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domingo, 13 de abril de 2014

Novo técnico terá meta de recuperar ânimo do time e reconquistar torcida


Diretoria deve anunciar até terça-feira quem será o novo comandante, que terá mais opções ofensivas do que Eduardo Hungaro. Mancini e Ney Franco foram sondados



Depois da saída de Eduardo Hungaro, que voltou a ser auxiliar, o Botafogo deve anunciar até terça-feira seu novo comandante. Alguns nomes já entraram em pauta, como Vagner Mancini e Ney Franco, mas ainda não há uma definição. Certo é que o próximo treinador alvinegro terá como primeira missão recuperar o ânimo abalado dos jogadores depois da eliminação na Libertadores.

Torcida fez protesto em General Severiano no sábado (Foto: Fred Huber)

O tempo até a estreia no Campeonato Brasileiro, dia 20, contra o São Paulo, no Morumbi, não é grande. Outro obstáculo que precisará saber lidar é a crise financeira do clube. O salário do elenco está atrasado, e os atletas alvinegros já deram amostras de mobilização para cobrar o que lhes é de direito.

O elenco, apesar de grande, tem limitações técnicas, principalmente do meio de campo para frente. Ao contrário de Eduardo Hungaro, que não pôde contar com Zeballos na Libertadores, o próximo técnico alvinegro terá o paraguaio à disposição daqui para frente. Isso sem falar de Emerson Sheik, que já é dado como certo e deve ser confirmado no início da semana.

Durante a Libertadores, a torcida do Bota mostrou uma verdadeira comunhão com o time, mas a eliminação interrompeu a lua de mel. Os torcedores protestam e, impacientes, cobram que a equipe conquiste ou a Copa do Brasil ou o Brasileiro. Será preciso reconquistar os alvinegros e caminhar lado a lado novamente.

Neste início de Brasileiro, por causa da impossibilidade de jogar no Maracanã em alguns dos jogos como mandante, o Botafogo será ainda uma dificuldade extra, já que a tendência é de que jogue em Volta Redonda, fora do Rio de Janeiro.

Por Fred Huber Rio de Janeiro

Após fracasso, Botafogo revê planos e desiste de economizar com treinador


Torcedores do Botafogo realizam protesto na sede de General Severiano após eliminação na Libertadores Rodrigo Paradella/UOL
A eliminação do Botafogo na Libertadores fez com que o planejamento para 2014 fosse por água abaixo. As fracas campanhas no torneio e no Estadual não conseguiram assegurar o técnico Eduardo Hungaro no cargo. A solução para a questão, segundo o presidente do clube Mauricio Assumpção é a chegada de um treinador experiente e vencedor. E para conseguir recursos o Glorioso deve apostar em uma saída, o final do contrato de Renato.

Quando Oswaldo de Oliveira saiu do Botafogo, o clube alegava que não teria como manter o treinador para a temporada de2014, Oswaldo recebia algo em torno de R$ 300 mil. Já Eduardo Hungaro algo em torno de R$ 30 mil. Do outro lado está Renato, que recebe R$ 390 mil de salário, com contrato no fim, o jogador já foi comunicado de que o mesmo não será renovado.

"Não é fácil dizer quais as características. Procuramos um treinador vitorioso, é o que precisamos, para conseguir os resultados que queremos. No mercado, sem estar empregado, tem algumas opções, mas há tempo para resolver em definitivo", analisou Mauricio.

E o Botafogo sabe que para encontrar um técnico com as características que deseja terá que pagar no mínimo o triplo do que pagava para Eduardo Hungaro. Já que não existem tantas opções disponíveis no mercado brasileiro.

O que também acabou pesando contra o ex-treinador foi a perseguição da torcida alvinegra. Além das declarações dele criticando os jogadores após a derrota por 3 a 0 para o San Lorenzo, na última quarta-feira. Mas para evitar a exposição de Hungaro, o presidente Mauricio Assumpção declarou que a culpa não foi apenas do treinador, mas também sua.

A ideia é ter um treinador que saiba conduzir a situação delicada que o Botafogo tem enfrentado. Sem dinheiro, o Alvinegro tem convivido com o atraso de salários. O outro fator é a chegada de Emerson Sheik, que é naturalmente polêmico.

Além da eliminação na primeira fase da Libertadores, na última quarta, o Botafogo também teve neste início de ano sua pior campanha no Campeonato Carioca na história, em grande parte por ter privilegiado a competição internacional.

Do UOL, no Rio de Janeiro