Páginas

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Após tragédia no Ninho, Moreira Salles assumem o projeto de CT do Botafogo


Espaço Lonier será transformado no novo CT do Botafogo

 Espaço Lonier será transformado no novo CT do Botafogo - Satiro Sodré/BFRImagem: Satiro Sodré/BFR

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)



O incêndio no Ninho do Urubu, que aconteceu em fevereiro do ano passado e deixou 10 jovens jogadores do Flamengo mortos, teve reflexos diretos no planejamento do novo centro de treinamento do Botafogo, que está sendo construído em Vargem Grande.

Inicialmente, o investimento para o local, que ficará no Espaço Lonier, seria dividido igualmente entre o Alvinegro e os irmãos Moreira Salles, ilustres torcedores botafoguenses, que em 2019 propuseram um novo modelo de gestão ao clube. Nesta configuração do CT, o clube pagará em percentual de direito de jogadores.

RELACIONADAS 
Botafogo se irrita, vê clima pesado e Marcinho pode ser afastado
Cortez "herda" apelido no Bota e tenta manter tradição 10 anos após título
Redução salarial no Flu é usada como base em debate de sindicato com rivais
A questão é que a tragédia que aconteceu no Flamengo acendeu um alerta sobre a estrutura necessária para que novos casos como aquele não voltem a acontecer e o investimento necessário para isso. Como o clube atravessa crise financeira, Walter e João Moreira Salles vão arcar com 100% do montante para o CT do Glorioso. O Alvinegro manterá a forma de pagamento combinada anteriormente, mas, agora, precisando de um montante maior para quitar o débito.

Além de uma evidente preocupação com a vida dos jovens da base que vão utilizar os alojamentos, há também uma cautela em relação à imagem dos Moreira Salles, que estão diretamente ligados ao CT, uma vez que compraram a área. Assim, há um zelo ainda maior em relação ao caso.

Vale ressaltar que, no fim de fevereiro, o UOL Esporte mostrou que as obras do novo centro de treinamento estão bastante atrasadas. Após assinar a escritura de compra e venda em abril de 2018, estipulou e perdeu vários outros prazos. O fato é que o local precisa de reformas para ser adaptado a um CT profissional.

Até pouco tempo antes da pandemia o novo coronavírus, o clube não tinha dado maiores detalhes sobre como anda a situação do local, apenas que três campos estariam sendo finalizados nas próximas semanas. O alvinegro entendia que o valor investido pelos irmãos não era suficiente para completar a obra e não tinha dinheiro para avançar como gostaria.

As obras, inclusive, ficaram paradas por algum tempo e foram retomadas somente em outubro. O projeto teve que passar por mudanças em relação ao que havia sido planejado inicialmente.

via Botafogo: Moreira Salles assumem projeto de CT após tragédia no Ninho,

Keisuke Honda, do Botafogo, defende cortes nos salários dos atletas durante coronavírus


Por meio do Twitter, meio-campista defendeu que dirigentes dos clubes devem procurar jogadores para uma redefinição dos vencimentos mensais durante a pandemia



Honda em sua estreia pelo Botafogo, contra o Bangu (Foto: Vitor Silva/Botafogo)



Keisuke Honda reconhece que o momento vivido é delicado. A pandemia do coronavírus trouxe mudanças para a vida de praticamente todas as pessoas - e o futebol, consequentemente, não passou batido. O jogador do Botafogo se posicionou e afirmou que apoia cortes nos salários dos jogadores enquanto o COVID-19 continuar devastando o país.

- Em relação às equipes esportivas profissionais, os gerentes devem solicitar imediatamente cortes salariais em ordem decrescente de salário. Muitos jogadores devem entender que se fala de boa fé. Caso contrário, mais equipes entrarão em colapso e os fãs ficarão tristes com o resultado - escreveu em sua conta no Twitter.

Inicialmente, o Botafogo não vai diminuir os vencimentos do elenco. O clube divulgou uma nota afirmando que pagaria de forma integral os salários de março e abril. A tendência, contudo, é que as competições permaneçam paralisadas por mais tempo - desta forma, a diretoria do Alvinegro terá que renegociar um acordo com o elenco.

Honda tem um dos maiores salários do atual elenco do Botafogo, mas, mesmo assim, não se importa em dizer que, nesse momento, o corte em parte do valor é a melhor opção.


Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Câmara aprova urgência e deve votar congelamento de dívidas do Profut


Projeto de lei do deputado Arthur Maia (DEM-BA) prevê suspensão das dívidas durante período de pandemia e redução em 50% valor do pago a atletas em caso de rescisão



Deputados devem votar em breve a PL, que agrada clubes e CBF, mas é desaprovada por jogadores (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputado/Divulgação Agência Senado)


A legislação do futebol brasileiro pode ter novos rumos em breve. Na última terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência do projeto de lei 2125/2020, que solicita o congelamento das parcelas do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) enquanto durar a calamidade pública. O PL prevê também redução de 50% do valor pago a jogadores em caso de rescisão de contrato unilateral com os clubes. Ainda não há definição de quando o assunto entrará em pauta entre os parlamentares.

Criado pelo Governo Federal em 2015, o programa tenta garantir o parcelamento de dívidas fiscais e consolidar a transparência nas finanças da gestão de entidades esportivas.

O requerimento é de autoria do deputado Arthur Maia (DEM-BA), com o objetivo de durar até 31 de dezembro. Ele ponderou que a pandemia do novo coronavírus impede a realização de jogos e campeonatos, causando perda na arrecadação dos clubes e gerando dificuldades para quitar os débitos.

Maia frisa que a suspensão não implicará na rescisão do parcelamento.


"Os recursos que seriam destinados ao pagamento das parcelas suspensas (...) devem ser utilizados pela entidade de prática desportiva para o adimplemento de remuneração de empregados que percebam remuneração até duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social", prevê o projeto.

Caso seja aprovado, o projeto de lei seguirá para o Senado e, de lá, para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Apresentado na quinta-feira passada, o projeto de lei conta com o apoio da CBF e dos clubes, de acordo com o "Globo Esporte". Contudo, tem encontrado resistência entre os jogadores de todas as divisões nacionais, além de sindicatos e da Federação Nacional de Atletas Profissionais (Fenapaf).

A contestação é em relação à redução de 50% na cláusula compensatória em caso de rescisão contratual. O senador Romário (PODE-RJ) manifestou-se nas redes sociais em oposição.


Fonte: LANCE!Brasília (DF)

Presença de Honda no Botafogo mobiliza comunidade japonesa no Rio


Em entrevista ao LANCE!, Cônsul-Geral Adjunto do Japão na capital fluminense falou sobre os efeitos da chegada do astro internacional sobre os compatriotas residentes no Brasil 



Vítor Silva/Botafogo


A chegada de Keisuke Honda ao Botafogo, no início de fevereiro, com direito a festa no aeroporto e na apresentação no Estádio Nilton Santos deixou milhares de botafoguenses eufóricos Brasil afora. Além dos torcedores alvinegros, um outro grupo também sentiu o impacto de ter um astro internacional do esporte por perto, a comunidade de japoneses residentes no Rio de Janeiro. O LANCE! conversou com o Cônsul-Geral Adjunto do Japão na capital fluminense, Hiroshi Teramichi, para saber o que pensam os compatriotas do novo ídolo do Glorioso. Antes da paralisação do futebol pela pandemia do COVID-19, a mobilização era grande.


– Ainda não podemos saber com precisão qual será o impacto da chegada do Honda sobre a comunidade japonesa, mas posso contar sobre a minha família, o que acredito que seja um exemplo. Tenho uma esposa e dois filhos, uma menina de nove anos e um menino de sete. Minha esposa não tem time, o mais velho torce para o Athletico-PR e o mais novo é flamenguista. Fomos juntos na apresentação no Nilton Santos. Vimos que a loja já tinha as camisetas dele e compramos quatro. Eu e minha esposa já viramos Botafogo. Tenho certeza que todos os japoneses estão torcendo por ele, independente do clube que torçam – contou Teramichi.


Com a experiência de quem acompanha de perto os desafios de um japonês recém-chegado ao Brasil, o Cônsul-Geral Adjunto aposta em uma rápida adaptação do craque à Cidade Maravilhosa e ao país. 


– A adaptação de um japonês ao Rio de Janeiro não é muito difícil porque os brasileiros, em geral, são muito simpáticos e receptivos com os estrangeiros. Quanto ao idioma, ele me disse que aprendeu algumas palavras com colegas brasileiros, então acho que não terá tantas dificuldades em se comunicar – explicou.


E MAIS:
Botafogo prorroga empréstimo de Rickson ao América-MG
Kanu revela sonho no futebol: 'Marcar o CR7 e não levar gol'
VP de finanças alvinegro mantém otimismo sobre projeto Botafogo S/A
Papo com Beto: 'Há 50 anos, Brasil batia Áustria. O Tri ganhava cara'
Botafogo acena com saída de medalhões após fim do isolamento


Nos passos de Zico

Antes da pandemia forçar a instauração de medidas de isolamento social, o Consulado do Japão no Rio acompanhou de perto os primeiros passos de Honda no Brasil. O corpo diplomático japonês pretende aproveitar o momento para estreitar ainda mais os laços entre os dois países.


– Vejo muito a imprensa japonesa divulgando tudo sobre o Honda no Japão. Lá ele é muito conhecido e muito querido. Certamente a presença do Horda aproxima Japão e Brasil, como já fez o Zico. Sem a ajuda dos jogadores brasileiros, o futebol japonês nunca chegaria ao ponto que chegou hoje. É certo que gostaríamos de retribuir para o futebol brasileiro na medida do possível. Antigamente os japoneses preferiam o beisebol, hoje o futebol é mais popular. Tudo graças ao Zico e aos jogadores brasileiros – afirmou o diplomata.


Hiroshi Teramichi também acredita que no retorno do futebol com público, o entusiasmo com Honda vai se espalhar entre os japoneses em todas as regiões do Brasil.


– Dei as boas vindas ao Sr. Honda assim que ele desceu do avião. Ele não tinha ideia do número de pessoas que o aguardavam no aeroporto. Temos muitas comunidades japonesas espalhadas pelo Brasil, como em São Paulo e Curitiba. Acredito que essas pessoas vão se mobilizar para ver o Honda quando ele começar a jogar por outros estados brasileiros e o entusiasmo dos japoneses vai aumentar ainda mais. Com certeza, vai sempre ser possível ver japoneses nos jogos do Botafogo – finalizou Teramichi.



Fonte: GE/Fernanda Teixeira/Rio de Janeiro (RJ)

Prestes a sair do Botafogo, Bochecha vê mudança como positiva: "Quero e preciso jogar"


Volante de 23 anos, porém, não descarta possibilidade de permanecer no Alvinegro: "Sou muito grato ao clube por tudo que fez por mim e tenho um carinho muito grande"



Gustavo Bochecha dificilmente seguirá no Botafogo após o retorno das atividades. Antes mesmo de a quarentena ter início, a diretoria já havia deixado claro o desejo de negociar o volante e outros atletas. Depois de um bom momento em 2019, Bochecha perdeu espaço no fim da temporada e só participou de dois jogos em 2020, quando o Alvinegro usou a equipe reserva.


- Os maus resultados no começo do Carioca acabaram pesando contra mim. Com relação a uma possível saída, eu quero e preciso jogar. Quero recuperar a boa sequência que vinha tendo no ano passado, pois sei que vou evoluir e me destacar nesta temporada. É o meu momento - destacou Bochecha em papo com o GloboEsporte.com.


Bochecha com a camisa do Botafogo: 54 jogos e um gol.


O jogador de 23 anos, cria da base alvinegra, já recebeu sondagens de alguns clubes brasileiros e a expectativa é que as conversas avancem antes do retorno dos campeonatos. Apesar de o isolamento dificultar negociações, os clubes pensam em voltar com todo o planejamento pronto e querem iniciar o Brasileiro com os elencos definidos. Mas, como ainda não há uma data para o reinício da temporada, as equipes tentam segurar a entrada de novas despesas.



Gustavo Bochecha jogou as duas primeiras partidas da Taça Guanabara — Foto: André Durão/GloboEsporte.com



Bate-papo com Gustavo Bochecha:


Em 2019, você ganhou espaço no Botafogo ao longo da temporada, conquistando um lugar no time e o carinho da torcida. Também fez seu primeiro gol como profissional. Como avalia o último ano?

- Uma temporada de muito aprendizado e onde pude evoluir como atleta e pessoa. Vinha numa sequência boa. Individualmente, fiz bons jogos. Infelizmente, os resultados não foram satisfatórios e então o professor resolveu me tirar. Respeitei a decisão dele e continuei trabalhando, mas aquele era o momento em que eu estava conseguindo crescer e evoluir em alguns aspectos. Receber o carinho da torcida para mim foi valioso demais. Sempre entrei em campo por eles.


No fim do ano passado, porém, você acabou perdendo espaço. Por que acha que isso aconteceu?

- Voltei em dois jogos extremamente difíceis contra Cruzeiro e Santos. Em seguida, tive uma contusão em um treino que me afastou do final do Brasileiro.


"Tenho certeza que poderia e posso ajudar muito".


Você, então, iniciou 2020 sem espaço na equipe titular e existe hoje a possibilidade de ser envolvido em uma negociação, já com sondagens de alguns clubes. Um novo ambiente pode ser interessante para você nesse momento?

- Fiz um mês de fisioterapia em 2019 e, quando liberado, entramos de férias. Com poucos treinos na pré-temporada, retornei ao Rio para jogarmos as duas primeiras rodadas do estadual. Os maus resultados no começo do Carioca acabaram pesando contra a mim. Com relação a uma possível saída, eu quero e preciso jogar. Quero recuperar a boa sequência que vinha tendo ano passado, pois sei que vou evoluir e me destacar nessa temporada. É o meu momento.


Paulo Autuori chegou a conversar particularmente com você? Acredita que existe chance de permanecer no clube e voltar a ter oportunidades?

- Eu me dedico no dia a dia para isso acontecer. Sou muito grato ao Botafogo por tudo que fez por mim e tenho um carinho muito grande por esse clube. Tudo será conversado de maneira conjunta para que possamos definir os próximos passos.


Como tem sido esse período de quarentena e férias? Tem conseguido treinar em casa?
- Estranho, mas necessário. Sinto muita saudade de estar no dia a dia do clube, treinos, amigos... Mas é para um bem maior. Hoje, o importante é cuidarmos do próximo. Tenho treinado todo dia em casa e aproveitado esse tempo para curtir a família e minha filha. Fazendo aquilo que é possível para manter a forma. Temos que estar preparados para quando tudo voltar ao normal.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro