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domingo, 30 de julho de 2017

Diretor do Corinthians, sobre zagueiro do Botafogo: "Esta semana deve fechar"


Flávio Adauto afirma que clubes conversam e podem concluir negociação nos próximos dias. Jogador já pode assinar pré-contrato, mas Timão quer liberação imediata




Em busca de um reforço para a zaga, o Corinthians pretende concluir nos próximos dias a negociação com o Botafogo pelo zagueiro Emerson Santos, de 22 anos. O Timão tem encaminhado um acordo com o jogador, mas ainda discute a liberação dele com a diretoria do clube carioca.


Flávio Adauto, diretor de futebol corintiano, confirmou as tratativas com o Glorioso e demonstrou otimismo:


– Nos falamos e estamos esperando agora uma resposta do Botafogo. Negociação, termos financeiros, aquele negócio de conta para lá, conta para cá... Acho que esta semana a gente deve fechar isso aí – declarou, depois do empate em 1 a 1 com o Flamengo, neste domingo, na Arena.



Emerson Santos, do Botafogo, interessa ao Corinthians (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Na última quinta-feira, o empresário e os pais do defensor estiveram no CT Joaquim Grava. Ele está livre para assinar um pré-contrato desde o início do mês, mas a diretoria corintiana quer tê-lo agora e não pretende entrar em litígio com os botafoguenses. Os cartolas do Timão também afirmam que, além de Emerson, há outros nomes na mira.


Desde a lesão de Pablo, que ficará um mês e meio afastado do Timão por um problema muscular, o clube recebeu diversas indicações de nomes de zagueiros. Hoje atuando por rivais, dois nomes foram oferecidos e rejeitados na sequência: Cleber, do Santos, que atuou pelo Timão de 2013 a 2014, e Lucão, do São Paulo, que hoje aparece na lista de negociáveis.


Fonte: GE/Por Bruno Cassucci, São Paulo

Análise: apagão assusta e deixa lições no Botafogo para sequência de 2017


Em um primeiro momento não há razão para alarde. Time faz bom jogo, mas paga caro pela falta de atenção (e fôlego) nos minutos finais contra o São Paulo. Motivos, lado positivo e lições






 Melhores momentos de Botafogo 3 x 4 São Paulo pela 17ª rodada do Brasileirão


O momento do Botafogo é especial, o time vive lua de mel com a torcida, mas a derrota para o São Paulo assustou. Nem tanto pelo revés em casa, mas pela forma como aconteceu. Um apagão a partir dos 39 do segundo tempo transformou a tranquila vitória por 3 a 1 em um preocupante tropeço por 4 a 3. Mas o que houve? O episódio pode atrapalhar a sequência da temporada?


Em um primeiro momento não há razão para maiores desdobramentos. A torcida ficou chateada, de certa forma em choque, mas não vaiou o time. Afinal, há três dias os mesmos jogadores conseguiram uma classificação maiúscula contra o Atlético-MG na Copa do Brasil. Além disso, a equipe estava invicta há sete jogos.


E de certa forma isso pesou. Mais pelo cansaço do que pela ressaca da classificação. Jair e os jogadores não fizeram alarde quanto ao resultado. Segundo o treinador, não é momento de cobranças, mas de passar tranquilidade e confiança.



Jair Ventura viu time desgastado e disse que time corrigirá erros para a partida contra o Palmeiras (Foto: André Durão)


O que houve com a defesa?

Ponto forte do Botafogo desde o ano passado, a defesa não foi bem contra o São Paulo. Há quase um ano, desde a derrota por 5 a 2 para o Cruzeiro na Copa do Brasil, o Alvinegro não sofria quatro gols no mesmo jogo.


Não dá, no entanto, para apontar culpados. O jogo foi aberto, o São Paulo finalizou 21 vezes, mas fora os gols no fim e o pênalti defendido, Gatito pouco trabalhou. A defesa não vinha comprometendo até o apagão. Fica o alerta.


A culpa é do cansaço?

O calendário não tem sido amigo do Botafogo e cobrou seu preço neste sábado. O time se portou bem ao longo do jogo, mas perdeu o fôlego no fim. Victor Luis e Roger, por exemplo, cansaram e pediram para sair. Faltou combustível, mas não dá para culpar apenas o lado físico.


De fato, Jair citou o cansaço, mas não justificou a derrota apenas pelo aspecto físico. Faltou, no fim, organização e atenção. E o São Paulo, que teve uma semana inteira para treinar, soube aproveitar. Pulmão do time, Bruno Silva (suspenso) fez falta.



Apagão custou caro. Botafogo sofreu três gols nos sete minutos finais (Foto: Reprodução)


Por que caiu tanto no fim?

Além do aspecto físico, o Botafogo se desorganizou com algumas mudanças. Substituto de Marcos Vinícius, Guilherme deu novo gás, marcou um gol, mas deixou o time mais exposto.


Com Victor Luis e Roger exaustos, Vitor Lindemberg e Brenner estrearam. Não houve falhas individuais, Jair avisou que não buscará culpados, mas pesou o desentrosamento dos estreantes, até pela questão de posicionamento. O Botafogo se assustou com o segundo gol e ficou acuado. O São Paulo cresceu e aproveitou. Mérito também para a equipe de Dorival.


Lado positivo



Lado positivo: ataque fincionou e marcou três gols pelo segundo jogo seguido (Foto: André Durão)


A derrota no fim ofuscou o bom rendimento do ataque. Conhecido por ser um time de muita marcação e poucos gols, o Botafogo marcou três vezes pelo segundo jogo seguido. Enquanto teve fôlego, o setor de criação foi muito bem. O time teve até oportunidades para marcar mais gols.


Derrota nunca é bom, mas o Botafogo perdeu na hora que podia perder. O clube não quer abrir mão do Brasileiro, precisa pontuar agora, mas o resultado é recuperável. Fica a lição para a sequência da temporada, especialmente em jogos classificatórios e decisivos da Libertadores e da Copa do Brasil.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar, Rio de Janeiro