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quarta-feira, 22 de maio de 2019

O que fica de marcante na suada vitória do Botafogo no Paraguai


Equipe alvinegra vê o Sol de América desperdiçar um pênalti no primeiro tempo, mas, com sofrimento e um jogador a mais em boa parte do jogo, venceu por 1 a 0, em Villa Elisa




Erik decidiu a partida a favor do Botafogo (Foto: AFP)


O Botafogo foi até o Paraguai com a missão de abrir vantagem pela segunda fase da Copa Sul-Americana. Na partida de ida, contra o modesto Sol de América, não houve um placar elástico, porém a vitória por 1 a 0 também pode ser considerada importante. 


Erik foi quem marcou o gol e um dos importantes fatores que ajudam a contar a história do duelo no acanhado estádio Luis Alfonso Giagni, que recebeu com cerca de 3 mil torcedores. Confira cinco destaques abaixo:


PARECIA O JOGO DE DOMINGO


Bota encontrou problema no início (Foto: NORBERTO DUARTE / AFP)


O Botafogo foi para campo com duas alterações em relação ao jogo contra o Goiás: entraram Leo Valencia e Gilson, nas vagas de Bochecha e Jonathan, respectivamente. Com a entrada do chileno, Cícero ficou responsável por ser o primeiro homem na saída de bola, com apenas dois meio-campistas ao seu lado: João Paulo e Alex Santana.


Em tese, era para a equipe ganhar em verticalidade e dinâmica. Ficou na teoria no início, já que o Sol adiantou as linhas de marcação, assim como fez o Goiás no último domingo, e passou a ganhar terreno, principalmente pelo lado esquerdo do ataque. O Bota teve imensa dificuldade para soltar o seu jogo.


FALTAVA VERTICALIDADE

O Alvinegro foi bem no jogo aéreo (Foto: AFP)

Com dois jogadores abertos no ataque, a tendência era que o Botafogo tivesse verticalidade na direita, com Erik, e um jogo mais apoiado com Leo Valencia, na esquerda. No entanto, o time de Eduardo Barroca ficou emperrado no primeiro tempo, ainda mais com Diego Souza pouco participativo.


Aliás, foi dos pés de Diego que surgiu a melhor oportunidade do Botafogo nos primeiros 45 minutos. Na reta final, antes do intervalo e depois de Clar ter perdido pênalti, o Alvinegro ao menos conseguiu rodar melhor a bola por conta de ter ficado com um jogador a mais - Pardo foi expulso com 32 minutos.


LATERAIS ERAM IMPORTANTES


Botafogo saiu sem levar gol (Foto: NORBERTO DUARTE / AFP)


Com vantagem numérica, era esperado que os laterais fossem mais ativos no ataque. Não era isso que vinha se apresentando, com Fernando e Gilson poucos participativos, até a casa dos 25 minutos da etapa final. 


Não deu outra quando Gilson passou a ser mais acionado. O lateral-esquerdo fez boa trama com Luiz Fernando e Bochecha, que haviam acabado de entrar, e cruzou com perigo. No rebote, Erik mandou para a rede.


A ESTRELA DE ERIK 


Erik marcou o seu nono gol no ano (Foto: AFP)


Por falar em Erik, o camisa 11 não quis que a sua estrela fosse ofuscada diante do Sol. Trocadilho à parte, o meia-atacante martelou até conseguir chegar a sua quarta marca na Sul-Americana, competição na qual lidera na artilharia. 


Erik foi o principal jogador da equipe alvinegra, o mais incisivo e quem mais batalhou quando houve pressão dos mandantes na reta final. O prêmio com um gol de tamanha importância foi justo.


PRESSÃO DESNECESSÁRIA


Houve pressão no fim (Foto: Divulgação/Twitter Sol de América)


Já para os minutos derradeiros, Eduardo Barroca promoveu a entrada de Jean para segurar o resultado. Mas a mexida não aparentava ser necessária, tendo em vista que o Botafogo tinha um jogador a mais e administrava com folga a vantagem no marcador.


No lance seguinte, de maneira inacreditável, Jean foi expulso de campo em sua primeira participação com Barroca. Assim, o Sol se atirou ao ataque, elevou a pressão, mas Gatito não foi obrigado a sujar o uniforme. O sofrimento, no entanto, quase pesou, sobretudo pela fragilidade do clube paraguaio. Agora, o reencontro será na próxima quarta, no Nilton Santos, também às 19h15.


Fonte: Lazlo Dalfovo/Enviado especial a Villa Elisa (PAR)

Atuações do Botafogo: Jean é expulso dois minutos após entrar, e Erik reafirma artilharia


Volante leva vermelho depois de deixar o braço no rosto de Villagra; atacante coloca Alvinegro em vantagem para o jogo de volta da Sul-Americana. Veja as notas




Gatito Fernández - de volta à sua terra natal, o goleiro do Botafogo não teve muito trabalho, mas se saiu bem quando acionado, fazendo defesas importantes. Ainda contou com a sorte quando Clar cobrou pênalti no travessão, ainda no primeiro tempo. Nota 7,0.


Jean - não houve muito tempo para ver o volante em campo. Depois de substituir Valencia aos 38 do segundo tempo, Jean foi expulso dois minutos depois por deixar o braço no rosto de Villagra e prejudicou o Botafogo. Nota 1,0.


Erik - oportunista, o atacante fez valer o posto de artilheiro da Sul-Americana e marcou seu quarto gol na competição, colocando o Botafogo em vantagem para o jogo de volta. Nota 7,0.




Erik marcou o gol do Botafogo — Foto: Andrés Cristaldo



Veja todas as notas:
Gatito Fernández - 7,0

Fernando - 5,0

Joel Carli - 6,0

Gabriel - 5,0

Gilson - 5,0

Alex Santana - 6,0

João Paulo - 4,5

(Bochecha) - 5,0

Cícero - 5,0

(Luiz Fernando) - 6,0

Leo Valencia - 5,5

(Jean) - 1,0

Erik - 7,0

Diego Souza - 6,0


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Assunção, Paraguai

Sol de América x Botafogo: tudo o que você precisa saber do jogo de ida da 2ª fase da Sul-Americana


Equipes se enfrentam nesta quarta-feira, às 19h15 (de Brasília), em Assunção, no Paraguai





— Foto: Infoesporte


Sol de América e Botafogo começam a definir nesta quarta-feira uma vaga na próxima fase da Sul-Americana. A primeira partida do confronto será realizada no acanhado Estádio Luis Alfonso Giagni, em Assunção, na capital do Paraguai. A bola rola às 19h15 (de Brasília).


Na competição que é o principal objetivo do Botafogo em 2019, o adversário na segunda fase é uma equipe de segundo escalão do Paraguai. Nas duas últimas edições da Sul-Americana, o Sol de América caiu justamente na fase atual. No último Torneio Apertura, que terminou no fim de semana passado, o Sol ficou na oitava posição entre 12 times.


Já o Botafogo terá praticamente força máxima: apenas Pimpão (lesionado) e Marcinho (suspenso) não viajaram. Depois de perder para o Goiás no fim de semana, o Alvinegro iniciou uma maratona. Voltou ao Rio, treinou segunda, embarcou para Assunção na terça, joga nesta quarta, treina quinta já no Rio e sexta embarca para Brasília, palco do jogo de sábado contra o Palmeiras.


Trasmissão: em Tempo Real no GloboEsporte.com a partir de 18h15.



— Foto: Infografia



Sol de América - Técnico Javier Sanguinetti

Bicampeão paraguaio em 1986 e 1991, o Sol de América aposta suas fichas na Sul-Americana após a campanha ruim no Torneio Apertura. Além de terminar na oitava posição entre 12 clubes, a equipe sofreu goleadas para equipes tradicionais como Olímpia (4 a 0) e Cerro Porteño (7 a 2).


O Sol de América é descrito por jornalistas paraguaios como uma equipe veloz e que tem problemas no setor defensivo - tanto que foi a equipe que mais sofreu gols no Apertura. O atacante César Villagra é o principal jogador do time.


Provável escalação: Rubén Escobar, Gustavo Velázquez, Milciades Portillo, Federico Acuña e Walter Clar; Federico Jourdan, Richard Franco, Edgar Ferreira e Hernán Fredes; Matías Pardo e César Villagra.


Botafogo - Técnico Eduardo Barroca

Como de costume, o técnico Eduardo Barroca confirmou a equipe após o único treino em Assunção. Serão duas mudanças em relação ao time que perdeu para o Goiás no último domingo: Gilson volta ao time no lugar de Jonathan e Valencia entra na vaga de Bochecha. O chileno não era titular desde o início de fevereiro.


Quem está fora: Rodrigo Pimpão (tornozelo esquerdo) e Marcinho (suspenso).
Pendurados: Ninguém.



Escalação do Botafogo contra o Sol de América — Foto: GloboEsporte.com



— Foto: Infografia



German Delfino apita a partida, auxiliado por Lucas Germanotta e Pablo Gonzalez. Todos são da Argentina. Não há árbitro de vídeo (VAR) nessa fase da competição.



Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Assunção, Paraguai