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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Assumpção cita Engenhão e Seedorf para justificar drama do Botafogo


Presidente, que deixa o cargo nesta terça-feira, explicou, ainda, a escolha de Eduardo Húngaro para comandar a equipe na Libertadores da América deste ano




Mauricio Assumpção está de saída do comando do clube após 
dois mandatos (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
Presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, cujo mandato à frente do clube se encerra ao fim da eleição desta terça-feira, em General Severiano, elegeu o fechamento do Engenhão e a saída antecipada de Clarence Seedorf como dois dos complicadores pela atual situação do clube, que vive a iminência do rebaixamento à Série B.

Em entrevista à Rádio Globo, o mandatário falou dos prejuízos causados pelo fechamento do estádio, que trazia rendimentos ao Alvinegro.

- Efetivamente, existe um laudo conclusivo com relação ao risco de desabamento da cobertura, de quem é o erro, de quem deixou de fazer a coisa certa. O que cabia ao Botafogo era mostrar que, durante o tempo em que estivemos com o estádio, cumprimos rigorosamente com tudo. Temos relatórios trimestrais que enviávamos para a secretaria que recebia essas coisas, acompanhando coisas da nossa competência. Chegou até as mão do prefeito um estudo de uma empresa alemã, que fez com que o estádio fosse fechado, o que trouxe um prejuízo enorme ao Botafogo. A saída do Seedorf, no fim do ano passado, prematuramente, pois ele tinha contrato até julho, foi um problema sério. Ele recebeu a proposta da vida para virar treinador. Ele poderia encerrar o contrato sem pegar multa desde que encerrasse a carreira de atleta. Se fosse jogar em outra equipe, teria que pagar três milhões de euros, se não me engano.

Uma das atitudes mais questionáveis pelos torcedores - a escolha de Eduardo Húngaro para comandar o time na Libertadores, competição na qual o clube estava sem disputar há 18 anos - também foi justificada por Assumpção.

Estádio Olímpico João Havelange passa por obras e está fechado para jogos (Foto: Andre Durão)
- O primeiro nome após a saída do Osvaldo de Oliveira era o do Autuori. Era um projeto maior, não era apenas para treinador. Sabemos que ele tem muita vontade de ser gestor, diretor executivo de futebol do clube, tanto no profissional quanto na base, ter uma nova atividade no futebol. Nessa época, inclusive, ele falou: "Posso conversar com vocês, mas acertei com um clube, o qual não vou dizer o nome". Ele fechou com o Atlético-MG. Como não teríamos aquele treinador de ponta e, na época, ficamos entre uma aposta testada no mercado, que era o Cristóvão Borges, e outra ainda não testada, mas feita em casa e que tinha trabalhado com o elenco, que era o Húngaro. A opção foi nesse sentido.

Sobre a retirada do Botafogo do Ato Trabalhista, o que asfixiou as combalidas finanças do clube, foi questionada por Assumpção em comparação a outros times do Rio.

- A conduta do meu jurídico foi correta. Tem uma pergunta que faço a eles, e eles não sabem me responder, não por não serem capazes... O Tribunal diz que fraudamos o Ato, mas Fluminense e Vasco fraudaram em determinado momento e foram reconduzidos a uma segunda chance. Por que o Botafogo não pode ter o mesmo benefício, o mesmo privilégio, o mesmo tratamento?

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

Torcedor protesta contra Assumpção na frente de General Severiano


Um torcedor exaltado e furioso com a gestão de Mauricio Assumpção no Botafogo, fez um protesto solitário em General Severiano, na manhã desta terça-feira, quando começou a eleição presidencial do clube para o triênio 2015-2016-2017. O botafoguense não poupou críticas e pegou pesado.




ASSISTA!




Daniel Guimarães - LANCENET!

Botafogo terá elenco bem diferente em 2015




O Botafogo ainda não está matematicamente rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, mas as chances de permanecer na elite do futebol nacional são bem reduzidas. Dependendo do que acontecer nos jogos de sábado, o Glorioso, inclusive, pode entrar em campo já na Segundona para enfrentar o Santos neste domingo, às 17h(de Brasília), na Vila Belmiro, em Santos (SP), pela penúltima rodada. Diante deste cenário, alguns jogadores já perceberam que não vão permanecer e estão procurando outro clube.

O goleiro Jéfferson é um dos cotados para sair, pois tem algumas propostas e admite a possibilidade de voltar a jogar no futebol europeu. Porém, ídolo da torcida e titular da Seleção Brasileira, ele admite permanecer se o clube montar um time competitivo para lutar pelos títulos do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil, o que lhe deixaria na vitrine mesmo na Série B.

O lateral-esquerdo Junior Cesar também vem manifestando o desejo de ficar em General Severiano, já que se diz muito identificado com o clube, que defendeu na década passada, tendo retornado esse ano. O jogador, inclusive, chegou a chorar em alguns momentos nesta temporada, quando o risco do rebaixamento se tornou ainda mais próximo.

O zagueiro André Bahia, que é muito respeitado pelos membros da comissão técnica, também deseja ficar, assim como o volante Aírton, com contrato até o meio do ano. O volante Marcelo Mattos também pode ser procurado para permanecer, pois está no clube desde 2010 e se considera já identificado. Tendo se destacado nas últimas rodadas antes de se lesionar, o atacante Wallyson também pode permanecer. O próximo presidente também vai valorizar atletas revelados nas categorias de base, como o goleiro Andrey; o zagueiro Matheus; os volantes Gabriel, Sidney e Andreazzi e os meias Gegê, Cidinho e Daniel. Contratado para fortalecer a base, o atacante Murilo deve ser aproveitado.

Se alguns jogadores podem permanecer no elenco, a debandada tende a ser geral. Nomes que estão sendo hostilizados pela torcida dificilmente permanecerão. Casos do goleiro Helton Leite, zagueiro Dankler e dos meias Cachito Ramírez e Pablo Zeballos. O volante argentino Mario Bolatti será devolvido ao Internacional, que deseja abrir uma frente de negociação com o Botafogo para contratar o lateral-direito Gilberto. Com alto salário e pouco aproveitamento, o atacante argentino Tanque Ferreyra também deverá buscar outro clube. Insatisfeito com a reserva, o goleiro Renan estuda a possibilidade de deixar o clube, mas esse fato pode mudar se Jéfferson for negociado.

Alguns jogadores seguem com situação indefinida e serão analisados pela nova diretoria e pela comissão técnica que vai trabalhar no clube em 2015. Casos do lateral-direito Régis, do volante Rodrigo Souto, do meia Carlos Alberto e dos atacantes Jobson, Bruno Corrêa, Rogério e Yuri Mamute. O meia João Gabriel, que sequer foi aproveitado por Vagner Mancini, foi o primeiro a ser dispensado, tendo deixado General Severiano na semana passada.

Dentro de campo o elenco volta a treinar na manhã desta quarta-feira, no Engenhão, quando o técnico Vagner Mancini começará a projetar a escalação para a partida contra o Santos.

Fonte: Footstats

Maurício Assumpção, do sucesso ao fracasso: Seedorf, choro com Dilma, dispensas e polêmicas



GAZETA PRESS
Maurício Assumpção foi presidente do Botafogo por seis anos e se despede hoje do cargo

Hoje, terça-feira dia 25 de novembro de 2014, é o último dia de Maurício Assumpção como presidente do Botafogo, data da eleição para a escolha do novo mandatário do clube, que já vai tomar posse no dia seguinte. Após seis anos e dois mandatos no comando do Alvinegro, o dirigente deixa o cargo com a imagem abalada, bastante criticado, em um trajetória conturbada depois de um início promissor e até elogiado.

A parte do sucesso de Assumpção inclui um começo de gestão eficiente, dois títulos cariocas, a contratação da estrela internacional Seedorf e a volta do Botafogo à Libertadores após 17 anos. No entanto, o fracasso se consolidou com a falta de pagamento do Ato Trabalhista, o aumento das dívidas para cerca de R$ 700 milhões, o choro em reunião com a presidente Dilma Rousseff, a dispensa de quatro jogadores importantes este ano e o iminente rebaixamento para a Série B do Brasileiro. Não faltaram polêmicas.

Na eleição que acontece nesta terça-feira, com votação dos sócios das 9h às 21h em General Severiano, os quatro candidatos se dizem oposição ao atual mandatário.

Formado em odontologia e professor universitário, o dentista Maurício Assumpção foi eleito presidente pela primeira vez no fim de 2008, substituindo Bebeto de Freitas, e encontrou um time com dificuldades financeiras. Nos primeiros anos, com uma administração responsável, ações de marketing e controlando gastos, ajudou a reestruturar o clube. Em 2010, o Botafogo foi campeão carioca com a presença do ídolo uruguaio Loco Abreu, vencendo o rival Flamengo na final, o que animou a sua torcida. Em novembro de 2011, ele foi reeleito com facilidade para a presidência.

Maurício Assunção conseguiu o que poderia ser um dos grandes trunfos de sua gestão no ano seguinte, quando acertou a contratação do meia holandês Seedorf na metade de 2012. A presença do craque fortaleceu a equipe dentro e fora de campo, parecia colocar o Botafogo em um outro patamar no futebol brasileiro, e os frutos foram colhidos com o título carioca e o quarto lugar no Brasileirão em 2013, posição que deu a vaga ao clube na Libertadores após 17 anos de ausência.

Na mesma temporada dessas conquistas, porém, o presidente já começava a acumular erros e enfrentar obstáculos. O fechamento do Engenhão por causa de problemas estruturais na cobertura causou prejuízo ao clube. Além disso, a falta de pagamento do Ato Trabalhista, o consequente aumento das dívidas, as penhoras e receitas bloqueadas destruíram os cofres botafoguenses. Pessoas de dentro do clube, que antes eram aliadas de Assumpção, mudaram de lado e acusam o presidente de ter aberto mão de uma administração mais profissional para dar emprego aos amigos da "turma da praia".

Com o clube sufocado financeiramente, Maurício Assumpção chegou a chorar em uma reunião em Brasília com a presidente Dilma Roussef, em julho deste ano, ameaçando abandonar o Campeonato Brasileiro por causa das receitas bloquedas. O dirigente alvinegro ainda se envolveu em outras medidas duvidosas, como ao se filiar ao PMDB, partido do prefeito carioca Eduardo Paes, do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e do ex-governador Sérgio Cabral.

As polêmicas ainda incluem as negociações dos patrocínios com a Telexfree, empresa investigada por corrupção dos EUA, e com a Guaraviton, em que a firma de seu falecido pai receberia 5% de comissão pelo contrato, além de ter arrumado desafetos em outros clubes do Brasil após mudar de lado no Clube dos 13 ao aceitar receber uma cota de televisão antecipada da CBF.

A crise financeira do Botafogo refletiu diretamente dentro de campo agora em 2014, e o desempenho do time foi pífio. Depois de ter perdido alguns atletas durante a temporada anterior, o clube também ficou sem Seedorf, que virou técnico do Milan do início do ano. O time foi eliminado na primeira fase na Libertadores, ficou apenas na nona colocação no Carioca e está quase rebaixado para a Segunda Divisão do Brasileiro. Com elenco e funcionários com salários atrasados, Maurício Assumpção virou alvo de críticas de atletas, torcedores e perdeu a confiança do grupo.

A dispensa de quatro jogadores experientes (Emerson Sheik, Bolívar, Edilson e Júlio César), que estariam influenciando os mais jovens contra a diretoria, foi decisiva para a queda de desempenho do time no Brasileirão. Quando tomou a decisão, Assumpção assumiu a culpa pelo possível rebaixamento, mas até hoje a medida não ficou bem explicada.

A partir desta quarta-feira, aos 52 anos, Maurício Assumpção não é mais o presidente do Botafogo, está isolado politicamente dentro do clube e dificilmente conseguirá um cargo público com o apoio de eleitores botafoguenses. Enquanto isso, o clube tentará se reerguer dentro e fora das quatro linhas. Seja quem assumir a presidência para o triênio 2015, 2016 e 2017 (Carlos Eduardo, Marcelo Guimarães, Thiago Cesário Alvim e Vinícius Assumpção estão na disputa), a missão será árdua para fazer a Estrela Solitária brilhar novamente.


Conheça os quatro candidatos à presidência do Botafogo

Ciclo de Mauricio Assumpção no Botafogo se encerra nesta terça


Quatro candidatos brigam para ocupar o posto dele, que ficou quase seis anos no comando do clube





Mauricio Assumpção - Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)
O segundo mandato de Mauricio termina
nesta terça-feira (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Enfim, depois de dois títulos cariocas, as contratações de Loco Abreu e Seedorf e, provavelmente, o segundo rebaixamento da história do Botafogo, o dia 25 de novembro é o último dia de Mauricio Assumpção no comando do clube de General Severiano. A eleição presidencial, que conta com quatro candidatos, será nesta terça-feira, entre 9h e 21h, na sede histórica do Glorioso.

Logo depois desse horário, começará a apuração e, no fim do dia, os alvinegros deverão saber quem comandará o clube nos próximos três anos, assumindo já no dia seguinte. Os candidatos são Carlos Eduardo Pereira (Chapa Ouro), Carlos Thiago Cesário Alvim (Chapa Azul), Marcelo Guimarães (Chapa Cinza) e Vinícius Presidente (Chapa Alvinegra).

Devido à péssima situação em que o clube se encontra atualmente, os quatro candidatos se dizem de oposição a Mauricio Assumpção e não pediram o apoio dele nas respectivas campanhas presidenciais. Esvaziado, Mauricio tampouco manifestou qualquer tipo de simpatia por qualquer um dos candidatos, mesmo com alguns deles tendo participado de sua gestão.

Existe até mesmo a dúvida sobre a presença dele em General Severiano hoje para votar. Caso apareça na sede alvinegra, existe a possibilidade de ser vaiado e criticado pelos sócios do Glorioso.

Quem assumir, encontrará um clube com um pé na Série B e entre R$ 700 e 800 milhões em dívidas. Em entrevistas feitas pelo LANCE!Net com os candidatos, publicadas nos últimos dias, todos disseram que a dívida pode ser paga, mas pregaram um ano de austeridade financeira em 2015. 

Depois da saída do Ato Trabalhista, o clube tem todas as suas receitas penhoradas. Mas o Botafogo deve voltar em breve ao Ato.

O horizonte é negro. Ou Alvinegro. Sorte a quem for eleito.

Menos de dois mil sócios estão aptos a votar

Apesar de ter uma torcida de 3,4 milhões de alvinegros – números da 5 Pesquisa LANCE!-Ibope, divulgada em agosto deste ano –, o universo votante do Botafogo abriga apenas 1.795 sócios aptos a votar.

A lista com todos os nomes que estão liberados para participarem do pleito de hoje foi publicada pelo site oficial alvinegro no último dia 14.

Nas últimas eleições, realizadas em 2011, Mauricio Assumpção foi reeleito para o segundo mandato com 719 votos dos 1.007 eleitores que compareceram a General Severiano. Na ocasião, ele derrotou Carlos Eduardo Pereira, hoje candidato à presidência pela Chapa Ouro. Na primeira vez que venceu, em 2009, Mauricio foi eleito em chapa única.

Para efeito de comparação, o Vasco contou com cerca de 5.500 votantes na eleição que pôs Eurico Miranda novamente à frente do clube.


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