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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Poupar contra o Fla? Bruno Silva tem sua posição: "Entraria com força máxima"


Presente em quase todos os jogos do Botafogo, volante aprova presença dos titulares, mas com a proximidade das quartas de final da Taça Libertadores





Bruno Silva no treino do Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Se depender de Bruno Silva, o Botafogo não vai poupar ninguém para a partida do próximo domingo, diante do Flamengo, no Estádio Nilton Santos, pelo Brasileiro. Mesmo estando muito próximo do duelo pelas quartas da Libertadores, que será dia 13, o volante acha que o técnico Jair Ventura deve ir com força máxima.


- Não vai ter desculpa essa coisa de desgaste. Acho que ele terá todo mundo à disposição. Se eu fosse o Jair entraria com força máxima, precisamos nos consolidar no G-6.


Bruno Silva sabe que o objetivo do Botafogo sempre foi e é a conquista da Libertadores da América, mas acha que é preciso pensar primeiro no clássico.


- Temos que saber dividir as coisas. A semana é de pensar no Flamengo. Lógico que a torcida pensa na LIbertadores, mas estamos bem tranquilos.


CONFIRA OS OUTROS TÓPICOS DA COLETIVA:

Reencontro com o Flamengo

Ficamos chateados pela eliminação, mas é passado. É um jogo do Brasileiro. O que passou, passou. Não dá para voltar atrás.


Peso da eliminação
Nossa responsabilidade aumentou. Temos que assumir isso. O Grêmio também foi eliminado na Copa do Brasil e vai querer vencer. Vai ser um jogo muito difícil.


Presença em todos os jogos
Gosto de jogar! Então pedi para jogar e quer estar jogando. Domingo, eu quero estar em campo contra o Flamengo.


Parada para treinos
Esse tempo de parada foi bom para recuperar os jogadores e tenho certeza que domingo todos estarão à disposição


Seleção
Feliz pelo meu momento. Trabalho para isso acontecer. Meu sonho é jogar na Seleção, que está em um grande momento. Tenho que ir bem aqui para ter chances. Quem sabe um dia. O negócio é continuar trabalhando aqui e bem aqui no Botafogo.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Rio de Janeiro

Um ano depois... Nova estrutura agrada, e Bota compra mais um aparelho para o DM


Clube reduz número de lesões musculares com ajuda de aparelhagem moderna e investe para ter dois equipamentos de prevenção e tratamento de última geração, assim como o Palmeiras





Manoel Coutinho e Lucas Ometto ao lado do Kineo, aparelho de última geração (Foto: Thiago Lima)


O Botafogo apostou na tecnologia para espantar o fantasma de 2016. Para quem chegou a ter 26 jogadores contundidos no ano passado – média de aproximadamente dois por mês –, e voltou a sofrer no início da temporada, ver o departamento médico quase vazio atualmente é sinal de alívio. Dos cinco machucados, apenas Carli teve lesão muscular – ainda assim grau 1, de menor gravidade.


Airton, Marcinho e Jonas se recuperam de fraturas ósseas; e Matheus Fernandes, de uma pancada – Marcos Vinícius não teve lesão confirmada e faz trabalho de fortalecimento na coxa. A nova estrutura de aparelhagem do departamento médico, que começou a ser montada no segundo semestre do ano passado, vem dando resultado e agradou a jogadores e comissão técnica.


Os novos aparelhos foram:


Termografia: mapa de calor que mostra desde fadiga muscular a rompimentos de microvasos para saber se o jogador está próximo de se machucar e se precisa ser poupado;

Isocinético: cadeira que permite quantificar a função e o desempenho muscular, atuando também como um método preventivo e terapêutico;



Tela de computador acoplada ao Kineo mostra resultados em tempo real (Foto: Thiago Lima)


Catapult: um GPS que reúne dados dos atletas durante os treinos e os apresentam em tempo real para a comissão técnica;

Botas pneumáticas: fazem drenagem e aceleram a circulação e a recuperação muscular nas pernas após os jogos, muito usadas também em viagens;

Kineo: cadeira com três movimentos que ajuda no fortalecimento e tratamento de desequilíbrio muscular, para tratamento e prevenção de lesões

– Com toda a dificuldade, o Botafogo vem investindo e tem nos ouvido. Fizemos uma reunião ano passado com a ajuda do Cacá (Azeredo, vice de futebol), que é nosso elo com a presidência. E eles têm nos ajudado bastante. Não adianta ter só matéria humana e não ter investimento para uma performance melhor a cada dia – elogiou o preparador físico Ednilson Sena.


