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sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Botafogo x Ceará: Sem Carli e Gilson, Barroca divulga escalação com novidades na defesa


Gatito volta ao time após defender a seleção paraguaia, enquanto Gabriel (desfalque contra o Atlético-MG por questões contratuais) formará a dupla de zaga com Marcelo


O Botafogo está confirmado para o jogo deste sábado, contra o Ceará, no Castelão, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Antes do treino desta sexta-feira, o técnico Eduardo Barroca abriu mão do mistério e confirmou dois desfalques: o lateral Gilson e o zagueiro Carli, ambos com desconforto muscular, estão fora da viagem.


Em compensação, o treinador terá dois importantes reforços. Gatito volta ao gol após defender a seleção do Paraguai na última data Fifa, enquanto Gabriel (fora da vitória sobre o Atlético-MG por questões contratuais) retorna ao time para formar dupla de zaga com Marcelo. Na esquerda, o jovem Lucas Barros será titular pela primeira vez.


Com isso, a provável escalação do Botafogo é: Gatito; Fernando, Marcelo, Carli e Lucas Barros; Alex Santana, João Paulo e Cícero; Marcinho, Luiz Fernando e Diego Souza



Eduardo Barroca confirmou a escalação antes do treino desta sexta-feira — Foto: Edgard Maciel de Sá


- A gente realmente está com alguns problemas para essa semana. Teve a volta do Gatito, mas o Gilson não vai para o jogo. Ele teve um desconforto, então a gente preferiu não correr o risco de perder ele na sequência. Vai jogar o Lucas Barros no lugar dele. E o Carli também com um desconforto na panturrilha não vai para o jogo. Vai jogar o Marcelo no lugar dele. O resto da equipe é a mesma que iniciou o jogo contra o Atlético-MG.


Com 26 pontos ganhos, o Botafogo ocupa a 10ª posição do Brasileirão. A bola rola em Fortaleza às 21h (de Brasília) do próximo sábado.


Confira outras declarações da entrevista coletiva de Eduardo Barroca


PIMPÃO

- Pimpão está recuperado e vai para o banco. É um jogador que dá mais uma opção para a gente no lado do campo.


DUPLA FERNANDO E MARCINHO

- Eu gostei. O Fernando é um jogador que tem um aproveitamento muito bom com ele em campo. Ele dá uma consistência para a nossa linha de quatro. É um jogador de boa estatura e agressividade em bola aérea defensiva. Então ele ajuda muito defensivamente. Além disso, é um jogador que não passa com tanta frequência, mas passa também pelo lado do campo.


- Marcinho é um jogador que faz mais de uma função. A gente fica com o lado direito consistente. Muda um pouquinho porque o Marcinho joga com a perna direita pelo lado direito, então o jogo fica um pouco mais de cruzamento e menos de articulação com perna oposta para jogar por dentro. Mas eu gostei bastante da movimentação e interação do Marcinho com o Fernando pelo lado direito. Espero que eles ainda possam crescer mais com essa dobradinha pelo lado direito.


JOÃO PAULO

- João Paulo é um jogador extremamente importante de entendimento de jogo, comprometimento tático... João Paulo lidera todos os quesitos de correr. É um jogador que tem o maior volume, que entrega muito trabalho para a gente. Depois da lesão que ele teve, ainda tá no processo de ganhar confiança em algumas situações específicas para o jogo, mas é um jogador que eu tenho muita confiança, gosto muito do trabalho dele. Entendo que ele ajuda a gente tanto dentro quanto fora de campo também.


AVALIAÇÃO DO PRIMEIRO TURNO

- Eu falei desde que cheguei: eu não tenho uma referência anterior porque é o meu primeiro trabalho. Então eu não tenho uma referência para tirar do seu próprio trabalho. O meu objetivo continua sendo ter o melhor resultado possível e de uma forma que nos dê orgulho de estar representando um clube do tamanho do Botafogo. Acho que o Botafogo está cumprindo isso bem, manteve um estilo de jogo muito forte, é propositivo o tempo todo, usou os jovens jogadores...


- A gente sempre foi muito linear, mesmo reconhecendo uma série de problemas que a gente teve com a nossa equipe com relação a finalizações e número de gols. A gente reconhece isso. Mas o Botafogo tem feito uma competição linear sabendo exatamente aquilo que a gente precisa crescer para chegar na final da competição no que a gente almeja. Estamos satisfeitos até agora com a forma - não com a pontuação, acho que a gente pode chegar mais longe -, o trabalho que vem sendo feito e a dedicação dos jogadores. Isso eu estou extremamente satisfeito.


LIBERTADORES É POSSÍVEL?

- Claro que é possível. A gente vai disputar uma quantidade grande de jogos. São 60 pontos. Claro que é possível. Sempre falei que o nosso maior desafio é com a gente mesmo. A gente precisa manter um nível alto de jogo. A gente precisa manter a dedicação que os jogadores têm tido, comprometimento...


- A gente ficou um período sem ganhar e os jogadores continuaram com um comportamento muito bom, com dedicação, procurando melhorar. No momento que a gente oscilou eles mostraram esse comportamento. E isso é um indicativo para mim que vamos bem no restante da competição.


COMO DEIXAR OS JOGADORES CONCENTRAREM NOS CAMPOS?

- Eu nem estou precisando ter muito esse trabalho porque está partindo deles. Os jogadores me procuraram e pediram para que eu fosse o elemento a cobrar excelência profissional deles. Então eu nem estou precisando ter esse trabalho porque a gente precisa desse lado desportivo para ganhar esse outro lado. Para mim tem sido muito simples trabalhar com o comprometimento desses jogadores.


- O mérito é dos jogadores nesse sentido, porque eles me cobram que eu seja o elemento. E fica muito fácil porque o foco passa a ser somente o elemento esportivo. O nível de cobrança não altera. Continuo cobrando num nível muito alto e eles são jogadores que lutam todos os jogos para brigar no grupo de cima da tabela.


UNIÃO CHAMA A ATENÇÃO

- A gente trabalha muito com a palavra mobilização. Acho que os jogadores têm dado uma resposta muito boa nesse sentido. Existem alguns indicativos que nos mostram isso. Jogadores se envolvem com os funcionários. A gente tem se cuidado muito. Eu vou lembrar aquele período novamente em que a gente oscilou nos resultados, em que os jogadores cuidaram, inclusive, de mim como treinador. Quantas vezes eles vieram aqui, de frente, e protegeram o trabalho, defenderam o trabalho...


- A gente se proteger tem sido uma característica do nosso trabalho. No momento que tem um ou outro jogador que não tem tido um bom aproveitamento, a gente tem cuidado para que esse cara volte para dentro e acho que esse é o ponto chave, a mobilização que a gente tem tido em busca de um objetivo que a gente acha que é muito possível de conseguir, que é levar o mais longe possível no Brasileiro, principalmente com o foco nos jogadores.


CONVERSAS COM DIRETORIA

- Até para que a gente possa focar 100% no âmbito esportivo, o Anderson (Barros) é a quem eu me reporto. Senão a gente acaba perdendo o foco no que realmente é importante. Tenho uma relação boa com o presidente, o Gustavo, a direção, mas procuro me reportar apenas ao Anderson e ele se reporta à direção para tratar desse assunto.


PLANEJAMENTO DA DEFESA CONTRA O CEARÁ

- A equipe do Ceará é muito bem organizada. O Enderson Moreira é um cara que tem um trabalho muito interessante em todos os lugares que ele passa. Vai ser um jogo muito difícil fora de casa. Mas acho que a gente não pode mudar aquilo que a gente vem construindo. O Botafogo tem uma característica de jogo, uma forma de jogar, uma equipe base que já joga há um tempo desde que eu estou aqui. A gente precisa, então, fazer um jogo de imposição em cima de uma grande equipe, que é bem treinada. A gente precisa se impor com as nossas características para vencer o jogo lá.



O QUE MUDOU DO JOGO DO SANTOS PARA CÁ

- Eu venho cobrando dos jogadores para que a gente aumente as nossas possibilidades de finalização das quatro formas que eles existem: finalizando de fora da área, bola parada, tendo a área bem preenchida nos cruzamentos e, principalmente, melhorar o índice de infiltrações que nos dá possibilidade maior de fazer o gol. A gente vem trabalhando bastante isso nos treinamentos. Como consequência disso a gente vem melhorando dentro do Campeonato Brasileiro.


MUDANÇAS NA ZAGA

- Sempre que você consegue repetir a equipe você consegue uma concatenação entre os jogadores e os setores. Mas, naturalmente, em um campeonato tão longo a gente não vai conseguir manter os mesmos jogadores em todas as partidas. Por isso que eu tenho, por hábito, treinar todo mundo da mesma forma, dar isonomia nos treinamentos, para que eles tenham a lógica do jogo coletivo quando a oportunidade aparecer.


- Dificilmente uso um jogador numa função do que o outro time vai usar. Eu uso sempre da mesma forma que a gente vai jogar para que nesses momentos em que a oportunidade apareça, o jogador tenha o hábito coletivo para se desenvolver dentro do jogo.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá e Bernardo Serrado — Rio de Janeiro

Ceará não perde para Botafogo há quatro jogos, mas não vence o adversário em casa desde 1975


De 2015 até agora, apenas um gol foi marcado nas quatro partidas disputadas; paridade entre clube é ainda mais evidente em jogos na era dos pontos corridos




Divulgação / Ceará


Ceará e Botafogo entram em campo neste sábado (14), às 21 horas, na Arena Castelão. O Vovô luta para quebrar sequência de quatro jogos sem vencer, mas vem com ânimo novo depois de conquistar empate sofrido contra o Corinthians com direito a gol olímpico de Leandro Carvalho. O Fogão vem de vitória sobre o Atlético-MG por 2 a 1 e está apenas duas posições acima do adversário.


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O duelo é marcado pelo equilíbrio. Na última temporada, Ceará e Botafogo empataram sem gols nos dois jogos disputados na competição. Ninguém marca gols na partida desde 2015, quando o Ceará venceu o Botafogo por 1 a 0 pela 30ª rodada da Série B do Brasileiro.


Na retrospectiva histórica, a vantagem é da equipe carioca: os times se enfrentaram em 20 partidas oficiais, dentre elas foram cinco vitórias para o Vovô, oito vitórias para o Fogão e sete empates. No saldo de gols, o Alvinegro de Porangabuçu perde por 18 a 25.

20 partidas oficiais
8 vitórias para o Botafogo
5 vitórias para o Ceará
7 empates
Ceará 18 x 25 Botafogo (saldo de gols)


Primórdios do confronto

Os Alvinegros se enfrentaram inicialmente em três amistosos disputados no Estádio Presidente Vargas, em 1954, 1957 e 1962. O maior goleador dos embates iniciais foi Mané Garrincha, que marcou três vezes. Contudo, os confrontos já davam sinais do equilíbrio que acompanharia as partidas entre os clubes (1 vitória para o Botafogo por 2 a 0, 1954, e 2 empates, 2 a 2, 1957, e 1 a 1, 1962).


No entanto, o primeiro confronto oficial entre Ceará e Botafogo foi em 22 de maio de 1966, pela primeira rodada do Torneio Pentagonal, competição regional realizada em Recife, Salvador e Fortaleza. Cinco clubes participaram do torneio: Botafogo, Ceará, Ferroviário, Fluminense e Fortaleza. O Alvinegro de Porangabuçu venceu a partida contra o Fogão por 1 a 0 e sagrou-se campeão da taça.


Era de pontos corridos

Nos atuais moldes do Campeonato Brasileiro são duas vitórias para o Botafogo, uma para o Ceará e cinco empates. No saldo de gols na era de pontos corridos, o placar tem leve vantagem do carioca: 9 a 7.

2 vitórias para o Botafogo
1 vitória para o Ceará
5 empates
Ceará 7 x 9 Botafogo


Para a próxima partida, a equipe cearense vê a oportunidade de jogar em casa como uma vantagem para reencontrar o caminho das vitórias, mas, na história do confronto, o fato de jogar como mandante nunca tornou as coisas mais fáceis. O Ceará não vence Botafogo no Castelão desde 1975. Após a partida válida pela primeira fase do Campeonato Brasileiro daquele ano, os clubes se enfrentaram no estádio cearense outras sete vezes, contabilizando também jogos pela Copa do Brasil e Série B. Nesses 44 anos de tabu, foram três derrotas e quatro empates em jogos no Castelão.


O Globoesporte.com lista os seis confrontos entre os clubes pela Série A do Brasileirão na era dos pontos corridos.


Confira lista de duelos:

Botafogo 1 x 0 Ceará (2010)


— Foto: Alexandre Cassiano/O Globo


Em 2010 o Botafogo era detentor de um dos melhores ataques da Série A do Brasileirão. O embate entre os clubes ganhou características curiosas a ofensividade do Botafogo poderia ser ofuscada pela solidez do Ceará, que tinha a defesa menos vazada naquela altura da competição. Em partida equilibrada, o ataque do Fogão prevaleceu e a equipe venceu com o placar mínimo, gol de Jobson no Engenhão.


Ceará 2 x 2 Botafogo (2010)


— Foto: Reprodução/Photocâmera


Em jogo marcado por reviravoltas, os Alvinegros empataram em 2 a 2. A estrela do Ceará era Magno Alves, que disputava pelos holofotes na partida contra Loco Abreu, do Botafogo. Deu a melhor para o Uruguaio, que marcou dois gols no jogo. Mas o Magnata não perdeu feio e também marcou seu gol na partida, o outro tento do Vovô foi marcado por Geraldo.


Ceará 2 x 2 Botafogo (2011)


— Foto: Agência Estado


O primeiro duelo em 2011 repetiu o placar do confronto anterior. Desta vez, os gols do Vovô vieram dos pés de Michel e Osvaldo. O Fogão marcou com Antônio Carlos e Elkeson. Um jogador dentre os que atuaram no confronto estará também presente na partida do próximo sábado (14). Thiago Galhardo é o nome dele! Craque do atual elenco do Alvinegro cearense, Galhardo defendia a Estrela Solitária em 2015 e quase marca no final do jogo com boa finalização e bola na trave.


Botafogo 4 x 0 Ceará (2011)


— Foto: Alexandre Cassiano/O Globo


A vitória por quatro gols de vantagem é até hoje a maior goleada que o Botafogo impôs ao Vovô. O público de 42 mil pessoas foi o combustível necessário para o Fogão sair na frente na partida e no campeonato - durante 59 minutos, a equipe ficou na liderança do Brasileirão, até o São Paulo confirmar vitória contra o Atlético-MG. Os gols da equipe botafoguense foram de Herrera (2), Loco Abreu e Cidinho.


Botafogo 0 x 0 Ceará (2018)


— Foto: André Durão


Em 2018, os dois confrontos entre os clubes tiveram placar igual durante os noventa minutos. Nenhum gol marcado. No primeiro duelo, a bruxa estava solta. Quatro jogadores deixaram o confronto antes do esperado: Valdo e Fabinho, pelo Ceará, e Carli e Yago, pelo Botafogo. O resultado foi ruim para ambas as equipes. Após a partida, o Botafogo saiu vaiado em pleno Engenhão, enquanto o Ceará seguia sem vencer e amargurava a lanterna do campeonato.


Ceará 0 x 0 Botafogo (2018)


— Foto: JL Rosa/SVM


O último confronto entre os clubes não atrai boas lembranças ao Vovô, que penava para sair do Z-4. O empate complicou a vida do Ceará e teve gosto ainda mais amargo com a chance de ouro desperdiçada - Arthur cobrou pênalti, mas não converteu. O jogo morno também foi ruim para o Botafogo, que não conseguiu aumentar a distância para a zona de rebaixamento.


Fonte: GE/Por Davi César — Fortaleza, CE