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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Rhuan despista sobre datas do Botafogo no BR: 'O foco é o mesmo'


Estreia do Alvinegro contra o Bahia, inicialmente marcada para o próximo domingo, foi adiada; atacante afirma que tempo pode ser benéfico para melhora da parte física



Rhuan em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)



Seja no próximo domingo ou na outra semana, o foco do Botafogo é ter a preparação em dia. Diante das indefinições quanto à estreia do Alvinegro no Campeonato Brasileiro, diante do Bahia, no Estádio Nilton Santos, o clube de General Severiano não mudou a programação. Quem garante isto é Rhuan, personagem da entrevista coletiva desta quarta-feira.

- Eu acho que não muda nada. O foco é o mesmo, o trabalho está sendo bem feito. Independente de quando será o jogo, a preparação está bem forte. A equipe vai bem preparada para estrear no Campeonato Brasileiro. O Paulo (Autuori) vem pedindo para a gente trabalhar forte e ficar condicionado. Tenho certeza que vamos fazer um grande jogo - afirmou.

O jogo entre Botafogo e Bahia, inicialmente marcado para às 11h do próximo domingo, foi adiado por conta dos compromissos do Tricolor nas finais do Estadual. A estreia do Alvinegro, portanto, fica para a quarta-feira da semana seguinte, contra o Red Bull Bragantino, na Arena Barueri.


- Vai ser melhor para a nossa preparação. Para mim também, individualmente. Eu voltei agora, então ter mais dias para condicionar mais fisicamente e pegar mais entrosamento com a equipe. A gente tem que ter a cabeça boa. Nosso objetivo tem que ser o mesmo independente do jogo ser no domingo ou na quarta - analisou.

Rhuan não se apresentou nos primeiros treinos presenciais no pós-pandemia do coronavírus por realizar recuperação muscular. No último sábado, o atacante voltou a entrar em campo, no empate em 1 a 1 diante do Fluminense. O jovem afirmou que as boas atuações chegarão com a parte física.

- Minha função é bem clara na equipe. Eu jogo pelos lados, tanto na direita quanto na esquerda, o Paulo sabe disso e ele vai me usar da melhor maneira para a equipe. Eu pretendo ajudar o Botafogo e ele vem falando bastante comigo a questão de me condicionar bem fisicamente. A forma física acontecendo o bom futebol vem junto - finalizou.

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Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

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Treinador Paulo Autuori monta equipe do Alvinegro com dois volantes capacitados no passe e com boa saída de bola; brasileiro analisa parceria com o japonês



Caio Alexandre e Keisuke Honda (Foto: Vítor Silva/Botafogo)


O Botafogo aposta em volantes criativos para o Brasileirão A equipe de Paulo Autuori, até agora, passa longe dos atletas no setor mais voltados para a força física. Consequentemente, jogadores da posição com destaque nos passes e nas movimentações ganham notoriedade. No Alvinegro, a dupla de meio-campo vem sendo formada por Caio Alexandre e Keisuke Honda.

O jogo do Botafogo passa muito pelos dois. Geralmente, ambos controlam mais de 30% de toda a posse de bola do Alvinegro em uma partida e são os líderes da equipe no quesito de passes acertados. O japonês atuou como meia pelo lado direito durante boa parte da carreira, enquanto que o brasileiro foi colocado como primeiro volante na categoria sub-20.

Em entrevista para o "Canal do TF" com a presença de Sergio Santana, setorista do Botafogo no LANCE!, Caio Alexandre explicou que a presença de Keisuke Honda no mesmo setor do campo foi benéfica para seu desenvolvimento. O brasileiro explicou que o trabalho dos dois vai muito além dos passes - Paulo Autuori cobra movimentação e criação de espaços.





Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Com cautela, Autuori nos planos e 70% do capital inicial, Botafogo S/A avança para se tornar realidade


No entanto, atualmente o clube-empresa ainda está na fase de captação de recursos, etapa que é considerada a mais complicada: "Ainda tem chão pela frente"



"A expectativa é que a S/A saia ainda no segundo semestre de 2020". A frase compartilhada por alguns dirigentes do Botafogo nos últimos meses aumentou a ansiedade dos alvinegros pelo clube-empresa. Mas e aí, o projeto será concretizado quando? O ge foi atrás dessa resposta com pessoas envolvidas no processo de implementação e transição para o novo modelo.


Ainda não há uma data definida para que a S/A comece na prática. Os profissionais dedicados ao projeto se reúnem todas as semanas para traçar os próximos passos. Atualmente, o clube-empresa ainda está na fase de captação de recursos, etapa que é considerada a mais complicada.


Entende-se que a pandemia do novo coronavírus atrasou o processo de apresentação do projeto aos investidores. Alguns interessados ainda conversam com o clube, que precisou redefinir o plano de negócios e estipular um novo "valor mínimo" de aporte financeiro para o pontapé inicial na S/A.



"Ainda tem chão pela frente".

Esse é o sentimento compartilhado nos bastidores. Acredita-se que a ansiedade pode prejudicar o andamento do projeto nesse momento, por isso aqueles que se dedicam exclusivamente à S/A preferem o silêncio, até para "não criarem uma expectativa que está longe da realidade", como revelou uma fonte.


Os próximos passos? Tudo depende dos investidores. Com o capital mínimo garantido, o clube-empresa passará por outros processos, como aprovações em conselhos e assembleias e satisfação aos credores. O avanço até a realidade do projeto só deve acontecer de fato durante a próxima gestão do Botafogo. O novo presidente será escolhido em novembro.



S/A ainda está na fase de captação de recursos — Foto: Fred Gomes/ge



Gestão da S/A

Conforme a reportagem apurou, nem mesmo os nomes que vão compor a administração da S/A estão definidos. Há uma ideia dos profissionais que vão tocar o clube-empresa, mas nenhum martelo foi batido.


Um nome conhecido pelo menos deverá figurar na gestão da S/A: Paulo Autuori será convidado para assumir a função de diretor técnico e, caso aceite, continuará no futebol do Botafogo.


Em entrevista ao podcast ge Botafogo, o treinador disse que poderá exercer outra função no clube após a transição para a S/A, mas que ainda não houve um convite oficial.


- Isso vai depender dos investidores. Não vou mais assumir nenhuma equipe no Brasil como treinador. Com a realidade financeira do Botafogo, que precisava de alguém com estofo, eu me predispus a correr esse risco. Eu devo a esse clube, vou correr esse risco em vez de queimarem um profissional novo que a gente precisa no futebol brasileiro. A partir do momento que a S/A entrar, eu estarei liberto disso. Se eles acharem que eu possa exercer outra função, vamos conversar - disse Autuori ao ge.



Botafogo S/A: Paulo Autuori será convidado para assumir a função de diretor técnico — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Perfis dos investidores


Com cerca de 70% do montante inicial já adquirido, o Botafogo tem uma certa linha no perfil dos investidores. A maioria deles é de brasileiros e pessoa física. Pelo sigilo - seja por contrato ou para evitar vazamentos - quem trata diariamente da S/A prefere evitar tocar neste assunto. Porém, informalmente é possível tentar traçar quem são essas pessoas.


Historicamente, o investimento em um clube de futebol não está diretamente ligado ao fato de ter um retorno financeiro. Um exemplo claro disso é o russo Roman Abramovich. Dono do Chelsea, ele comprou o clube em 2003 e o tornou a potência que conhecemos hoje. Porém, o próprio já disse em entrevistas que não investia no clube para ter dinheiro. Para isso, tinha as outras empresas.


Portanto, quem aceita colocar dinheiro em um clube de futebol raramente busca essa quantia de volta. Na visão de quem elaborou o projeto, o investidor que topar a empreitada assumiria um papel de vanguarda na reestruturação do futebol brasileiro, dado que o Botafogo é o primeiro clube grande a aprovar a inovação, além do fato de o Brasil não ter esse tipo de clube-empresa.


Os desafios ainda são muitos. As dívidas sufocam os dirigentes - já são quase quatro meses de salários atrasados a funcionários e dois meses a jogadores - e o comitê segue com dois desafios principais: equacionar os efeitos da pandemia no passivo do clube e alinhar o modelo de negócios aos interesses e necessidades dos investidores.



Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro