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domingo, 20 de agosto de 2023

Ruim de ambiente? Diego Costa vai a culto, joga baralho e até serve café nos primeiros dias de Botafogo



Atacante, que estreou no empate contra o São Paulo, é elogiado internamente pela postura




A primeira semana de Diego Costa no Botafogo deixou para trás o temor de que ele poderia abalar o ambiente do líder do Brasileirão. O Alvinegro é conhecido justamente pelo coletivo forte - e parece que o camisa 19 chegou para somar ainda mais neste sentido.







Diego Costa, do Botafogo, comenta boato que seria "ruim de grupo" (https://ge.globo.com/video/diego-costa-do-botafogo-comenta-boato-que-seria-ruim-de-grupo-11878877.ghtml)


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Diego Costa fez questão de se apresentar aos jogadores e se ambientar à rotina do elenco dentro e fora de campo. A postura do jogador rendeu elogios de Bruno Lage, treinador da equipe, de forma pública.


- Ele chegou com um espírito muito bom, eu até quero realçar isso, porque as palavras são essas, ele tem dito que está aqui para ajudar e para se marcar e referenciar principalmente a grande temporada do Tiquinho. No primeiro dia eles até almoçaram frente a frente e na altura do café, foi o Diego que foi servir o Tiquinho com o café, por isso achei isso curioso, eu não sei se eles conheciam do passado, mas achei curioso de estarem frente a frente e o Diego, para além das palavras, ter esse momento. Que ele me perdoe por partilhar coisas internas, mas acho que merece ser partilhado. Ele foi servir o cafezinho ao Tiquinho.


A fala em questão foi de um episódio que ocorreu durante a semana no Espaço Lonier, CT do clube: durante a refeição, Diego Costa levantou para servir café a Tiquinho Soares. O ato pegou algumas pessoas de surpresa - no sentido positivo.





Diego Costa, Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo


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- Nesse quesito de companheirismo é isso. Poderia ser Tiquinho ou o roupeiro. Na vida estamos para servir. É um ajudando o outro. Foi isso que levei da educação dos meu pais - explicou Diego, ao ge.


O atacante chegou ao Brasil na última segunda-feira, fez um treinamento mais voltado para a parte física na terça-feira e começou a treinar com o elenco para valer na quarta-feira. São, portanto, cinco dias dividindo a rotina com os novos companheiros, mas o retorno tem sido positivo.


Diego fez questão participar do culto de orações, evento organizado pelos atletas em toda preleção nos hotéis em que o elenco se concentra Brasil afora. Religioso, o atacante ficou presente na onda de orações ao lado de jogadores como Lucas Perri, Adryelson, Tchê Tchê e Marçal.




Diego Costa no culto dos atletas do Botafogo — Foto: Arquivo pessoal



Jogos e cavaquinho

Diego Costa também tem sido um elemento presente na "resenha". Durante a ida do plantel para São Paulo, na sexta-feira, viralizou um vídeo do atacante organizando um jogo de truco, famoso jogo de cartas, dentro do avião. Veja abaixo!



Diego Costa aparece jogando baralho no avião com jogadores do Botafogo (https://ge.globo.com/video/diego-costa-aparece-jogando-baralho-no-aviao-com-jogadores-do-botafogo-11879128.ghtml)



O truco é um dos passatempos favoritos do elenco - Marçal, Tchê Tchê e Rafael são alguns dos "líderes" da brincadeira - e Diego também gosta de jogar.


Minutos antes, no Aeroporto Santos Dumont, o elenco se encontrou com Miguelzinho do Cavaco, um jovem de 12 anos que torce para o Botafogo e está viralizando na internet. O garoto fez um "mini-show" no saguão para um grupo do elenco e lá estava... Diego Costa.




Miguelzinho do Cavaco encontra elenco do Botafogo no aeroporto (https://ge.globo.com/video/miguelzinho-do-cavaco-encontra-elenco-do-botafogo-no-aeroporto-11876811.ghtml)


Os primeiros dias de Diego Costa no Botafogo ainda foram de poucos minutos em campo - o que é natural e programado, pelo tempo que o atacante estava sem jogar -, mas animadores fora das quatro linhas.



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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Análise: sólido na defesa, Botafogo deixa Morumbi com empate amargo por chances perdidas



Time de Bruno Lage não joga bem, mas tem bolas do jogo nos pés de Eduardo e Janderson, que desperdiçaram chances claras




O Botafogo deixou o Morumbi com um gosto amargo pelo empate por 0 a 0 com o São Paulo neste sábado. Não pelo contexto, afinal de contas empatar com o Tricolor fora de casa é, na teoria, um resultado "normal". Nem pelo o que o time apresentou em campo: foi, em geral, uma atuação sem graça. Mas por duas chances claras perdidas que ficarão remoendo a cabeça de Eduardo e Janderson por algum tempo.













São Paulo 0 x 0 Botafogo - Melhores momentos - 20ª rodada do Brasileirão 2023


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Os dois tiveram, em diferentes oportunidades, as "bolas do jogo". Em uma partida de pouquíssimas oportunidades e criatividade ofensiva praticamente nula, Eduardo, no primeiro tempo, recebeu bom passe de Janderson dentro da área após roubada de bola do camisa 39, mas chutou pelo lado. Na etapa complementar, foi o jovem atacante, após brigar com a defesa do São Paulo, que viu uma finalização raspar a trave.


Em campo, a equipe comandada por Bruno Lage assumiu uma estratégia diferente do que vinha sendo mostrado anteriormente: a pressão muito alta à saída de bola do São Paulo. O Botafogo é um time que incomoda o adversário saindo do próprio campo, vale ressaltar - mas a intensidade (e quantidade) foram maiores no Morumbi.


Quatro ou cinco jogadores ocupavam a grande área (ou locais perto dela) quando a bola era recuada por um zagueiros ao goleiro Jandrei. Uma das vezes que o time conseguiu roubar a posse no campo ofensivo foi justamente quando Eduardo desperdiçou chute cara a cara com o goleiro após receber passe de Janderson.


- Agora existem muitas equipes a sair a três jogadores. Normalmente o São Paulo faz isso com o Rafinha na direita, joga os dois zagueiros e o Rafinha abaixa para sair a três. Coloca muita gente por dentro e nós sentimos que hoje tínhamos de ser uma equipe mais pressionante, porque senão eles iam encontrar os volantes e os meios por dentro, iam chegar aos corredores, ter a ter mais bola e nos empurrar lá para trás. Infelizmente durante grande parte do jogo, e vocês podem reparar, houve muita bola que nós recuperámos no meio-campo ofensivo e uma delas conduziu à situação em que o Eduardo aparece na cara do goleiro. Nós preparámos isso, preparámos a equipa com o Rafinha a jogar à direita, preparámos isso com a saída dos volantes ao lado dos zagueiros para continuar a pressionar e curiosamente o São Paulo sai com os dois zagueiros e com o lateral-esquerdo a saída a três e nós estávamos preparados para isso - explicou Bruno Lage.




Botafogo posado x São Paulo — Foto: Marcos Ribolli/ge


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Com bola no chão e tentando criar jogadas a partir de saída de bola, o Botafogo pouco o fez. Foram poucas as escapadas com triangulações rápidas e passes para os pontas chegarem na linha de fundo, duas das características marcantes desse time. Em uma das poucas vezes que o Alvinegro conseguiu, um passe de Victor Sá virou, após bate-rebate na área, um chute de Marlon Freitas que passou perto.


O São Paulo, nas poucas vezes que conseguiu escapar dessa marcação sem ser rifando a bola para frente, parou na bem organizada linha de impedimento do Alvinegro.


Juan e Luciano, duas vezes cada, tiveram chances - o camisa 10 chegou a balançar as redes para dois gols - que foram anuladas justamente pela forma ordenada como os defensores se mexiam para deixar os adversários fora de jogo. Nem quando Lucas entrou, no segundo tempo, a coisa regrediu. Em uma partida de pouca criatividade, o ponto alto foi a organização e concentração da linha defensiva.


Nas vezes em que o Tricolor superou a dupla Adryelson e Cuesta, o goleiro Lucas Perri apareceu em mais uma boa atuação. O jogo foi especial para o camisa 12: ele reencontrou o clube que lhe formou e acabou não tendo chances no time principal.


Se foi muito bem na defesa e com várias ressalvas no ataque, o empate parece ser justo para o Botafogo. Mas o 0 a 0 vai deixar aquele gostinho de "e se..." pelos lances envolvendo Eduardo e Janderson.


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Por Sergio Santana — Rio de Janeiro