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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Gabriel abre o coração ao falar da ida para o Botafogo: "Das melhores coisas que fiz na vida"


Contratado no início da temporada, zagueiro de 24 anos fala da rápida adaptação ao clube e trata acolhimento de torcedores e dos companheiros como chaves para o sucesso





O Botafogo apresentou uma bipolaridade em relação aos campeonatos disputados nos três primeiros meses do ano. Isso é um fato, e a eliminação no Carioca ainda não foi digerida. Mas há fatores positivos neste início de 2019, a boa participação nas copas e alguns destaques individuais. Um deles é Gabriel, zagueiro que surgiu muito bem no Atlético-MG e, após temporada irregular, chegou ao Glorioso para substituir Igor Rabello. O tem feito com louvor e está muito feliz.


- Eu tenho falado com minha noiva que foi uma das melhores coisas que fiz na minha vida (ir para o Botafogo).



Gabriel concede coletiva no Nilton Santos — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


- Pelo grande clube que é o Botafogo, por representar essa camisa e pela oportunidade de morar no Rio. Fui muito bem recebido. Tudo isso me deixou ainda mais em casa para desenvolver meu melhor futebol em campo. Sou grato a todos, ao torcedor, que vem me acolhendo muito bem.


Gabriel, de 24 anos, jogou 14 dos 15 jogos disputados pelo Alvinegro na temporada. Não foi substituído em nenhum deles e não levou cartão amarelo. E o entrosamento com Marcelo tem ajudado o mineiro a se sair bem.


- Marcelo é um grande jogador, a gente conversa muito e troca experiências para ficar um pouco mais fácil no jogo. Fico muito feliz com o rendimento dele. Carli é o capitão da equipe, dispensa comentários, temos também o Helerson, que é um menino muito bom da base.


Confira outros tópicos:

Juventude

- Zé e a comissão fizeram análise sobre o Juventude. Equipe que deve vir bastante fechada, como foi contra o Grêmio. Tem dois jogadores muito rápidos pelas pontas e um atacante de referência que segura muito bem a bola. Estamos trabalhando para fazer um grande jogo e conseguir um bom resultado.


"Fator casa"

- A gente está treinado para isso. Com todo respeito ao Juventude, vamos jogar em casa. A torcida vai comparecer e contamos com o apoio dela. É uma competição de extrema importância para o clube e para os jogadores.


Bem nas Copas

- Sempre têm algumas coisas que infelizmente acontecem, mas não sabemos como explicar isso. Enfrentamos cada jogo com uma decisão, mas às vezes as coisas não saem como queremos. Infelizmente ficamos muito aquém no Carioca, mas isso ficou para trás. Tiramos muitas lições para ir bem na Copa do Brasil e na Sul-Americana.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Botafoguenses lembram de detalhes da final de 1999 da Copa do Brasil


Alvinegro volta a enfrentar o Juventude pela competição e torcedores contam como acompanharam a partida de 20 anos atrás






Na próxima quinta feira o Botafogo encara o Juventude, no Nilton Santos, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O confronto remete à inesquecível final do torneio, em 1999. Com a derrota em Caxias do Sul por 2 a 1, o Glorioso precisava de uma vitória simples, por 1 a 0, para ficar com o título inédito. O alvinegro pressionou durante os 90 minutos, mas o gol não saiu, as equipes ficaram no empate e a festa foi dos gaúchos. 


O estudante de Jornalismo Vinícius Nóbrega, de 26 anos, embora criança na época, lembra de detalhes daquela decisão. O jovem tinha Bebeto como ídolo e foi ao Maracanã naquele 27 de junho com familiares e vizinhos. 


- Aquela final é a minha primeira lembrança de jogo em estádio. Eu fui para o Maracanã com a minha família e vizinhos em uma kombi. O jogo foi tenso e a bola não entrava de jeito nenhum. Lembro que no final eu estava chorando e um torcedor se aproximou e me consolou. Ele disse que eu era muito novo e ainda iria ver o Botafogo campeão muitas vezes. Isso me marcou demais.


Para Vinícius, o título colocaria o Botafogo em outro patamar no Brasil. O time da Estrela Solitária eliminou o Palmeiras, campeão da Libertadores daquele ano, na semifinal, antes de encarar o Juventude. 


- Essa conquista seria um divisor de águas. Nós passamos por adversários complicados. Eu acredito que o time teria um anos 2000 bem diferente. Nós íamos bem em competições mata-mata e jogar Libertadores naquela época, seria fantástico. 
O também jornalista Thiago Pinheiro, de 37 anos, estava no Maracanã com o tio. Ele recorda a dificuldade de conseguir ingresso para a partida e que não gostou da escalação do técnico Gilson Nunes.


- Foi um inferno para comprar ingresso. Eu só consegui cadeira e foi o meu único jogo no setor. Eu fiquei com muita raiva do Gilson Nunes por deixar o Rodrigo Beckham no banco. Ele vinha bem e era o grande jogador daquele time. O sentimento ao sair do estádio foi horroroso. Foi o pior dia da minha vida.


Se o sentimento com a final de 1999 foi de tristeza, 20 anos depois a situação é bem diferente. O jornalista se mostra confiante para o jogo do dia 4, no Nilton Santos, já que em quatro partidas de Copas, sejam elas do Brasil ou Sul-Americana, o Botafogo venceu todas e não levou gols. 


- Quinta eu estarei lá. Como esse time se transforma em competições de mata-mata, acredito em um bom jogo e uma vitória por 2 a 0, gols de Pimpão e Diego Souza. 


O último jogo entre Botafogo e Juventude foi pela 33 rodada do Campeonato Brasileiro de 2007, no Alfredo Jaconi. Tadeu marcou para os donos da casa e Dodô deixou tudo igual para os visitantes. As duas equipes se enfrentam a partir das 21h30.



Fonte: Lancenet/Caio Fiusa/Rio de Janeiro (RJ)