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terça-feira, 20 de outubro de 2020

Lúcio Flávio se desliga do Paraná para assumir cargo de auxiliar técnico do Botafogo


Ex-jogador do Tricolor aceita proposta do Fogão, também seu ex-clube, para função na comissão permanente


O Paraná Clube informou na tarde desta terça-feira que o auxiliar técnico Lúcio Flávio pediu desligamento do clube. Ele acertou com o Botafogo e fará parte da comissão permanente do time carioca.

O auxiliar Lúcio Flávio não faz mais parte da comissão técnica do Paraná Clube. O profissional pediu seu desligamento do clube. O Paraná Clube agradece aos serviços prestados e deseja muita sorte e sucesso em sua nova jornada.
— Twitter/Paraná


Lúcio Flávio começou a trabalhar na comissão técnica paranista em outubro de 2018. O ex-jogador foi contratado pelo clube para atuar junto com o então técnico Claudinei Oliveira, na Série A.


Já no ano passado, ele foi auxiliar junto com Allan Aal, atual treinador paranista - a equipe era comandada por Matheus Costa. Lúcio Flávio, agora, era o primeiro auxiliar, que assumiria o time na falta de um técnico. Victor Annes assume a função.



Lúcio Flávio em treino do Paraná, na Vila Capanema — Foto: Rui Santos/Paraná



No Botafogo, o ex-atleta se junta a Fábio Lefundes para reforçar comissão de Bruno Lazaroni. As duas contratações são para suprir as saídas de Paulo Autuori e Renê Weber.


Lazaroni, que era auxiliar, foi efetivado no cargo de treinador. Antes da pandemia, o Lúcio Flávio já tinha sido convidado para trabalhar no Fogão, mas nas categorias de base. Ele preferiu continuar no profissional do Tricolor, na ocasião.


Lúcio Flávio teve duas passagens pelo Paraná Clube. Ele foi revelado pelo time em 1997 e passou por São Paulo, Santos, Atlético-MG, Botafogo e outros clubes até voltar ao Paraná em 2012, quando ficou até 2015 e comemorou mais de 300 jogos pelo Tricolor. Ele está aposentado desde que deixou o Joinville.


Pelo Botafogo, Lúcio Flávio atuou entre 2006 e 2010, período em participou de mais de 200 jogos e conquistou dois títulos cariocas. O meia jogou ao lado de Túlio Lustosa, atualmente gerente de futebol alvinegro, e trabalhou com dirigentes que permanecem no clube, como Carlos Augusto Montenegro, Ricardo Rotenberg e Manoel Renha.


Fonte: GE/Por Guilherme Moreira — Curitiba

Análise: com mais volume, Botafogo esbarra em Tadeu e na falta de brilho individual


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Melhores momentos: Botafogo 0 x 0 Goiás pela 17ª rodada do Brasileirão 2020


Com 10 empates em 17 jogos, o Botafogo ainda busca equilíbrio e regularidade para ter uma semana de paz no Campeonato Brasileiro. Depois do 0 a 0 com o Goiás na noite da última segunda-feira, não será desta vez que o elenco alvinegro terá dias tranquilos para seguir a preparação no Nilton Santos.


O Botafogo foi melhor em vários aspectos, mas esbarrou nos próprios erros e deixou de subir cinco posições na tabela do Brasileirão. Após um primeiro tempo de muita pressão e objetividade, a equipe se perdeu na segunda etapa.


Com Bruno Nazário de volta ao time titular após lesão no tornozelo, Lazaroni optou por manter Honda avançado e escalar o camisa 10 mais aberto na direita. Do outro lado, Rhuan completou o trio de ataque, que teve Pedro Raul como centroavante.


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Rhuan foi acionado, mas voltou a tomar decisões erradas — Foto: André Durão/ge



Diferentemente de partidas passadas, o Botafogo apresentou um jogo propositivo e foi mais objetivo no Nilton Santos. Taticamente, o time se comportou bem, mas faltaram alternativas para furar a defesa muito bem postada do Goiás.


Os números explicam o domínio alvinegro na primeira parte do confronto: 67% de posse de bola e 15 finalizações contra apenas quatro da equipe esmeraldina.


O time usou bem as pontas do campo, tentou infiltrações e lançamentos e apostou em vários momentos nas finalizações de fora da área. Acionado na esquerda, Rhuan voltou a cometer erros nas decisões. Construiu boa jogada para chute de Honda e finalizou uma bola para defesa de Tadeu. Fora isso, o atacante se complicou quando recebeu a bola.


Os chutes de fora da área pouco tiveram efeito, porque a maioria deles esbarrou na defesa compacta do Goiás e não chegou ao destino final. Pedro Raul recebeu poucas bolas em boas condições. Parou em Tadeu quando cabeceou no contrapé do goleiro após bom cruzamento de Kevin. O centroavante foi o principal finalizador, com seis chutes, se movimentou e apareceu como opção também fora da área, mas perdeu fôlego com o passar dos minutos.



Foi um jogo de paciência em que faltou ao Botafogo talentos individuais para vencer a defesa do Goiás. O time insistiu, mas não foi recompensado e se desestabilizou no segundo tempo.




Goleiro do Goiás acabou com boa parte da paciência do Botafogo — Foto: André Durão/ge


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Além da falta de alguém que desequilibrasse a partida, o Botafogo esbarrou na excelente noite de Tadeu. O goleiro do Goiás fez ótimas intervenções para impedir a derrota do time visitante. Cavalieri também não ficou atrás e salvou o Bota em outros momentos.


A objetividade e organização que o Botafogo mostrou na primeira etapa deram lugar a um time sem identidade e que tentava chegar ao gol de qualquer maneira no segundo tempo. As alterações pioraram a equipe, enquanto do outro lado o Goiás conseguiu incomodar um pouco mais, porém sem eficiência.


O Botafogo terminou o jogo com 62% de posse de bola e 22 finalizações, 10 a mais que o Goiás. Pelo Brasileirão, o time volta a campo só no dia 31 de outubro, contra o Ceará, às 17h, no Nilton Santos. Antes, no dia 27, vai enfrentar o Cuiabá, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Lazaroni terá uma semana cheia de treinos.



Deu bom

Objetividade e organização no primeiro tempo. O Botafogo mostrou recursos e tentou de várias formas furar a defesa adversário, não insistindo apenas nos mesmos ataques.

Honda e Caio Alexandre. A dupla voltou a participar bem e contribuiu com bons passes, tentando guiar o Botafogo na pressão ao adversário.

Kevin. Apesar de não apresentar regularidade, o lateral-direito foi bem participativo e ajudou a construir as jogadas ofensivas. Ainda falta acertar mais no último lance.


Deu ruim

Rafael Forster. Apesar de importante para o esquema do Botafogo, o zagueiro que atua como volante voltou a errar muitos passes, evidenciando a necessidade de o clube contratar alguém para a posição de primeiro volante.

Rhuan. O atacante foi lúcido em alguns lances e conseguiu desenvolver, mas ainda toma muitas decisões erradas e não mostrou recursos para sair da marcação do Goiás.

Substituições. O Botafogo terminou o jogo desorganizado e sem a postura que apresentou no primeiro tempo. As mudanças parecem ter bagunçado ainda mais o time.

Individualidade. Se fez um bom jogo coletivo em parte do primeiro tempo, faltou brilho individual ao Botafogo para sair da "arapuca" do time goiano.



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro