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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Edinho vê "pênalti duplo" no lance que deu vitória ao Botafogo sobre o Inter


Comentarista do SporTV acredita que zagueiro Eduardo fez falta em Sassá e tocou o braço na bola dentro da área na mesma jogada: "Foi inocente e chutou o atacante"



Depois de amargar quase o primeiro turno todo na zona de rebaixamento, o Botafogo evoluiu, cresceu de produção e, após a vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, nesta quinta-feira, na Arena da Ilha, conseguiu entrar no grupo de times que se classificam para a Copa Libertadores em 2017. Porém o gol que deu os importantes três pontos surgiu após um pênalti polêmico, que deixou os jogadores colorados revoltados com a arbitragem. Para o comentarista do SporTVEdinho, entretanto, o árbitro Marielson Alves Silva poderia marcar "duas faltas" na mesma jogada (assista ao vídeo).




- Eu achei que houve não só o pênalti pelo toque da mão na bola, que ficou claro, como também houve o toque do zagueiro Eduardo em cima do Sassá. Porque, na hora do contato, na hora em que a bola estava para ser dividida, o Eduardo estava tentando tirar essa bola. O Sassá inteligentemente colocou o corpo na frente, colocou a perna, para o adversário chutar sua perna ao invés da bola. Ou seja, o árbitro poderia até interpretar como falta do Sassá, mas o Eduardo foi inocente, chutou o atacante, se desequilibrou e colocou o braço na bola. O árbitro exitou, demorou a marcar, mas depois assinalou o pênalti - comentou Edinho.


Sassá comemora o gol marcado pelo Botafogo contra o Inter (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)

Após 0 a 0 no primeiro tempo, o técnico do Botafogo, Jair Ventura, fez duas alterações para a etapa final: os atacantes Sassá e Rodrigo Pimpão entraram nos lugares de Vinícius Tanque e Dudu Cearense. Na opinião de Edinho, o treinador alvinegro foi mais corajoso que o experiente Celso Roth, do Inter, ao abrir o time e buscar a vitória.


- São momentos diferentes, mas o treinador do Inter tem que entender e ter uma leitura do jogo, soltar um pouco mais a sua equipe. Ele fez isso no jogo passado, contra o Coritiba, mas hoje a equipe esteve muito presa, com muita marcação. Apesar da dificuldade do gramado duro, a bola ficava viva, os jogadores não conseguiam dar uma sequência de passes. A postura do treinador do Botafogo, no segundo tempo, foi abrir a sua equipe, colocando o Pimpão e o Sassá. O Celso Roth teve a chance de fazer o mesmo para buscar a vitória, mas não o fez - concluiu.


O Inter volta a campo no domingo, às 17h (horário de Brasília), para enfrentar o Flamengo no Beira-Rio, enquanto o Botafogo joga no mesmo dia e horário, na Arena da Ilha, em confronto contra o Atlético-MG.


Fonte: GE/Por SporTV.com/Rio de Janeiro

Jair desconversa sobre G-6, e diz que meta contra a queda foi alcançada


Treinador afirma que trabalha com objetivos e se mostra feliz por chegar aos 47 pontos após vitória por 1 a 0 diante do Internacional






O discurso se repete a cada triunfo do Botafogo no Brasileiro. Apesar da subida do time na classificação, Jair Ventura se recusa a falar sobre Libertadores. Nem mesmo a vitória diante do Internacional por 1 a 0, nesta quarta-feira, na Arena Botafogo, que colocou o time no G-6, mudou o panorama. O treinador quis enfatizar que a meta de evitar o rebaixamento foi alcançado. Com 47 pontos, em quinto lugar, o Alvinegro não tem chance de cair.


- O primeiro objetivo alcançado, de livrar do rebaixamento. Fico feliz, foi um jogo difícil. O Inter vinha de duas vitórias, mas estou contente com a primeira meta. Trabalho muito com objetivos, e o primeiro foi alcançado. Agora é continuar jogo a jogo tentando levar ao mais alto possível na tabela. O que vier vamos tentando buscar. O Botafogo é muito grande para pensar só em permanecer na Série A - disse Jair.

Jair Ventura orientando o time à beira do campo contra o Inter (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)


Confira outros trechos da entrevista de Jair Ventura:


MAIS ALTO POSSÍVEL É O TÍTULO
- Vou jogo a jogo. Hoje estamos em quinto, se chegar a quarto é mais alto. E assim a gente vai.

HORA DE SECAR OS CONCORRENTES?
- Tem que torcer para ninguém, secar ninguém não. É fazer a nossa parte. Hoje a gente está dentro, amanhã pode estar fora de novo. Não estou preocupado com isso, vamos jogo a jogo.

SASSÁ
- Já estava definido (que começaria no banco). O Sassá ainda não entrou na sua melhor forma física, então a gente achou melhor entrar no decorrer, de maneira gradativa ele vai voltando. (Titular domingo?) Não sei, vamos ver como ele está fisicamente, teve uma lesão importante. O objetivo é pensar nele para todo campeonato, de repente eu o ponho os 90 minutos e perco ele mais três ou quatro jogos. É nosso artilheiro, vamos juntos com o departamento médico, fisiologistas, para termos ele 100%.

SUBSTITUTO DO CARLI

- Meritocracia, quem estiver em melhor momento joga, não tenho preferência por B ou C. Isso valoriza a força do grupo. Hoje jogamos sem o Diogo (Barbosa), o Bruno (Silva). São 11 jogos e tomamos três gols, acho que a segunda melhor defesa levou sete. Então não é fácil, estamos de parabéns. A grande força do Botafogo é o trabalho coletivo.

VAGA NA LIBERTADORES
- Tem que pensar sempre grande, mas nossa realidade não era essa. Um clube da magnitude do Botafogo ficar contente só com escapar do rebaixamento é pouco. Agora é tentar chegar o mais alto possível.

COMO SUPEROU A DESCONFIANÇA

- Falei na preleção hoje, acho que nós não estávamos preocupados com o que as pessoas achavam, com quem dizia que iria cair. Precisávamos mostrar sim para as pessoas que acreditam na gente. Essas que a gente não podia decepcionar. Isso que falei na preleção, lutar pelas pessoas que acreditam na gente.

FORMAÇÃO MAIS OFENSIVA
- A questão do treinador, todo tem um sistema de preferência, mas você não pode implementar se não tem peças. Eu tenho um, não vou revelar, mas tenho. Não posso começar... Em um jogo de baralho, você usa dois coringas de cara, e se precisar ao longo do jogo? Vamos com calma estudar sempre a melhor estratégia. Hoje estamos tendo dificuldade no terço final do campo, colocamos dois externos e conseguimos criar mais. o Inter também veio fechado, dificultou. Vai ser assim até o final. Eles tiveram uma chance com o Vitinho, e nós duas com o Neilton e o Pimpão. Foi um jogo de poucas oportunidades.

TORCIDA
- A torcida deu um show à parte. Jogo tarde, vieram 10 mil, só tenho a agradecer pela força. Não acho ela chata, não, a torcida tem todo direito de cobrar. Sabe da nossa realidade. Contra o Santos jogamos até melhor e saímos com a derrota. Não acho que jogamos mal, jogo foi com poucas oportunidades mesmo.

CARTÕES POR RECLAMAÇÃO
- A gente fala, tem que entender que no calor do jogo é muito complicado. Já estive lá, lance que os dois levaram cartão (Carli), não sei o que aconteceu. Não sou de ficar lamentando ausência, perdemos nosso capitão, mas vamos embora.

QUEDA DE RENDIMENTO DE CAMILO
- É difícil manter uma regularidade em alto nível, mas o Camilo vem ajudando bastante. Trabalho com GPS, ele sempre vem correndo mais, joga para o time. Lógico que para vocês um cara que faz aquele gol de bicicleta, depois aquele contra o Cruzeiro, chama mais atenção. É um cara que joga para a equipe e vem ajudando mesmo sem estar sendo decisivo.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Sassá entra, decide, põe o Botafogo no G-6 e afunda Inter no Z-4


Atacante é o herói e vira artilheiro do Brasileirão. Gaúchos não aproveitam tropeços de rivais, seguem com a corda no pescoço e reclamam de pênalti que decidiu o jogo





Festa em preto e branco, desespero vermelho. Botafogo e Inter chegaram à Ilha do Governador na noite desta quarta-feira com objetivos bem definidos em lados opostos da tabela do Brasileirão. Para alcançá-los, bastaria vencer pela 30ª rodada. Melhor para os cariocas que fizeram o dever de casa com o 1 a 0, gol de Sassá, agora artilheiro ao lado de Gabriel Jesus e Robinho, e entraram pela primeira vez na zona de classificação para Libertadores. De quebra, o Glorioso não corre mais nenhum risco de rebaixamento, fantasma que cada vez mais assombra um Colorado revoltado com o pênalti que decidiu o jogo.

Sassá comemora gol da vitória do Botafogo e é abraçado por Rodrigo Pimpão (Foto: André Durão / GloboEsporte.com)

Com a derrota do Sport para a Chapecoense e o empate entre Figueirense e Coritiba, um empate era suficiente para que os gaúchos colocassem a cabeça para fora d´água. O toque de mão na bola de Eduardo já na reta final da partida, entretanto, custou a saída do Z-4. O Inter, com 33 pontos, segue em 17º, e encara o Flamengo, domingo, às 17h (de Brasília), no Beira-Rio, pressionado. Já o Botafogo pulou para a quinta colocação, com 47 pontos, e seca Fluminense e Atlético-PR na quinta-feira para seguir no G-6. Domingo, o compromisso é novamente em casa, diante do Atlético-MG, também às 17h.


Um Botafogo sem pressa diante de um Internacional sem motivos para se expor por conta da situação delicada que vive na tabela. Pode parecer até clichê, mas o jogo na Ilha do Governador começou com as duas equipes se estudando. E como! Até os 30 minutos, praticamente nada aconteceu. Ou melhor, nada aconteceu além de falta para um lado, passe errado para o outro. Aí, Dudu Cearense decidiu arriscar de fora da área. Enfim, uma boa finalização, que deu início a um lá e cá interessante na reta final. Carli, Valdivia, Vitinho e Neílton tentaram, mas a etapa inicial acabou mesmo sem gols.

Vitinho arranca e deixa Emerson para trás. Atacante foi o melhor colorado em campo (Foto: Ricardo Duarte / Inter, DVG)

Precisando vencer para dormir no G-6, o Botafogo mudou. Jair Ventura trocou o criticado Vinicius Tanque por Sassa, mandou o time para o ataque, mas o Inter seguia lá, fechadinho, sem dar muito espaço. De vermelho, Vitinho era praticamente um guerreiro solitário contra o ex-clube e levou perigo. Chute de longe, arrancada, trabalho para Sidão. Em casa, o Alvi-Negro se mandava para o ataque, abusava das bolas aéreas. Quando colocou no chão, resolveu. Sassa tabelou com Neílton, dividiu com Eduardo, que caiu e tocou a mão na bola. Pênalti cobrado e convertido pelo próprio atacante. O Glorioso, enfim, entra na zona da Libertadores, e o Colorado agoniza no Z-4.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro