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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Temos vagas! Chegada de Ricardo Gomes motiva elenco do Botafogo


Jogadores que não estavam sendo aproveitados vislumbram oportunidades no time. Após cumprir suspensão, Lulinha busca espaço. Diego Jardel treina entre titulares




Trocas de treinadores costumam motivar elencos. É a chance para quem está no fim da fila ganhar oportunidades. No Botafogo, foi assim quando Jair Ventura assumiu interinamente no lugar de René Simões. E está sendo assim com a chegada de Ricardo Gomes. É nítida, nos treinos, a disposição dos atletas com a possibilidade de aproveitar uma brecha no time.

- Quando chega um treinador diferente, o ambiente muda. Vira um ambiente de muita pegada, muita vontade, com todos tendo oportunidade de jogar. A mudança de técnico cria esperança a todos. Quem não estava jogando passa a ter chance de jogar. No caso do Ricardo Gomes, ele está conhecendo a maioria dos jogadores agora. Então todos, nos treinos, estão buscando uma brecha - disse Lulinha, que volta à ficar a disposição após cumprir suspensão contra o Criciúma.

Ricardo Gomes comanda seu segundo treino no comando do Botafogo (Foto: Marcelo Baltar)
A disputa por vagas no Botafogo está ainda mais acirrada devido às recentes contratações de cinco reforços. Navarro e Rodrigo Lindoso já estrearam. Bazallo e Serginho foram regularizados nesta semana e já estão à disposição. Último a chegar, Neilton ainda não aparece no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, mas a diretoria alvinegra corre para deixá-lo em condições de jogo para a partida contra o Luverdense, no sábado.

- O Ricardo está aí para isso. Essa dor de cabeça boa é dele (risos). O Neilton já mostrou que tem qualidade, vem para nos ajudar, mas estou aqui para conquistar meu espacinho. Sempre quando entro tento fazer uma fumaça para arrumar uma brechinha - ressaltou Lulinha.

No treino desta quinta-feira, Ricardo Gomes deu a primeira mostra do time que pretende escalar no sábado. Em relação à equipe que empatou com o Criciúma, a principal novidade foi a entrada de Diego Jardel no lugar de Gegê. Como o treinador não usou os zagueiros no treino tático, há ainda a dúvida de quem formará a dupla de zaga. Renan Fonseca e Diego Giaretta vêm jogando juntos desde a saída de René. No entanto, como Roger Carvalho está recuperado de lesão, pode ser que haja mudança na defesa.


Líder da Série B com 28 pontos, o Botafogo volta a campo neste sábado, às 16h30, contra o Luverdense, no Estádio Nilton Santos. O GloboEsporte.com acompanha a partida em Tempo Real.


Por Marcelo Baltar e Thiago CorrêaRio de Janeiro/GE

Ricardo Gomes esboça Botafogo com Diego Jardel no lugar de Gegê



Em seu segundo dia de trabalho, treinador começa a definir equipe para a partida contra o Luverdense, no sábado. Neilton treina, mas ainda não está regularizado



GloboEsporte
Em seu segundo dia à frente do Botafogo, Ricardo Gomes arregaçou as mangas e deu uma ideia do time que pretende mandar a campo neste sábado, contra o Luverdense. Em treino tático sem goleiros e zagueiros, o treinador esboçou a equipe com uma novidade: Diego Jardel no lugar de Gegê.

Muito participativo e parando a atividade várias vezes para orientar a equipe, Ricardo Gomes montou o time com Diego e Carleto nas laterais, o meio de campo formado por Diérson, Willian Arão, Diego Jardel e Octávio, e Sassá e Luis Henrique formando a dupla de ataque. O trabalho tático durou cerca de 30 minutos.

Em seguida, os titulares treinaram finalizações com o auxiliar Luiz Otávio, enquanto Ricardo Gomes dava atenção aos demais jogadores, em treino em campo reduzido. O lateral Jean levou a pior em dividida e deixou a atividade mais cedo.

Neilton, cujo nome ainda não consta no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF , treinou normalmente. O clube corre para regularizá-lo até sexta-feira. Os demais reforços – Rodrigo Lindoso, Navarro, Bazallo e Serginho - estão com a situação burocrática resolvida, mas treinaram entre os reservas.

Elvis, Cidinho e Andreazzi treinaram à parte com o preparador Emílio Faro, mas ainda não terão condições de enfrentar o Luverdense. Com lesão muscular, Luis Ricardo realizou tratamento. O lateral não tem previsão de retorno aos gramados.

Líder da Série B com 28 pontos, o Botafogo volta a campo neste sábado, às 16h30, contra o Luverdense, no Estádio Nilton Santos. O GloboEsporte.com acompanha a partida em Tempo Real.

Por Marcelo BaltarRio de Janeiro

Calma! Série B equilibrada não deve preocupar o Botafogo rumo à elite
Números da história da competição mostram que o acesso é totalmente possível




Ricardo Gomes assumiu o Botafogo com o
 time na liderança (Foto: Cleber Mendes)
A Série B do Campeonato Brasileiro de 2015 está equilibrada. Após 15 rodadas, somente três pontos separam o Botafogo, líder da competição, com 29, para o Paysandu (26), primeiro time fora da zona de classificação à elite do futebol nacional. Essa situação vem deixando muitos torcedores alvinegros preocupados, até mesmo pelo futebol atual apresentado pela equipe. Porém, os números da história da competição mostram que o drama não é tão grande.


Desde que a Série B passou a ser disputada por pontos corridos, em 2006, apenas o Atlético-MG, entre os considerados gigantes do futebol nacional, estava fora do G-4 após a 15ª rodada. O Galo, entretanto, festejou com o título o acesso à Série A para 2007.

Na oportunidade, o Atlético-MG ocupava a sexta posição. Avaí, Coritiba, Sport e Náutico faziam parte do G-4. Depois de 38 rodadas, os times catarinense e paranaense não conseguiram subir e foram "substituídos" pela equipe mineira e o América-RN.

A Série B de 2007, tendo apenas o campeão brasileiro Coritiba como principal força, foi a única que destoou. Criciúma, Marília, Coritiba e Brasiliense formavam o G-4 na 15ª rodada. Os paranaenses subiram e levaram junto Ipatinga, Portuguesa e Vitória.

Atlético-PR e Bahia, outros dois times campeões brasileiros, também estavam foram do G-4 após a 15ª rodada. Em 2012, o Rubro-Negro paranaense era o 11º e terminou em terceiro. Dois anos antes, o Tricolor da Boa Terra ocupava o oitavo lugar e garantiu o acesso na terceira posição.

Confira a Série B após 15 rodadas e quem subiu

2006 (15ª/38ª)
1 - Avaí/Atlético-MG
2 - Coritiba/Sport
3 - Náutico/Náutico
4 - Sport/América-RN
*Atlético-MG (5º) e América-RN (14º)

2007 (15ª/38ª)
1 - Criciúma/Coritiba
2 - Marília/Ipatinga
3 - Coritiba/Portuguesa
4 - Brasiliense/Vitória
*Ipatinga (13º), Portuguesa (6º) e Vitória (5º)

2008 (15ª/38ª)
1 - Corinthians/Corinthians
2 - Grêmio Barueri/Santo André
3 - Avaí/Avaí
4 - Ponte Preta/Grêmio Barueri
*Santo André (9º)

2009 (15ª/38ª)

1 - Atlético-GO/Vasco
2 - Vasco/Guarani
3 - Guarani/Ceará
4 - Portuguesa/Atlético-GO
*Ceará (6º)

2010 (15ª/38ª)
1 - Coritiba/Coritiba
2 - Figueirense/Figueirense
3 - América-MG/Bahia
4 - São Caetano/América-MG
*Bahia (8º)

2011 (15ª/38ª)
1 - Portuguesa/Portuguesa
2 - Ponte Preta/Náutico
3 - Náutico/Ponte Preta
4 - Paraná/Sport
*Sport (5º)

2012 (15ª/38ª)
1 - Criciúma/Goiás
2 - Vitória/Criciúma
3 - Goiás/Atlético-PR
4 - São Caetano/Vitória
*Atlético-PR (11º)

2013 (15ª/38ª)
1 - Chapecoense/Palmeiras
2 - Palmeiras/Chapecoense
3 - Sport/Sport
4 - Paraná/Figueirense
*Figueirense (6º)

2014 (15ª/38ª)
1 - Ceará/Joinville
2 - Vasco/Ponte Preta
3 - Luverdense/Vasco
4 - Joinville/Avaí
*Ponte Preta (9º) e Avaí (5º)


Bernardo Coimbra - LANCENET! 

Engenhão: Prefeitura garante entrega sexta, mas Bota espera em setembro


Obras na cobertura deveriam ser concluídas até 31 de julho, mas local ainda está tomado por máquinas e operários: "Está na cara que não vão terminar", diz presidente



Botafogo e Prefeitura do Rio de Janeiro não falam a mesma língua quando o assunto é o Estádio Nilton Santos. Termina nesta sexta-feira, 31 de julho, o prazo para o Consórcio Engenhão – formado pelas construtoras OAS e Odebrecht – concluir as obras de reparo da cobertura. A RioUrbe (Empresa Municipal de Urbanização) afirma que os trabalhos serão concluídos a tempo. O Botafogo tem a certeza de que isso não será cumprido.

Em comunicado enviado ao GloboEsporte.com, a RioUrbe afirma que, no momento, está sendo realizado o descimbramentos da estrutura com a retirada das 34 torres de escoramento. O órgão ressalta que a cobertura está sendo retensionada e as torres de escoramento estão sendo removidas gradativamente. Ela garante que o prazo de sexta-feira, no entanto, está mantido, apesar de admitir que depois desta data o Engenhão ainda contará com operários que desmontarão a estrutura das obras.

- Não, com certeza não (terminam as obras na sexta). Basta olhar que as escoras (torres de suporte) estão todas lá. As obras da cobertura estão prometidas para terminarem no dia 31 de julho. Está na cara que não vão terminar. Essa posição da Prefeitura do Rio de Janeiro é completamente estranha, já que eles não somente terão de liberar o espaço interior do estádio, como terão de apresentar um laudo de estabilidade da cobertura, da mesma maneira que foi feito quando interditaram o estádio. Isso tudo até sexta? Eu não acredito. As torres de escoramento da cobertura estão todas lá. Estou curioso para ver se eles conseguem tirar isso tudo em dois dias - desafiou o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.

Obras no Engenhão: estádio passa por reforma na cobertura desde março de 2013 (Foto: Gustavo Rotstein)

De fato, basta circular pelas dependências internas do estádio para constatar o grande número de operários e máquinas. Nas arquibancadas, as torres de escoramento que dão suporte à cobertura ainda estão no local.

Outro ponto de discórdia diz respeito à capacidade atual do estádio. A Prefeitura alega que, desde 30 de abril, 32.347 assentos estão liberados no Engenhão. O Botafogo, no entanto, não trabalha com esse número e afirma que a posição da RioUrbe vai contra os laudos do Corpo de Bombeiros.

- Uma coisa é o que a Prefeitura fala, a outra é o laudo do Corpo de Bombeiros. Hoje temos aprovados aproximadamente 25 mil lugares, mas, por medidas de segurança, estamos liberando cerca de 20 mil, 21 mil lugares por jogo. O que a Prefeitura acha não bate com os laudos do Corpo de Bombeiros - frisou o dirigente alvinegro.


O Botafogo prefere não falar abertamente sobre quando espera ver o Estádio Nilton Santos totalmente livre de operários, guindastes e estruturas metálicas. Mas segundo uma pessoa que acompanha o dia a dia da movimentação no estádio, o trabalho está longe de acabar.
- A obra está no auge. Nunca vi tantos operários no Engenhão. Acredito que vão entregar em setembro - disse a pessoa, que preferiu não se identificar.

Obras no Engenhão teriam que ser entregues no dia 31 de julho, nesta sexta-feira (Foto: Gustavo Rotstein)
O Engenhão foi interditado em março de 2013. Na ocasião, a Prefeitura do Rio decidiu proibir a realização de jogos no local após um laudo indicar que havia falhas estruturais na cobertura do estádio, que corria o risco de desabar em caso de ventos acima de 63 km/h.

A previsão inicial era que o estádio fosse concluído no ano passado. Em 7 de fevereiro deste ano, em partida entre Botafogo e Bonsucesso, pelo Campeonato Carioca, o Engenhão voltou a receber torcedores, mas menos da capacidade total foi liberada. O novo prazo de conclusão acaba nesta sexta-feira.

O Engenhão foi inaugurado em 2007, para os Jogos Pan-americanos do Rio, e sua construção custou R$ 380 milhões.

Por Gustavo Rotstein e Marcelo BaltarRio de Janeiro/GE