinal, tem 100% de seus direitos colocados à disposição da construtura para amenizar a dívida. A lista menciona atletas sob contrato nas duas últimas temporadas, casos como os do zagueiro Dório e do volante Gabriel

O empréstimo junto à Odebrecht foi acordado em duas parcelas de R$ 10 milhões cada. No contrato assinado em 12 de fevereiro do ano passado, pelo ex-presidente Maurício Assumpção, o clube garantiu, além dos direitos dos atletas, 25 % das receitas decorrentes de bilheteria do Estádio Nílton Santos.

Obras paradas no estpadio do Engenhão .
Foto: Fernando Quevedo ; Agência o Globo 
O problema aumenta caso o clube queira explorar comercialmente seu estádio. Um acordo de “naming rights” (venda do nome do estádio) teria 50% de seu valor abocanhado pela construtura como forma de pagamento. Contratos de publicidade e locação também estão sob ameaça.

Os atuais R$ 23 milhões de dívida, com a adesão de juros, não foram cobrados pela Odebrecht, que segue responsável pela reforma da cobertura do estádio. Entre os dirigentes, a dívida é vista como impagável.

— O Botafogo tem duas alternativas. Uma é pagar a dívida, o que consideramos inviável. A outra é entrar em acordo com a construtura — disse o vice jurídico do clube, Domingos Fleury.

Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo, já não descarta uma conversa no futuro sobre uma possível partilha da gestão do Estádio Nílton Santos.

— O clube estuda o contrato. Ele foi assinado sem a anuência de ninguém no clube, e isso é grave. É uma surpresa a cada dia. Até o momento não nos chamaram para conversar. Se for interessante para as duas partes uma gestão compartilhada, não vejo problema nisso — disse Carlos Eduardo.


Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/botafogo/contrato-de-emprestimo-de-20-milhoes-com-construtora-ameaca-futuro-do-botafogo-16260324.html#ixzz3bFVvN5g3

Botafogo oferece Henrique para manter Sassá, alvo de chineses


Direção alvinegra tenta manter seu 12º jogador, autor de quatro gols em 2015, e, por isso, tenta convencer clube oriental a aceitar atacante pouco usado por René Simões





Sassá comemora gol pelo Botafogo: atacante está na mira
de clube chinês (Foto: Miguel Schincariol / Ag. Estado)
Considerado o 12º jogador do Botafogo na temporada, Sassá desperta interesse de um clube da China. O Alvinegro não deseja negociar o atacante de 21 anos, que tem contribuído em várias partidas ao longo de 2015: marcou quatro gols em 21 jogos. Ao mesmo tempo, porém, não quer perder uma boa oportunidade comercial. Por isso, a solução pode ser negociar outro homem de frente com o clube do Oriente. Trata-se de Henrique.

As conversas ainda não envolveram Sassá e seus representantes, afinal, a direção alvinegra tenta emplacar Henrique na negociação. Por ora, não houve êxito. Pior: há quem acredite, no clube de General Severiano, que os chineses aceitarão apenas Sassá como reforço.

Os dirigentes do Botafogo entendem que Henrique pode ter mercado fora do Brasil - tem no currículo um título mundial pela seleção brasileira sub-20, em 2011, como artilheiro e melhor jogador da competição. Embora recentemente tenha sido reincorporado ao elenco principal, o atacante tem um salário considerado alto e que é mais que o dobro do teto estabelecido pela nova diretoria, de R$ 60 mil. Diminuir a folha é um dos objetivos do Botafogo para buscar reforços. Em breve o clube terá um alívio neste sentido com a saída de Airton, que não terá o contrato renovado ao fim de seu empréstimo, em 30 de junho.




Sassá tem um salário que é cerca de 25% do de Henrique e tem sido mais importante ao longo da temporada. Recentemente o atacante renovou seu vínculo até dezembro de 2016 e recebeu um aumento, como reconhecimento pelas atuações importantes. Sassá atuou em 21 das 27 partidas do Alvinegro na atual temporada e marcou quatro gols, o último deles contra o Capivariano pela Copa do Brasil (veja no vídeo acima). Henrique disputou somente quatro partidas na temporada e não balançou a rede. Seu contrato também termina no final do ano que vem.

A busca por atacantes tem dominado o noticiário do Botafogo nas últimas semanas. O clube chegou a conversar com o Cruzeiro para contratar Neilton e Riascos, mas as negociações não evoluíram, e o colombiano acertou com o Vasco. O uruguaio Emiliano Alfaro, que pertence ao Lazio, da Itália, está em conversa com o Alvinegro. O clube recentemente integrou o centroavante Vinicius Tanque, dos juniores, e pretende emprestar Murilo, que foi pouco utilizado pelo técnico René Simões.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE