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segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Botafogo vai direcionar investimento ao CT e buscará jogadores sem custo em 2023


Plano de John Textor é colocar dinheiro para melhorar estrutura; equipe, claro, também está em pauta - mas com jogadores livres no mercado ou transferências por empréstimo





Luís Castro, técnico, e John Textor, proprietário da SAF do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)



O planejamento do Botafogo para 2023 já começou. Mesmo fora da Taça Libertadores, o Alvinegro já traça planos para as áreas de investimentos visando a próxima temporada. Um dos clubes que mais gastou em reforços em 2022, a tendência é que haja uma nova área de enfoque no ano que vem: a estrutura.


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O plano de John Textor, proprietário da SAF do Alvinegro, e da diretoria é investir o dinheiro disponível no Espaço Lonier, centro de treinamentos do clube localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e no futuro local de treinamentos do clube - que vai unir o time profissional das equipes de base em apenas uma estrutura.


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As partes entendem que preparar o clube a médio/longo prazo é importante para desenvolver jogadores e criar uma 'cadeia' de rentabilidade tanto para dentro quanto fora de campo, com possíveis futuras vendas por atletas criados nas categorias de base.

Melhorias nos gramados, construções de novas estruturas para os jogadores, aumento nos equipamentos nos departamentos médicos e físicos: esses serão os focos do Botafogo para a próxima temporada. Não é que o time ficará em "segundo plano" - pelo contrário. Mas a diretoria entende que é hora de nivelar a estrutura.


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Desta forma, a tendência é que os investimentos em transferências de jogadores caem de forma significativa em relação a 2022. O clube vai buscar contratações sem custos - sejam jogadores livres no mercado, prestes a se desvincularem dos atuais clubes ou disponíveis por empréstimo.

A última janela de transferências, que aconteceu no meio deste ano, já trouxe um panorama parecido. Com exceção de Tiquinho Soares, que o Botafogo pagou 1 milhão de euros junto ao Olympiacos-GRE (R$ 5,2 milhões, na cotação da época) e Danilo Barbosa, todos os outros jogadores que chegaram vieram praticamente sem custos de transferência.

Luís Castro afirmou em entrevista coletiva que pretende reforçar o time. A diretoria está ciente, já mapeou o mercado com jogadores que se encaixam nessas características e a tendência é que reuniões com outros clubes e empresários visando possíveis avanços se iniciem em breve.


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Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Botafogo condiciona planejamento para 2023 a aporte de John Textor



Clube ainda não tem capital de giro suficiente para não depender do investidor americano; reunião em Londres decidirá os rumos da próxima temporada da equipe alvinegra




O Botafogo ainda não tem definido exatamente como serão os investimentos para a próxima temporada. Por mais que saiba que disputará a Copa Sul-Americana de 2023, o departamento de futebol aguarda uma reunião com John Textor para ter certeza de qual será o aporte financeiro que o empresário destinará ao clube para o ano que vem.


No momento, esse é o grande impasse para a definição de reforços para a próxima temporada. O clube já sabe que a intenção é trazer jogadores principalmente para três posições: lateral-direito, ponta direita e meia-ponta - função parecida com a exercida por Gustavo Sauer, por exemplo, de jogar aberto e trazer para dentro. Um dos alvos é o argentino Martín Ojeda.


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Vitor Severino, Luís Castro e João Brandão, técnico e auxiliares do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


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Na última entrevista coletiva do ano, Luís Castro disse até que tem seis jogadores em mente e que pediu os reforços para Alessandro Brito (head scout do clube) e André Mazzuco (diretor de futebol).


- Estamos andando com o planejamento, Alessandro e Mazzuco já têm tudo aquilo que eu quero para o ano. Já está entregue. Pedi seis jogadores, com nomes para as posições. Há mais de um mês que estou pensando nisso. Para mim o planejamento é fundamental. Se não houver planejamento não há sucesso e, mesmo assim, há riscos de não conseguir os objetivos. Temos que planejar bem. Os campeonatos ganham-se agora.


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Reunião em Londres para definir

O clube tem mapeado quem deseja para as funções, mas a questão é que ainda não sabe quanto dinheiro poderá investir. Membros do departamento de futebol alvinegro já foram avisados, por exemplo, que o Orlando City está de olho no argentino do Godoy Cruz. Não saber exatamente quanto dinheiro terá em mãos para o período de contratações deixa os dirigentes com as mãos atadas.


Essa decisão deve ser tomada na primeira semana de dezembro, quando o departamento de futebol e John Textor se reunirão em Londres, aproveitando o período que o Botafogo estará na Inglaterra para o amistoso com o Crystal Palace.


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A necessidade do aporte de John Textor é porque o Botafogo ainda não tem um capital de giro por si só. Como investe a maior parte do lucro em estrutura, pouco sobra para que exista um investimento orgânico em jogadores neste primeiro momento do clube. Uma solução para isso pode ser a venda de algum jogador.


Jeffinho e Matheus Nascimento despontam como os principais nomes entre possíveis negociações do Botafogo. O jovem centroavante não conseguiu muito espaço no time profissional, mas o que já mostrou na base atrai olhares da Europa. Jeffinho, por sua vez, tem chamado a atenção pelos dribles e por ser esse jogador de velocidade que enfileira os adversários, tanto que também tem uma longa lista de olheiros de clubes europeus.


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Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro

Análise: Botafogo se despede muito mal de 2022, mas faz temporada justa



Sensação de frustração é latente pelo jeito que o time perdeu para o Athletico-PR sendo que dependia só de si para ir para a Libertadores; porém, de forma geral, ano foi bom



O Botafogo que termina a temporada de oficial de 2022 deixa um gosto bastante amargo para o torcedor. A derrota por 3 a 0 para o Athletico-PR no último domingo doeu e tem que incomodar, mesmo. Dependendo só de si para garantir a classificação para a Libertadores, o time apresentou um futebol muito fraco e que não parecia em nada com a equipe que venceu o Santos na rodada anterior. Apesar disso tudo, a temporada do Botafogo pode ser considerada positiva.


Na análise de hoje só teremos dois parágrafos sobre o jogo. Podemos até levar em consideração que o time de Luís Castro começou bem, com os laterais bastante espetados na linha lateral para tentar abrir espaços na defesa do Athletico. Jeffinho e Tiquinho eram os mais incisivos, com o centroavante o tempo todo saindo da referência para atrair marcadores e confundir a defesa. Mas isso foi só até os 20 minutos do primeiro tempo. Dali em diante, a marcação atleticana encaixou e os donos da casa cresceram.


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O Botafogo não parecia o segundo melhor visitante do Campeonato Brasileiro. Depois de alguns minutos com equilíbrio, o Athletico foi melhor o tempo inteiro e venceu de forma justa. Como Luís Castro falou na entrevista coletiva, tem que reconhecer que o adversário foi superior na tarde passada. Defesa falhou, meio de campo estava sumido e o ataque errando muito. A única salvação do jogo foi Lucas Perri, que evitou derrota maior.


Ao mesmo tempo em que tudo isso aconteceu, é necessário enxergar o cenário do Botafogo de maneira mais ampla. Viajando um pouco no tempo, provavelmente seriam poucos os torcedores que recusariam uma 11ª colocação no fim do Campeonato Brasileiro se fossem perguntados sobre isso depois que o time empatou em 1 a 1 com o Boavista na estreia do Campeonato Carioca.


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Time do Botafogo entrando em campo na derrota por 3 a 0 para o Athletico-PR — Foto: Vitor Silva/Botafogo



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Acontece que o Botafogo foi vítima do próprio sucesso nessa última rodada. Se a vida já estivesse resolvida na 38ª partida do Campeonato Brasileiro, a derrota talvez nem doesse tanto. A cabeça quente faz com que o sentimento de vergonha prevaleça no primeiro momento. Mas com o passar dos dias, meses e até anos, a tendência é que o torcedor olhe para trás de forma a entender o 2022 alvinegro.


John Textor apareceu na vida do botafoguense em 24 de dezembro do ano anterior. Foi naquele dia que o empresário americano assinou o contrato de compra não-vinculante da SAF do clube. Dali até a compra definitiva, em março, ainda não havia a certeza de como seria a temporada alvinegra. O que se sabia era da necessidade de se reforçar e que se o Botafogo fosse a campo com o que tinha apresentado no Estadual, iria sofrer demais.


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Vieram as contratações. A primeira delas, o zagueiro Philipe Sampaio, estreou só nas semifinais do Campeonato Carioca, contra o Fluminense. Luís Castro só assumiu o time depois que o Botafogo foi eliminado e a primeira vez que comandou a equipe do campo foi na segunda rodada do Brasileirão. É importante que o torcedor entenda que 2022 foi um ano de transição. O Bota saiu de uma Série B em que não havia muita luz no fim do túnel para a temporada seguinte e se ficasse na primeira divisão já seria um feito tremendo.


A chegada de John Textor trouxe a esperança de volta ao torcedor. Foi como se o time ligasse o turbo do carro para finalmente chegar próximo do outro lado da galeria. O Botafogo termina o ano de forma melancólica pela sensação de que poderia ter sido melhor não fossem os tropeços em casa. Mas esse é o sentimento de agora. Daqui a poucos anos o alvinegro poderá olhar para trás e reparar que aqui foi o primeiro passo. Em alguns dias você vai começar a escutar a tradicional música da Globo de fim de ano. E ela pode valer para o Botafogo também. O futuro já começou.


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A partir de agora, a torcida deve esperar a movimentação alvinegra no mercado de transferências para fazer com que o ano que vem termine de maneira diferente. A equipe precisa melhorar - e Luís Castro diz saber exatamente o que é necessário - para que possa disputar o título da Sul-Americana, chegar em fases finais da Copa do Brasil e também garantir uma vaga na Libertadores ficando mais bem colocado no Brasileirão. Há motivo para ser otimista com 2023.



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Fonte: GE/Por Davi Barros — Curitiba