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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Paraguaio Julio dos Santos é oferecido ao Botafogo. Acerto depende de chegada de novo diretor



Jogador chegou a ser observado por Wilson Gottardo. Apoiador chegaria de graça ao clube




Julio dos Santos (Foto: Norberto Duarte/AFP)
Julio dos Santos foi oferecido há duas semenas (Foto: Norberto Duarte/AFP)

O apoiador paraguaio Julio dos Santos, de 31 anos, foi oferecido ao Botafogo há cerca de duas semanas. O ex-diretor técnico do clube Wilson Gottardo chegou a assistir a uma partida do jogador pelo Campeonato Paraguaio, no qual ele defende as cores do Cerro Porteño, para analisá-lo. Porém, o meia não foi bem na partida em questão.

Com a saída de Gottardo, uma possível negociação não deverá ocorrer enquanto a diretoria não definir o novo executivo do futebol.

Julio tem contrato com o Cerro até o meio do ano que vem, mas negocia a liberação devido a dívidas do clube paraguaio com ele. Sendo assim, ele chegaria a General Severiano de forma gratuita, ideal para um clube sem condições financeiras.

Julio também foi oferecido para outros clubes do Brasil e do exterior, mas ainda não abriu negociações com nenhum deles.

Caso seja contratado, Julio preencherá um vazio na posição de armador. Atualmente, Gegê é o principal nome da posição no elenco.

QUEM É ELE

NOME: Julio Daniel dos Santos Rodríguez
NASCIMENTO: 7/5/1983 - Assunção (PAR)
POSIÇÃO: Apoiador
CLUBES: Cerro Porteño (PAR) – 2002 a 2006 e 2009 e 2014; Bayern de Munique (ALE) – 2006 a 2007 e 2008; Wolfsburg (ALE) – 2007; Almería (ESP) – 2007; Grêmio – 2008; Atlético-PR – 2008 e 2009.
PRINCIPAIS TÍTULOS: Campeonato Alemão, Apertura e Clausura.


João Matheus Ferreira e Luiz Gustavo Moreira -  LANCENET! 

Principal patrocinador deixa o Botafogo e critica antigos dirigentes


Viton 44 trocou investimentos no alvinegro pelo Fluminense em 2015

Gabriel exibe o antigo patrocínio em um jogo do Botafogo -
Cezar Loureiro / O Globo











RIO — Substituta da Unimed na camisa do Fluminense, a marca de bebidas Viton 44 comunicará nesta sexta-feira ao Botafogo que não será mais seu patrocinador principal. Após quatro anos de relação comercial com o clube, Neville Proa, dono da marca, classifica como "pavorosa" a condução do contrato em 2014. A renovação era uma das prioridades da atual diretoria, coberta de dívidas e em busca de receitas. Neville acusa a antiga cúpula de ter causado "aporrinhações" devido ao adiantamento da cota de patrocínio por intermédio de um banco de investimento no primeiro semestre deste ano.

— A antecipação não era para pagar jogador, era da rodinha lá de dentro. Só pode ser isso, mais nada — acusou o empresário. — Eu não sabia de nada. Única e tão somente, eu fazia propaganda. Vivemos só disso, e nos deu uma visibilidade enorme. Infelizmente, acontece de encontrar esses sem-vergonha, safados, como tem um monte no Brasil.

Neville afirma ter sido "coisa do Maurício (Assumpção) e da antiga diretoria" e isenta o novo presidente, Carlos Eduardo Pereira, eleito no fim de novembro, mas descartou a renovação. Procurado pela reportagem, o clube afirmou que prefere aguardar um desfecho positivo da negociação com a Viton 44 e ressaltou que o contrato "tem sido um sucesso tanto para o clube como para a empresa". A reportagem procurou Maurício Assumpção, que não retornou as ligações e nem as mensagens de voz deixadas.

Em um mercado dependente do patrocínio de empresas estatais, o Botafogo se orgulhava de ter um dos maiores contratos do país com uma empresa privada, estimado em mais de R$ 20 milhões na última temporada. A parceria que começou pequena, em 2010, cresceu e abriu o olhos de outros clubes, como Flamengo e Fluminense, e até da Federação de Futebol do Rio, que também é patrocinada pela marca.

A relação foi abalada no primeiro semestre, segundo Neville, quando o Botafogo antecipou as verbas de patrocínio de 2014 quase integralmente através do Banco Modal, sem a autorização da Viton 44. Ao mesmo tempo, a Justiça foi atrás das fontes de receitas do alvinegro para quitar dívidas do clube. Foi quando Neville se sentiu constrangido ao ver um oficial de Justiça em sua empresa. Desde então, ele paga a cota de patrocínio em juízo, o que desagradou o banco, que recebia da Viton 44 a dívida criada pelo Botafogo.

— O banco perdeu dinheiro com o Botafogo — diz ele.

POR EDUARDO ZOBARAN/ O Globo