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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Mancini rejeita fraqueza de rival: “Fla nesses momentos se agiganta"


Técnico do Botafogo pretende explorar fraquezas de adversário em clássico, mas diz que posição do Rubro-Negro na tabela do Brasileiro não será levada em consideração



Mancini fala com cautela do rival de domingo
 (Foto: Vitor Silva/SS Press)
Último colocado do Campeonato Brasileiro sob forte pressão e abalado por mais uma crise. Mas ao mesmo tempo, um clube que conta com a força de sua torcida e com um elenco que pode ganhar motivação pela recente troca de treinador. Quando se trata de Flamengo, o Botafogo leva todos os aspectos em consideração. E o técnico Vagner Mancini sabe que precisa trabalhar com todas as probabilidades no momento de preparar sua equipe para o clássico deste domingo, no Maracanã.

O treino desta sexta-feira teve sua primeira hora fechada. O objetivo do treinador alvinegro é mesmo fazer mistério para evitar que a divulgação antecipada da escalação dê mais tempo a Vanderlei Luxemburgo para preparar sua equipe. Assim, Mancini minimizou a crise rubro-negra tendo como argumento o histórico de reações do rival.

O Flamengo também é feito de pressão e nesses momentos se agiganta
Vagner Mancini, técnico do Bota


- O Botafogo tem que pensar nele mesmo. Não pode pensar no que o adversário vem passando. O Botafogo vai pensar como gente grande. É uma equipe que tem que melhorar, que ainda tem problemas, mas que está se acertando. Ninguém deixa de enxergar que é um jogo importante para duas equipes que tentam subir na tabela. O Flamengo também é feito de pressão e nesses momentos se agiganta. O Botafogo vai tomar cuidado, mas a melhor maneira de fazer isso é olhando para dentro de si - destacou Mancini.

Depois de um jogo duro enfrentando o Coritiba, outro time da zona de rebaixamento, o Botafogo sabe que o desespero do Flamengo pode lhe causar dificuldades ou também ser benéfica na busca pela vitória. Mas Vagner Mancini garante que a situação do Rubro-Negro no Campeonato Brasileiro é somente um dos elementos a serem considerados na preparação da equipe.

- Não olho a posição do adversário na tabela. Muitas vezes um time está momentaneamente lá em embaixo e tem força para sair. Outros estão em cima, mas você vê que não têm força para segurar muito tempo. O Flamengo tem camisa, tamanho e capacidade para dar resposta em grandes jogos. É um clube que vive sob pressão e em momentos difíceis consegue reagir. Se está em último é porque não foi eficaz em algumas coisas, mas não quer dizer que não pode sair dessa situação - observou o treinador.

Flamengo e Botafogo se enfrentam neste domingo, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida será realizada às 18h30 (de Brasília), no Maracanã.

Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro/GE

Após treino fechado, Bota indica time que enfrenta o Fla; Sheik é dúvida


Emerson deixa a atividade antes do fim, com dores na coxa direita. Carlos Alberto também não fica até encerramento, mas não deve ser problema para o clássico


O Botafogo realizou na tarde desta sexta-feira um treino tático sob forte chuva no Engenhão. A primeira hora da atividade foi fechada à imprensa e, quando as portas se abriram, foi possível ter ideia da equipe que vai enfrentar o Flamengo, domingo, no Maracanã. O atacante Emerson Sheik e o meia Carlos Alberto deixaram o campo mais cedo. O primeiro, que voltou a sentir dores na coxa direita, é dúvida para o clássico. O segundo, por sua vez, deve ficar à disposição para a partida.

Após a atividade, o técnico Vagner Mancini comentou a situação de Emerson Sheik.

- Ele tem uma dor, sim. Gostaria que ele tivesse ficado mais tempo em campo no treino de hoje, mas não foi possível, então poupamos um pouco. Espero que ele esteja em campo no domingo, mas ainda é dúvida por causa dessa dor que ele vem sentindo desde ontem. Temos que lidar com essa situação - disse o treinador.

Emerson Sheik sai antes do fim do treino e vira dúvida para clássico (Foto: Satiro Sodre/SSPress)

Quando a imprensa teve acesso ao treinamento, foi possível ter a ideia de que o Botafogo vai começar o clássico com a seguinte formação: Jefferson, Edílson, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Airton, Gabriel, Bolatti e Carlos Alberto; Zeballos e Emerson (Yuri Mamute ou Rogério). Rogério, por sinal, depende de ter sua situação regularizada junto à CBF para poder estrear.

Gabriel deve ser um dos titulares do meio campo do Botafogo no clássico (Foto: Satiro Sodre/SSPress)

Apesar de ter sofrido uma subluxação no cotovelo esquerdo na vitória por 1 a 0 sobre o Coritiba, Airton está confirmado. Assim como Carlos Alberto, que foi ausência na última rodada por causa de dores musculares. Edílson volta após cumprir suspensão, o mesmo caso de Emerson, caso tenha condição de ir a campo.


Clima de descontração na atividade entre os jogadores (Foto: Satiro Sodre/SSPress)

Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro/GE

A Dilma, Assumpção cogita deixar o Brasileiro por verbas bloqueadas


Mandatário alvinegro fala que clube não tem como seguir sem receber dinheiro dos direitos de transmissão penhorados pela Justiça. Mas ameaça não deve ir à frente



Maurício Assumpção (à direita) no encontro com
Dilma (Foto: Roberto Stuckert Filho / PR)
O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, deixou claro para a presidente Dilma Roussef, nesta sexta-feira, o quanto o bloqueio da verba de direitos de transmissão prejudicam a saúde financeira do clube. Para dar um dimensão do problema, o mandatário alvinegro chegou a falar em abandonar o Campeonato Brasileiro por falta de condições de honrar seus compromissos, caso as cotas não sejam liberadas em breve.

A mensagem foi passada no encontro de 12 presidentes de clubes com Dilma, em Brasília, para debater sobre o projeto de renegociação de dívidas das instituições com o Governo. Uma decisão da Justiça determinou o bloqueio do repasse de 100% das receitas do Alvinegro provenientes de direitos de transmissão pela TV. Além disso, o clube também sofre com penhoras de rendas de jogos em razão de outras dívidas. O Botafogo ficou sujeito a essas decisões por ter sido excluído do Ato Trabalhista para parcelamento de dívidas.

No encontro, Dilma, ao saber do bloqueio ao Alvinegro, perguntou quanto da verba estava penhorada. Maurício respondeu prontamente: "100%, presidente". Para em seguida falar que a situação levava até a pensar no abandono do Brasileiro. Fontes próximas ao presidente, no entanto, caracterizaram a frase como instrumento de pressão, desconsiderando qualquer possibilidade da medida ser levada adiante.

Maurício Assumpção já falou algumas vezes sobre o engessamento financeiro do Botafogo em razão do bloqueio das receitas, que resulta, entre outros problemas, no atraso do salário dos jogadores do time profissional.

Por GloboEsporte.com Brasília

Carlos Alberto espera equilíbrio no clássico entre Flamengo e Botafogo


Apoiador pode ser titular na partida de domingo, às 18h30, no Maracanã





Carlos Alberto - Treino do Botafogo (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Meia pode ser titular no clássico de domingo
 (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Escalado como titular durante boa parte do treinamento de quinta-feira, o meia Carlos Alberto diz não ter favorito para o clássico deste domingo, apesar do momento conturbado enfrentado pelo Flamengo nos últimos meses.

– O jogo é totalmente igual, 50% de chance para cada. Em clássico, jogar favoritismo para o outro lado é transferir responsabilidade. Vai ser um jogo bastante disputado, pela situação. Queremos subir, e eles querem se livrar de zona do rebaixamento – disse o jogador, que poderá ser titular.

Após vencer o Coritiba, no último sábado, Carlos Alberto destacou que uma vitória no clássico, além de dar moral ao grupo, deixa o time cada vez mais próximo da parte de cima da tabela do Brasileirão:

- Vamos tentar emplacar mais uma vitória, mas sempre respeitando o Flamengo. Quando uma equipe grande como o Flamengo passa por uma situação dessas, vê esse jogo como uma oportunidade de reverter o quadro. Isso é mais um motivo para entrarmos concentrados. Três pontos muda muito a nossa situação na tabela.


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De torneiras a patrocínios, Botafogo prepara reabertura do Engenhão


Mesmo sem confirmação de data da entrega, clube cria grupos de trabalho para estar pronto quando estádio estiver disponível. Jogos, possivelmente só em 2015



Obras no Engenhão: Botafogo trabalha para reativar seu
estádio no fim do ano (Foto: Gustavo Rotstein)
Em março de 2013, o Botafogo negociava com três grandes empresas e estava muito perto de fechar um contrato para os naming rights do Engenhão. Mas alguns dias depois a Prefeitura do Rio de Janeiro determinou a interdição do estádio, que estaria sob risco por conta de um problema na estrutura de sua cobertura. Após pouco mais de um ano, a diretoria se movimenta para receber de volta o seu patrimônio. E embora o prazo estabelecido seja novembro, ainda não existe uma confirmação oficial. Mesmo assim, o Alvinegro criou grupos de trabalho que tentarão fazer o estádio estar apto a ser utilizado em 2015.

Atualmente o Botafogo sequer pode cuidar de problemas que são consequência da falta de uso, como encanamentos enferrujados, torneiras com problemas e defeitos na iluminação. Então, o clube decidiu se adiantar para que, caso a Prefeitura realmente libere o Engenhão em novembro, a operação possa fazer com que o estádio receba novamente jogos da equipe na próxima temporada.

Sob o comando do diretor executivo Sérgio Landau e do diretor comercial Ayrton Mandarino, o Botafogo criou um grande grupo de trabalho dividido em algumas equipes. A de recuperação interna vai observar, por exemplo, se luz e água estão corretos – atualmente há problemas. Uma outra equipe está responsável pela área tecnológica, como funcionamento dos telões e do som. O grupo comercial tem como meta renegociar o merchandising, como naming rights e cotas de participação. O clube também começa a planejar a operação dos dias de jogos, como trabalho dos orientadores de público e confecção dos ingressos. Um grupo terá de buscar a renovação das autorizações como a do Corpo de Bombeiros e outras vistorias.

No momento em que o Engenhão foi interditado, o Botafogo teve rescindidos seus contratos com Ambev e Unimed, além de ter suspenso um acordo com a Vivo. Além disso, perdeu um contrato com uma empresa que daria nome ao estádio e estamparia sua logo nas costas do uniforme alvinegro. Por isso, a diretoria ainda avalia um pedido de indenização pelas perdas econômicas calculadas em quase dois anos sem aquela que era uma de suas principais fontes de renda.

Internamente, entretanto, existe o receio de que a liberação em novembro poderá prejudicar o Botafogo na conversa com parceiros. Isso porque as grandes empresas fecham seus orçamentos anuais em outubro, o que dificultaria a inclusão de possíveis acordos com o Alvinegro para 2015. De qualquer maneira, o clube trabalha com a liberação em novembro e, assim, vem sondando clientes.

Neste domingo, o Botafogo volta a atuar no Maracanã, com o qual tem um contrato que foi modificado em 2014, quando passou a ter participação na venda de ingressos para todos os setores. Até ano passado, ela estava limitada à venda de ingressos para os setores Norte e Sul (atrás dos gols), enquanto as alas Leste e Oeste (normalmente de preços mais caros) ficavam a cargo do consórcio. O clube tem direito a um valor que vai de 68% a 70% no rateio da renda líquida, dependendo da partida.


Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro