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sábado, 15 de fevereiro de 2020

Do xerife ao meio-campo com Honda: certezas e desafios para Paulo Autuori no Botafogo


GloboEsporte.com lista as principais virtudes e carências do elenco Alvinegro


Paulo Autuori foi o nome escolhido para encontrar o rumo do Botafogo em 2020. Se o desempenho abaixo da crítica no início do ano deixou a equipe fora das semifinais da Taça Guanabara, ao menos deu ao novo treinador a oportunidade de conhecer o grupo já com foco na Copa do Brasil.


E quais são os desafios de Autuori até a estreia na quarta-feira, 21h30 (de Brasília), contra o Náutico? Baseado nos cinco jogos da equipe principal até aqui (o Botafogo começou o Carioca com time alternativo), o GloboEsporte.com destacou os pilares de confiança no elenco alvinegro e dissecou os setores com necessidade de encaixe.


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— Foto: Info / GloboEsporte


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AS CERTEZAS

GATITO FERNÁNDEZ

Sinônimo de segurança. Na quarta temporada com a camisa alvinegra, o goleiro foi peça importante na classificação contra o Caxias, na Copa do Brasil, e evitou desastre maior diante do Fluminense. Liderança dentro e fora de campo.


MARCELO BENEVENUTO

Aos 24 anos, assumiu papel de referência do setor defensivo do Botafogo. Virou o xerife em campo, cargo antes ocupado por Carli. Sem ser espetacular, mas com muita regularidade, o zagueiro é intocável na formação inicial da equipe. Foi destaque contra Resende, pela Guanabara, e Caxias.


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Marcelo Benevenuto é um dos pilares do time do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


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BRUNO NAZÁRIO

Dos 13 reforços para a temporada, é um dos que deu resposta mais imediata. Titular nos cinco jogos com Valentim, marcou dois gols e foi o responsável pela criação no meio-campo.


PEDRO RAUL


Ganhou a posição. Camisa 9 de ofício, mas com qualidade para participar da construção das jogadas, o atacante de 23 anos marcou três gols - um deles o da classificação na Copa do Brasil - e mostrou oportunismo, algo que faltou ao clube durante 2019.


OS DESAFIOS

LATERAIS



Danilo Barcelos chegou para a temporada 2020 — Foto: Vitor Silva/Botafogo


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Autuori chega com a missão de dar equilíbrio pelos lados. A maior urgência é ter nos laterais uma segurança defensiva, o que até agora o Botafogo não conseguiu.


Na direita, Fernando até aqui seguiu a sina de 2019 e oscilou. Barrandeguy, apenas no início da trajetória no Alvinegro, mostrou estar fora de ritmo no clássico contra o Fluminense - tem no período sem jogos a chance para achar a forma ideal. Marcinho segue em recuperação após cirurgia no joelho-direito.


Na esquerda, Guilherme Santos foi mal. Espaços na defesa e pouco ajuda no setor ofensivo. Ficou marcado por erro de passe em contra-ataque contra o Caxias, que poderia matar o jogo. Danilo Barcelos, por sua vez, ganha na qualidade com a bola no pé, mas terminou o jogo contra o Fluminense como um dos piores em campo.


O MEIO PARA HONDA


Maior contratação da temporada, Keisuke Honda aguarda o visto para entrar em campo. A missão de Paulo Autuori, que conhece de perto o futebol do jogador, é montar um setor com espaço para o japonês ao lado de Bruno Nazário, sem esquecer da proteção à zaga.



Honda é a grande contratação do Botafogo para a temporada — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Num meio-campo com três jogadores, Honda e Nazário, num primeiro momento, dividiriam a criação e alternariam momentos na linha mais recuada. Mas o desafio passa pela escolha do primeiro homem. Alex Santana, Bochecha, Caio Alexandre, Cícero e Thiaguinho são opções.


Numa formação com quatro jogadores no meio, Honda e Nazário teriam mais liberdade. Sem nomes de confiança com características defensivas, Autuori daria mais consistência povoando o setor.


Último reforço apresentado, "Loco" Cortez ainda precisa chegar ao condicionamento físico ideal. O meia pode se encaixar na função de Honda - ou até mesmo com o japonês em campo, como ele mesmo prefere -, mas isso forçaria uma mudança no jogo de Nazário.


PARCERIA PARA PEDRO RAUL


A escolha do esquema de meio-campo define o ataque, que tem em Pedro Raul o camisa 9. Com mais um ou dois jogadores no setor, o fato é que o nome de Luis Henrique aparece na frente. Mesmo com oscilação, natural pela idade, o garoto tem velocidade e o um contra um para quebrar linhas.



Pedro Raul assumiu a camisa 9 do Botafogo em 2020 — Foto: MAGA JR/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO


Após 2019 ruim, Luiz Fernando precisa de um ano de afirmação. Até agora, sem grandes jogos na temporada. Porém, na situação de momento, o atacante entraria num esquema com três homens de frente.


Algumas peças que jogam pelos lados correm por fora para chamar a atenção de Autuori: o peruano Alexander Lecaros, que ainda não teve oportunidades, Rhuan e Lucas Campos.



Fonte: GE/Por Gabriela Rossi e Igor Rodrigues — Rio de Janeiro