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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Vasco sai na frente, Bota empata em golaço de falta: 1 a 1 em São Januário



Riascos marca após passe de Eder Luis e vira artilheiro do estadual, ao lado de Fred. Alvinegro, apesar de bomba de Emerson, perde 100%. Equipes estavam classificadas







O gol de Riascos, em ótima trama de Eder Luis, deu a impressão de que o até então melhor ataque (Vasco) teria supremacia sobre a defesa menos vazada (Botafogo) do Carioca. Porém, uma linda e forte cobrança de falta de Emerson, com a bola chegando a 109 km/h, surpreendendo Martín Silva, aos 41 minutos do segundo tempo, deu números iguais ao clássico, neste domingo, em São Januário: 1 a 1.


A partida marcou o surgimento de um novo artilheiro do campeonato: Riascos, com seis gols, igualou a marca de Fred, do Fluminense. E também a perda dos 100% de aproveitamento do Bota. As duas equipes já estavam classificadas à próxima fase do estadual. O Vasco viu ainda o Flamengo, após o 5 a 0 sobre o Resende, passar a ter o ataque mais positivo do torneio.

Com 17 pontos, o Vasco se mantém na primeira posição do Grupo A. O Bota, com 19, lidera a Chave B. As duas equipes voltam a atuar no domingo, às 17h (de Brasília), como visitantes. O Vasco encara o Bonsucesso enquanto o Botafogo, o Boavista.

Riascos x Emerson: duelo dos artilheiros do clássico em São Januário (Foto: André Durão)

Riascos foi o nome do jogo. No primeiro tempo, os melhores lances do Vasco surgiram dos pés do atacante. Foi ele, por exemplo, quem cruzou para Jorge Henrique cabecear com perigo. Jefferson ainda teve sorte: chute do gringo tirou tinta da trave. O Bota, com Ribamar, quase marcou após mal recuo de Rodrigo. Ficou naquilo: Vasco buscou o jogo, o Bota marcou bem.


Após o intervalo, o panorama pouco mudou. Neilton deu novo gás ao Alvinegro. Só não abriu o placar pois Martín Silva fez grande defesa depois de chute cruzado. Eder Luis, que entrara fazia pouco, aproveitou desatenção de Diogo Barbosa, foi à linha de fundo e cruzou para Riascos completar: 1 a 0, aos 15 minutos. Nenê quase fez o segundo, mas a bola parou no travessão. Foi pouco depois que o Bota igualou. Aos 41 minutos, Emerson bateu falta com força e precisão. O goleiro uruguaio chegou a levantar as mãos, pensando que a bola sairia. Mas ela entrou no ângulo e determinou o empate.


O público em São Januário foi de 8.869 presentes (7.921 pagantes). Renda, R$ 291.570,00.


Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro/GE

Melhor ataque x melhor defesa: Vasco recebe Botafogo em duelo dos líderes



Clássico alvinegro volta a acontecer em São Januário após quase 11 anos entre as duas melhores campanhas do Carioca. Nenê volta, e times vão com força máxima





Montagem de capa do GE
As duas melhores campanhas do Campeonato Carioca de 2016 até agora. Não fosse o empate com o Friburguense no meio da semana, o Vasco receberia o Botafogo com 100% de aproveitamento, assim como seu rival. Neste domingo, o clássico volta a São Januário após quase 11 anos em um duelo entre o melhor ataque, o cruz-maltino, e a melhor defesa, a alvinegra. O Glorioso sofreu apenas dois gols nessas seis rodadas disputadas. Os vascaínos, que terão a volta de Nenê, balançaram as redes 14 vezes. O confronto terá início às 19h (de Brasília).


Depois do tropeço no meio da semana, também em casa, o Vasco tem a volta de seu principal jogador, que cumpriu suspensão: Nenê. Além disso, outros veteranos que foram poupados retornam ao time de Jorginho, que terá força máxima no segundo clássico da competição em São Januário. No primeiro, contra o Flamengo, o Cruz-Maltino levou a melhor. Agora a equipe, líder do Grupo A, quer repetir a história, jogando em seu campo, diante de sua torcida.

Em General Severiano, o clima é de otimismo. Único 100% no Carioca, líder do Grupo B e já classificado com duas rodadas de antecedência para a segunda fase do estadual, o Botafogo entrará em campo sem grandes ambições na tabela. Mas com o intuito de fortalecer o time e testar eventuais mudanças. Ricardo Gomes chegou a cogitar poupar alguns jogadores mais desgastados, como Luis Ricardo, que sentiu dores musculares na sexta-feira. Porém, parece que o treinador utilizará força máxima para tentar surpreender o Vasco em São Januário. Como motivação, a diretoria pagou de forma antecipada os salários de fevereiro dos jogadores - os direitos de imagem devem ser quitados durante a semana.

Maurício Machado Coelho apita o clássico, auxiliado por Wagner de Almeida Santos e Daniel do Espírito Santo Parro. O Premiere e Premiere HD transmitem a partida, com Luiz Carlos Jr. e Raphael Rezende. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.



Vasco: depois do empate com o Friburguense, Jorginho terá a volta de seu principal jogador, Nenê, além de outros veteranos. Rodrigo ainda é dúvida por causa de uma luxação no ombro, mas tirando esse fato, a equipe enfrenta o Botafogo com força máxima: Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo (Rafael Vaz) e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Julio dos Santos, Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique e Riascos.

Botafogo: Ricardo Gomes chegou a fechar o último treino antes da partida, mas a imprensa pôde ver que o time que venceu o Fluminense foi mantido no coletivo. Porém, Neilton ganhou a vaga de Luís Henrique durante a atividade e pode ser novidade. A provável escalação tem: Jefferson, Luis Ricardo (Diego), Carli, Emerson, Diogo Barbosa; Airton, Rodrigo Lindoso, Bruno Silva e Gegê; Ribamar e Luís Henrique (Neilton).



Vasco: Rodrigo é dúvida para o confronto por causa de uma luxação no ombro direito.

Botafogo: Sassá segue no departamento médico se recuperando de uma lesão no ligamento do joelho esquerdo e só deve voltar para o Brasileirão.



Vasco: Rafael Vaz e Riascos.

Botafogo: Airton.


Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

Tentativa frustrada: Bota desperdiça dias de TV e clássicos sem patrocínios


Vice de comunicação lamenta mercado fechado, diz que falta de estádio e gráficos de audiência pesam contra e refuta valores muito baixos: "Não posso depreciar a camisa"




"Casa & Video" foi um dos patrocinadores pontuais do
 Botafogo no ano passado (Foto: Reprodução / Twitter)
O que começou como experiência inédita em forma de "degustação" no ano passado ainda não teve bis em 2016. Em dificuldade financeira para conseguir patrocinadores fixos em seu uniforme desde a saída da "Viton 44", o Botafogo passou a adotar a política dos patrocínios pontuais. E nesta temporada tentou repetir a fórmula nesta semana, em que teve seu primeiro jogo transmitido em TV aberta, contra a Cabofriense no último domingo, além de dois clássicos seguidos. Mas a camisa que será usada logo mais contra o Vasco estará "limpa", assim como nas partidas anteriores. A diretoria bem que tentou ir ao mercado, mas foi em vão. Em sua conta no Twitter, o vice-presidente de comunicação do clube, Marcio Padilha, revelou que só em 2015 foram feitas 109 propostas. Com a crise no país, as empresas estão agradecendo e recusando as ofertas por mídia. O dirigente listou outros times para mostrar que o problema é geral, mas disse que a falta de um estádio fixo e de gráficos de audiência do que já foi feito pioram a situação do Alvinegro.


- O mercado está assim, não vou querer justificar o nosso problema com o dos outros, mas você vê que o São Paulo está jogando a Libertadores sem patrocínio master, o Santos está sem patrocínio master, o Flamengo só ficou com a "Caixa". Quem não está com a "Caixa"... Só o Palmeiras que tem a "Crefisa". Então o mercado está fechado, não é um problema só do Botafogo. E eu sou muito questionado pela torcida: "Ah, mas o Tigres do Brasil tem oito patrocínios na camisa". Mas o valor dos oito não dá o "Voxx" que temos na manga. Eu não posso depreciar a camisa. Aquele patrocínio pontual que fizemos ano passado da "Casa & Vídeo", nós na época não tínhamos os gráficos de "Ibope" (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), mas aquilo deu uma repercussão fantástica para a "Casa & Video", para a "Ricardo Eletro"... Se a gente tivesse esses números, tenho certeza que eles teriam continuado a fazer. A falta do estádio também nos tira uma contrapartida interessante nesse caso do patrocínio porque a gente dava placa, camarote... Situações que facilitavam a negociação - explicou.

O mercado está fechado, não é um problema só do Botafogo. E eu sou muito questionado pela torcida: "Ah, mas o Tigres do Brasil tem oito patrocínios na camisa". Mas o valor não dá "Voxx" que temos na manga. Não posso depreciar a camisa"
Marcio Padilha, vice de comunicação do Bota


A prioridade no mercado continua sendo atrair patrocinadores fixos e com contratos longos. Para ajudar na captação de investidores, oBotafogo já começou a contar com o auxílio de Marcelo Hargreaves, profissional da área de marketing, ex-diretor da Concessionária Maracanã S/A, ex-gerente da "Ambev" e atual jogador de vôlei do clube - ele não será funcionário, trabalhará de forma externa ganhando variável. Além disso, há outras empresas envolvidas no Rio de Janeiro e em São Paulo com a função de abrir diálogos com possíveis parceiros. Padilha conta que vem sendo cobrado diariamente por torcedores no Twitter com relação a patrocínios.


- Não é o Padilha que resolve tudo, é o mercado. A gente tem pessoas envolvidas nisso, tem duas empresas de São Paulo, a "Hunter" e a "Wolf", o caçador e o lobo, os dois estão buscando contatos em São Paulo. Tem duas empresas aqui no Rio, pegou o Marcelão Hargreaves que também está fazendo um projeto. O dele não é só focado em patrocínio master, é uma coisa mais ampla, trazer outros tipos de investidores. É uma dificuldade, tem várias pessoas trabalhando nisso. A gente ainda tem esperança, não desistimos da "Caixa Econômica", mas tem a pendência da CND (nota da redação: clube já tem uma parte das CNDs, referente à Receita Federal, faltando só a outra metade relacionada à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional).

O vice de comunicação Macio Padilha (esq.), o presidente Carlos Eduardo Pereira (centro) e o diretor comercial Klay Salgado (dir.) apresentaram os patrocínios pontuais da camisa alvinegra no ano passado (Foto: Vitor Silva / SSpress)


No ano passado, durante o Campeonato Carioca, o Botafogo fechou com diversos patrocinadores pontuais: "Casa & Video", "Ricardo Eletro", "99Taxis", "Netshoes", "Zeex", "Naveg", "Supermercados Unidos"... Um deles causou polêmica quando o time entrou em campo anunciando o preço de um secador vendido na loja por R$ 49, e no segundo tempo voltou dez reais mais barato. Os valores não costumam ser elevados neste formato de parceria: para dois clássicos, o Alvinegro faturou R$ 140 mil com a venda das áreas no uniforme para cinco empresas, R$ 70 mil por partida, quantia insuficiente para quitar metade do salário de Jefferson, por exemplo. O Botafogo admitiu na época que teve pouco a ganhar com a comercialização de seus espaços publicitários, mas acreditava que o bom desempenho da equipe e a repercussão das ações seriam impulsos para movimentar seu caixa a partir de então, o que não se confirmou.


Apesar de estar sem patrocinador master há um ano e vivendo uma crise financeira, o clube vem conseguindo nos últimos meses honrar os seus compromissos com a liberação das cotas referentes aos direitos de transmissão da televisão. Tanto que, na última sexta-feira, pagou antecipadamente os salários de fevereiro aos jogadores e funcionários. E a expectativa é quitar os direitos de imagem e a premiação ao elenco campeão da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado, no valor de R$ 400 mil, durante esta semana.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Al Arabi aceita empréstimo e Júnior Dutra fica perto do Botafogo


Atacante, atualmente no clube do Qatar, deve ser confirmado até terça-feira


Júnior Dutra saiu cedo do Brasil e já tinha interesse em retornar à sua terra natal (Foto: divulgação)


Ao que tudo indica, falta pouco. O atacante Júnior Dutra deve ser reforço do Botafogo, principalmente para o Campeonato Brasileiro. O Al Arabi (QAT), atual clube do jogador, aceitou emprestá-lo e um desfecho do caso deve sair entre segunda e terça-feira.

Pela proposta ao jogador de 27 anos, o Glorioso pagaria parte do salário. Júnior Dutra está na sua segunda temporada no Oriente Médio. Antes, passou pelo futebol do Japão e também pela Bélgica desde que apareceu como profissional no Santo André.

Júnior Dutra pode jogar eventualmente como centroavante, mas, pelas características, atua mais pelos lados do campo ou como armador. Atualmente, Ricardo Gomes conta com Ribamar, de 18 anos, e Luis Henrique, de 17, como titulares. Neilton pede passagem e Sassá deve voltar apenas em abril.


Fonte: Felippe Rocha
Rio de Janeiro (RJ)