MESMO APARELHO DO BARÇA, CHELSEA E MILAN


De todos os novos aparelhos (veja lista acima), a menina dos olhos do Botafogo é o Kineo, equipamento de última geração para prevenção e tratamento de lesões. A máquina, de origem italiana, permite três tipos exercícios: extensão, flexão e agachamento. A diferença é que com a possibilidade de variar as cargas de força para cada movimento.



Dudu Cearense trabalhando no movimento de extensão do Kineo


– É um equipamento de musculação, mas a sobrecarga não é feita por placas como o convencional, mas sim por um robô. Um sistema mecanizado que diagnostica a força de cada atleta para cada movimento, excêntrico (negativo) e concêntrico (positivo). A fase negativa é onde acontece o maior número de lesões musculares, então podemos trabalhar o momento mais vulnerável – explicou o fisiologista Manoel Coutinho, destacando:

– O Kineo é tão recente, que poucos clubes no mundo têm. Até mesmo na Europa, posso dizer o Barcelona (Espanha), o Chelsea (Inglaterra), a Internazionale e o Milan (Itália).

Para o auxiliar de preparação física Lucas Ometto, responsável pelas "sessões" do Kineo, os maiores benefícios do uso periódico do aparelho são a redução dos níveis sanguíneos de creatina quinase (CK), que se elevam quando há lesão muscular, e um controle da fadiga nos músculos, com os jogadores se queixando menos de dor no dia seguinte aos jogos.



Pimpão também já registrou seu treino de flexão e agachamento no Kineo (Foto: Reprodução)


O Kineo chegou no fim do ano passado, mas só começou a ser explorado melhor depois da visita que o Botafogo fez ao Palmeiras nesta temporada. Os dois são os únicos clubes do Brasil que possuem o aparelho, e o Alviverde, que tem dois, serve de exemplo. Tanto que a diretoria alvinegra atendeu ao pedido da comissão para comprar mais um, de modo a otimizar o tempo de uso.

– Com um só você cria uma fila, com dois consegue dar uma vazão maior. O problema é ter que ficar mudando o movimento, de extensor para flexor. Com dois, podemos deixar os equipamentos posicionados em um exercício só e ganhamos mais tempo para as séries dos atletas, que já começaram a ver benefícios. Entre eles, comentam que sentiram diferença – contou Coutinho.


CARLI JÁ SUPEROU NÚMERO DE JOGOS DE 2016



Com intensivo, Carli vem conseguindo jogar mais vezes do que em 2016 (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Um dos jogadores que mais vem se beneficiando com os novos equipamentos é o argentino Carli. O zagueiro capitão alvinegro sofreu com lesões no ano passado e disputou somente 30 jogos em sua primeira temporada pelo Botafogo. Em 2017, o gringo já fez 34 partidas, tendo ainda mais três meses de campeonatos pela frente. Ele deve estar à disposição contra o Grêmio na Libertadores.

– Não só o Carli, mas outros melhoraram muito o desempenho. Quando a gente passa a conhecer mais o atleta, fica mais fácil de lidar e colher os frutos. A gente conhece a carga, quem suporta mais, quem recupera mais rápido... Isso leva um tempo. E com essa maquina, que estamos utilizando mais agora, podemos colher bons frutos – analisou Sena.



Botas pneumáticas de última geração são outra modernidade do Botafogo (Foto: Thiago Lima)



Botafogo conta com cinco pares de botas pneumáticas para o dia a dia (Foto: Thiago Lima)


Tecnologia à parte, Manoel Coutinho reconhece as vantagens dos aparelhos mais modernos no dia a dia do clube. Porém, aponta a sinergia interna no Botafogo, entre fisioterapia, fisiologia, preparação física, nutrição e comissão técnica, como o ponto forte do trabalho.

– Nosso segredo é a integração da comissão técnica. Uma das maiores dificuldades de um clube é integrar todos os setores para conversar e apresentar soluções para os problemas. Isso é o que temos de mais valoroso aqui – defendeu o fisiologista.


Fonte: GE/Por Felippe Costa e Thiago Lima, Rio de Janeiro