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sábado, 5 de abril de 2014

Mesmo sem gols, Wallyson se diz tranquilo para 'decisão' na Argentina


Atacante do Botafogo afirma que tem recebido apoio de todos no clube e está pronto para voltar a marcar depois de quase dois meses contra o San Lorenzo, pela Libertadores





Wallyson - Treino do Botafogo (Foto: Luciano Belford/SSPress)
Wallyson está confiante para jogo na Argentina
 (Foto: Luciano Belford/SSPress)
Sem marcar um gol pelo Botafogo desde a partida diante do San Lorenzo (ARG), no Maracanã, realizada no dia 11 de fevereiro, o atacante Wallyson afirmou não estar impaciente para voltar a balançar as redes adversárias. De acordo com o jogador, ele tem tido muito apoio, o que o deixa tranquilo para o jogo de volta entre as duas equipes, quarta-feira, em Buenos Aires, válido pela última rodada da chave.

- A marcação aumentou um pouco, todo mundo sabe. Estou tentando sair dela, trabalhando muito, para procurar espaço e fazer as jogadas. Trabalho do mesmo jeito porque vai chegar o momento que a bola vai começar a entrar de novo. Estou há mais de um mês sem fazer gol, mas tenho a confiança da torcida e dos companheiros. Espero marcar nesse jogo e ajudar o Botafogo. Vai ser na hora certa - disse Wallyson, em entrevista coletiva, neste sábado, no Engenhão.

Com sete pontos ganhos, o Botafogo está em segundo lugar no Grupo 2 e precisará vencer os argentinos para se classificar às oitavas de final sem depender do resultado de Unión Española (CHI) e Independiente del Valle (EQU), que completam a chave e que também se enfrentam na quarta, em Santigo. Wallyson destacou que os alvinegros estão encarando o jogo como uma decisão e que têm de estar preparados para os desafios. 

- Vai ser uma guerra, porque eles precisam também da vitória para passar de fase, assim como nós. Brasil e Argentina sempre é jogo pegado, de muitas faltas, temos que estar preparados para um jogo truncado, mas sabendo que temos boas chances de conseguir um grande resultado - disse o atacante.
O time deve entrar em campo contra o San Lorenzo com: Jefferson, Lucas, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Gabriel, Bolatti, Lodeiro e Jorge Wagner; Wallyson e Ferreyra.


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Aírton aparece nos titulares em dia de ensaio para decisão na Libertadores


Volante atua no lugar de Marcelo Mattos e Bolatti substitui Jorge Wagner, liberado de treino deste sábado, às vésperas da viagem para enfrentar o San Lorenzo



Bolatti e Airton entraram no time titular no trabalho
deste sábado (Foto: Vitor Silva / SS Press)
O Botafogo começou a ensaiar, na manhã deste sábado, a formação que enfrentará o San Lorenzo no jogo decisivo para a classificação na Taça Libertadores. O desfalque ficou por conta de Jorge Wagner, que foi liberado do treino para acompanhar o nascimento da filha, e em seu lugar atuou Bolatti. Sem Marcelo Mattos, que cumpre suspensão, Eduardo Hungaro escalou Aírton.

O time vai contar com Gabriel e Ferreyra, que cumpriram suspensão na derrota para o Unión Española. Já Edílson cumpre o terceiro jogo de gancho e não enfrenta os argentinos. Eduardo Hungaro comandou o treino tático com a seguinte formação: Jefferson, Lucas, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Aírton, Gabriel, Bolatti e Lodeiro; Wallyson e Ferreyra.

Em certo momento da atividade, Hungaro escalou o time reserva com 11 jogadores na linha. O objetivo era fazer os titulares encontrarem os espaços para jogar em meio à marcação.

O Botafogo precisa vencer o San Lorenzo, nesta quarta-feira, em Buenos Aires, para garantir vaga nas oitavas de final da Libertadores sem depender de outros resultados. Se empatar, avança se o Independiente De Valle vencer o Unión Española por até um gol de diferença.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Presidente explica, mas conselheiros tentam parar obra em Gal. Severiano


Maurício Assumpção argumenta benefícios, e insatisfeitos alegam descumprimento do estatuto do Botafogo por falta de discussão no Conselho Deliberativo



Conselheiros querem parar obra no campo de
General Severiano (Foto: Reprodução )
O anúncio de um projeto que vai transformar o campo de General Severiano numa área de lazer, composto de piso de grama sintética, continua a causar polêmica no clube. Mas se por enquanto poucos se pronunciaram abertamente sobre as obras - que já começaram -, internamente há uma intensa discussão. Após muitas reclamações dos conselheiros, o presidente Maurício Assumpção enviou uma carta aos integrantes do Conselho Deliberativo para explicar os motivos que fizeram o Botafogo firmar contrato com uma empresa que vai modificar o local onde treinaram e jogaram ídolos como Garrincha, Nilton Santos e Didi.

Na correspondência de oito parágrafos, assinada em conjunto com o vice administrativo, André Silva, e de patrimônio, Ricardo Braga, Maurício Assumpção argumenta os benefícios da reforma, como renda da locação do espaço e a valorização do título de sócio. Além disso, garante que os não-sócios que frequentarem o local não poderão utilizar as áreas exclusivas dos associados. O presidente também respondeu da seguinte forma às críticas quanto ao suposto fim das atividades do futebol profissional no local mais tradicional do Botafogo.

“O prazer do sócio de eventualmente assistir aos treinos do time profissional no CT João Saldanha irá continuar quando o projeto for inaugurado, respeitando a programação de treinos elaborada pela comissão técnica” - escreveu Maurício Assumpção na carta, lembrando, entretanto, que o local atualmente é subaproveitado pela comissão técnica por conta das dimensões reduzidas.

Mas os argumentos não convenceram a maior parte dos conselheiros. Depois de apresentarem queixa ao presidente da casa, José Luiz Rolim, alguns deles se articulam para irem até a Justiça com o objetivo de paralisar a obra. A alegação é de que a diretoria não cumpriu o estatuto do Botafogo ao aprovar o projeto. Eles têm como base o artigo 54, inciso XIX, alínea a, que fala das atribuições do Conselho Deliberativo:

“Autorizar o presidente do BOTAFOGO a alienar, permutar, ceder, dar em locação ou comodato, transferir posse direta ou onerar bem imóvel, sob qualquer título”

Clube anunciou projeto de mudanças no CT
João Saldanha (Foto: Divulgação)
Um dos conselheiros integrantes do movimento que tentar paralisar a obra no campo de General Severiano afirma quais são os objetivos atualmente traçados:

- Quando a atual diretoria deixar o poder, em janeiro, esse contrato será rompido, e o presidente Maurício Assumpção vai ter de pagar a multa rescisória - afirmou o conselheiro, que pediu para não ser identificado.

As reclamações já chegaram ao presidente do Conselho Deliberativo. Em email enviado aos conselheiros na manhã da última quinta-feira, José Luiz Rolim admitiu que vai estudar o caso e observar a validade do contrato firmado pela diretoria.

“Isso merece e precisa ser examinado. Prometo pesquisar, analisar suas considerações e voltaremos a falar, provavelmente de maneira oficial” - escreveu Rolim no email aos conselheiros.

Procurado pelo Globoesporte.com, Rolim não descartou por completo uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para debater o assunto – a próxima ordinária ocorrerá em junho –, mas mostrou que já vem estudando o caso.

- Ainda não analisei a questão da maneira que deve ser, mas neste sábado tenho uma reunião com a mesa do Conselho e vamos ver a forma de agir daqui para a frente. O presidente enviou uma carta aos conselheiros, e muitos entenderam as justificativas. Meu papel é conciliatório, então vou ouvir todos os lados - explicou José Luiz Rolim.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Botafogo justifica contratação de Sheik a elenco para evitar crise interna


Emerson Sheik, atacante do Corinthians, treina no CT Joaquim Grava Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians
O Botafogo ainda trata dos últimos detalhes para consumar a contratação de Emerson Sheik, do Corinthians. Mesmo assim, o interesse em contar com o atacante deixou o elenco do clube de General Severiano preocupado, já que a crise financeira é grave e os R$ 250 mil de salário engordariam ainda mais a folha salarial. A diretoria agiu e amenizou uma crise interna no Glorioso.

Em reunião na sexta-feira, dirigentes explicaram ao elenco que a chegada de Sheik não mudaria o quadro. Isso porque mesmo com a contratação do atacante do Corinthians, a folha salarial estaria dentro do orçamento do futebol do Botafogo para a temporada. O problema é que o clube não está recebendo suas receitas, bloqueadas pela Justiça para pagar dívidas antigas.

A solução vista no clube é voltar ao Ato Trabalhista, que bloquearia apenas parte da receita e, consequentemente, permitiria que o Botafogo cumpra seus compromissos. Ainda não há uma previsão concreta, mas o Alvinegro espera que tudo seja resolvido o quanto antes. Quando isso ocorrer, o clube terá condições, segundo a diretoria, de pagar todos os seus compromissos em dia, mesmo com a chegada de Emerson Sheik.

A explicação, somada com a promessa de pagar o mês de fevereiro até a próxima sexta-feira, aliviou a insatisfação do elenco, que deu novo voto de confiança à diretoria. E se antes o nome de Sheik não foi tão recebido pelo elenco, agora a chegada do corintiano é vista com bons olhos, devido a sua experiência.

"Acho que aqui nós sempre esclarecemos as coisas que devem melhorar. A relação com a diretoria é boa, esses problemas não acontecem só aqui, outros clubes têm dificuldades. Sempre vamos conversar e tentar acertar da melhor maneira possível. Alguns podem relacionar o extracampo com a derrota na quarta-feira, mas não tem nada a ver. Tentamos de tudo, não saímos com a vitória, mas estamos sempre esclarecendo coisas. Falando só a verdade, no fim, tudo se resolve", disse Dória em coletiva de imprensa.

O Botafogo tem pressa para fechar a contratação por motivos técnicos. O Alvinegro tem até 48h antes do primeiro jogo das oitavas de final para inscrever o atleta na Libertadores. Porém, a diretoria quer que o jogador se apresente o quanto antes para ganhar entrosamento com seus novos companheiros.

Para avançar na Libertadores, o Botafogo precisa de uma vitória diante do San Lorenzo-ARG, na próxima quarta-feira, em Buenos Aires. Um empate pode até servir, mas desde que o Independiente José Terán-EQU não vença o Unión Española-CHI, em Santiago, por dois gols de diferença.

Mário Gobbi confirma negociação de Sheik

http://mais.uol.com.br/view/14982798


Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro