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segunda-feira, 14 de março de 2016

Carrasco rival e elogiado por Ricardo, Ribamar atribui gols a posicionamento


"Estava no lugar e momento certos", avalia atacante de 18 anos, que já marcou duas vezes diante do Fluminense e vem roubando os holofotes que eram de Luís Henrique






Marcado como carrasco da eliminação do Fluminense na Libertadores de 2013, Salgueiro estava em campo no Clássico Vovô do último domingo. Mas o experiente meia uruguaio passou em branco e viu um garoto de 18 anos querer roubar o seu posto de algoz do Tricolor: o atacante Ribamar chegou ao seu segundo gol como profissional no empate do Botafogo por 1 a 1, no Raulino de Oliveira. Curiosamente, ambos foram em cima do rival das Laranjeiras (veja no vídeo acima). O jovem, que ainda se mostra tímido para falar com a imprensa, driblou os jornalistas na saída do estádio. Mas nesta segunda-feira ele concedeu entrevista ao site oficial do Alvinegro e atribuiu a veia de artilheiro ao posicionamento.


- Fico muito feliz por poder ajudar o Botafogo com gols, ainda mais nos clássicos, que são jogos importantes. É a questão do posicionamento, não é? Estava no lugar e momento certos e pude completar para o gol. Procuro sempre estar tranquilo. A pressão sempre vai existir, independentemente de quem está do outro lado. É normal quando se joga num time grande como o Botafogo. Meus companheiros também me passam confiança, e o trabalho vai fluindo.

Ricardo Gomem cumprimenta Ribamar após o gol: atacante ganhou elogios do técnico após o jogo (Foto: André Durão)

O atacante aos poucos vai ofuscando a joia Luís Henrique, que tem 17 anos e subiu fazendo gols no ano passado e tendo grande destaque. Atualmente, o jovem é reserva, enquanto Ribamar virou titular e foi muito elogiado por Ricardo Gomes na entrevista coletiva após a partida.


- Ribamar chegou, estava o conhecendo aos poucos e foi ganhando espaço. Foi titular contra o Fluminense no primeiro jogo, é um jogador muito forte, tecnicamente bom, muito concentrado para idade dele. Isso é importante - analisou o técnico.


Com o empate, o Botafogo somou seu primeiro ponto na Taça Guanabara e é o quarto colocado do grupo ao lado do Fluminense. Nesta etapa, são jogos todos contra todos. O maior pontuador será o campeão do turno, e os quatro melhores se classificam para a semifinal do estadual.


Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro/GE

Após um mês, Botafogo volta a sofrer com a bola aérea e liga sinal de alerta


Deficiência do time no início da temporada aparece novamente e custa empate no clássico com Fluminense. Alvinegro já levou quatro gols de cabeça em 10 partidas




O Botafogo ainda tem a defesa menos vazada do Campeonato Carioca, com quatro gols sofridos ao lado do Flamengo. Mas um velho fantasma resolveu dar as caras novamente: a bola aérea. O gol de Gum, que custou o empate por 1 a 1 no último domingo, no Raulino de Oliveira, foi o quarto de cabeça sofrido pelo time de Ricardo Gomes em 10 jogos na temporada até aqui. Antes, Rafael Paty, da Portuguesa, e Willyan, da Desportiva Ferroviária, duas vezes, já haviam balançado a rede de Jefferson pelo alto (veja todos no vídeo http://glo.bo/1Us5rEm?).


Mas o último fazia tempo. Tinha sido no início de fevereiro, mais de um mês atrás. O problema parecia ter sido solucionado depois da entrada de Carli na zaga. Do alto de seu 1,91m de altura, o defensor passou a ter papel fundamental nas bolas aéreas defensivas. Mas Gum provou que o argentino não pode ganhar todas e ligou o sinal de alerta no Alvinegro.

Gol sofrido diante do Fluminense foi o quarto de cabeça no Botafogo em 2016 (Foto: Mailson Santana / Fluminense FC)
- Lutamos, brigamos a partida inteira e na bola parada pecamos. No último minuto a gente deu mole - lamentou Gegê, ao sair de campo.


Dos quatro gols sofridos pelo alto, três nasceram de escanteios e contaram com falhas de zagueiros. No primeiro, Bruno Silva e Emerson pularam junto com Willyan, mas sequer tocaram na bola. No segundo, Emerson marcou errado, e a defesa alvinegra deixou o próprio Willyan livre na área. E no terceiro, Emerson e Carli perderam no alto para Gum.


- A gente estava bem na partida. Foi descuido nosso na bola parada que não pode acontecer, ainda mais nos acréscimos - alertou o jovem Emerson, de 20 anos.

Entrada de Carli, de 1,91m, havia reduzido problema, mas Gum superou o argentino (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

No único gol sofrido pelo alto que não surgiu de uma bola parada, era o baixinho Diego quem estava acompanhando Rafael Paty na área. O Botafogo vem treinando periodicamente as jogadas aéreas, e na véspera do Clássico Vovô elas foram repetidas à exaustão por Ricardo Gomes, que em entrevista coletiva após a partida admitiu a necessidade de "trabalhar muito para diminuir a margem de erro". Os jogadores alvinegros terão a segunda-feira de folga e se reapresentam na terça para mais uma semana de treinos para o jogo contra o Madureira no domingo. Até lá, certamente com novo foco nas bolas cruzadas na área.


Por Thiago Lima/Volta Redonda, RJ/GE

Botafogo jogou de preto e foi melhor, jogou de branco e foi melhor, diz Lédio


Comentarista cita troca de uniformes e afirma que o Alvinegro dominou o clássico contra Fluminense, neste domingo, apesar do empate por 1 a 1 em Volta Redonda



Na estreia de Levir Culpi, o Fluminense escapou da segunda derrota para o Botafogo em 2016, após arrancar um empate no último minuto. Com gol do zagueiro Gum, aos 47 do segundo tempo, o clássico deste domingo, em Volta Redonda, terminou em empate por 1 a 1. Ribamar fez o gol do Alvinegro. Na opinião do comentarista Lédio Carmona, a equipe de General Severiano foi melhor durante a partida no primeiro tempo, com camisa mais escura, e também no segundo, com uniforme mais claro.


- O Botafogo foi melhor que o Fluminense no primeiro e no segundo tempo. Jogou de preto e foi melhor, jogou de branco e foi melhor. O time foi mais organizado, com mais estrutura, mais conjunto, mais entrosamento, mais planejamento tático. O Fluminense não se encontrou durante toda a temporada e vai, como o próprio Levir Culpi disse, tentar se achar no meio da competição. Mas a vantagem é toda do Botafogo - disse o comentarista.


Botafogo jogou de camisa preta no primeiro
tempo contra o Flu (Foto: André Durão)
Lédio Carmona afirmou que Levir Culpi tentou surpreender o Botafogo com uma escalação mais ofensiva, mas, aos poucos, o Botafogo foi dominando as ações da partida.


- O Levir tentou soltar o time, escalou três atacantes, deixou o Osvaldo um pouco mais adiantado. O Fluminense até começou com velocidade, tentando surpreender. Mas o Botafogo foi encaixando a marcação e tomou conta do jogo. Teve o jogo sob controle, como disse o Ricardo Gomes.


O comentarista elogiou o trabalho de Ricardo Gomes à frente do Botafogo. Na sua opinião, o Alvinegro é um time modesto, mas muito bem organizado.


- É um time organizado, que sabe das suas limitações, espera o erro do adversário, só ataca no momento certo, marca muito, marca adiantado, na frente. Não inventa, joga simples, correto, sério. Alguns jogadores estão jogando como há muito tempo não jogavam, como o Airton, que fez uma partida muito boa. É um trabalho bem feito.


O Fluminense volta a campo pelo Campeonato Carioca para mais um clássico, contra o Flamengo, no próximo domingo, no Pacaembu. O Botafogo contra o Madureira, no mesmo dia, no estádio Los Larios.


Por SporTV.com/Volta Redonda, RJ/GE