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sábado, 3 de dezembro de 2016

Com sotaque parte II: Botafogo repete tática, mas busca "gringos adaptados"


Depois de expectativas frustradas em 2016 com sul-americanos estreantes no país, Alvinegro fecha com Gatito e busca Montillo, ambos com mais de dois anos de Brasil



A aposta do Botafogo em 2016 pode não ter dado muitos frutos, mas será mantida em 2017: a caça aos gringos! Só que desta vez com um viés um pouco diferente: menos apostas, mais experiência. E depois de expectativas frustradas com nomes como Salgueiro, Lizio, Gervásio "Yaca" Núñez e Canales, a diretoria dá preferência para estrangeiros já adaptados ao futebol brasileiro. Já fechou com o goleiro paraguaio Gatito Fernández, que está há dois anos e meio no país e acumula passagens por Vitória e Figueirense; e está em negociações pelo meia argentino Montillo, que embora esteja na China já jogou três anos por aqui, entre Cruzeiro e Santos.











































Afinal, nem todo mundo é um Seedorf, que chegou quebrando a banca no Botafogo e no futebol brasileiro em 2012. Carli, por exemplo, considerado a aposta entre os estrangeiros que deu certo neste ano, sofreu com lesões no início do ano por causa da adaptação à quantidade de jogos, segundo avaliação interna. Por outro lado, gringos alvinegros que não vingaram em suas primeiras temporadas no país não faltam: Artigas, Ferreyra, Escalada e Zárate (Argentina), Zeballos (Paraguai), Arévalo e Mário Risso (Uruguai) foram alguns nos últimos 10 anos.

Para ajudar na captação de "nomes cascudos", a diretoria tem dialogado com Gerardo Cano, empresário uruguaio com muitos contatos no continente. O agente dos ex-alvinegros Lodeiro, Navarro e Salgueiro – que vive seus últimos dias no clube – almoçou com o presidente Carlos Eduardo Pereira em um shopping da Zona Sul do Rio de Janeiro na última sexta-feira. Em pauta, possíveis alvos no mercado. Na quarta, foi a vez de membros da diretoria se reunirem com o argentino Sérgio Irigoitia, representante de Montillo, e apresentar um projeto para a Libertadores.


Fato é que o Botafogo vem explorando bastante o mercado sul-americano, mais barato do que o brasileiro, e aumentando o número de gringos nos últimos anos. Em 2008, chegou a ter quatro: Castillo (Uruguai), Ferrero, Escalada e Zárate (Argentina); dois anos depois, foi a vez de Loco Abreu (Uruguai) e Herrera (Argentina) iniciarem uma dupla que duraria duas temporadas e ainda ganharia a companhia de Arévalo (Uruguai) em 2011; em julho de 2012, chegaram Seedorf (Holanda) e Lodeiro (Uruguai); dois anos mais tarde, foram novamente quatro estrangeiros em General Severiano com Bolatti e Tanque Ferreyra (Argentina), Mário Risso (Uruguai), Zeballos (Paraguai) e Ramírez (Peru). E no ano passado, foi a vez de Navarro e Bazallo (Uruguai).


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro