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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Botafogo tenta contratação por empréstimo de Tréllez e abre negociação com o São Paulo


Centroavante, de 28 anos, vira plano A do Alvinegro para o ataque em 2019, mas clube enfrenta concorrência, e transferência é difícil. Leandro Pereira, da Chapecoense, também é monitorado



Marcos Ribolli



O Botafogo busca um atacante no mercado. Após devolver Brenner para o Internacional, a diretoria quer um novo nome para disputar a titularidade com Kieza em 2019, e o plano A já foi escolhido: é o colombiano Santiago Tréllez, do São Paulo. O Alvinegro abriu negociação com o São Paulo e tenta o empréstimo do centroavante, que completa 29 anos em janeiro e fez seis gols em 36 jogos pelo Tricolor. A informação foi divulgada pelo "Lance!" e confirmada pelo GloboEsporte.com.



Porém, a negociação com o Botafogo é considerada difícil devido à concorrência. O São Paulo, que pagou R$ 6 milhões por 70% dos direitos econômicos do colombiano no início da temporada, estuda outras ofertas, como por exemplo uma troca com Victor Ferraz, do Santos. Contratado junto ao Vitória em 2018, Tréllez assinou contrato no Morumbi até o fim de 2021, mas nunca conseguiu se firmar como titular no Tricolor e passou boa parte do ano na reserva de Diego Souza.



Leandro Pereira fez 11 gols pela Chapecoense em 2018 — Foto: LIAMARA POLLI/ESTADÃO CONTEÚDO


O Botafogo espera uma resposta do São Paulo. Se a negociação não avançar, o clube tem outro nome no radar: Leandro Pereira. O centroavante de 29 anos está emprestado à Chapecoense, onde fez 11 gols em 34 jogos em 2018. Ele pertence ao Club Brugge, da Bélgica, e seu contrato com o clube europeu termina em julho de 2019, o que pode facilitar as negociações. Porém, o Alvinegro apenas monitora e ainda não procurou o empresário do atacante.


Brenner foi um dos artilheiros do Alvinegro em 2018 com 10 gols, empatado com Kieza, mas não teve seu empréstimo renovado. Sem o centroavante, o técnico Zé Ricardo só conta com duas opções para a posição de centroavante: o próprio Kieza, que viveu altos e baixos e também não conseguiu se firmar como titular; e o uruguaio Aguirre, que está emprestado pela Udinese, da Itália, até junho e vem encontrando dificuldades de adaptação ao futebol brasileiro.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Fred Gomes e Thiago Lima — Rio de Janeiro

Jefferson lembra oferta da Inglaterra e revela motivo para ficar no Bota


Ao LANCE!, o recém-aposentado goleiro deu uma resposta que explica o tamanho de sua idolatria para a torcida do Botafogo. Ele ainda contou perrengues e momentos marcantes




Imagens de Jefferson pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)



Lealdade. Jefferson nunca escondeu que esse substantivo o norteou ao longo de sua histórica passagem pelo Botafogo, marcada por 459 jogos, três títulos Cariocas e um da Série B do Brasileiro. Nesta segunda parte da da entrevista exclusiva concedida ao LANCE!, o ídolo do Alvinegro comentou sobre três propostas tentadoras que recebeu na época em que caiu para a Segundona. 


Além disso, Jefferson destacou quais foram os principais perrengues passados no clube da Estrela Solitária, que o tem como o terceiro jogador que mais vezes vestiu a camisa, só ficando atrás de Garrincha (612 jogos) e Nilton Santos (721).


Hoje já aposentado, pode dizer quais ofertas chegaram depois da queda para a Série B (2014)?

De concreto, tive do Santos, de um time de Portugal, que o meu empresário não quis revelar o clube, e também do Tottenham. Só que esses clubes queriam que eu saísse pela porta dos fundos, e eu tinha a faca e o queijo na mão para sair desse jeito. Eram dez meses sem pagamento dos direitos de imagem, de FGTS... Era fácil, mas eu ia jogar por terra tudo o que tinha feito aqui no Botafogo. Mesmo assim eu fui leal. Disse que tudo tinha que passar pelo clube.


Esses clubes queriam negociar direto com você?
Como o Botafogo estava me devendo um valor muito grande, o dinheiro da transferência não iria quase nada para o clube. Seria só para pagar as dívidas.


E de 2009 para 2010, assim que voltou e com contrato de apenas quatro meses? Rolaram propostas?

Ali não, porque foi tudo muito rápido. Depois que voltei ao Botafogo, passaram-se dez jogos, eu estava tão bem, Botafogo bem e já renovaram por mais um ano. Renovei depois do pênalti do Adriano (defesa na final da Taça Rio de 2010). As coisas foram melhorando depois.


Na época da proposta do Tottenham, no fim de 2014, a dívida do Botafogo com Jefferson beirou os R$2 milhões 
 

​Qual foi o seu ano mais difícil financeiramente no Botafogo?

Passei dificuldade em 2003. Ali foi osso. Pessoalmente, 2014 foi pior porque eu tinha família, projetos e parou tudo. Ficar dez meses sem receber foi o pior momento da cadeira. Agora, no clube, não tinha nem café da manhã em 2003. Atrasava tudo, pegavam cinco reais de cada um para ter café da manhã.


O quanto os atrasos salariais interferem? É mais no dia a dia ou no jogo em si?

Não interfere no jogo. Quem fala que jogador não corre por isso é mentira. Quando a gente entra em campo é o nosso que está na reta. Ninguém vai tirar o pé porque o salário está atrasado, mas, quando atrasa direto, a gente faz reunião constantemente, desgasta para falar com diretoria. Ou seja, em vez de se preocupar com outras coisas, você se preocupa salários. Aí, chega no jogo despreparado, porque durante a semana não houve a preparação adequada. Para vês terem ideia, em 2014 eu não lembro de encontros para falar do adversário. Era só salário. Era salário, salário... vamos jogar, salário, salário...


Falar de coisa boa agora. E os momentos mais marcantes da carreira?

No geral, tiveram vários momentos bons. Campeão carioca invicto, jogamos Libertadores, onde tivemos de igual para igual com qualquer equipe. Mas os pênaltis do Adriano e Messi, pela repercussão... Eu não estava nas temporadas anteriores, mas o Botafogo vinha de três anos consecutivos sendo vice para o Flamengo. Os torcedores cobravam na rua. Aquela defesa lavou a nossa alma.



Defesa em pênalti de Messi também foi lembrada pelo goleiro (Foto: Divulgação/Twitter Botafogo)


Fonte: Lancenet/Felippe Rocha e Lazlo Dalfovo

Os Moreira Salles estudam "ajuda" ao Botafogo, mas avisam: "Não temos vocação para Abramovich"


Irmãos financiadores do futuro CT alvinegro, ilustres botafoguenses encomendam auditoria para auxiliar administração do clube, mas citam dono do Chelsea e descartam "comprar" a instituição





João Moreira Salles escreveu carta explicando intenção dos irmãos — Foto: Reprodução / TV Globo


Financiadores do futuro CT do Botafogo, os irmãos João Moreira Salles e Walter Moreira Salles podem ajudar ainda mais o Alvinegro nos próximos anos. Os ilustres botafoguenses encomendaram uma auditoria sobre o clube junto a "Ernst & Young" com a intenção de oferecer alternativas estruturais e, quem sabe, financeiras. Tudo ainda muito embrionário, mas assunto que vem dominando todas as conversas entre torcedores nos últimos dias.


+ Notícias do Botafogo



Internamente em General Severiano, comenta-se a possibilidade de o clube separar a sede social do futebol, de forma a permitir que os irmãos "patrocinem" o time com um aporte financeiro especulado em R$ 300 milhões. Porém, para isso seria preciso mudar o Estatuto do Botafogo primeiro. Em carta enviada ao jornalista Juca Kfouri, do "UOL", João admitiu ajudar, mas descartou assumir o clube como o bilionário russo Roman Abramovich fez com o Chelsea, da Inglaterra.


Confira a carta na íntegra:


"Caro Juca,

Muito obrigado pela referência generosa ao Waltinho e a mim na coluna que você publicou ontem, e que só agora li.


Escrevo para esclarecer que não estamos analisando a compra do Botafogo.


E isso por várias razões.


Para falar de apenas uma delas: embora seja procedimento corrente em várias partes do mundo, nem eu, nem Waltinho, nos vemos na figura de alguém que compra um time e se torna dono dele.


Só digitar a frase já parece absurdo, para não dizer constrangedor.


Time é coisa coletiva, não mercadoria de um torcedor só, ou de dois.


Por outro lado, está claro que o atual modelo de controle e gestão dos clubes brasileiros fracassou, e que é preciso estudar novas formas de estruturá-los.


É com isso, e apenas com isso, que Waltinho e eu estamos comprometidos.


Ao cabo do trabalho que estamos financiando (com total anuência do clube), o Botafogo conhecerá maneiras alternativas de organizar a sua existência legal, seja se tornando uma empresa, seja virando uma fundação sem fins lucrativos, quem sabe amparado por um fundo patrimonial.


Caberá então ao Botafogo escolher o seu caminho.


Independentemente do desfecho, Waltinho e eu não seremos proprietários de coisa alguma.


Não temos vocação para Abramovich.


Forte abraço, e bom fim de ano


João"


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro