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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Botafogo está pronto para engatar a quarta rumo ao G4 (Atualizado)



Após trinca de vitórias, jogadores do Botafogo estão confiantes na quarta diante do Inter

Elkeson no treino do Botafogo (Foto: Wagner Meier / Agif)
Elkeson tenta o domínio de bola no treino do Botafogo (Foto: Wagner Meier / Agif)

Depois da terceira vitória seguida no Campeonato Brasileiro, algo inédito para o time na edição deste ano da competição, o Botafogo se prepara pra engatar uma quarta e seguir firme na escalada rumo ao G4.

O adversário da vez é o Internacional em jogo marcado para essa quinta-feira, às 21hs, no Engenhão, o mesmo Inter que vencemos em pleno Beira-rio, no primeiro turno, por 2 a 1.

Veja os melhores momentos dessa partida


Somando 37 pontos, o Botafogo poderia voltar ao grupo de elite da competição que já frequentou no início do campeonato, caso o Vasco tropeçasse diante do Palmeiras, nesta quarta-feira, o que não ocorreu. O time de São januário venceu o jogo e adiou o sonho  por mais algumas rodadas.  Agora, é preciso que o Bota faça sua parte vencendo o Inter, no Engenhão, para que não se perca no meio da tabela.

Para esse jogo, o técnico Oswaldo de Oliveira terá a volta de Jéfferson, que serviu à Seleção  e ainda Fábio Ferreira e Márcio Azevedo, que ficaram de fora da última partida cumprindo suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Os três devem retomar a titularidade nas vagas de Renan, Brinner e Lima, respectivamente. O restante do time deve ser mantido, inclusive os garotos Dória, Gabriel e Jadson, que conquistaram de vez a confiança do grupo, da torcida e do treinador.

O retorno do zagueiro Antônio Carlos, do volante Renato e até do meia Vítor Júnior, todos em processo de recuperação de lesões, deve ficar para uma próxima oportunidade já que a nova formação encaixou e vem conquistando grandes resultados. Além deles, Amaral, que já havia perdido espaço no time titular, também aguarda uma nova oportunidade. Outro que está nessa condição é atacante Rafael Marques que, recuperado de uma torção no tornozelo esquerdo, poderá ter chance de ser relacionado para o próximo compromisso.

O otimismo aumenta com a possível participação do uruguaio Lodeiro no jogo. O jogador estava a serviço da Celeste que disputa as Eliminatórias para a Copa do Mundo 2012 e retornou aos treinamentos no Botafogo, nessa quarta, a tempo de ser relacionado para a partida. Dependendo de suas condições atléticas, o meia atacante pode ser aproveitado contra o Inter, o que seria um grande reforço para o time.

Doria, Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Zagueiro Doria, de 17 anos, ganha a posição de titular no Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)


A diretoria, atendendo pedido dos jogadores, prorrogou a promoção dos preços do ingresso e ainda a ampliou com a gratuidade às torcedoras que comparecerem com a camisa feminina oficial, desde que entrem no estádio com meia hora de antecedência. 



Essa iniciativa aumenta a expectativa de que tenhamos um bom público no Engenhão, superior até aos 18 mil presentes no jogo contra o Náutico. 

Que nossa torcida dê outro show nas arquibancadas apoiando e incentivando o time em tempo integral, mesmo nos momentos de sufoco, como fez no último jogo, para "glória" do rabugento e agora entusiasmado, técnico Oswaldo de Oliveira.



Portanto, todos ao Engenhão, rumo ao G4!




Botafogo vai estrear seu ônibus personalizado nesta quinta-feira


Veículo ficará exposto na frente da sede de General Severiano antes de levar os jogadores para a partida contra o Internacional


O Botafogo chegará ao Engenhão na noite desta quinta-feira, para a partida do Internacional, em grande estilo. Será a primeira vez que os jogadores vão utilizar o ônibus personalizado do clube, uma parceria com a Mercedes Benz.
 O presidente Mauricio Assumpção e o diretor executivo Sergio Landau receberão das mãos de representantes da empresa a chave do veículo em uma cerimônia aberta para a torcida em General Severiano.

O ônibus ficará exposto em frente ao casarão da sede do clube, em General Severiano. O layout foi escolhido pelos próprios torcedores em votação feita na internet. O modelo escolhido tem a inscrição Glorioso na lateral e será decorado com a imagem da bandeira do clube tremulando

O layout escolhido pela torcida do Botafogo para o ônibus (Foto: Divulgação)

Por Fred Huber e Thales SoaresRio de Janeiro

Com objetivos semelhantes, Botafogo e Inter se enfrentam no Engenhão


Embora estejam próximos do G4 do Brasileirão, times vêm de momentos opostos. Bota venceu os últimos três jogos e Inter conquistou apenas um triunfo nas últimas sete partidas



Apresentação Botafogo x InternacionalBotafogo e Internacional entrarão em campo nesta quinta-feira, às 21h, no Engenhão, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, com o mesmo objetivo: se aproximar do grupo dos quatro primeiros colocados. Atualmente, o Glorioso está mais próximo, já que é o quinto colocado, com 37 pontos. O Colorado vem logo atrás, em sétimo, com 35.

Apesar do boa posição na tabela, o momento dos dois times é bem diferente. Os botafoguenses vêm de uma inédita sequência de três vitórias no Brasileirão. Já os gaúchos visitam o Rio com o retrospecto de ter vencido apenas um jogo dos últimos sete que disputou. Além disso, foi derrotado em casa na última rodada, para o líder Fluminense.

SEEDORF É DÚVIDA NO BOTA

Com um clima totalmente diferente ao de algumas semanas atrás, o Botafogo encara o Inter mirando uma entrada no G4 já nesta rodada. Para que isso aconteça, terá que vencer e torcer por um tropeço do Vasco contra o Palmeiras, nesta quarta-feira, em São Januário.

Durante a semana, a equipe teve boas e más notícias para o confronto. Fábio Ferreira e Márcio Azevedo voltam de suspensão e Jefferson retorna da Seleção. Os três irão começar de titular. Por outro lado, o holandês Seedorf não treinou durante a semana e será reavaliado antes do jogo. Caso fique de fora, Cidinho ou Lodeiro entram.

Esta, porém, é a única dúvida do técnico Oswaldo de Oliveira. O comandante, inclusive, voltou a pedir o apoio da torcida alvinegra e fez questão de frisar queo Botafogo não pode entrar em campo pensando apenas no G4, afinal, isto será apenas uma consequência de uma vitória.

Eu tenho que trabalhar pensando no jogo. Se vencermos e entrarmos no G4, é uma consequência. Eu não posso basear meu trabalho nisso. Sobre a torcida, a diretoria fez a promoção e deu resultado dentro de campo. Eu busco apenas apoiar e espero que se repita - comentou.

COLORADO REFORÇADO NO ENGENHÃO

Reforçado com as suas principais estrelas. Esse é o Internacional para o duelo diante do Botafogo, que terá o retorno de Guiñazu, D'Alessandro, Forlán e Leandro Damião para tentar encerrar a sua má fase - venceu apenas um dos seus últimos sete jogos.

D'Alessandro havia cumprido suspensão automática contra o Fluminense, no último domingo e Leandro Damião está de volta após desfalcar o Inter nos dois últimos jogos, pois defendeu a Seleção Brasileira nos amistosos contra África do Sul e China. Já Guiñazu e Forlán devem iniciar o jogo como titulares, apesar de terem atuado na última terça-feira pelas seleções de Argentina e Uruguai, respectivamente. Fernandão, técnico colorado, confirmou o desejo de ver a dupla entre os titulares.

No entanto, o Inter terá os seus desfalques. Juan, Kleber, Ygor, Otávio e Rafael Moura seguem lesionados. Já os laterais Nei e Fabrício terão de cumprir suspensão automática e serão substituídos por Edson Ratinho e Zé Mário, respectivamente. As outras baixas são os atacantes Dagoberto e Mike. O primeiro, com dores na coxa direita, seria opção para começar o jogo entre os titulares.

Apesar de contar com reforços importantes, o Inter terá de superar o seu desempenho atuando como visitante no Brasileirão para superar o Botafogo. O Colorado conquistou apenas 14 dos 33 pontos disputados longe do Beira-Rio (42,2% de aproveitamento) e não vence fora dos seus domínios desde o dia 4 de agosto, quando derrotou o Palmeiras. Desde então, foram quatro jogos, com dois empates e duas derrotas.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO X INTERNACIONAL
Local: Engenhão (RJ)
Data/Hora: 13/9/2012, às 21h
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (Asp.Fifa/GO)
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Ivan Carlos Bohn (PR)

BOTAFOGO: Jefferson; Lucas, Fábio Ferreira, Dória e Márcio Azevedo; Jadson e Gabriel; Fellype Gabriel, Cidinho (Seedorf ou Lodeiro) e Andrezinho; Elkeson - Técnico: Oswaldo de Oliveira.

INTERNACIONAL: Muriel; Edson Ratinho, Rodrigo Moledo, Índio e Zé Mário; Josimar e Guiñazu (Elton); Fred, D'Alessandro e Forlán (Cassiano); Leandro Damião - Técnico: Fernandão.


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Lodeiro corre contra o tempo para reforçar o Botafogo contra o Inter



Uruguaio voltou ao clube nesta quarta-feira depois de defender a seleção de seu país. Último jogo do meia foi contra o Coritiba, quando fez um gol


O uruguaio Lodeiro não perdeu tempo em sua volta ao Botafogo. Ele chegou ao Engenhão por volta de 12h (de Brasília), depois de ficar a serviço da seleção do Uruguai por quase 10 dias, e foi diretamente para o campo anexo do Engenhão para fazer uma atividade física acompanhado apenas de membros da comissão técnica.


O uruguaio Lodeiro treino no Botafogo nesta quarta-feira (Foto: Thales Soares/Globoesporte.com)

Existe a possibilidade de Lodeiro até começar como titular a partida contra o Internacional, quinta-feira, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. Ele substituiria Seedorf, que ainda é dúvida, por estar com dores na coxa esquerda e não ter participado do treinamento desta quarta-feira.

O último jogo de Lodeiro pelo Botafogo foi contra o Coritiba, dia 2, quando marcou um gol na vitória de 2 a 0, no Engenhão, a primeira da série de três seguidas do time no Campeonato Brasileiro. Na ocasião atuou como titular e ficou em campo os 90 minutos.

Por Fred Huber e Thales Soares

Na roda viva do Bota, Oswaldo diz: Delícia transformar choro em sorriso'


Técnico garante que Loco Abreu só saiu por não ter aceitado reserva: 'Queria poder olhar para o banco e chamá-lo', lamenta


Fiel às suas convicções, o técnico Oswaldo de Oliveira enfrentou momentos complicados no comando do Botafogo no Campeonato Brasileiro, mas depois de três vitórias seguidas vive dias de tranquilidade. Com a torcida novamente em paz com o time, os alvinegros já voltaram a flertar com a disputa da vaga para Libertadores. O quinto lugar na tabela permite sonhar mais alto.

- Nunca pensei em desistir, mas já fiquei muito pau da vida várias vezes. Mas essas coisas me fortalecem, porque eu busco motivo para dar a volta por cima. É muito gostoso sair de uma situação ruim. É uma delícia transformar choro em sorriso, não tem nada melhor - disse o entusiasmado comandante.

Oswaldo detalhou o processo da saída de Loco Abreu para o Figueirense e explicou como foi lidar com o descontentamento da torcida sem o ídolo. O treinador disse que aceitaria Jobson de novo no grupo, mas admitiu que não tem tanta fé na recuperação do problemático atacante.


Oswaldo de Oliveira: entusiasmo com a Copa do Mundo de 2014 (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
O treinador também falou da relação com Seedorf, das suas influências para formar os esquemas táticos de seus times, sua admiração pela Laranja Mecânica, e revelou uma frustração: não ter conseguido acertar com a seleção japonesa um contrato para que fosse o treinador na Copa do Mundo de 2014.

GLOBOESPORTE.COM: o Botafogo viveu altos e baixos nesta temporada. Recentemente, contra o São Paulo, o time foi goleado por 4 a 0, mas depois teve uma sequência de três vitórias e voltou a falar de G-4. Como fazer para trabalhar isto com um grupo de jogadores muito jovens e outros muito experientes, como o Seedorf?

Oswaldo critica o calendário do futebol brasileiro
(Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
OSWALDO DE OLIVEIRA: Sabe por que isso? Porque no futebol brasileiro tem muita coisa errada, principalmente fora do campo. Dentro, não precisamos de muita coisa, nem de treinador estrangeiro. Jogador estrangeiro vem por causa de mercado e porque os nossos saem. O que precisamos é de um calendário melhor, isso é primordial. Encolher os estaduais. São lindos, tradicionais, sou apaixonado pelo Carioca, mas 16 clubes não dá. Depois do Carioca tem Copa do Brasil, depois Sul-Americana, Brasileiro... Jogamos a cada quarta e domingo. Se em vez de jogar oitenta jogos disputássemos cinquenta, estas coisas iam acontecer em um espaço maior de tempo. Por isso que em um dia dizem que o Botafogo vai cair e no outro dizem que vai disputar a Libertadores.

Foi muito complicado passar pela fase ruim e ter de ouvir críticas e xingamentos?

Não vou dizer que passo incólume, eu sinto bastante. Preferiria viver de outra forma. Não dá tempo, é muito difícil. Isso que provoca esta situação de ser o querido de manhã e à noite ser a bola da vez.

Em algum momento chegou a pensar em desistir?

Eu não gosto de viver este tipo de situação, mas adoro sair dela. Eu me sinto muito bem. Cada vez que você consegue dar uma volta por cima dessa, se sente fortalecido e confiante para continuar o trabalho. É isso que está acontecendo agora. Mas é só até a próxima derrota também (risos). Nunca pensei em desistir, mas já fiquei muito pau da vida várias vezes. Mas essas coisas me fortalecem, porque eu busco motivo para dar a volta por cima. É muito gostoso sair de uma situação ruim. É uma delícia transformar choro em sorriso, não tem nada melhor.
Ele (Loco) não estava jogando bem, não estava fazendo gol. Ou estava? Não se movimentava no campo da maneira que precisava se movimentar para que o time funcionasse."
Oswaldo de Oliveira

Como fazer para manter o elenco motivado e concentrado na competição diante de tantas adversidades?

O trabalho no Botafogo é maravilhoso, porque não estou sozinho para resolver tudo isso. Tenho um gerente, nutricionista, fisiologista, três preparadores físicos, dois auxiliares, três pessoas trabalhando na captação de imagens de adversários. Nosso envolvimento é muito grande, e eu vou setorizando. Sem isso fica impossível de equacionar tudo e colocar o time em campo para vencer. Por isso que os clubes bem estruturados vão ser absolvidos, e os outros todos condenados.

Uma das situações complicadas que você viveu foi a saída do Loco Abreu. Mesmo longe, ele acabou se tornando um fantasma, principalmente quando os gols não estavam saindo e a torcida sentia falta dele. Como foi administrar a saída e a ausência dele?

Não tive a intenção de fazer a torcida esquecer e nem de convencer os companheiros dele de que teríamos de sobreviver sem ele. Primeiro porque todos já estavam convencidos, já que ele não estava jogando bem, não estava fazendo gol. Ou estava? Não se movimentava no campo da maneira que precisava se movimentar para que o time funcionasse. Depois, não fui eu que tirei ele. Ele que não quis ficar e se submeter a uma situação de eventualmente se transformar em reserva. A opção foi dele, tivemos de aceitar. O que direciona tudo é o resultado dos jogos. Quando os resultados não foram o que esperávamos, houve uma mobilização e este livro foi novamente tirado da prateleira. Se estivéssemos como estamos agora, vencendo e com o Elkeson fazendo gols, ninguém ia falar mais nele. No fundo, o que eu queria mesmo é que ele ficasse e me ajudasse. Queria, em um momento que precisasse de um jogador de área, poder olhar para o banco e chamá-lo. Em um jogo que o adversário ficasse mais no campo de defesa e não precisássemos de tanto vai e vem, o Loco poderia jogar e fazer os gols. Ou então poderia ficar sete ou dez dias se preparando para jogar uma partida especial. É um negócio muito complexo, e só havia uma alternativa. Ou eu convencia, ou não. Eu não consegui, ele preferiu sair.

Oswaldo de Oliveira gostaria de treinar a seleção
do Japão (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
Como foi a reação dele?

Disse a ele que não poderia garantir que ele ia jogar. Ele sempre foi muito educado comigo, e eu com ele. Nunca houve estremecimento, nunca aumentamos a voz de parte a parte. Nunca houve cara feia, sempre foi uma relação muito legal, só que racionalmente ele fez uma escolha de sair. Eu achei que precisava agir da forma que agi.

Ficou chateado com a entrevista que ele deu no lançamento da chuteira, dizendo que não poderia brigar com a tática?

Não lembro (da entrevista), mas lembro que ele disse que era por causa de uma mudança de sistema de jogo. Isso não era, porque o Botafogo já jogava assim antes. É o que eu falo da função, da característica de cada jogador. Ele não estava conseguindo fazer os gols acontecerem.

No ano passado ele não era o responsável pelos gols?

Um ano depois as coisas podem mudar. Há um ano o Kaká jogava muito, hoje ele não joga mais. O Luis Fabiano agora está jogando bem, mas há um ano não estava. As coisas mudam muito, e preciso resolver o problema na hora.
O problema é o Jobson querer. Hoje, não acredito mais com a veemência que eu acreditava. É difícil."
Oswaldo de Oliveira

O Rafael Marques chegou para ser o substituto dele e acabou sendo perseguido nos primeiros jogos...

Acabou realmente criando um clima ruim para ele. É um jogador que precisava se adaptar e, queira ou não, veio para substituir o Loco. Ficou um peso grande para ele e nós não conseguimos vencer os jogos que aconteceram logo em seguida. As coisas foram ganhando proporções difíceis de serem controladas. Conversei com o Rafael sempre. De repente, agora ele voltando da lesão, um pouquinho mais calejado, acho que pode render mais.

Na fase ruim, muitos torcedores pediram até que Túlio Maravilha fosse incorporado ao time principal. Você teve o temor de que ele se tornasse mais um fantasma?

Todos têm opiniões diferentes. Muita gente viu o Túlio e não esquece. Eu vi o Garrincha e não esqueço. O Botafogo é o 13º orçamento do Brasileiro e está em quinto lugar. Tem coisas que são imponderáveis, não se pode conversar sobre futebol nestes termos. Acho que tem muitos torcedores que o psicólogo manda ir ao estádio para xingar o treinador. Aí o outro fala: "E o mensalão?". "Eu lá quero saber de mensalão". Essa coisa é muito irracional, é a paixão. O Botafogo não tem tido muitas conquistas nos últimos anos, ao contrário de Flamengo, Fluminense e Vasco. Aí entra no regionalismo, na gozação. Não dá para racionalizar muito.

Como você avalia a situação do Jobson? Afinal, esta possibilidade já chegou a você?

Ainda não me falaram nada sobre ele. Se vier do que jeito que estava, não vai ter chance. Fiquei maluco no início quando o vi treinar. De onde ele pegava a bola fazia gol. Faltavam quarenta dias para o fim da suspensão, aí falei para a gente correr para prepará-lo. Eu dizia que a minha preocupação era com o depois que ele começasse a jogar, quando estivesse novamente em evidência e fosse procurado pelas "mentes do mal". Quando não estava jogando, só tinha gente do bem em volta. Quando começasse a jogar que era preciso fechar o cerco. Aconteceu o que eu temia. Até então ele comparecia aos treinos e se consultava com o terapeuta. Estava ótimo. Depois, se transformou. Começou a faltar treinos e a não ir na terapia. Isso cria um clima desagradável com os companheiros. Então, não é o que quero, é o que o Jobson quer. Se ele quiser, claro que vou gostar que ele jogue.

Oswaldo contou a conversa que teve com Loco
(Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
Mas você acha que o maior problema seria o grupo aceitá-lo de volta?

Eu os convenço, apesar de que os que já estão há mais tempo no clube não devem acreditar tanto. Mas se eu pedir, acho que consigo. O problema é o Jobson querer. Hoje, não acredito mais com a veemência que eu acreditava. É difícil. Ele tem a vida dentro e fora do clube. Se não conseguir cuidar fora, não adianta. O cara que treina e não descansa, não se alimenta bem, não consegue. A vida de atleta não é mole. Não vivemos mais a época romântica do Heleno de Freitas. Tem mais exemplos por aí.

Você já disse anteriormente que gostaria de abolir a concentração futuramente. No Botafogo, ela já é mais flexível do que na maioria dos outros clubes. Já teve problemas com isso?


Eu tenho esse sonho de atingir este profissionalismo. Sempre falo para eles que o dia em que eu confiar neles, faço. Recentemente isso me passou pela cabeça por causa da sequência grande de jogos e viagens. Isso cria um nível de cansaço que influi na performance. Você tira o cara da família dele, aumenta muito o estresse e ele não consegue relaxar. Mas nunca tive problemas com concentração no Botafogo, a resposta tem sido muito boa.

Nos momentos complicados, você deixou de fazer coisas que gosta para evitar ser incomodado por torcedores?

Não tenho tido problemas. As pessoas que não estão sastifeitas não têm falado nada, apenas as que estáo gostando. Eu não evito sair. Por exemplo, gosto muito de correr ou pedalar na praia, mas às vezes não quero ser reconhecido para não interromper o trabalho (físico). Aí às vezes eu prefiro não ir. Mas deixar de ir a restaurante, teatro, ainda não aconteceu.

Como é sua relação com o Seedorf, como é a conversa com ele no dia a dia?

Eu não tinha muita convicção antes (chegada do holandês ser boa para o clube), porque fomos pesquisar e fizemos um resumo dos útimos jogos dele. O último ano dele no Milan não foi bom, as poucas partidas que jogou não havia ido muito bem (Seedorf participou de 26 jogos). Mas na terça-feira agora eu estava conversando com ele e voltamos a falar nisso. Sempre buscamos soluções para encaixá-lo no time, porque não posso esconder que nossa forma de jogar mudou muito com a entrada dele. Mas ele foi nos convencendo à medida que foi jogando e se adaptando. Hoje acho que ele evoluiu bastante e vai evoluir ainda mais, até porque tem muita autocrítica. Admite que não vai conseguir jogar sempre com a mesma eficiência se tivermos de jogar seguidamente como tem acontecido. Isso me deixa muito tranquilo. Ter um cara com este nível de consciência facilita muito o trabalho. Nós nos procuramos muito para conversar, tem sido muito legal lidar com ele.
Oswaldo é um admirador da Holanda de 74
(Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
As conversas ficam só nas questões de dentro do campo?

Vão muito além, vai para fora do campo. Falamos de estrutura, de tudo... Ele tem uma preocupação muito grande com o que ele chama de "espírito vencedor". E isso vem de encontro com as coisas que eu penso também. A partir daí temos desenvolvido coisas legais.

Outra pessoa que você conversa bastante é com a psicóloga Maíra. Como é esta relação? Pede para ela ter determinado tipo de conversa com os jogadores?

Ocorre que estamos jogando demais, com muitas mudanças e com muitos garotos. Eles precisam de uma preparação mental especial. Isso passa pelo trabalho dela, então estou sempre colhendo e dando dados para ela. Peço para conversar, para me dar o perfil de determinado jogador. Às vezes preciso saber, posso estar entre Lennon e Gilberto, entre Gabriel e Jadson para escalar o time. Por isso a tenho procurado para trocarmos ideias. Precisamos preparar os meninos para esta roda viva.

Está animado para a Copa do Mundo do Brasil?

Estou ansioso, nunca assisti ao vivo. Eu tinha uma esperança grande de trabalhar na Copa dirigindo a seleção japonesa, achava que isso iria acontecer, mas acabou não acontecendo. Mas não abro mão de jeito nenhum de assistir a essa Copa. Quem sabe comentando os jogos. Na última comentei os jogos do Brasil para o Japão, talvez agora eles me chamem para comentar os jogos do Japão aqui. Acho que vai ser legal. Copa me fascina a vida inteira. Vou viver esta Copa do Mundo.

O Zagallo disse uma vez antes da Copa de 98 que a evolução tática do futebol seria o esquema 4-6-0. Você acredita que chegou nesta evolução?

O Zagallo para mim é inconstestável, é o sinônimo do futebol brasileiro. Não consigo fazer previsão disso. O grande pico do futebol acho que foi a Copa de 74, uma coisa extremamente revolucionária. A partir dali procurei me informar bastante. Tenho todos os jogos da Holanda naquela Copa. Já vi e revi alguma vezes, é sensacional. Depois daquilo as coisas aconteceram muito como espelho daquela Laranja Mecânica. Acho que o fator mais importante foi a ampliação da competição, da disputa. Hoje é muito mais disputado do que era em 98, quando o Zagallo falou isso, e do que em 74. Cada palmo do campo é muito disputado. Quem desfaz o bloco se expõe. Não gosto de me deter em números de formação, acho muito mutável durante o jogo. A linha de defesa realmente costuma ter quatro jogadores, mas na Europa, por exemplo, os laterais não saem tanto. Os dois do Botafogo saem, do Fluminense saem, do Inter saem... Dali para frente tem muitas mudanças, aí vai da característica dos jogadores. Já fizemos de várias formas no Botafogo. Gosto de citar o Fellype Gabriel, que uma hora ele está dentro da área e na outra está atrás dos zagueiros defendendo. Vejo o Andrezinho evoluindo nisso também.

A Holanda de 74 é o seu exemplo de futebol coletivo, sua referência para o seu trabalho de campo?

Não. É muito difícil de ser repetido, mas considero o ponto alto do futebol mundial taticamente. Se a Copa fosse em pontos corridos eles teriam sido campeões mundiais. Hoje, com a mudança da lei do impedimento, eles teriam problemas. Não é meu exemplo, mas tem muitas coisa dali que ajudaram muito na evolução. Primeiro, desmistificou completamente esta coisa da posição. A partir dali se falou em função dentro do campo. Outras coisas foram evoluídas, principalmente quando os holandeses foram para o Barcelona. Dizem até que é o motivo da forma atual do Barcelona jogar. Se bem que há pouco tempo o Guardiola disse que o espelho era o futebol brasileiro. De qualquer maneira a pressão na bola de não permitir que o adversário jogue foi uma coisa exemplar. Lembro de ter visto uma foto em que tinham dez jogadores holandeses e apenas um brasileiro na jogada, o Dirceu, do Botafogo, o mais holandês dos brasileiros. Aquilo para mim foi um negócio espetacular. E me chamou muita atenção.
Gosto muito do Mourinho, já o vimos em várias frentes. É marrento, mas já mostrou que é bom."
Oswaldo de Oliveira

O Elkeson conseguiu se encaixar no que foi planejado para ele? Está satisfeito com o desempenho?

Melhorou muito, mas ainda tem alguns passos a dar. Efetivamente nesta posição ele está há pouco tempo. Ele tem características fortes para jogar ali: é forte, rápido, ambidestro para finalizar, cabeceia bem, tem bom controle de bola... Melhorou muito o posicionamento dele dentro da área e é aguerrido para tentar roubar a bola. Mas tem bastante para se desenvolver.

Como foi a conversa com o Elkeson para conscientizá-lo na hora desta mudança?

Com ele foi muito mais fácil do que com o Fellype Gabriel há dois anos (no Japão), por exemplo. O Fellype era um segundo atacante que não se preocupava em marcar. O Elkeson era um segundo atacante que ia para dentro da área, e agora ele tem de ir mais. Quanto mais se aproxima do gol, mais atrativos ele encontra e se motiva. Facilita a tarefa. Quando faz gols, é muito mais fácil persuadir do que um jogador que passa a ter mais necessidade de marcar. O Elkeson escuta muito.

O que mudou em sua concepção tática depois de sua passagem pelo futebol japonês?

Acho que não é exatamente mudar, só me certifiquei, fiquei mais convencido que o eu achava antes de ir. Vi tanta obediência, tanta aplicação, tanta disciplina que achei que o segredo no Brasil era tentar fazer isso. Se tivermos isso com os jogadores que nós temos, ou nos aproximarmos disso, a coisa vai andar. Não tenha dúvida.

Você já foi alvo de críticas por causa de uma suposta rigidez em seu esquema tático no Botafogo. Como você recebeu isso? A formação do seu time tem a ver com estas convicções ratificadas no Japão?

No Japão eu não jogava assim, era 4-4-2, com dois atacantes na frente. Eventualmente eu utilizava este outro esquema quando não tinha algum deles. É mais ou menos a função que o Andrezinho faz atualmente. Mas o Botafogo já jogava assim antes e tinha jogadores com estas características. Tinha Elkeson, Maicosuel e Herrera. Aproveitei isso.

Explicar tática de jogo para torcedor é complicado?

Só quem convive, quem treina, é que sabe. O torcedor vê de cima, aí fica fácil porque ele está torcendo por um time. Não quer saber se do outro lado tem um Fred, um Vagner Love, um Luis Fabiano, só quer saber de colocar para atacar. Qualquer coisa já dizem que você é defensivo. Não é por aí. É preciso buscar um equilíbrio e, acima de tudo, respeitar as características dos atletas. Como tenho excelentes meias, faço o time funcionar de acordo com isso. A hora que o Rafael Marques estiver engrenado, vou jogar com ele e com o Elkeson na frente. Fica como mais uma opção. Não vim ferrenhamente com um sistema de jogo na cabeça. Quem fala isso é porque não sabe, no Japão eu não jogava assim.

O que você ainda assiste de futebol por prazer? E o que gosta de fazer nas horas vagas?

Sempre que tem um jogo do Barcelona, Real Madrid, seleção espanhola, jogos do Campeonato Inglês, gosto muito de ver. Gosto muito de ouvir música em casa, de ir a shows, ia a teatro, cinema... Estar no Rio ajuda, temos alternativas muito boas. No Japão ficava limitado, porque estava em uma cidade pequena, distante.

Tem ido a Realengo (na Zona Oeste do Rio, onde nasceu e ainda tem familiares)?

Não tenho ido muito a Realengo. A última vez foi há um mês mais ou menos, tomando café com a minha mãe. Mas estamos sempre em contato, tenho muitos amigos lá. O Recreio dos Bandeirantes (Zona Oeste), onde moro, virou um estágio avançado de Realengo, Bangu e Campo Grande. Todo mundo mudou para lá (risos). Vou pela rua e encontro um monte de gente. Meus irmãos também moram lá (Recreio).
Não vim ferrenhamente com um sistema de jogo na cabeça. Quem fala isso é porque não sabe, no Japão eu não jogava assim."
Oswaldo de Oliveira

Hoje em dia tem algum técnico que goste de acompanhar o trabalho?

São muitos. Gosto muito do Mourinho, já o vimos em várias frentes. É marrento, mas já mostrou que é bom. Tem um treinador sérvio que está no Japão (Misha Petrovic), no Urawa Reds. Ele joga de uma forma diferente, obriga o time dele a sair jogando. Tentávamos marcar pressão, mas era difícil. Eu o admiro. Toda vez que nos encontrávamos, era um troca de gentilezas, porque ele sempre dizia que gostava muito do meu trabalho e aprendia bastante.

E a relação com o futebol? Mudou muito com o passar dos anos?

Minha relação com a Copa do Mundo não mudou, mas com o futebol, sim. Era uma fantasia maravilhosa na minha cabeça. O Carioca era a coisa mais linda que existia. Mas hoje em dia não tenho mais lado. Já trabalhei no Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, São Paulo, Santos... Você vira um profissional e perde a referência. Se jogar contra o Corinthians, vou querer ganhar. E a lembrança mais sublime que tenho de confraternização com jogadores e torcida foi no Corinthians. Mas teve uma no Japão que foi fantástica. Fomos tricampeões no dia do meu aniversário, em 2009. Frio, chuva, mas foi uma delícia.

Ainda há um sonho de consumo na carreira que não tenha realizado?

Eu tinha vontade de trabalhar na Europa. Não em um determinado país, mas em um futebol mais evoluído, mais organizado. Se bem que vivi isso no Japão, mas não tem um grande holofote.

Qual a comparação entre o Campeonato Brasileiro e o Japonês?

O Brasileiro, apesar de ser mais intenso, é muito semelhante ao japonês. Primeiro porque tem mais frentes, são dez candidatos ao título antes de começar. Neste ano, quem apostaria no Atlético-MG antes do início? No Japão é meio isso também, tem muitos clubes fortes, e isso difere de Espanha, por exemplo.

Pelo jeito você ainda não se desligou totalmente do Japão...

Acompanho todo dia, minha mulher diz que acompanho mais lá do que aqui. Assisti ao jogo contra o Iraque na terça vibrando com os caras (vitória por 1 a 0). Adoro, acho que vão fazer uma grande Copa do Mundo. Minha passagem lá foi muito marcante, até porque foi muito bem sucedida. Foram oito títulos importantes em cinco anos, nenhum outro treinador conseguiu.

Quais você considera que foram os melhores jogadores com quem trabalhou?

Romário, Marcelinho Carioca, Rincón, Gamarra, Juninho Pernambucano, Luis Fabiano, Júlio César, Edlson...

Por Fred Huber, Luciano Mello e Thales SoaresRio de Janeiro


Oswaldo propõe união com torcida do Bota: 'Vamos esquecer o passado'



Ao LANCENET!, treinador elogia postura da torcida alvinegra contra o Náutico, fala sobre a indicação de Rafael Marques e diz que o trabalho do clube segue evoluindo no Brasileirão


Especial - Oswaldo de Oliveira (Foto: Alexandre Loureiro)
Oswaldo pede união da torcida com
 o time (Foto: Alexandre Loureiro)
 
Nos últimos três jogos, o Botafogo derrotou os adversários em campo e, fora dele, a crise que pressionava o técnico Oswaldo de Oliveira. A reação na classificação reaproximou o Glorioso do G4, de onde está distante apenas dois pontos, e também trouxe de volta o apoio incondicional da torcida. Diante da maré positiva, o treinador, sem guardar mágoas por críticas sofridas há bem pouco tempo, propôs uma aliança aos alvinegros.

Em entrevista exclusiva ao LANCENET!, o comandante alvinegro desabafou contra aqueles que contestam o trabalho feito no clube e pediu que a torcida leve o time rumo a voos maiores no ano.

Você está satisfeito com o comportamento da torcida nas últimas partidas?

Fiquei muito satisfeito. No domingo, a torcida reagiu bem ao que estava acontecendo no campo. Não existe time campeão que não tenha a torcida empurrando. Ainda mais no Brasileiro, no qual o último colocado tem chance de ganhar do líder o tempo todo. Em dado momento, tem de esquecer o passado e viver o presente. É isso que estamos tentando fazer. E é isso que vejo na torcida. Vamos esquecer o passado e pensar que podemos chegar longe.

Como é o seu contato com o torcedor?

Olha, eu vou ao supermercado, em bares, restaurantes, na igreja, e tenho recebido manifestações positivas. Quem é botafoguense mesmo, sabe o que está passando o clube. Eu tenho certeza de que foi a torcida que afastou um chute do Araújo no segundo tempo, contra o Náutico. A torcida veio junto e eu fiquei arrepiado naquela hora.

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Você se sentiu pressionado no período em que as vitórias não vieram?

Tenho 37 anos de carreira e ganhei 38 títulos. Já vi acontecer tudo isso comigo, sei como é. Sei como é o começo, o meio e o fim de um time campeão. Sei o que vai concorrer para isso: é o apoio da torcida. Eu gosto de citar alguns fatos e vou citar um aqui. Em janeiro de 2000, na final do Mundial, contra o Vasco, o Corinthians vinha com 87 jogos na bagagem do ano anterior e se segurou porque tinham 25 mil torcedores cantando: 'Oh, oh, oh, todo poderoso Timão'. Nós resistimos, fomos para os pênaltis e ganhamos. Se não tivesse aquela retaguarda da torcida, a gente não teria aguentado.

Oswaldo: 'Nosso trabalho segue evoluindo. Conto com a torcida' (Foto: Alexandre Loureiro)

A torcida também vaiou muito o atacante Rafael Marques, indicado por você.

O quanto isso atrapalha o atleta e o time todo?

Eu busquei incentivar muito o Rafael no período. Infelizmente, ele se machucou, pois estava em um momento de crescimento e adaptação. Ele vai voltar e terá 15 jogos até o fim do ano para que seja avaliada a validade ou não dessa contratação. Do meu ponto de vista, fico tranquilo, porque o que vale é a intenção.
Acredito porque conheço e sei que tem capacidade.

Como avalia a autonomia que você recebeu para contratar?

Isso é muito racional. Com a experiência que tenho, de viver há tantos anos no futebol, acho que é muito louvável que eu tenha esse poder de trazer os jogadores com os quais eu gosto de trabalhar.

Como é treinar o time ciente de que existem necessidades?

O mercado futebolístico hoje é muito complexo e a gente acaba não conseguindo fazer tudo o que deseja. Mas a diretoria fez todos os esforços, vi isso de perto. 

O que você pode dizer para que a torcida possa acreditar até mesmo no título brasileiro?

Nosso trabalho segue evoluindo. Conto com a torcida para jogar junto de nós. Está todo mundo trabalhando para cacete aqui no clube e querendo conquistas. Jogadores e comissão técnica estão focados por este objetivo. Que a torcida se identifique com a gente até o fim e possa remar para o mesmo lado que o nosso. É disso que esse grupo necessita.


Alexandre Braz
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