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sexta-feira, 26 de julho de 2019

João e Walter Moreira Salles tiram dúvidas sobre estudo entregue ao Botafogo


Irmãos alvinegros divulgam entrevista para esclarecer pontos sobre o plano de recuperação do futebol do clube




Nesta sexta-feira pela manhã, a auditoria e consultoria EY e o escritório Trengrouse Advogados apresentaram o estudo encomendado pelos irmãos alvinegros Walter e João Moreira Salles aos dirigentes do Botafogo.


Na parte da tarde, os Moreira Salles enviaram para a imprensa uma série de perguntas e respostas para esclarecer dúvidas que surgem sobre o plano de recuperação administrativa e financeira para o Botafogo.



João Moreira Salles e o irmão Walter Moreira Salles são torcedores do Botafogo — Foto: Reprodução


A diretoria do clube publicou nota oficial na qual afirma estar de acordo com a aplicação e realização do novo modelo de gestão.


+ Entenda o plano para salvar o futebol do Botafogo


O plano consiste na criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), por meio da constituição de uma nova empresa, uma sociedade anônima, com um prazo de existência delimitado em 30 anos. Esta empresa receberia todos os ativos do futebol profissional do Botafogo e precisaria, em contrapartida, levantar dinheiro suficiente para arcar com dívidas de curto prazo hoje sob responsabilidade do clube social.


O principal objetivo é o resgate do Botafogo da complicadíssima situação financeira em que está o clube, em baixa esportivamente e ameaçado por dívidas quatro vezes maiores que suas receitas.


Leia abaixo a entrevista dos irmãos Moreira Salles:

Qual o posicionamento que o estudo apresentado hoje para a diretoria do BFR concluiu em relação a situação financeira atual do clube e quais são as soluções apontadas?

- O estudo que encomendamos à Ernst & Young com supervisão do escritório Trengrouse & Associado, teve a duração de cinco meses e oferece um diagnóstico bastante preciso da situação financeira do Botafogo, esclarecendo a dimensão do problema de dívidas do clube. Essa análise também apresenta a sugestão de novos modelos de administração, que apontam caminhos possíveis para a recuperação financeira do clube. É preciso entender que esse projeto é, como o nome indica, um estudo - e não uma proposta acabada.


É apenas um primeiro passo que pode, no caso de haver interesse do clube, suscitar uma análise mais aprofundada. Não existem atalhos possíveis, nem soluções de curto prazo.


Como será a captação de parceiros aptos a contribuir financeiramente para implementação do estudo? Já conversaram com outros botafoguenses dispostos a ajudar nesse processo?


- Nesse momento, o nosso compromisso com o Botafogo se encerra com a entrega do estudo. Mais adiante, no caso do clube angariar o interesse de um amplo grupo de botafoguenses interessados na recuperação do BFR, poderemos eventualmente apoiar iniciativas concretas de investimento que nos pareçam sensatas e razoáveis, sustentadas em critérios claros de viabilidade econômica e uma boa gestão corporativa.


Está previsto algum aporte financeiro imediato, após a aprovação do estudo pelo conselho e pela diretoria?

- Não.

Pretendem indicar o gestor do departamento do futebol profissional, caso seja confirmada a separação do futebol do clube social? Como será escolhido esse gestor?


- Não temos projetos políticos pessoais em relação ao Botafogo. Não pretendemos, nem saberíamos como gerir um clube de futebol.


O estudo muda algo no planejamento das obras do CT ou aponta novos investimentos para a base?

- Temos especial apreço pelo trabalho da base, conduzido por seu diretor Manoel Renha. Com uma situação administrativa mais equilibrada, podemos pensar no futuro em participar da criação de um modelo de formação de atletas para o clube. No caso específico da base, pensamos que o esporte de alto rendimento e a educação de qualidade são complementares, e não excludentes.


Apostamos no esporte como um instrumento fundamental para a formação ética e pessoal, e o desenvolvimento integral dos jovens atletas, possibilitando crescimento em todas as frentes: profissional, econômico e social. Foi nesse sentido que foi adquirido o Lonier, ponto de partida para um futuro CT da base do clube.


O que os torcedores podem esperar caso o estudo seja aprovado pelo conselho e pela diretoria? Como os botafoguenses poderão também contribuir com a reconstrução do Botafogo?


- Nossa intenção não é determinar o destino do Botafogo,e sim de oferecer opções. Somos torcedores do Botafogo, e queremos o melhor para o clube. Acima de tudo, não queremos ser donos do clube, ou administrá-lo. Nossa única intenção ao contratar a E&Y foi entregar ao Botafogo, nesse momento tão crítico, um roteiro realista dos caminhos possíveis a serem percorridos. A partir daí, caberá ao clube, e aos seus torcedores, definir o seu futuro.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Erik deixa o Botafogo e vai para o futebol japonês por empréstimo


Atacante que pertence ao Palmeiras fica no Yokohama Marinos até dezembro de 2020


O Botafogo não conta mais com Erik. O jogador, que pertence ao Palmeiras e estava emprestado ao Alvinegro, vai para o Yokohama Marinos, do Japão, por empréstimo até dezembro de 2020.


Erik não joga mais pelo Botafogo e está fora do clássico com o Flamengo neste domingo, às 16h, no Maracanã. O Verdão não vai receber nada pela transferência neste momento, e avalia a negociação como uma oportunidade para abrir mercado para o atleta.


Botafogo F.R.✔@Botafogo

Obrigado, Erik. Negociado pelo Palmeiras com o futebol japonês, atacante deixa recado emocionante aos botafoguenses e se despede do clube.




Em uma rede social, o Botafogo publicou um vídeo de despedida do atacante, que se emocionou ao falar sobre a passagem pelo clube e sobre a nova etapa na carreira.


– Aqui foi o lugar, de todos os clubes que passei, onde fui mais feliz até hoje. Queria muito poder retribuir de uma forma melhor ainda, mas sei que Deus sempre tem o melhor preparado pra gente. Vou estar torcendo, do fundo do meu coração, por esse clube e por todos vocês.



Erik fez 14 gols com a camisa do Botafogo — Foto: André Durão



Erik fez 46 jogos pelo Botafogo e marcou 14 gols. Foram nove nesta temporada, com quatro assistências. Foi o principal jogador do time na reta final do Brasileirão de 2018 e teve seu empréstimo renovado no Alvinegro.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Entenda o plano encomendado pelos Moreira Salles para salvar o futebol do Botafogo com a S/A


EY apresentou estudo para os dirigentes do clube nesta sexta. Se for levado adiante, projeto pode quitar mais de R$ 300 milhões em dívidas e criar uma empresa para gerir só o futebol

São Paulo



Nelson Mufarrej (à frente) e Carlos Eduardo Pereira, presidente e vice do Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo


Após meses de estudo a respeito de um plano de recuperação administrativa e financeira para o Botafogo, encomendado pelos irmãos Walter e João Moreira Salles, a auditoria e consultoria EY e o escritório Trengrouse Advogados apresentaram na manhã desta sexta-feira o resultado dos trabalhos aos dirigentes alvinegros. A reunião durou cerca de três horas, na sede da EY na Praia do Botafogo, e nenhum dirigente falou com a imprensa na saída do encontro.


Nelson Mufarrej, presidente, e demais membros da diretoria e do Conselho Deliberativo botafoguenses precisarão decidir nas próximas semanas se autorizam o início da transformação. Se a ideia for rejeitada pela esfera política alvinegra, o estudo será engavetado. Caso queira seguir adiante, EY e Trengrouse darão os próximos passos para viabilizar a criação de uma nova empresa que se responsabilizaria pelo futebol.


O plano consiste na criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), por meio da constituição de uma nova empresa, uma sociedade anônima, com um prazo de existência delimitado em 30 anos. Esta empresa receberia todos os ativos do futebol profissional do Botafogo e precisaria, em contrapartida, levantar dinheiro suficiente para arcar com dívidas de curto prazo hoje sob responsabilidade do clube social.


O principal objetivo é o resgate do Botafogo da complicadíssima situação financeira em que está o clube, em baixa esportivamente e ameaçado por dívidas quatro vezes maiores que suas receitas. O GloboEsporte.com teve acesso em primeira mão aos detalhes do projeto e explica ao torcedor como funcionaria toda a operação.


Para facilitar a compreensão, daqui em diante chamaremos a nova empresa a ser constituída sempre de Botafogo S/A e a associação sem fins lucrativos de Botafogo de Futebol e Regatas (BFR). É importante ter em mente que ambas são pessoas jurídicas diferentes, com diretorias, contas bancárias e CNPJs totalmente separados.


Quais ativos seriam da Botafogo S/A?

Caso o plano seja aprovado pelos dirigentes do BFR e consiga captar o dinheiro necessário de investidores, a S/A passaria a ser proprietária de todos os bens e receitas vinculados ao futebol profissional.


Receitas com direitos de transmissão, patrocínios, bilheterias, sócios torcedores e transferências de atletas passariam a ser direcionadas para esta nova empresa. Contratos de direitos federativos e econômicos dos jogadores profissionais e das categorias de base, ativos do futebol, pertenceriam a ela. O futuro centro de treinamento botafoguense, quando for construído e inaugurado, também pertenceria à S/A.


Receitas com contribuições de sócios proprietários continuariam sendo usados pelo clube social, isto é, pelo BFR. Rendimentos obtidos por meio de um shopping do qual o clube é proprietário, localizado nas proximidades da sede de General Severiano, também ficariam para o BFR. Assim como a propriedade sobre todas as sedes sociais.


O Nilton Santos seria da Botafogo S/A?

Em relação ao estádio, como faz parte de uma concessão pública a uma empresa já existente denominada Cia. Botafogo (uma terceira pessoa jurídica, aberta especificamente para ser a concessionária do Nilton Santos), ele não seria repassado para a Botafogo S/A. Em vez disso, haveria um contrato de direito de uso do estádio com a nova empresa.



Quem seriam os donos da Botafogo S/A?


A nova empresa teria como donos quaisquer investidores que decidirem participar da operação, mediante contribuição financeira, de modo que a participação deles está condicionada ao investimento de determinada quantia em um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).


Esses investidores seriam os donos da S/A enquanto a SPE estiver válida, portanto por um período pré-determinado em 30 anos. Três décadas após a formação da sociedade, se ela não for renovada, todos os ativos da Botafogo S/A voltariam à associação sem fins lucrativos, o BFR.


Os irmãos Moreira Salles logicamente têm interesse em participar do negócio, mas eles precisarão ser convencidos a fazer seus investimentos na S/A. O vínculo que eles possuíam com este projeto, desde que encomendaram o estudo para a EY, acaba nesta sexta. Mesmo que os dirigentes do Botafogo decidam levar a operação adiante, nada garante que os irmãos Moreira Salles estarão entre os investidores da empresa.


Quais as contrapartidas da Botafogo S/A?

Para que possam ser donos de uma parcela da Botafogo S/A, pessoas físicas ou jurídicas precisarão fazer investimentos em um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). O dinheiro levantado por este fundo seria integralmente utilizado para pagar dívidas de curto prazo hoje pertencentes ao Botafogo de Futebol e Regatas.


O objetivo é acabar com todas as dívidas bancárias, trabalhistas e cíveis logo na primeira fase. Também seriam quitados compromissos com empresários do futebol e outros clubes. Na área fiscal, a Botafogo S/A precisaria usar os recursos do FIDC para pagar antecipadamente cinco anos de Profut. Hoje, essas dívidas somam cerca de R$ 350 milhões.


A expectativa da EY é conseguir um deságio no pagamento dessas dívidas. Uma vez que o dinheiro será levantado e usado de uma vez, a Botafogo S/A chamaria credores do BFR para renegociar suas respectivas dívidas. Como a nova empresa teria dinheiro para pagá-las à vista, negociaria um desconto. Assim, ainda em cálculos superficiais, espera-se que as dívidas sejam resolvidas com menos de R$ 300 milhões.


Na segunda fase, a partir do sexto ano do projeto, a S/A passaria a pagar uma "mesada" ao BFR para que ele pague as parcelas do Profut. O dinheiro deste repasse estaria carimbado, ou seja, somente poderia ser usado para o pagamento de dívidas. A associação sem fins lucrativos estaria impedida de usá-lo para qualquer outra finalidade.


A terceira fase começaria a partir de 2035, depois que o BFR acabasse com seus compromissos com o Profut. O dinheiro desta "mesada" (royalties), então, estaria livre para que a associação sem fins lucrativos aplicasse em qualquer finalidade, como piscinas, quadras de tênis, pistas para bocha e demais atividades sociais do clube alvinegro.


Os investidores doariam dinheiro?

Não. Na reunião realizada na última quarta pela EY com 20 investidores em potencial, todos botafoguenses, eles manifestaram que não estão interessados em fazer doações. Os envolvidos não querem que o Botafogo incorra em um modelo movido por paixão, dependente da participação de torcedores ricos, como aconteceu no passado.


Os investimentos feitos por eles no FIDC precisariam ser devolvidos depois de determinado período, com a aplicação de uma taxa de juros, para que os investidores também tenham retorno financeiro. O fundo retorna os investimentos a partir das receitas operacionais da Botafogo S/A com televisão, patrocínios, bilheterias, sócios torcedores e transferências de atletas no decorrer dos 30 anos em que a SPE existir.


A Botafogo S/A investiria em jogadores?

Sim. Apesar de não haver previsão de quantias elevadas, algo entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões seriam reservados para investimentos em novos jogadores. Os responsáveis pelo projeto entendem que este investimento é necessário para evitar um rebaixamento à segunda divisão, que poderia ser fatal para todo o projeto por reduzir receitas operacionais.


Quem comandaria a Botafogo S/A?

A partir do momento em que os dirigentes do clube social autorizarem a transferência dos ativos do futebol profissional botafoguense para a S/A, eles não teriam mais nenhum poder sobre a administração dela.


Nelson Mufarrej, Carlos Eduardo Pereira e demais dirigentes amadores, envolvidos atualmente na gestão do futebol, passariam a se preocupar apenas com atividades sociais e esportes olímpicos no BFR.


Os acionistas da SPE, por sua vez, aqueles investidores que aplicaram dinheiro na Botafogo S/A, seriam responsáveis por formar um corpo executivo para administrar a empresa. Provavelmente com CEO (diretor geral), CFO (diretor financeiro) e demais posições estratégicas. Esta diretoria, por sua vez, decidiria assuntos ligados ao futebol como contratação de técnicos, comissões técnicas e jogadores.


Qual a vantagem para o Botafogo?

Atualmente com salários atrasados, o clube tem sido estrangulado pelos mais de R$ 700 milhões em dívidas. O endividamento o obriga a direcionar uma parte considerável de suas receitas para acordos trabalhistas (Ato Trabalhista) e fiscais (Profut), além de sofrer penhoras e bloqueios ligados a credores que não tiveram passivos renegociados.


A partir do momento em que o dinheiro dos investidores seria usado para abater as dívidas mais urgentes, por meio do FIDC, a Botafogo S/A poderia dividir a sua receita operacional em apenas duas finalidades: (a) o pagamento dos custos operacionais do futebol profissional, como salários e direitos de imagem dos jogadores, e (b) o repasse de parte do dinheiro, em percentual a ser definido, para remunerar os investidores.


O que pode dar errado?

Se a atual diretoria do Botafogo não autorizar o prosseguimento do projeto, EY e Trengrouse terão de interromper os trabalhos. Os irmãos Moreira Salles não têm mais nenhuma obrigação em relação ao projeto.


Se a diretoria autorizar, mas a Botafogo S/A não encontrar investidores suficientes para captar em torno de R$ 300 milhões, quantia necessária para quitar dívidas de curto prazo, o projeto também pode ser abortado.


Por fim, mesmo que ambas as condições sejam cumpridas, é possível que o projeto não avance caso não haja tempo hábil para passar por todas as suas etapas. Após as aprovações, os responsáveis precisarão fazer uma auditoria sobre as contas do Botafogo (due diligence) e trabalhar em um plano de negócios preciso em seus mínimos detalhes.


Também está prevista a renegociação dos passivos com os credores antes da constituição da Botafogo S/A, para que se saiba, de antemão, qual seria o valor descontado das dívidas por meio dos deságios.


Durante o período entre a autorização e a constituição da Botafogo S/A, também seria necessária a nomeação de uma espécie de "interventor", alguém que os potenciais investidores colocará para acompanhar a administração botafoguense durante o período de transição. Isso para evitar que loucuras sejam feitas nesse meio tempo.


Qual o prazo para a Botafogo S/A?


Este é o ponto crítico de todo o projeto. A CBF precisa autorizar a transferência do direito de disputar uma competição nacional – no caso, o Campeonato Brasileiro – de uma pessoa jurídica para outra. Mas esta transferência só pode ser feita entre a segunda semana de dezembro e a terceira semana de janeiro. Caso os envolvidos não consigam aprontar toda a transformação até a terceira semana de janeiro de 2020, todo o projeto seria postergado para fim de 2020, início de 2021.


Fonte: GE/@rodrigocapelo



Trio apagado: má fase do ataque do Botafogo preocupa antes de semana decisiva


Erik, Luiz Fernando e Diego Souza acumulam más atuações e números fracos no Campeonato Brasileiro. Alvinegro tem clássico e jogo eliminatório nos próximos sete dias



Já são quatro jogos - ou mais de 360 minutos - sem balançar as redes. Um dado que resume bem o momento do Botafogo em 2019. Mas além das conhecidas falhas na criação, a fase do trio de ataque também não ajuda:Erik, Luiz Fernando e Diego Souza acumulam atuações apagadas antes de uma semana decisiva para o clube na temporada.



Além do jejum, Diego Souza e seus companheiros de ataque (Erik e Luiz Fernando) vivem péssima fase — Foto: André Durão


No próximo domingo, o Alvinegro encara o difícil clássico contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro enquanto tenta não se afastar da parte de cima da tabela. Na quarta-feira seguinte, um desafio ainda mais complicado: reverter a vantagem do Atlético-MG e avançar naquela que é a prioridade do clube na temporada, a Copa Sul-Americana.


O problema é que o ataque vive seu pior momento no ano. O trio titular não marca há cinco partidas: as quatro do jejum da equipe e mais a vitória contra o CSA, que teve gols dos meio-campistas Cícero e Alex Santana. O último atacante a balançar as redes foi Diego Souza, contra o Vasco, no dia 2 de junho (relembre no vídeo abaixo).


- Acho que é questão de encaixe. A gente, com todo respeito, está um pouco pobre no setor ofensivo. Sempre fui jogador de combinação. Uma hora ou outra, conseguimos triangulação, mas estamos devendo a nós mesmos e ao nosso torcedor um jogo mais combinado. A gente trabalha para combinar e fazer os gols - analisou Diego.



Gol do Botafogo! Diego Souza domina na área e bate forte para abrir o placar aos 12 do 2º tempo


Os números do setor no Campeonato Brasileiro, próximo compromisso do time, são muito ruins. Além do jejum, Erik, Diego Souza e Luiz Fernando já não vinham se destacando nem mesmo durante o bom momento da equipe antes da Copa América. Os três, juntos, marcaram apenas dois gols na competição nacional.


Se naquela época os resultados ao menos apareciam, agora a má fase dos atacantes se faz mais evidente. Na comparação com os rivais no clássico de domingo, então, os números ficam ainda piores. Gabriel e Bruno Henrique, juntos, anotaram 13 gols. Confira mais detalhes na tabela abaixo:


COMPARAÇÃO ENTRE ATACANTES

Fonte: Espião Estatístico


Além da diferença no número de gols, a dupla do Flamengo precisa de muito menos tempo em campo para acertar uma finalização no gol adversário: em média 25 minutos. Já o trio alvinegro sofre. Todos os dados são do Espião Estatístico, do GloboEsporte.com.



Minutos necessários para acertar uma finalização no Brasileirão:

Diego Souza: 76 minutos
Erik: 86,5 minutos
Luiz Fernando: 143 minutos


Em busca de dias melhores no ataque, o Botafogo volta a treinar nesta sexta-feira no Nilton Santos. O confronto diante do Flamengo será no domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá e Fred Gomes — Rio de Janeiro

Diego Souza não joga a toalha e vê Botafogo concentrado em melhorar no ataque


Para centroavante alvinegro, uma vitória sobre o Atlético-MG, na próxima quarta-feira, no Independência, não é nada anormal



O Botafogo não voltou bem da parada da Copa América. Ao ser derrotado por 1 a 0 pelo Atlético-MG na quarta-feira, em casa, completou quatro jogos sem marcar. Diego Souza, centroavante e um dos líderes da equipe, afirma que o time tem se empenhado a melhorar ofensivamente, mas trata tal processo como natural, citando a evolução no sistema defensivo como um exemplo.


- Nossa equipe toma poucos gols, a gente tem acertado isso de ser uma equipe com um sistema defensivo sólido. Aos poucos, a gente vai criando as oportunidades. A gente sabe que precisa melhorar muito para que isso possa acontecer.


- Estamos no caminho certo, as coisas tendem a acontecer. A gente já sofreu bastante, era uma equipe que levava muito gol. Agora trabalha bastante para atacar bem, fazer gols e dar trabalho aos adversários. Tenho certeza que isso vai acontecer.



Diego Souza botafogo entrevista — Foto: Fred Gomes


Em relação ao confronto com o Galo, Diego afirma que o time está vivo na competição e considera uma vitória no Independência, na próxima quarta-feira, como algo normal.


- As coisas não estão ruins como as pessoas dizem. Tenho certeza que na quarta-feira que vem que a gente possa estar conversando diferente. Não é nada anormal conseguir uma vitória lá, qualquer vitória nos deixa na competição.


- Foi um jogo atípico. Tomamos um gol em uma falha nossa. O adversário criou boas oportunidades depois que isso aconteceu. Com a experiência que eu tenho, o resultado deixou a gente vivo. Poderia ser pior.


Outros tópicos:

Humildade no fim do jogo para não sofrer um revés mais duro


- Quando estava com um a menos, a gente começou a ficar com a bola. Isso é experiência. A gente estava muito mais perto de tomar um segundo gol do que igualar a partida. Tivemos a humildade de perder de 1 a 0 para na semana que vem, com todo respeito ao Atlético-MG, jogar bem e conseguir uma simples vitória. Não tem crise, não tem que abaixar a cabeça.


- Sabíamos que a sequência depois da parada seria muito difícil, mas a gente tem a cabeça tranquila e vai dar a volta por cima com certeza.


Jogo contra o Flamengo

Jogo bom, todo jogador gosta. A gente vem de dois resultados negativos no Campeonato Brasileiro. Nada melhor do que um clássico para que você consiga se recuperar e ter uma boa vitória. O adversário tem uma equipe badalada, bajulada. É um adversário que todos dizem que vai lutar pelo título. Temos respeito por eles, mas temos totais condições de fazer um grande jogo.


Falta mobilidade a você em campo?

- Não vejo como problema físico, a gente tem todas as análises de desempenho e sabe o que vem fazendo e no que melhorar. Acho que é questão de encaixe. A gente, com todo respeito, está um pouco pobre no setor ofensivo. Sempre fui jogador de combinação. Uma hora ou outra, conseguimos triangulação, mas estamos devendo a nós mesmos e ao nosso torcedor um jogo mais combinado. A gente trabalha para combinar e fazer os gols.


Insiste que estão devendo ofensivamente

- Depois que o Barroca chegou, as coisas melhoraram e melhoraram muito, só que nem tudo se dá conta. A gente melhorou muito no sistema defensivo, a gente tem uma posse de bola muito boa na parte de trás até chegar à parte ofensiva.


- Na parte ofensiva, a gente deve isso. A gente tem conversado, tem pensado no que pode melhorar. Infelizmente não tem encaixado, mas tenho certeza que vai ter que encaixar. A qualidade da nossa equipe indica que isso vai melhorar.


Fase ruim do rival e protestos com pipoca em aeroportos de Flamengo e Palmeiras
Nossa fase também não é boa. Mas o respeito por eles não é por investimento, é pelos jogadores que tem. Elenco de qualidade. Por isso, mais um jogo difícil. O que acontece do lado deles, eles que se resolvam lá.


- Esse tipo de manifestação acho ridícula. Enquanto não acontecer alguma coisa grave, não vão tomar as providências para que isso possa acabar. Independentemente da paixão, que mexe com família e tradição, mas nesse ponto já é demais.


- Se você, como ser humano, toma uma atitude que se vira contra você, toma pancada de todo mundo e vira mau exemplo. Tem que ter atenção, cobrança. Nossa profissão já vem com esse peso, isso é normal, mas chegar a esse ponto já é demais.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro