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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Botafogo x Vasco opõe Enderson Moreira e Lisca, técnicos com trabalhos e pressões semelhantes


Treinadores dos adversários deste sábado vivem as vésperas do primeiro clássico pelos times que comandam há poucos dias. Ambos buscam a aproximação do G4 da Série B





Enderson Moreira e Lisca estão no Rio há pouco (Montagem Lance! Fotos: Wilton Hoots/Ceará; Rafael Ribeiro / Vasco)



Poucos dias à frente dos times, dois jogos no comando das equipes e já um clássico no caminho. O calendário não foi amigo de Enderson Moreira e Lisca, treinadores de Botafogo e Vasco, que duelam neste sábado, às 21h, no Estádio Nilton Santos, pela 15ª rodada da Série B do Brasileirão.


Também será, consequentemente, o primeiro confronto estadual que ambos vão viver pelos novos times. Os dois chegaram para substituir os Marcelos - Chamusca e Cabo -, que não vinham apresentando bons resultados em, respectivamente, Alvinegro e Cruz-Maltino.


Pelo lado do clube de General Severiano, Enderson teve pouquíssimos dias de treinamento. O próprio técnico admitiu, em entrevistas coletivas, que a relação com os jogadores tem acontecido por meio de vídeos e conversas. Mesmo assim, são duas vitórias em dois jogos.


Mesmo sem ter uma grande mudança tática - até pela natural falta de tempo -, o "dedo" de Enderson no Alvinegro vai na parte da confiança. Se o Botafogo antes estava a dez pontos do G4, hoje a diferença para o pelotão dos quatro primeiros é de cinco.

A questão anímica foi um ponto focado pelo treinador. Mudar o clima do vestiário era uma das prioridades para a nova comissão técnica. Com 100% de aproveitamento até aqui, tudo flui mais facilmente. A equipe também não levou gols neste período. Agora, um teste mais difícil: o clássico.


E o filme se repete em São Januário. Lisca foi anunciado no último dia 20 (terça-feira da semana passada) e comandou a primeira atividade no CT do Almirante no dia 23 (sexta). Estreou à beira do campo na vitória sobre o Guarani, no dia seguinte (sábado), e perdeu para o São Paulo na última quarta.

O período dele no Vasco, assim como o de Enderson no Botafogo, ainda é contado em dias, e foram cinco sessões efetivas de treino - mas nem todas com os teóricos titulares. Para fazer a equipe tentar evoluir, as mudanças tem sido mais conversadas e estimuladas via emocional/psicológica.

Os técnicos vivem um período inicial, ainda sem mudanças drásticas, mas igual necessidade: arrancar os três pontos do próximo jogo, neste sábado.


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Fonte: LANCE/Felippe Rocha e Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Boa fase e confiança: contra o Vasco, Botafogo busca números inéditos na atual edição da Série B


Time comandado por Enderson Moreira tenta chegar pela primeira vez ao terceiro jogo consecutivo sem sofrer gols, além de terceira vitória seguida na competição



O Botafogo enfrenta o Vasco neste sábado pela Série B do Campeonato Brasileiro em busca de dois feitos inéditos para a equipe na atual temporada da competição: vencer a terceira seguida, e também completar três jogos sem levar gols.


Para o zagueiro Gilvan, a boa fase se reflete na evolução do trabalho coletivo. Além da chegada do técnico Enderson Moreira, que tem cobrado e trabalhado muito para melhor os números da equipe: marcou 19 gols e sofreu 18 em 14 rodadas.





Gilvan comemora gol do Botafogo sobre o Vasco, na final da Taça Rio — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF


Contratado justamente por sua experiência na Série B do Campeonato Brasileiro, pelo qual fez bom papel no Atlético-GO e conseguiu o acesso em 2019, Gilvan assumiu o papel de um dos líderes do Botafogo que está em reconstrução. Inclusive, foi capitão da equipe nos últimos jogos com a ausência do também zagueiro Kanu, lesionado.


- Estamos evoluindo com a chegada do professor (Enderson), um cara que cobra bastante e a filosofia do trabalho dele é muito boa. O grupo está assimilando bem, mas é claro que temos muito a melhorar. Acho que nosso momento está melhor, mas temos que manter os pés no chão. Não ganhamos nada ainda e estamos só com 19 pontos. Poderíamos estar melhor - disse Gilvan em entrevista ao site oficial do Botafogo.



Com 19 pontos, o Botafogo ocupa a 11ª posição do Campeonato Brasileiro da Série B. Tem cinco pontos a menos do que o CRB, primeiro time no G-4 da competição.



"Houve uma oscilação no começo, mas espero que agora venham só coisas boas para o nosso grupo"



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Se as coisas começaram a melhor para o Botafogo, principalmente no sistema defensivo com dois jogos consecutivos sem sofrer gols, essa é uma conquista que é preciso dividir com todos. Segundo Gilvan, o trabalho para evitar gols começa com a linha de frente da equipe, que tem papel fundamental na marcação do adversário:


- Acho que a melhor defesa começa do ataque. Com Navarro, Diego (Gonçalves) e Marco Antônio, que nos ajudou bastante nesse último jogo. Isso é muito importante, a mentalidade é essa. Tentar não sofrer gol que nossos atacantes vão fazer.




Com dificuldades financeiras e passando por enorme reformulação dentro e fora dos gramados, o Botafogo tem dificuldades para conseguir reforços no mercado. Na zaga, por exemplo, o time ficou com poucas opções após a saída de Sousa. Restaram Kanu e Gilvan, titulares, e Carli no banco. No entanto, o argentino se machucou, e o jovem Lucas Mezenga (19 anos), da equipe sub-20, passou a integrar o elenco profissional.


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Logo Mezenga teve oportunidade de jogar. Primeiro esteve na vaga de Gilvan, suspenso, na derrota por 2 a 1 para o Brusque. E depois nos dois últimos jogos, vitórias sobre Confiança e CSA, jogou no lugar de Kanu, lesionado. Com boas atuações, uma grata surpresa para a sequência da temporada e para o Botafogo tentar chegar ao terceiro jogo seguido sem sofrer gols, avalia Gilvan:


- O Mezenga tem muito a crescer e o vejo futuramente na seleção brasileira. Ele tem grande potencial e o fundamental é que sempre me escuta bastante. Sempre falo com ele e isso o ajuda e me ajuda também passando um pouco de experiência para ele.


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Quem também está confiante em uma boa sequência do Botafogo na Série B é o meia Marco Antônio. Autor de um gol na vitória sobre o CSA, o jogador deixou claro que essa precisa ser a pegada da equipe na competição após duas vitórias seguidas:


- A importância de ganhar dois jogos seguidos é porque dá confiança pra fazer o nosso trabalho, é nessa pegada que a gente tem que acreditar. Todo mundo unido, porque só quem pode mudar a história do Botafogo somos nós.



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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro