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sexta-feira, 29 de maio de 2020

"Uma Ferrari no pântano", diz Montenegro sobre situação financeira do Botafogo


Membro do Comitê Executivo do Futebol participa de live do canal "Hubstage" sobre recuperação judicial dos clubes de futebol: "Nosso plano não é esse, é o clube-empresa"




Em entrevista ao canal do youtube "Hubstage" nesta sexta-feira, Carlos Augusto Montenegro comparou o Botafogo à uma "Ferrari no pântano". O membro do Comitê Executivo do Futebol participou de live sobre recuperação judicial dos clubes de futebol e disse que esse não é o caminho pretendido pelo clube alvinegro, que já está avançando no projeto da Botafogo S/A.


- É como se tivéssemos uma Ferrari, a marca do Botafogo hoje no futebol brasileiro, um clube com uma história riquíssima, que mais cedeu jogadores à seleção brasileira, o clube de Mané Garrincha, uma Ferrari atolada num pântano. Não conseguimos pagar uma dívida de 1 bilhão de reais com 6, 7 milhões que às vezes sobram do custeio anual, isso é impagável. Se fosse uma outra empresa já teria fechado as portas.


- A gente resolveu procurar investidores para puxar através de um cabo essa Ferrari do pântano. Depois de tirar a Ferrari do pântano, vem outra fase. Nós estamos avançados, até da Argentina estão chegando propostas de pessoas, por exemplo, que têm empresas voltadas para a área de petróleo, que recebem em dólar e, de repente, o Brasil ficou barato para quem quer investir em dólar.



Carlos Augusto Montenegro discursa em assembleia sobre clube-empresa — Foto: Vitor Silva/Botafogo


O ex-presidente do Botafogo defendeu a transformação do clube em empresa como único caminho para a recuperação financeira e sobrevivência.


- Se ninguém quiser (investir no clube-empresa), vamos para a recuperação judicial. Mas não é esse nosso plano. Já temos conversado com muita gente, não estamos encontrando obstáculos. Só verifico a sobrevivência do Botafogo com investidores novos entrando e, mais que isso, com uma mentalidade nova. Se o Botafogo amanhã vendesse jogadores e pagasse toda a dívida, por exemplo, eu continuaria querendo muito ser clube-empresa para não voltar a passar por isso e não depender de pessoas.


- Ora você pode ter pessoas boas, bem intencionadas, profissionais e ora você pode ter amadores, como eu. O futebol é um negócio que movimenta milhões e eu não entendo o presidente não ser remunerado. O presidente resolve hoje da compra de papel higiênico à venda de um jogador por milhões, tudo passa por ele. Acredito numa empresa com acionistas cobrando de um comitê gestor tendo que produzir resultados.


"A partir do momento que o Montenegro virar somente um torcedor, o projeto deu certo".


Fonte: Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Sem Yaya, sem problema: plano do Botafogo é valorizar a base


Diretoria do Alvinegro supera fracasso com marfinense, segue em frente e espera moldar sequência com os 'meninos de General'; Caio Alexandre pode ser chave



Caio Alexandre vinha sendo titular até a paralisação das competições (Foto: Vítor Silva/Botafogo)


Yaya Touré é página virada. Desde a semana passada, com o anúncio do marfinense junto a Leven Siano, candidato à presidência do Vasco - e, posteriormente com o próprio jogador afirmando que não viria ao Brasil por problemas pessoais -, a cúpula do clube de General Severiano resolveu deixar o tema do jogador africano para trás.

Se fora de campo a prioridade é o silêncio para fechar os últimos detalhes para a Botafogo S/A, dentro das quatro linhas o foco é valorizar quem está no elenco. O plano é, principalmente, valorizar os jovens jogadores - já que a tendência, com a chegada do clube-empresa, é que a espinha dorsal da equipe seja composta, em grande maioria, por atletas com idade baixa.

Neste contexto, Caio Alexandre, com contrato renovado até dezembro de 2022 recentemente, terá importância. O meio-campista, que vinha sendo titular com Paulo Autuori até a paralisação das competições por conta da pandemia do coronavírus, agrada a comissão técnica do Alvinegro e a tendência é que permaneça sendo o homem de confiança no meio-campo quando tudo voltar.

A diretoria entende que o maior bem que o Botafogo possui são os atletas que ele mesmo produz. Neste momento de transição, o Comitê Executivo de Futebol busca valorizar ainda mais os jovens - a única exceção, neste caso, foi Marcinho. A diretoria não conseguiu chegar a um consenso na renovação com o lateral porque ele entende que seu ciclo no Alvinegro chegou a um fim.

Se o plano inicial era moldar um meio-campo com Yaya Touré, agora a prancheta está alinhada a Caio Alexandre ou qualquer outro jovem jogador. O tempo é de valorizar as categorias de base.


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Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)