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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ainda sem Moraci, Mancini vê preparo físico do Botafogo longe do ideal


Novo preparador físico alvinegro deve chegar ao clube em meados de maio




Botafogo x Internacional (Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)
Mancini falou que a alguns jogadores terminaram a
 partida esgotados (Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)
Na opinião do técnico Vagner Mancini, o elenco do Botafogo ainda não está com a preparação física ideal. Há 13 dias no clube, o comandante afirmou, após o empate em 2 a 2 contra o Internacional, no domingo, que ainda serão necessárias mais algumas semanas para que os jogadores cheguem ao nível físico desejado por ele. De acordo com a observação do treinador, para buscar a reação na partida foi necessário um esforço demasiado de cada atleta.

- Este problema ficou evidente, essa questão física. Houve uma superação acima do normal. Os jogadores conseguiram tirar forças para empatar a partida. Se tivéssemos um jogo na quarta, poderia ter dificuldades para montar a equipe. Muitos terminaram o jogo esgotados, e estamos atentos a isso. Essa fase de evolução física dentro daquilo que quero não virá rapidamente. Será em cinco ou seis semanas. No começo o grupo vai sofrer um pouco, mas ao longo do tempo vai render mais - afirmou o treinador.

Com a chegada de Vagner Mancini - que trouxe sua comissão técnica -, o antigo preparador físico do Botafogo, Ricardo Henriques, e seu auxiliar, Paulo Camello, foram demitidos. Moraci Sant'Anna, que está vinculado a um clube no Oriente Médio, deve chegar ao clube a partir do próximo dia 10. As atividades têm sido comandadas pelo preparador Alex Rites.

Os jogadores se reapresentam nesta terça à tarde, no Engenhão. O treinador iniciará a preparação para enfrentar o Bahia, domingo, às 16h, na Fonte Nova, em Salvador, pela terceira rodada do Brasileirão.


Alexandre Braz - LANCENET!

Mancini pede, e Botafogo vai em busca de atacante "velocista"


Técnico afirma necessidade de contratação, mas reconhece que mercado oferece poucas opções para as características pretendidas



Vagner Mancini espera atacante de velocidade no
Botafogo (Foto: Roberto Filho / Agência Estado)
Somente com muito esforço e uma engenharia financeira o Botafogo conseguiu contratar Emerson Sheik. Mas mesmo em meio à crise econômica, a diretoria segue à procura de reforços. O técnico Vagner Mancini admitiu a necessidade da chegada de um atacante de velocidade, mas, segundo ele, existe dificuldade para encontrar um nome que se encaixe no perfil pretendido.

Pouco antes do início do Campeonato Brasileiro o Botafogo acertou o empréstimo de Henrique ao Bahia, ficando com uma opção a menos para o setor. Além disso, deixou de utilizar Sassá e Yguinho em seu elenco principal. Titulares na Libertadores, Wallyson e Ferreyra perderam suas vagas para Zeballos e Emerson.

- Sentimos a falta de um velocista. Se analisássemos o mercado ficaríamos loucos, porque não existe esse jogador disponível. Alguém que me dê a capacidade de, numa bola esticada, fazer o gol mesmo quando o time for atacado. Não podemos ser dependentes só do Emerson - explicou Mancini.

Para atender o pedido do treinador, a diretoria terá de driblar seus problemas econômicos – causados pelo bloqueio de todas suas receitas por conta de dívidas fiscais – e firmar parcerias como a que possibilitou a chegada de Emerson (emprestado com metade dos salários pagos pelo Corinthians). Outra alternativa é apostar num nome menos conhecido, mas que tenha as características pretendidas pelo treinador.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Substituições dão resultado e Mancini analisa possibilidade de mudanças


Treinador gostou das entradas de Junior Cesar e Daniel no segundo tempo do empate contra o Internacional e pode modificar time titular do Botafogo





Botafogo x Internacional (Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)
Mancini analisa possibilidade de mudar time titular
 (Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)
O Botafogo foi para o intervalo da partida contra o Internacional, neste domingo, no Maracanã, perdendo por 2 a 0, pela segunda rodada do Brasileirão. Com mais um mau resultado, desta vez dentro de casa, o técnico Vagner Mancini não hesitou em mudar e tirou Julio Cesar e Jorge Wagner, colocando Junior Cesar e Daniel para a etapa final. Com as modificações, os alvinegros chegaram ao empate, com boa participação dos dois jogadores que entraram. 

Para Junior Cesar, que voltava de uma lesão no joelho direito, a boa performance no segundo tempo pode lhe render a condição de titular para a próxima rodada, domingo, às 16h, na Fonte Nova, diante do Bahia.

Julio Cesar, titular da lateral esquerda desde o ano passado, Julio falhou na marcação no primeiro gol do Inter. A partir daí, a toda vez que pegava na bola, vaias eram entoadas para ele nas arquibancadas. Para Vagner Mancini, esta situação poderá pesar na hora da escolha dele pelo titular. 

- Claro que o Junior Cesar entra na briga por uma vaga. Por termos dois laterais do mesmo nível, vai haver uma briga sempre.  O Julio Cesar sai do jogo fragilizado, mas é dedicado, necessita respirar e depois ter outras oportunidades. Não está definido que o Junior Cesar entrar, mas pode acontecer, porque não queremos esgotar a paciência nossa, do atleta e da torcida - disse Vagner.

Outro que saiu do time no intervalo e que tem sua condição de titular ameaçada é Jorge Wagner. O apoiador foi substituído por Vagner Mancini no intervalo pela segunda rodada consecutiva. Para Mancini, é preciso dar espaço para jogadores mais jovens e rápidos como Daniel. Com isso, Jorge, que tem 35 anos, pode deixar o time.

- Em determinados momentos, vamos ter de fazer isso sim. Existe a necessidade de o jovem jogar. Ele (Daniel) entrou e conseguiu ajudar. Essa vitalidade faz falta. Estou fazendo muitas análises do elenco. Existe a necessidade de tornar a equipe mais rápida. Equipe que quer ser campeã brasileira tem de ter a capacidade de sofrer gols e absorvê-los e reagir. Talvez tenhamos de mesclar mais - disse Mancini.

Com grande estreia de Sheik, Botafogo busca empate com Inter



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Emerson em estreia pelo Botafogo: estrela e talento até o esgotamento


Na base da superação física, atacante faz gol e dá assistência, comandando reação do Alvinegro no empate em 2 a 2 com o Internacional






Emerson tem atuações apagadas há mais de seis meses. Não está com ritmo de jogo e longe de sua melhor forma física. Não faz um gol desde 31 de julho, ou 36 partidas. Todos esses conceitos foram derrubados em seus primeiros 93 minutos com a camisa do Botafogo. O empate em 2 a 2 com o Internacional, no Maracanã, mostrou um Sheik como o dos velhos tempos: gol, assistência e entrega até o esgotamento. Um jogador capaz de levantar a torcida e dar a ela a esperança de dias melhores no Alvinegro. Se na manhã do último domingo ele chamou a atenção com críticas ao técnico Mano Menezes, em entrevista ao programa Esporte Espetacular, à tarde foi a vez de atrair olhares com a bola nos pés.

Ainda em busca do melhor posicionamento em campo, consequência da falta de entrosamento com os novos companheiros, Emerson começou a partida de maneira tímida no ataque. Mas não aliviou na marcação. Tanto que quando o Botafogo perdia por 1 a 0 e já mostrava muitas falhas, o atacante foi até o campo defensivo para desarmar o lateral-direito Diogo com um carrinho que arrancou aplausos da arquibancada. Pouco depois, fez bonito na frente dando um drible por baixo das pernas de Aránguiz.

Sentindo o ombro, Emerson Sheik comemora seu primeiro gol pelo Botafogo sobre o Internacional (Foto: Ide Gomes/Agência Estado)

O primeiro chute a gol de Emerson com a camisa do Botafogo aconteceu aos 24 minutos do primeiro tempo, sem levar muito perigo a Dida. Após alguns minutos, o Sheik voltou a incomodar o goleiro do Internacional, dessa vez ao machucá-lo numa dividida depois de receber um passe pelo alto.

O renascimento do Botafogo no segundo tempo ficou claro quando Emerson teve uma grande chance de marcar aos três minutos. Dentro da área, recebeu um cruzamento de Junior Cesar, mas errou o alvo. No entanto, naquele momento já era claro que, mesmo com limitações – principalmente no aspecto físico –, o atacante de 35 anos era o jogador mais importante do Botafogo e passaria por seus pés a reação que ali começava a ser construída.

Números da estreia de Sheik:
4 Finalizações
21 Passes certos
7 Passes errados
4 Faltas recebidas
3 Faltas cometidas
1 Desarme

Num movimento digno de centroavante, Emerson aproveitou a falta de atenção da defesa do Inter para subir de cabeça e fazer o primeiro gol do Botafogo, aos 18 minutos. Mas a comemoração ficou para depois. Mesmo com a bola na rede e a torcida explodindo na arquibancada, Sheik ficou deitado no gramado, reclamando de dores no ombro direito. Naquele momento já estava evidente seu cansaço físico e tudo o que o atacante fizesse a partir de então seria na base da superação.

Mesmo esgotado, Emerson continuou a procurar o jogo. E se já não era mais possível lançar mão das arrancadas, o momento era de ser garçom. Aos 29 minutos, ele recebeu a bola de Edílson pelo lado direito e, com extrema precisão, achou Zeballos entrando em velocidade na área. O paraguaio se esticou para empatar a partida. A primeira reação do camisa 7 foi vibrar com o banco de reservas. Em seguida, correu à linha de fundo para festejar com seu companheiro, que reclamava de cãibras.

Impedido de deixar o campo pelo fato de o técnico Vagner Mancini ter realizado as três substituições, restou a Emerson permanecer e brigar contra suas limitações físicas para tentar levar o Botafogo a uma virada que acabou por não ocorrer. Mas aquele que foi a estrela solitária do Maracanã no último domingo terminou a partida festejado por uma torcida que viu naquele camisa 7 a certeza de que o Alvinegro pode recuperar a alma e o bom futebol no Campeonato Brasileiro.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro