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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Após acordo, Jobson voltará a treinar com "grupo especial" do Botafogo


Diretoria libera atacante a trabalhar nestas condições a partir da semana que vem



Jobson estava à espera de definição (Foto: Fred Gomes)
Após reunião realizada entre a diretoria do Botafogo e os advogados de Jobson, houve um acordo para que o atacante volte a treinar no clube a partir da semana que vem. Ele chegou ao Rio de Janeiro na noite da última segunda-feira para tratar de seu futuro no Alvinegro - com o qual tem contrato até dezembro de 2015 - após passagem pelo Oriente Médio.

No entanto, Jobson, de 26 anos, não será incorporado ao elenco principal. Ele vai trabalhar no que o Botafogo chama de "grupo especial", que é composto pelos atletas profissionais que não vêm sendo aproveitados pela comissão técnica.

No dia em que viajou para o Rio de Janeiro, Jobson deixou clara a sua vontade de atuar novamente pelo Botafogo, clube no qual chegou para disputar o Brasileirão de 2009 e outras competições em momentos diferentes. Meso depois de ser flagrado no exame antidoping, assinou longo vínculo, mas nunca conseguiu se firmar, principalmente por conta de casos de indisciplina. Assim, foi emprestado a clubes como Bahia, Barueri e Al Ittihad, da Arábia Saudita, onde enfrentou problemas como falta de pagamento de salários e até retenção do passaporte.

A intenção do Glorioso é negociar Jobson, seja novamente por empréstimo ou em definitivo. Mas enquanto isso ele poderá ser observado pela comissão técnica alvinegra durante as atividades. 

Jobson em ação pelo Botafogo em 2012, quando teve sua última chance (Foto: Fernando Soutello / Agif)


Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro/GE

É a virada? Antes de eleição, grupos fazem pacto no Botafogo


Mauricio Assumpção (fundo) é o atual presidente do BotafogoFoto: Daniel Ramalho / Terra
Os grupos que vão disputar a eleição presidencial do Botafogo em novembro fizeram uma espécie de pacto para recuperar o clube. A ideia é a de que independentemente de quem vença, no dia seguinte ao resultado, seja feita uma união de projetos e propostas para recuperar o alvinegro.

Presidente da Comissão de Crise que acompanha a real situação do clube, Gustavo Noronha, do grupo Mais Botafogo, mostrou-se satisfeito com a mobilização das diferentes correntes em prol do clube. "Se tem um lado bom na crise, é que ela uniu as diferentes correntes políticas. Estamos unidos e fechados no sentido de recuperar o Botafogo", comentou.

Na última segunda, os membros da Comissão de Crise, que foi criada pelo Conselho Deliberativo para acompanhar a real situação do clube, tiveram um encontro com o diretor financeiro Marcelo Murad. O dirigente passou informações sobre receitas e muito mais. Noronha disse ter ficado satisfeito com o resultado. "A reunião foi boa. Serviu para dar um panorama do clube. É um espírito bom para todos se unirem", disse.

Os membros da comissão de crise são os representantes dos grupos políticos que vão disputar a eleiçao. Dois pré-candidatos fazem parte da comissão: Carlos Eduardo Pereira, do Grupo Mais Botafogo, e Antonio Carlos Mantuano, do Botafogo Acima de Tudo.

Os outros representantes são Gustavo Noronha, também do Mais Botafogo, porém indicado pelo pré-candidato Marcelo Guimarães, do Grande Salto; Klay Salgado, indicado pelo candidato Vinícius Presidente, do Movimento Carlito Rocha; e João Pedro Figueira, que representa o candiato Durcésio de Mello.

Klay falou da importância do encontro de segunda com o diretor financeiro Marcelo Murad. "Murad nos expôs toda a situação financeira, o que falta, o que precisamos até dezembro... Foi apresentada a real situação do Botafogo", disse Klay, que agora vai conversar com o presidente Mauricio Assumpção na quinta para dar início ao processo de transição:

"Vou conversar com o Mauricio para que os candidatos comecem a trabalhar pelo Botafogo. A ideia é que eles já comecem a buscar empresas, tenham conhecimento sobre o sócio-torcedor e muito mais", disse.

Com 100% das receitas penhoradas, o Botafogo ainda enfrenta uma grave crise financeira. Porém, na segunda, o clube aderiu ao Refis da Crise e deu um importante passo para sanar as dívidas fiscais.

Lancepress!

Orgulhoso, Gabriel completa 100 jogos pelo Bota: "Para poucos"


Volante, de 22 anos, faz balanço dos intensos três temporadas no clube, duas no profissional, e se diz feliz e realizado no Glorioso




Nesta quarta-feira, quando pisar o gramado do Maracanã para enfrentar o Ceará, o volante Gabriel, de 22 anos, vestirá a camisa do Botafogo pela centésima vez. Ele chegou ao clube em 2011 para defender a equipe de juniores e teve uma rápida evolução. No ano seguinte foi para o profissional para ser reserva da lateral direita, mas não demorou muito para se firmar como titular do meio de campo. Mais um jovem que se destacou no Alvinegro e conquistou seu espaço.

Orgulhoso, afirmou que este momento ficará marcado em sua trajetória. E ele espera que seja com uma vitória na estreia alvinegra na Copa do Brasil.

- É um momento que nem esperava passar, com certeza será um jogo marcante para mim, que nunca vai sair da minha memória. Meu centésimo jogo com uma camisa de tanto respeito como a do Botafogo é para poucos. Estou muito feliz e realizado com essa marca. Será o nosso jogo de estreia na Copa do Brasil, um campeonato importante para nós. O caminho para chegarmos na Libertadores novamente e vamos em busca disso.

Gabriel no treino do Bota. Volante completa 100 jogos no clube (Foto: Gustavo Rotstein)
Além das vitórias em campo e de ter se tornado um exemplo de que é importante investir nas divisões de base, Gabriel conquistou muito também fora do campo. Deixou de morar no alojamento de General Severiano e agora mora ao lado da família em um apartamento confortável em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Confira a entrevista completa com Gabriel:

GloboEsporte.com: Nestes três anos de Botafogo e 100 jogos no profissional você viveu um turbilhão. Foram títulos, fracassos, crises, vitórias, derrotas... Que balanço você faz?

Gabriel: São dois anos no profissional, mas parece que foram dez porque passamos por muitas coisas. Jogar ao lado do Seedorf, um cara que eu jogava com ele no videogame, e construir uma amizade, além de outros grandes jogadores. O Oswaldo de Oliveira também foi muito importante, meu primeiro treinador no profissional. Me ajudou muito. Agora o Mancini e também o Eduardo Hungaro, que era o treinador dos juniores quando cheguei em 2011. Então, é uma história bonita que tenho no clube e espero passar mais coisas. Importante que neste tempo todo o grupo sempre esteve unido para conquistar os objetivos. Agora estamos voltando a ser o Botafogo de antes e vamos dar alegrias as torcedores.
Gabriel no condomínio onde mora (Foto: Fred Huber)
Domingo será dia de reencontrar o Oswaldo de Oliveira no duelo com o Santos...

Domingo será outra data especial. Ele me ajudou bastante, me deu oportunidade de jogar, será muito importante. Quero vencer para ajudar o Botafogo. Quero reencontrar o Luiz Alberto (auxiliar) também e matar saudade deles. Amizade fica fora de campo, e dentro dele vamos dar o melhor pelo Botafogo.

Você é líder da estatística de roubo de bolas no Brasileiro. Dá para se manter na ponta até o fim?

São 44 roubadas em 17 rodadas (média de 2,5), é um número bom. Aprendi com jogadores experientes que joguei junto, como o Marcelo Mattos, Renato, Airton... Espero manter ou até melhorar essa média até o fim do campeonato. Com isso ajudo o Botafogo a crescer e conquistar os objetivos que tem pela frente.

Perguntado na última semana sobre a ida do Dória para o banco, Vagner Mancini citou você como exemplo de jogador que voltou melhor após ser barrado...

É uma coisa normal. Conversamos com o Dória também, é uma opção do treinador. Aconteceu comigo e trabalhei para voltar melhor. Tem que se preparar bem para quando tiver a oportunidade novamente saber aproveitar.

Qual momento você considera o melhor e o pior no Botafogo até agora?

Quando cheguei ao time de juniores, em 2011, era reserva e passei a ser titular muito bem. Em 2012, fui para o profissional para compor o elenco como lateral-direito. Fui ganhando espaço e moral dentro do elenco. Passei a ser titular no meio de 2012 acabando o Brasileiro. Em 2013 fui titular, já mais maduro e consciente das coisas. Com certeza, com o título carioca e a vaga para a Libertadores, foi o meu melhor momento. Acho que o pior foi quando perdi um pouco de espaço este ano depois de uma sequência não muito boa de jogos. Acabei indo para o banco, mas isso acontece. Tive o apoio da família, atletas e comissão. Consegui buscar meu espaço de novo com muito trabalho e estou feliz com o momento que venho passando e com o Botafogo se reerguendo de novo.

Dentro de campo precisamos do apoio, e a torcida do Botafogo já demonstrou que quando está em massa faz a diferença. Contagia a todos. Todos os jogos fico arrepiado, mas acho que o jogo contra o Deportivo Quito, pela Libertadores, no Maracanã, foi especial (vitória por 4 a 0)

Gabriel

Como é ter a torcida do Botafogo ao seu lado nestes 100 jogos. Há algum momento especial para você?

É uma relação especial que tenho com a torcida. Procuro me doar ao máximo em cada lance para ajudar dentro da partida e acho que isso passa para eles. Dentro de campo precisamos do apoio, e a torcida do Botafogo já demonstrou que quando está em massa faz a diferença. Contagia todos. Todos os jogos fico arrepiado, mas acho que o jogo contra o Deportivo Quito, pela Libertadores, no Maracanã, foi especial. Quando entramos em campo e vimos o mosaico "O Gigante Voltou", aquilo realmente arrepiou e fizemos uma grande partida (vitória por 4 a 0). Essa imagem vai ficar sempre na minha memória.

Tem alguma música preferida?

Sempre gosto de escutar os cantos da torcida, mas minha preferida é aquela: "Hoje tem jogo do Botafogo. O Glorioso é o meu grande amor. Te amo, Fogo. Te amo, Fogo". Quando começa essa me arrepia. Até em casa jogando com o Botafogo no videogame acabo comemorando com essa música. Ela me dá motivação.

Quais seus planos para o futuro? Passa pela sua cabeça ir para Europa?

Não tenho um projeto, vivo o dia a dia. Penso hoje no Botafogo, na Copa do Brasil... estou feliz porque estou vendo que o Botafogo está melhorando o time. O clube está correndo em busca de solucionar os problemas que tem. Está no caminho certo e vai brigar por coisas grandes.

Viver o dia a dia de uma grave crise financeira no clube também serve como experiência para os jogadores?

Para mim, um jogador novo, passar por isso agora... Ninguém quer passar, é chato, desconfortável, mas também é possível ter um lado positivo. Adquiri experiência com essa situação, amadureci, sei lidar melhor com algumas adversidades.

A seleção brasileira passa por uma reformulação após a Copa. Isso o anima?

Dá um ânimo grande, ainda mais que sou jovem e ainda tenho muita coisa para melhorar ainda. Com essa renovação da Seleção, se eu fizer um papel digno e merecer, na hora certa vou ter uma oportunidade e saber aproveitar.

Por Fred Huber-Rio de Janeiro/GE

Em jejum de gols, Sheik e Ferreyra jogam juntos pela primeira vez

Atacantes mais experientes do atual elenco: 35 e 30 de idade, respectivamente





O Botafogo estreia nesta quarta-feira na Copa do Brasil 2014, já nas oitavas de final da competição, às 22h, contra o Ceará, no Maracanã, em jogo que terá transmissão em tempo real pelo LANCE!Net. 

Como qualquer time que joga em casa no torneio, o Glorioso tem a missão de não sofrer gols e, claro, balançar as redes. Para isso, o técnico Vagner Mancini escalou um time ofensivo, mas com muita pegada. O ataque será formado por Emerson e Ferreyra, uma dupla que ainda não jogou junta e será testada numa partida que pode ser decisiva.

Reconhecidamente dedicados, os dois jogadores são garantia de muita disposição contra o Vozão. O problema é que a dupla vive um longo jejum de gols. Fora das últimas três partidas do Glorioso no Brasileirão, Sheik não marca desde o dia 25 de maio, no empate de 1 a 1 com o Vitória. Já Ferreyra, que acabou ganhando oportunidade nesse mesmo período, não marca desde o dia 18 de março, quando fez o gol da vitória sobre o Independiente del Valle (EQU), ainda pela Copa Libertadores.
Contudo, para o lateral Edilson, o ataque tem tudo para dar certo.

– Vai ser uma dupla de ataque muito produtiva, que tem tudo para fazer um grande jogo. O Ferreyra é um cara de área. O Emerson precisava de um jogador assim, uma referência ali na área, para que, com o estilo dele de sair para buscar o jogo, possa criar mais jogadas de gol. Estamos felizes com o encaixe que o Ferreyra vem dando para o time – disse o lateral-direito, que festejou a volta de Emerson à equipe:

– Sheik é o melhor jogador do elenco, sabemos disso, ganharemos em produtividade com a volta dele.
Na terça, Sheik não treinou. O atacante sentiu dores no calcanhar direito, mas enfrenta o Ceará. O atacante substitui Daniel, que ainda sente dores na coxa direita.


Alexandre Braz - LANCENET!

Grupo de torcedores começa a pagar salários no Botafogo em setembro


Jefferson, Bolívar, Edílson, Junior Cesar e Vagner Mancini se reúnem com botafoguenses que ainda chegarão a acordo sobre contrapartida de aporte financeiro



Técnico Vagner Mancini esteve no encontro junto
a quatro jogadores (Foto: Vitor Silva / SS Press)
Um restaurante localizado no Jockey Club do Rio de Janeiro foi o local de encontro de quatro jogadores do Botafogo com os torcedores abastados que se uniram para pagar até o fim do ano os valores dos direitos de imagem de todo o elenco. Na noite da última segunda-feira, Jefferson, Bolívar, Edílson e Junior Cesar tomaram conhecimento de que os depósitos começarão a ser feitos já no início do mês de setembro.

O restaurante que sediou o encontro é de propriedade do empresário Durcésio Mello, pré-candidato à presidência do Botafogo e um dos 12 torcedores responsáveis pela contribuição aos jogadores. Também estiveram presentes à reunião: o técnico Vagner Mancini e seus auxiliares Mauricinho e Régis, além do preparador físico Moraci Sant’Anna. O gerente técnico Wilson Gottardo e os vices Alberto Macedo (jurídico) e André Silva (administrativo) foram os representantes da diretoria.

Os integrantes do grupo que vai bancar os direitos de imagem ainda se reunirão para tratar das contrapartidas do aporte. Ainda não está definido se a restituição será na forma da divisão de parte das futuras vendas dos direitos econômicos de jogadores, nos moldes de empréstimos financeiros ou de outra forma. No entanto, está praticamente certo que não será estabelecido um prazo.

Mas a asfixia financeira continua. Se a questão dos direitos de imagem parece estar resolvida, o Botafogo ainda pode ter problemas para quitar os valores que constam nas carteiras de trabalho de jogadores e funcionários. Como continua com todas as suas receitas bloqueadas, o clube ainda conta com o recebimento de recursos por meio de ações na Justiça do Sindeclubes. Está previsto somente mais um pagamento dessa maneira até o fim do ano, mas existe a esperança de que possa outras cotas sejam liberadas.

Em 12 de agosto, a diretoria comunicou que seis jogadores não seriam contemplados com o pagamento de um mês da parte de seus salários que constam nas carteiras de trabalho por terem os valores mais altos. No entanto, a ajuda dos torcedores botafoguenses fez com que Lucas, Ferreyra, André Bahia, Bolívar, Marcelo Mattos, Ferreyra e Bolatti recebessem uma parte. Uma fatia da renda do clássico contra o Fluminense, disputado em Brasília, ajudou a compor o que ainda restava. Atualmente, apenas Marcelo Mattos ainda tem a receber uma fração de seu salário que consta em sua carteira de trabalho.

Neste momento, o empenho da diretoria é para quitar pelo menos uma parte do que é devido aos integrantes da comissão técnica. Fisioterapeutas, fisiologistas e preparadores físicos, por exemplo, estão sem receber há quatro meses. O Botafogo pretende pagar até a próxima semana.

Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro