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domingo, 23 de novembro de 2014

Chapecoense derrota o Botafogo, que respira por aparelhos na Série A


Alvinegro pode ser rebaixado na próxima rodada, diante do Santos, na Vila Belmiro





Jefferson - Chapecoense x Botafogo - Campeonato Brasileiro (Foto: Pedro Marques)
Jefferson não conseguiu evitar derrota
do Botafogo (Foto: Pedro Marques)
O Botafogo entrou em campo sabendo que não poderia ser rebaixado nesta rodada, por causa do triunfo do Figueirense sobre o Vitória, por 2 a 0. Mas a derrota pelo mesmo placar para a Chapecoense, na Arena Condá, praticamente colocou os dois pés alvinegros na Série B de 2015. O Glorioso estacionou nos 33 pontos e precisa de um verdadeiro milagre para permanecer na elite do futebol brasileiro. O time pode chegar apenas a 39 pontos, mesma pontuação do Palmeiras, que é o primeiro clube fora da zona de rebaixamento.

Leandro, que não tem nada a ver com o drama alvinegro, foi o artilheiro da noite, com dois gols. Agora, ele tem dez na competição. O triunfo dos catarinenses dá um alívio para a Chape, que chega a 42 pontos.

Na próxima rodada, o Botafogo visita o Santos, na Vila Belmiro. E a Chapecoense recebe o Cruzeiro. As duas partidas serão no domingo, às 17h.

BOTAFOGO COMEÇA BEM, MAS LEVA SUFOCO NO FIM

A partida começou de forma surpreendente, com o Botafogo tomando as rédeas e comandando a posse de bola. Porém, sem qualquer tipo de inspiração e com Jobson numa noite horrível em que errou tudo que tentou, o time não conseguiu levar perigo ao gol do bom goleiro Danilo. Mesmo apagado, o camisa 10 foi o responsável pelo lance de maior perigo a favor do Alvinegro, numa finalização após cruzamento de Junior Cesar.

Aos poucos, a Chapecoense foi controlando o jogo até começar a dominar completamente a equipe carioca, por volta dos 30 minutos da etapa inicial. A partir daí, começou uma pressão que a defesa do Glorioso suportou até o apito para o intervalo.

MUDANÇA NÃO SURTE EFEITO E BOTAFOGO NÃO SEGURA PRESSÃO

No intervalo, o técnico Vagner Mancini tirou o inoperante Murilo e deu chance para Yuri Mamute. A alteração não surtiu efeito algum. E pior, o time levou um gol de Leandro aos cinco minutos, após assistência de Bruno Silva.

Com isso, o treinador alvinegro lançou Ronny, que não jogava há aproximadamente sete meses. Sem ritmo, ele pouco acrescentou ao time. Perdido em campo, o Glorioso sucumbiu ao time melhor armado da Chapecoense, que chegou ao segundo gol após um erro na saída de bola de Marcelo Mattos.

Entregue, restou ao time do Botafogo torcer pelo apito final. E, no próximo domingo, talvez ter o rebaixamento decretado diante do Santos, na Vila Belmiro. Triste fim para um clube tão vitorioso.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE 2 X 0 BOTAFOGO

Local: Arena Condá, Chapecó (SC)
Data-Hora: 23/11/2014 - 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS)
Auxiliares: Rafael da Silva Alves (RS) e Marcelo Bertanha Barison (RS)
Renda e público: R$ 131.010,00 / 14.508 presentes
Cartões amarelos: Wanderson, Leandro (CHA); Jobson, Marcelo Mattos (BOT)
Gols: Leandro 5'/2ºT (1-0) e 17'/2ºT (2-0)

CHAPECOENSE: Danilo; Fabiano, Rafael Lima, Jaílton e Rodrigo Biro (Ednei 31'/2ºT); Bruno Silva (Abuda 40'/2ºT), Wanderson, Diones e Camilo; Leandro e Tiago Luís (Fabinho Alves 24'/2ºT) - Técnico: Celso Rodrigues.

BOTAFOGO: Jefferson; Régis, Dankler, André Bahia e Junior Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel e Bolatti (Ronny 7'/2ºT); Murilo (Yuri Mamute - intervalo), Jobson (Zeballos 15'/2ºT) e Bruno Correa - Técnico: Vagner Mancini.


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Jefferson lamenta dispensas: "Não me perguntaram se estava de acordo"


Goleiro critica diretoria pela saída de nomes importantes e diz que vai esperar eleição para decidir futuro: "Minha vida financeira estacionou"






Depois da derrota para o Figueirense por 1 a 0, a situação do Botafogo se complicou e o rebaixamento se aproxima cada vez mais. O time pode cair neste domingo, se perder para a Chapecoense e o Vitória vencer o Figueirense. Um dos líderes do alvinegro, Jefferson desabafou em entrevista exclusiva para o Esporte Espetacular. O goleiro da Seleção não deixou pergunta sem resposta. Revelou que o vestiário do Botafogo está cabisbaixo, falou sobre os sete meses de direito de imagem que o clube lhe deve, contou que já foi sondado para sair e disse que não concordou com as dispensas de Edílson, Emerson Sheik, Bolívar e Júlio César.

Jefferson, como é passar por duas situações opostas deste jeito, ao mesmo tempo sendo convocado e ameaçado de rebaixamento com o Botafogo?

- Olha, é uma experiência nova na minha carreira. É um momento muito especial que eu estou vivendo. E hoje aqui no Botafogo, a gente sabe que a gente vive um momento tenso, onde os jogadores já entram ansiosos na partida. Eu já aprendi a ganhar, a perder, e é nesse momento que o guerreiro se sobressai. É lamentável, viu. Eu particularmente chego triste em casa. Aprendi a amar o Botafogo e acho que o respeito é muito grande pela camisa do clube. O que eu posso dizer para os torcedores é que eu sinto muito por tudo que está acontecendo, acho que eles não mereciam o que aconteceu desde o início do ano até agora.

Quais foram as grandes falhas do Botafogo?

- Acho que o planejamento esse ano não correu bem. Tivemos muitos problemas fora de campo, muitas coisas vazaram daqui de dentro. Então, hoje, não tem como sugar muita coisa dos jogadores, porque os jogadores estão exaustos emocionalmente. Acho que o que atrapalhou mais o Botafogo não foi dentro de campo e sim o extra. Salário, perda do Engenhão, greve, discussão que saiu fora do clube, dispensa de jogador. Muita coisa que você acaba pegando tudo isso e reflete dentro de campo. 
 
Repórter Thiago Asmar e Jefferson (Foto: Reprodução TV Globo)

Você chegou a criticar publicamente a postura da diretoria, principalmente do presidente Maurício Assumpção. Continua tendo aquela opinião?

- Eu como capitão e representante dos jogadores não conseguia ver o Botafogo na situação em que estava e o nosso presidente não estando junto com a gente aqui. Eu acho que foi só essa minha cobrança. Era você perder os jogos e não ter ninguém ali para estar junto com você.

Concordou com a dispensa de Emerson Sheik, Edílson, Júlio César e Bolívar?

- Nem me perguntaram né. Nem me perguntaram se eu estava de acordo ou não...

(interrompe) Acha que por ser capitão você deveria ter sido consultado?

- Eu acho que sim. Como capitão seria bom até para eu estar passando para os jogadores e tendo outra visão. Mas como eu falei: a gente é funcionário. 
 
Jefferson concedeu entrevista ao Esporte
Espetacular (Foto: Reprodução TV Globo)
Você acha que eles seriam importantes para o grupo fugir dessa situação?

- Sem dúvida nenhuma. Com certeza, com todo o currículo que esses quatro jogadores têm, com certeza eles acrescentariam bastante para esse grupo aqui.

Junto com os quatro dispensados, você era um dos que mais cobravam os salários. A saída dos companheiros enfraqueceu o time também fora de campo?

- A partir do momento em que o Botafogo deixou de cobrar, foi aí que começou a cair. Porque o filho que você ama, você corrige, cobra, dá puxão de orelha. Então, a partir do momento em que os jogadores pararam de cobrar, é como se... Ah, então, entre aspas, ficou tudo elas por elas. A partir do momento em que a gente estava cobrando, assumindo a responsabilidade, o time estava envolvido. A partir do momento em que começou a minar um, minar outro, ameaçar um, ameaçar outro, o Botafogo começou a perder força.

Você falou que tem sete meses de atraso nos direitos de imagem e que representam a maior parte do salário. Como ficar assim?

- Nesse ano minha vida financeira parou, estacionou. Isso é uma das coisas que a gente fica triste. Eu perdi essa garra... que eu digo que é garra de leão. Quando você é um leão, você vai, cobra, peita. Diz que está junto. Cobra as promessas. Diz: “E aí? Prometeu? Vamos cumprir?” Com garra, você acaba crescendo, chamando um, chamando outro.

Como recuperar a motivação dos mais jovens diante da ameaça cada vez maior do rebaixamento?

- Você chega hoje no vestiário e vê jogadores de cabeça baixa, com a autoestima baixa. Uns acreditam, outros já estão desesperançosos. O maior adversário do Botafogo, hoje, é o fator psicológico. O maior adversário do Botafogo hoje é entrar em campo com confiança, acreditando que a gente pode vencer. 
 
Jefferson, pensativo, responde a tudo
(Foto: Reprodução TV Globo)
Como foi a derrota para o Figueirense?

- Tentamos. Claro que teve o lance do Jóbson que errou o pênalti, só que tentamos, corremos atrás. A bola não está caindo. A gente tem que ser homem de entrar em casa, levantar a cabeça, abraçar a esposa, os filhos, as filhas, e falar: “olha, o que eu pude fazer pelo Botafogo eu fiz”.

Muito se fala que o Jéfferson pode sair do Botafogo. Tem propostas?

- Tem sondagens sim. Mas estou esperando o dia 25 de novembro para conversar com a próxima diretoria e saber o planejamento, a minha importância no projeto deles para, aí sim, abrir o leque ou fechar o leque.

O goleiro titular da seleção brasileira disputaria uma série B no ano que vem?


Pela grandeza do Botafogo. Todos os goleiros gostariam de estar jogando no Botafogo, independente se é a série A ou série B. O Botafogo é grande, tem história e na série B com certeza tem mais visibilidade do que muitos times na série A. A gente sabe que é difícil, que é complicado. Mas a gente vai fazer o máximo possível pra sair dessa situação.

Por GloboEsporte. de Janeiro

Chape x Bota: alívio quase completo de um pode decretar queda do outro


Chapecoense praticamente sela permanência com vitória, enquanto o Glorioso pode até cair nesta rodada. Degola é decretada com revés combinado a triunfo do Vitória




O desespero de permanecer na Série A em 2015 é comum a Chapecoense e Botafogo. Entretanto, a motivação e o ambiente são o que diferenciam as duas equipes que se enfrentam neste domingo, às 19h30 (de Brasília), na Arena Condá, em Chapecó (SC). Os catarinenses comemoraram uma goleada em pleno Maracanã - 4 a 1 sobre o Fluminense -, e uma vitória em casa pode deixá-los muito perto da permanência na elite. A situação dos cariocas, em contrapartida, ficou praticamente irreversível após a derrota para o Figueirense, na última quarta-feira. Novo revés neste domingo combinado a um triunfo do Vitória sobre o Figueira, em Florianópolis, rebaixa o Glorioso já nesta rodada (saiba mais clicando aqui).

Aplicar 4 a 1 no Fluminense no Maraca deu novo ânimo para o Verdão do Oeste no Campeonato Brasileiro. Com os três pontos obtidos no Rio, o time saiu da zona do rebaixamento e está mais confiante pela permanência na Série A. Com pouco tempo para trabalhar após o confronto, o técnico interino Celso Rodrigues comandou apenas um treinamento e não encaminhou a escalação para domingo. Para o embate, o clube repetiu a promoção da última partida e colocou ingressos a R$ 10. A intenção é ter casa cheia no fim de semana para bater um adversário direto e se distanciar do Z-4.

Mesmo em caso de vitória, a situação do Botafogo continuará complicada, sendo obrigado a vencer os dois jogos restantes. A equipe chega para enfrentar a Chapecoense ainda abalado pelo último resultado. Uma de suas consequências foi uma grande turbulência no ambiente interno por conta de uma áspera discussão entre o técnico Vagner Mancini e o atacante Jobson, que perdeu um pênalti.

O Premiere transmite a partida ao vivo pelo sistema pay per view. O GloboEsporte.com acompanha todos os lances em tempo real, com vídeos.




Chapecoense: Celso deve manter a base da equipe que venceu o Flu na quinta-feira. Na defesa, Jaílton é quem deve entrar no lugar de Douglas Grolli, suspenso pelo terceiro amarelo. A provável escalação é: Danilo; Fabiano, Rafael Lima, Jaílton e Rodrigo Biro; Bruno Silva, Wanderson, Abuda e Camilo; Tiago Luis e Leandro.

Botafogo: o Botafogo segue com desfalques que restringem as opções de Vagner Mancini para escalar a equipe. Assim, o treinador decidiu manter contra a Chapeconse a equipe que iniciou a derrota para o Figueirense, na última rodada.O Alvinegro deve começar com a seguinte formação: Jefferson, Régis, Dankler, André Bahia e Junior Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Bolatti e Murilo; Jobson e Bruno Corrêa.





Chapecoense: André Paulino e Tiago Saletti seguem no departamento médico, que ganhou o volante Ricardo Conceição, com lesão nas duas panturrilhas. O zagueiro Douglas Grolli levou o terceiro amarelo e está fora.

Botafogo: Carlos Alberto não se recuperou de lesão muscular e segue fora da equipe. O volante Andreazzi e os atacantes Wallyson e Rogério são outros que continuam entregues ao departamento médico.



Chapecoense: Abuda, Diones, Leandro e Rodrigo Biro.

Botafogo: Airton, Andreazzi, Gabriel, Jefferson, Junior Cesar, Marcelo Mattos, Rodrigo Souto e Rogério.






Por GloboEsporte.comChapecó, SC/GE