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quinta-feira, 19 de março de 2020

Exame aponta lesão na coxa esquerda de Marcelo Benevenuto, zagueiro do Botafogo


Jogador sofreu trauma, considerado leve, no início da partida contra o Bangu, no último domingo, e já iniciou tratamento. Com a paralisação dos treinos por 15 dias, ele terá atenção especial

Exame realizado nesta quinta-feira confirmou lesão leve no músculo posterior da coxa esquerda de Marcelo Benevenuto. O trauma aconteceu no início do empate do Botafogo em 1 a 1 contra o Bangu, no último domingo, no Nilton Santos, pela terceira rodada da Taça Rio.


Marcelo sofreu uma contratura muscular, contusão considerada leve por não haver ruptura do músculo. O zagueiro não sente dor, já iniciou tratamento e, pela avaliação inicial, não deve ser problema para o retorno dos trabalhos do Botafogo. Por enquanto, o atleta cumpre quarentena, assim como todo o elenco alvinegro.



Marcelo, Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Os treinos do Botafogo foram suspensos por 15 dias como forma de prevenção ao novo coronavírus, e os jogadores farão atividades funcionais em casa. O zagueiro e os outros lesionados (Marcinho, Carli e Fernando) terão acompanhamento diário e individual. A intenção é evitar contatos entre as pessoas que não sejam absolutamente essenciais ao tratamento.


Marcelo se machucou aos seis minutos de jogo, em disputa com o camisa 9 Rocha (veja no vídeo abaixo). O defensor levou a pior na dividida e caiu com as mãos na parte de trás da perna. O atleta nem tentou voltar ao jogo e deixou o campo com dificuldade. Ruan Renato foi o substituto no restante da partida.


Marcelo Benevenuto se machuca no início do jogo e é substituído por Ruan Renato aos 6 do 1º tempo


Uma lesão na coxa direita no fim de 2019 afastou Marcelo por quase dois meses. Ele também machucou o local em 2017. Em entrevista ao GloboEsporte.com em janeiro passado, o zagueiro comentou que a velocidade, uma de suas principais características, o deixa mais suscetível a lesões.


- Coutinho (fisiologista do Botafogo) fala que eu tenho facilidade para machucar, porque sou fibra rápida. Às vezes até me poupa de treino para eu me recuperar mais rápido e evitar esse tipo de lesão. Ele me conhece bem. Como minha característica é a velocidade, é mais fácil eu machucar a posterior ou ter algo muscular.


Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Paralisação do futebol interrompe busca por zaga ideal no Botafogo


Com Marcelo Benevenuto consolidado como referência defensiva do Alvinegro, Kanu, Joel Carli e Ruan Renato travavam disputa pela titularidade no time de Paulo Autuori



Carli, Kanu e Ruan Renato disputam vaga ao lado de Benevenuto (Fotos: Vítor Silva/Botafogo)


A paralisação do futebol brasileiro em razão da pandemia do COVID-19 deixou suspensa uma disputa que se desenhava interessante na zaga do Botafogo. Com Marcelo Benevenuto em boa fase e com a titularidade incontestável, Kanu, Ruan Renato e Joel Carli vinham sendo testados como parceiros ideais do camisa 2, sem que o treinador Paulo Autuori tenha chegado a uma definição.

As previsões de que Benevenuto se consolidaria como um dos protagonistas do elenco na temporada 2020 se confirmaram. Aos 24 anos, o zagueiro revelado nas categorias de base do clube foi colocado em situações delicadas em 2019 e correspondeu à altura. O jovem substituiu os então titulares Gabriel e Carli em diversas situações e se tornou um dos destaques da equipe comandada por Alberto Valentim, na reta final do Brasileirão do ano passado. Com a saída de Gabriel para o Atlético-MG, se tornou a referência defensiva da equipe.

Outra cria da base, Kanu , de 23 anos, foi promovido à equipe profissional em 2018. Na atual temporada, já participou de sete partidas e foi titular em seis delas. O jovem leva vantagem na disputa pelo bom entrosamento com o titular Marcelo Benevenuto, desde as categorias inferiores do clube. Os dois atuaram juntos desde a conquista do Brasileiro Sub-20, em 2016, com o treinador Eduardo Barroca. Ao lado de Ruan Renato, no entanto, passa um pouco mais e insegurança. Com Carli, atuou na derrota por 3 a 0 para o Flamengo e nos minutos finais do empate em 1 a 1 com o Caxias-RS, jogos em que o time foi mal coletivamente.

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Juventude x experiência

Ruan Renato e Joel Carli, as outras opções para o setor, podem não ter a mesma velocidade da dupla dos jovens zagueiros Benevenuto e Kanu, mas agregam com experiência e espírito de liderança, no caso do argentino.

Contratado no início do ano, Ruan Renato fez três jogos em 2020, dois como titular. Aos 26 anos, o zagueiro foi um dos destaques heroica campanha do Figueirense na última Série B. O zagueiro se destaca pelo jogo aéreo, mas ainda não teve uma atuação convincente.

Um dos nomes mais experientes do grupo, Carli, de 33 anos, tem sofrido com lesões na atual temporada e acabou perdendo espaço na equipe. Em 2020, foi titular nas duas derrotas em clássico do Botafogo no Carioca, para Flamengo e Fluminense. Desde a chegada de Autuori, tem recebido menos chances, mas ainda pode agregar com o espírito de liderança de quem é considerado uma das vozes mais ativas do elenco, além da conhecida garra argentina.


Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Pandemia de coronavírus pode frear avanço da Botafogo S/A: "Perde-se um tempo precioso"


Os envolvidos consideram que a fase de estruturação e captação está evoluindo bem, mas entendem que a relação com os investidores profissionais levará mais tempo


A pandemia do novo coronavírus já paralisou treinos e jogos e pode afetar também o andamento de um importante projeto para o futuro do Botafogo: o clube-empresa. O momento delicado que o mundo atravessa interfere no avanço da S/A, e as conversas com investidores profissionais vão se estender.


No caso das pessoas físicas, o negócio está bem encaminhado, como apurou o GloboEsporte.com. Já os interessados do exterior têm uma dinâmica própria, e as pessoas jurídicas - bancos, fundos - estão se acomodando em uma nova agenda nesse período em que a quarentena está sendo recomendada.


No momento, os envolvidos no projeto ainda conversam com investidores. Algumas ações têm seguido curso normal, mas nem tudo pode ser resolvido enquanto trânsito livre e até mesmo contato próximo entre pessoas é desaconselhado pelas autoridades. Reuniões que necessitam ser presenciais, "olho no olho", como para resolver questões de documentação, vão ficar para depois.


"A Botafogo S/A perde um tempo precioso, não tem como manter a velocidade, mas a dinâmica continua".



Laércio Paiva, líder do projeto Botafogo S/A, em assembleia geral na sede do Botafogo em dezembro de 2019 — Foto: Vitor Silva/Botafogo


A captação de recursos para o projeto é constante e continuará mesmo com a Botafogo S/A em funcionamento. Laércio Paiva, líder do projeto, considera que a fase de estruturação e captação está evoluindo bem, mas entende que a relação com os investidores profissionais levará mais tempo.


"Quando se fala em bancos e fundos há uma complexidade, a profundidade de demanda de informação é maior. Hoje, o coronavírus é um fator delicado, e nossa agenda vai se dilatar mais. A gente está vivendo um processo de aprofundamento com as instituições financeiras. Investidores estrangeiros estão em hold".


Não existe um prazo definido para a conclusão do projeto. No início, falava-se em um período de três a cinco meses, mas já se sabe que vai ser maior que isso. O projeto superou algumas etapas na fase de captação e agora já se pensa na estruturação para colocá-lo em prática. Quando os investidores estiverem definidos e a Botafogo S/A, estruturada, o projeto precisará ser novamente aprovado no Conselho Deliberativo e na assembleia de sócios.


Enquanto isso, o clube aguarda pelo projeto de lei a ser votado no Senado, o que ainda não tem data definida. A política nacional também tenta se adaptar pela prevenção do novo vírus. Há uma semana, foi anunciada restrição de pessoas, o que também vale para a Câmara. Para tentar diminuir o atraso na agenda, os líderes das duas casas cogitam aprovar votações remotas.


Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro