Páginas

sexta-feira, 6 de março de 2020

Paulo Autuori confirma Pedro Raul como titular do Botafogo contra o Flamengo: "Vai jogar"


Treinador afirma que outros aspectos serão trabalhados na tarde desta sexta-feira; segundo ele, comissão técnica e comitê de futebol analisaram que estreia de Honda seria melhor contra o Paraná



Na entrevista coletiva de Paulo Autuori nesta sexta-feira, menos um mistério para a partida contra o Flamengo no sábado: Pedro Raul será titular. O atacante sofreu lesão na coxa direita e desfalcou o Botafogo contra o Boavista, na estreia da Taça Rio, além de ter atuado apenas na segunda etapa no confronto contra o Náutico.


- Pedro Raul vai jogar. Vamos trabalhar mais no treino de hoje.



Paulo Autuori em coletiva do Botafogo — Foto: Emanuelle Ribeiro/Botafogo


Para a partida marcada às 18h (de Brasília) no Maracanã, o Alvinegro não vai contar com o japonês Keisuke Honda. Autuori comentou, logo no início da coletiva, que o clássico não será fácil.


- Sempre quando jogam duas equipes com peso grande se fala em favoritismo. Eu analiso isso com história e momento. Em termo de história, é um clássico pesado. O momento do Flamengo todos sabem, está bem, ajustada. Enfrentá-los hoje é difícil, mas tenho falado que o importante é coragem e fazer aquilo que estamos treinando. Um clássico pesado independentemente do momento. Qualquer vitória é fundamental.



Veja outras respostas de Autuori:

Fala de Jesus diminuindo o estadual

- Está acontecendo em todos os estaduais, precisamos tomar uma posição. Os responsáveis estão adiando. Sabemos o que é necessário para um calendário mais equilibrado. Futebol é antropologia pura, o homem e o contexto.


- Não só no futebol as coisas mudaram, mudou-se muito. Está difícil falar qualquer coisa, porque levam para o lado negativo. As comparações são odiosas, como se diz em Portugal, terra do Jorge Jesus. Todo treinador acima de tudo é uma pessoa e tem sua personalidade.


- Não acho que foi falta de respeito dele. Ele vê o Flamengo hoje em outro nível. Minha preocupação é fazer o Botafogo melhorar dentro e fora de campo.



Honda e Danilo Barcelos no treino do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Sobre Honda

- Foi analisado tudo. Conversei com o Honda. Ele teve uma gripe, sofreu um pouco. A visão do todo é importante em termos de gestão. A análise que fizemos é que seria melhor a estreia dele contra o Paraná.


Sobre Thiaguinho

- Não é real. Quando eu soube da situação, foi tratado entre os clubes acho que na segunda. Na terça antes do treino eu o chamei e conversei com ele. Pergunte a ele. A maneira como as coisas aconteceram não devem acontecer no futebol.


- O clube não pode trazer jogadores e fazer análises tão rápidas. Ele começou contra o Náutico e entrou contra o Boavista. É comum no futebol um jogador não começar bem. Esse desperdício no futebol brasileiro é terrível.


- Para mim é fundamental uma gestão humana antes do profissional. Sempre será determinante. Sentei e conversei com ele sobre o que estava acontecendo.


Sobre força do Flamengo

- Acho que é discussão para a mídia. O que o Flamengo seria nas ligas europeias acho um grande absurdo. Eu vivo de realidade e não de se. Que é uma equipe forte é indiscutível.


- Times imbatíveis? Impossível de se dizer. Difícil de se bater sabemos que é. Vamos respeitar todos os adversários e a melhor maneira de fazer isso é jogando tudo o que você pode.


Sobre tempo para treinar

- Quando Jesus chegou teve quase um mês para preparar o time, como o Sampaoli terá no Atlético-MG, que está envolvido em só uma competição. Nós treinadores que trabalhamos com o calendário brasileiro não podemos pensar em tempo.


- Achamos que 10, 20 dias são suficientes para alterar algo para o jogo, esquecemos que é mais que isso. A equipe precisa criar comportamentos e isso só é possível com treinos e jogos. Quero que a cada jogo possamos caminhar rumo aquilo que pensamos em fazer como equipe.


- Contra o Náutico demos alguns sinais. O que quero ver é uma equipe mais rápida, que trabalha a bola mais longe da sua área. Se conseguirmos mostrar de alguma maneira contra o Flamengo junto com o resultado será fundamental.


Sobre atletas estrangeiros

- Futebol não tem que ser fechado no seu cantinho. Sou contra essa vinda maciça de jogadores se não houver critério. Só podem 5, então 1 fica de fora e vai se sentir sem ser útil, o que influencia dentro do clube. Tem a ver com estratégia.


Importância do clássico

- Tem-se a ideia de que quando ganha clássico as coisas melhoram. Acho que as coisas têm que acontecer de forma espontânea. Temos que preocupar em subir e fazer com que retrocessos bruscos não aconteçam.


- Não podemos pensar que o time vai fazer isso ou aquilo se o clube está frágil. Temos que crescer como equipe, instituição e em gestão. Estamos caminhando para isso, mas vamos precisar de fazer sacrifícios.


Nazário na ponta

- Nazário, ao começarem as jogadas ofensivas, se estiver na beirada ele tem liberdade para vir para o meio. Isso tem a ver com a característica do jogador e a ideia de que se tem do jogo. Temos claro de onde queremos chegar, mas ainda estamos longe.


Fonte; GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro