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sexta-feira, 19 de março de 2021

Botafogo S/A entra na segunda fase de discussões com interesse de fundos árabe e americano


Projeto liderado por Gustavo Magalhães para profissionalizar o departamento de futebol do Alvinegro continua em negociações e conversas com interessados




Durcesio Mello é o presidente do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)



Outrora máxima esperança para a reestruturação do Botafogo, o projeto para a profissionalização do departamento de futebol do Alvinegro permanece em negociações. Com o registro e CNPJ aprovados, a Botafogo S/A entrou na segunda fase de negociações e debates com os fundos interessados. O projeto atual é liderado por Gustavo Magalhães.


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O primeiro projeto, encabeçado por Laércio Paiva, foi por água abaixo no ano passado por falta de dinheiro para negociar as dívidas a curto prazo com os credores do clube de General Severiano. Desde então, o "Plano B" começou a ser executado e vem avançando.

- Estou fora desse processo da rotina de negociações, apresentações e discussões jurídicas. Eu sei o que está acontecendo, falo com o Gustavo, quem está capitaneando a S/A, praticamente todo dia. Estamos na segunda rodada de discussões, com um fundo ele já está na terceira rodada de discussões. Está andando, foi aprovado o registro da empresa, já temos o CNPJ, essas etapas já foram completadas, agora é tudo negociação - explicou Durcesio Mello, presidente do Botafogo, em entrevista exclusiva ao LANCE!.


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Uma das principais diferenças do projeto atual para o antigo é a abertura para o capital estrangeiro. Fundos de qualquer lugar do mundo podem aparecer e, se interessados, investir na S/A. Durcesio, inclusive, explicou que quatro linhas estão em negociações com o clube de General Severiano.

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- Tem um fundo nacional e o resto estrangeiro. Tem um árabe, um europeu e um americano. A divisão será 51%, os outros 49% serão abertos para quem quiser investir, seja qual for o seu time. Vai ser um negócio bom, eu mesmo pretendo investir se tiver a chance. Pode ser que um dos fundos adquira 100% da S/A, também não está descartado, mas essa é a tendência - completou ao L!.

A profissionalização do departamento de futebol é vista como uma das possibilidades para ajudar na situação financeira do Botafogo. Após o fracasso do primeiro projeto, contudo, os dirigentes não colocam todas as esperanças no possível advento da S/A, trabalhando em outras frentes.



Fonte: Lance! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Botafogo anuncia contratação do meia Ricardinho, ex-Ceará


Jogador de 35 anos chega ao Rio de Janeiro para compor setor carente do time alvinegro



O Botafogo anunciou nesta sexta-feira a contratação do meio-campista Ricardinho, o décimo reforço alvinegro para a temporada. O jogador de 35 anos rescindiu com o Ceará e chega ao Rio de Janeiro para compor um setor carente do clube. Ele assinou contrato até o fim deste ano.


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Ricardinho, novo reforço do Botafogo — Foto: Divulgação


A contratação do meia é um pedido do técnico Marcelo Chamusca, com quem trabalhou no Ceará e foi fundamental na campanha de acesso do Vovô à Série A em 2017. Apesar de ser meia ofensivo de origem, Ricardinho se destacou nos últimos anos mais como um camisa 8 ou o segundo homem do meio de campo.



Além de Ricardinho, o Botafogo já anunciou outros três meio-campistas: Pedro Castro, Matheus Frizzo e Felipe Ferreira.


+ Contratações do Botafogo para 2021: veja quem chega, quem fica e quem vai embora do clube


Pelo Ceará, Ricardinho realizou 338 jogos, sendo 302 como titular. Foram 40 gols marcados, 52 assistências e 79 partidas utilizando a braçadeira de capitão. No Vovô desde 2013, conquistou quatro Campeonatos Cearenses (2013, 2014, 2017, 2018) e duas Copas do Nordeste (2015, 2020).



Contratações do Botafogo para 2021

Goleiro: Douglas Borges
Lateral-direito: Jonathan
Zagueiros: Carli e Gilvan
Meio-campistas: Matheus Frizzo, Pedro Castro, Felipe Ferreira e Ricardinho
Atacantes: Marcinho e Ronald


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Reforços, mudanças e filosofia: o início de Freeland com "total autonomia" no Botafogo


Ao ge, novo diretor de futebol detalha os dois meses de início de gestão, bastidores das primeiras ações e os planos para reforçar o clube no campo e organizar a casa fora dele




Na gestão que promete ser marcada pela chegada de executivos, o primeiro da fila foi o diretor Eduardo Freeland. Ele foi o escolhido para, no dia a dia do futebol, reerguer um gigante após um rebaixamento e com dívida quase bilionária. No Botafogo, a aposta é na "total autonomia" do dirigente.

Esse é o sentimento de Freeland e o recado passado pelo presidente Durcesio Mello. Não terá poderes imperiais e será cobrado, mas vai trabalhar com independência para resultados já no curto prazo. Para o diretor, essa é uma promessa que, se cumprida até o fim do mandato, marcará um divisor de águas na história do clube ao ser levada a todos os setores, além do futebol.


Isso é muito incomum. Você vê isso um pouco mais em clube-empresa e, ainda assim, tem toda uma estrutura para você obedecer. Desde orçamento, obviamente, até decisões mais técnicas. Mas é algo que tem sido muito respeitado.


Diretor chegou em janeiro para comandar o futebol - Vitor Silva/Botafogo


Na primeira entrevista exclusiva à frente do futebol do Botafogo, Freeland detalhou o início de trabalho, os bastidores das primeiras ações e as decisões da tentativa de reconstrução do clube. A começar por temas mais complexos, como as mudanças internas de gestão e a repercussão da chegada do novo CEO, Jorge Braga.

Mas também analisou os reforços, as dispensas e o perfil do elenco que terá a missão de devolver o clube à elite do futebol brasileiro. O diretor avisou: a torcida pode esperar mais contratações até o início da Série B.





Botafogo se espelha no passado para dar a volta por cima (https://globoplay.globo.com/v/9360811/)


"TOTAL AUTONOMIA"

ge: Como foram os primeiros dias de trabalho?

Eduardo Freeland: Eu chego acompanhando à distância o clube. Depois de eu fechar com o presidente, eu demorei ainda alguns dias para iniciar meu trabalho e comecei a conversar com algumas pessoas que já conhecia e a tentar entender um pouco o ambiente. Alguns impactos já foram claros dentro desse diagnóstico que estava buscando. O que foi impactante era uma apatia geral, principalmente dos atletas, falta de confiança e autoestima muito baixa.

Eu vi a comissão técnica muito empenhada em mudar o cenário, mas a resposta não estava vindo. Outra observação foi a estrutura oferecida. Eu percebi uma estrutura organizacional muito interessante, mas uma estrutura física aquém se a gente pensar no tamanho da instituição, era um ponto que o clube precisava investir e isso tem sido conversado.



Parte do projeto que te trouxe ao Botafogo mira o profissionalismo da gestão e a reconstrução do clube. O que já mudou e o que deve ser colocado em prática ainda neste primeiro semestre?

O principal impacto, que acho que é muito relevante, é a autonomia. O presidente falou muito de autonomia e carta branca na minha chegada. Eu estou há 50 dias no clube e essa autonomia é muito real da parte dele. Tivemos decisões muito difíceis, como a saída do próprio Barroca, momentos muito tensos e o tempo todo ele me deu total autonomia para tomar a melhor decisão que eu entendi. Quando conversei com o Durcesio, definimos esses pilares. Não é uma autonomia autoritária, mas sim de co-responsabilidade, de você trazer as pessoas que são os detentores daqueles conhecimentos.

Por exemplo, na escolha do treinador foram quatro pessoas que me ajudaram a tomar a decisão. Não fui eu, sozinho, que achava que era o melhor nome e acabou. Mas uma autonomia para quem é técnico da área, seja de que área for. Ninguém está atropelando ninguém e todos entendem que aquela pessoa é responsável por aquela área específica. Quando vamos fazer um contrato de um jogador, sento com o jurídico e definimos juntos o que pode e o que não pode. Não é porque eu quero, vai ser e acabou. Isso eu acho que é um grande sinal de profissionalismo.


Freeland junto do presidente Durcesio e do vice Vinícius Assumpção - Vitor Silva/Botafogo


Dentre os muitos erros do Botafogo em 2020, um dos principais foi a troca de técnicos, que aconteceu cinco vezes. Qual vai ser a sua postura quanto a isso daqui para frente?

Quando a gente parte para a escolha do treinador e chega ao nome do Chamusca, nossa intenção era ser o mais criterioso possível, para que a gente corresse menos risco da necessidade de troca. Acho que a grande pergunta é: por que se troca tanto? Tem várias respostas e indicadores que a gente pode destrinchar. São muitas as possibilidades e não estou falando nem do Botafogo, mas do futebol brasileiro em geral. É muito complexo esse assunto. O que eu penso, enquanto conceito, é longevidade.
De 2019 para cá, o comando mudou 10 ou 11 vezes, sendo que o Barroca e o Valentim foram repetidos. Isso é muito depreciativo para a instituição.

Na entrevista de apresentação você repetiu bastante a palavra "diagnóstico", seja para conhecer o departamento ou para entender o que não deu certo em 2020. Passados dois meses, esse diagnóstico já existe?

Estruturado, desenhado e escrito, não. Até iniciei algo que me desse um embasamento. Posso dizer que com a chegada do CEO talvez a gente vai para um novo momento de um diagnóstico dele que talvez possa me trazer outras reflexões. Mas a parte da qual eu observei: entender o motivo dos resultados do passado, que ações a gente poderia ter para não repeti-los, o que precisávamos fazer para mexer um pouco com o ambiente, entender um pouco do orçamento do clube, da atuação de quem estava ou está aqui. Isso está muito claro.


MISSÃO SÉRIE B

O que levou à escolha do Chamusca? A primeira impressão correspondeu às expectativas do clube sobre ele?


Alguns fatores foram determinantes para a escolha do Chamusca. Além da experiência em acessos, um cara que conhece muito esse mercado, o que ajuda no momento de contratar jogadores e também na conduta do dia a dia. É impressionante o que eu colhi de informações da pessoa do Chamusca também. A gente esteve muito atento na escolha do ser humano atleta e do ser humano treinador. A gente sabe que teremos momentos bons e ruins e quanto melhor o ambiente e as pessoas envolvidas, a gente acredita que supera mais rápido os momentos ruins.

Estamos muito satisfeitos. Chamusca é extremamente simples, prático, conhecedor, trouxe uma equipe totalmente qualificada que nos deu o que precisamos, com uma relação interpessoal muito favorável.


São nove contratações confirmadas até o momento, e o Botafogo segue em busca de suprir outras carências. Além de Ricardinho, o torcedor pode esperar mais novidades antes da Série B?


A gente basicamente contratou um por posição, mesmo tendo atletas de bom nível e que estão entregando em algumas posições. A gente procurou organizar as contratações com um perfil específico. O Chamusca participa, o Barroca participou, mas as contratações são do Botafogo, a análise vai além do treinador, com análise de mercado, desempenho, saúde.

Vetamos algumas possibilidades, trouxemos outras, alguns atletas já saíram. A gente vai olhar com um pouco mais de calma até o final do Estadual, sem gerar expectativa fora do nosso padrão. Temos que ser responsáveis com o clube, que espero que esteja mais oxigenado a partir do ano que vem.
Temos mais dois meses para analisar com calma e talvez trazer mais uns quatro, cinco reforços. Não deve ser muito mais que isso.

Com foco em reforços experientes na Série B, Carli foi o nome mais conhecido até agora - Vitor Silva/Botafogo


E o perfil desses reforços? Que tipo de jogador o Botafogo quis e ainda quer contratar?

Se fizer um estudo das últimas equipes que subiram, a média de idade é de 25 a 28 anos, e a equipe do Botafogo que visualizei quando cheguei era muito jovem. E os jogadores mais maduros não vinham sendo utilizados. A média de idade era muito baixa e busquei trazer jogadores mais maduros, com características de liderança, para equilibrar mais o vestiário, o que proporciona ao atleta mais jovem uma menor responsabilidade de carregar o piano. A nossa intenção é continuar olhando para jogadores com um pouco mais de experiência, não necessariamente de idade, mas que deem mais casca para a equipe, para o vestiário, independentemente se vai ser titular ou não.


Como o clube tem pensado o elenco? Em termos de quantidade de jogadores, uso da base, custo da folha salarial.


- Eu tenho o número ideal, Chamusca tem o número ideal. O nosso ideal é 25 ou 26 jogadores mais os goleiros. Mas muitos jogadores aqui no clube têm contratos até o final de 2021. Ou eu não contratava ninguém e a gente tentava remontar dentro do que tinha ou a gente partia para a saída de alguns, tentava acordo com outros e buscava contratar para mudar a atmosfera, que é a linha que escolhemos.

Estamos sendo transparentes com os jogadores que terão menos espaço, com os que estão sendo avaliados, tenho conversado com os atletas individualmente para saber a expectativa de quem chega e para eles saberem nossas expectativas sobre eles. Queremos colocar o Botafogo não só competitivamente, mas historicamente no lugar em que sempre esteve. A nossa intenção é mesclar a saída de alguns jogadores ao longo do tempo, sempre de forma respeitosa, deixar claro o planejamento do clube pra eles e, concomitantemente, trazer jogadores para reforçar tecnicamente o time e mudar o ambiente.


Qual têm sido a participação do Chamusca nisso? E qual foi a do Barroca?

Se vocês vissem as indicações do Barroca, eram indicações muito abertas porque eu também gosto de trabalhar com um volume grande por posição. E com volume grande eu digo quase 30 jogadores por posição. Então, na verdade, o Ricardinho estava na lista do Barroca. Se a gente acertar com ele nos próximos dias, ele vem dessa lista também. Todos eles, de certa forma, vão estar na lista do Barroca e do Chamusca. Geralmente os treinadores têm o banco de dados deles.

Tem que ser bom para eles e também para o clube. Por isso que é tão importante a gente tentar passar um raio-x para que a gente consiga identificar as potencialidades técnicas, mas muito além disso. Porque esse cara tem que ter a capacidade de jogar com o Chamusca, Barroca ou quem quer que venha um dia. A gente sabe que futebol é muito cíclico. Queremos que o Chamusca passe a temporada e fique mais tempo no clube, se tudo der certo e a gente espera que seja isso, mas o jogador é do clube, acima de qualquer coisa.


Rei dos acessos, Chamusca foi o escolhido para treinador - Vitor Silva/Botafogo


O Kalou está nesses desejos de dispensa?

Ele é um jogador que tem uma história que a gente tem que respeitar muito. O jogador, nesse caso, é o menos culpado de receber o salário que recebe. Não dá um problema de atraso, nada. É extremamente dedicado nos treinos. A nossa intenção é: se o jogador tem contrato com o Botafogo, ele vai estar disponível para o Botafogo. Se hoje ele não está indo para a relação, amanhã ele pode ir.


A remuneração que é muito acima do que a gente deveria estar pagando, pensando nesse descenso que ninguém gostaria. E a minha intenção é potencializar o que ele pode nos trazer além do campo. Porque a história desse cara é algo que a gente deve muito respeito. Pode ser até o fim do ano ou por mais três, quatro meses. O presidente está liderando esse processo. Seja com a história dele, quem ele é, com a base, futebol feminino, os próprios atletas que estão aqui no profissional. Colocá-lo para passar experiências de tudo que viveu. É um projeto que a gente está montando internamente e devemos apresentar para ele na semana que vem.


DIVISOR DE ÁGUAS

De que forma a presença do novo CEO vai interferir no futebol e no seu trabalho?

Todos os fluxos serão mais fáceis e o controle orçamentário será mais rígido. Tudo que o clube for fazer de contrato, seja qual esporte ou área for, tem um controle e uma triagem mais segura. Sempre ficou muito claro que o futebol vai estar inserido nisso e tem que estar. Existe uma responsabilidade que o futebol tem que cumprir e metas a serem cumpridas, principalmente nas questões financeiras. O que sempre foi colocado é que o trabalho dele é um facilitador, inclusive, do meu trabalho.

Nos conhecemos e fizemos uma reunião importante que durou quase duas horas. Nós debatemos vários assuntos e a troca foi muito saudável Ele vai tentar organizar a instituição para que o futebol tenha um pouco mais de tranquilidade. Então, em linhas gerais, a autonomia, no que diz respeito às questões técnicas, vai ser imutável. O que vai mudar um pouco é: precisamos bater algumas metas, precisamos não extrapolar algumas situações orçamentárias e eu acho que isso é muito importante de acontecer.


Nessa linha do profissionalismo, quais são as metas e as cobranças para Durcesio e o CEO avaliararem o seu trabalho?

O clube está com uma linha de governança muito clara. Está muito claro o que o clube quer: transparência, clareza, discrição. Sempre tem panos de fundo nas nossas reuniões que acabam que esses pontos são tratados de alguma forma. Acredito que, obviamente, a avaliação do meu trabalho pelo CEO e pelo Durcesio vai ser muito em relação aos resultados. E aí eu espero que não seja apenas resultado de campo, por mais que isso seja determinante no futebol profissional, mas também numa linha mais geral de estruturação e organização.

Acho que isso possa ser uma pergunta a ser feita ao CEO de quais indicadores podem ser avaliados no meu trabalho e quais ele avalia nos outros profissionais. Ele está chegando e agora vai ver o básico do básico para saber em que pé estão as coisas. Claro que vai gastar muita energia com isso nos próximos dias, mas é uma pergunta importante.


Freeland aposta em trabalho de longo prazo - Vitor Silva/Botafogo

E o que a torcida pode cobrar?

Podem cobrar de mim que eu seja muito criterioso nas escolhas e ser muito responsável pela instituição. Não vou contratar aquele cara que ganha salário altíssimo porque para a torcida é legal. Mas se eu entender que esse cara pode entregar dentro e fora do campo, e achar que o custo-benefício dele faz sentido, vou pensar nisso e penso nisso desde que cheguei. Mas o custo-benefício tem que ser muito levado em consideração. Vou errar? Vou, com certeza, porque sou ser humano e erro.

O que podem esperar de mim é: responsabilidade com a instituição, dedicação, ser muito criterioso para tomar as decisões. Outro ponto que acho que pode ser levantado: questões contratuais. Todo jogador que a gente contratar, estamos cuidando para que seja um contrato bom para ele, para ele querer vir, mas que seja muito bom para o Botafogo. Que dê os cuidados necessários para que o Botafogo não continue gerando passivos. O clube não pode mais se dar ao luxo disso.

Você fez carreira nas divisões de base. Passou pelo próprio Botafogo, por Cruzeiro, Flamengo... Como essa experiência pode te ajudar no profissional? E o que espera da base do Botafogo?

Sem dúvida que a maior experiência que eu tive na base foi de gestão de pessoas. Se hoje eu me sinto preparado para alguma coisa, é para gerir pessoas. No Flamengo eram 400 atletas, no Botafogo chegamos a ter 250 atletas, Cruzeiro um pouco menos. Tive uma sorte na minha vida de poder trabalhar em muitas funções.

Acredito muito na formação, principalmente na formação integral, e disse isso para eles. Eu quero do jogador é o que ele entrega dentro e fora de campo. Eu não quero problema aqui em cima. O jogador da base que é excepcional, mas me dá um monte de problema fora de campo não vai vir para cá. Não tem como vir. Porque eu não posso trazer profissionais que me deem problema, que me deem trabalho e pode desequilibrar um ambiente que está muito equilibrado.


Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras – Rio de Janeiro

Jonathan, ex-Athletico, é oferecido ao Botafogo e clube analisa contratação


Lateral-direito, que não renovou contrato com o Furacão para a temporada 2021, tem nome colocado na mesa do Alvinegro, que analisa números e finanças



Jonathan em ação pelo Athletico (Foto: Matheus Meneses/NeoPhoto)


O nome de um lateral-direito chegou à mesa do Botafogo e agradou integrantes da diretoria. Trata-se de Jonathan, de 35 anos, que passou as últimas quatro temporadas no Athletico Paranaense. O nome foi oferecido por empresários e uma investida por parte do Alvinegro está sendo analisada.


Vale ressaltar, portanto, que ainda não há nenhum tipo de proposta. O clube de General Severiano gosta do nome, mas sabe que, por conta da situação financeira complicada, só possui "um tiro" - e ele precisa ser certeiro. O Glorioso analisa números e possíveis valores de salários antes de dar prosseguimento a uma possível negociação.

Após quatro anos, Jonathan não teve o contrato renovado com o Athletico Paranaense e está livre no mercado desde fevereiro. Assim, a contratação seria sem custos de transferência, com o Botafogo arcando apenas com os salários.

O clube de General Severiano já contratou um lateral-direito nesta janela - por coincidência, também um Jonathan, que chegou junto ao Coritiba. Os outros nomes da posição, Kevin, Federico Barrandeguy e Gustavo Cascardo, contudo, não passam total confiança internamente e o Alvinegro monitora o mercado em busca de mais opções para o setor.

Pelo Furacão, Jonathan disputou 127 partidas e marcou quatro gols, ganhando uma Copa do Brasil, uma Copa Sul-Americana e uma Copa Suruga. Ele também possui passagens por Fluminense, Inter de Milão-ITA, Parma-ITA e Cruzeiro.


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Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)