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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Dono de clubes, treinado por Seedorf e quatro jogos no último time: Honda, o novo reforço do Botafogo


Meia japonês de 33 anos se acerta com o Alvinegro para ser novo chamariz de marketing para o clube e carrega consigo experiência de três Copas do Mundo no currículo


Os 33 anos de Keisuke Honda não inibem a euforia do torcedor do Botafogo. Rumo ao oitavo clube na carreira, o veterano japonês coleciona histórias e uma recheada vida empresarial fora dos gramados. Dono de dois times de futebol (um em Uganda e outro no Camboja), o meia já foi treinado por um velho conhecido da torcida botafoguense quando jogava no Milan, Clarence Seedorf, e atuou apenas em quatro jogos na última equipe que defendeu: o Vitesse, da Holanda.


>>> Fim da novela: Botafogo contrata Honda <<<


A curta passagem pelo time - após uma frustrada tentativa de se oferecer no Twitter a Manchester United e Milan - se deu por causa da saída de Leonid Slutsky, um mês após a chegada ao clube holandês. Slutsky foi o grande responsável pelo CSKA Moscou pagar 6 milhões de euros ao VVV-Venlo. Na Rússia, atuou com os atacantes Vagner Love e Vitinho entre 2010 e 2013 e conquistou dois Campeonatos Russos e uma Taça da Rússia.



http://globoesporte.globo.com/ge/videos/v/conheca-mais-sobre-honda/8271172/


Conheça mais sobre Honda



Keisuke Honda comemora gol do CSKA — Foto: Getty Images


Reportagens lidas pelo GloboEsporte.com, que falam sobre o período em que Honda esteve na Rússia, afirmam que o meia não foi tudo aquilo que poderia ser. Sempre pronto para brilhar em grandes jogos, o japonês aparentava desinteresse por partidas de menor porte, principalmente após a Copa do Mundo de 2010. Segundo uma matéria do site "Russian Football News", a impressão dos torcedores na temporada 2011/2012 era de que Honda não atuava pelo time, mas sim por ele mesmo. Alguns relatos afirmam que, em quatro anos, o jogador compareceu em apenas duas confraternizações do time.


Mas a carreira começou, mesmo, no Japão. Em sua terra natal, chegou a atuar na base do Gamba Osaka, mas foi dispensado e depois rumou para o Nagoya Grampus. Lá, jogou com os atacantes Luizão e Marques e permaneceu até ser negociado com o VVV Venlo, da Holanda, em 2008. Ao chegar na Europa, foi rebaixado, mas seguiu na equipe e foi o responsável pela conquista da segunda divisão. O título rendeu 16 gols em 37 jogos a Honda e o apelido de Keiser Keisuke (Imperador Keisuke).


Seleção e experiência mexicana

Foi atuando pelo VVV-Venlo que Honda recebeu a primeira convocação para a seleção do Japão. Hoje, se diz aposentado, mas deseja disputar os Jogos Olímpicos, que serão em Tóquio, no meio deste ano. É o artilheiro nipônico em Copas do Mundo (4), quarto maior artilheiro da história da seleção (31) e nono jogador com mais partidas pelo Japão (98).



Gol de Honda em Japão x Senegal na Copa do Mundo de 2018 — Foto: Mike Hewitt/FIFA/Getty Images


A aposentadoria do meia se deu depois da eliminação para a Bélgica nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2018, a terceira da carreira. Durante a competição, Honda chegou a dizer que Pelé foi sua inspiração ao ver jogos do Rei com seis anos. Tido como uma das peças-chave antes do torneio, Honda passou a ser considerado um talismã, já que deu uma assistência decisiva no primeiro jogo e marcou o gol de empate contra Senegal no segundo.


Neste período, o meia atuava pelo Pachuca, do México. Pelo clube norte-americano, Honda marcou 13 gols em 36 partidas e deixou uma ótima impressão. Na única temporada que disputou, marcou um golaço enfileirando quatro jogadores e também participou do time que perdeu para o Grêmio na semifinal do Mundial de Clubes de 2017. O jornalista Javier Sanchez, que cobriu a equipe no período, tem boas recordações do japonês por lá e, quando perguntado sobre pontos negativos, negou que houvesse, o que indica uma maturidade em relação aos tempos de Rússia.


- É um jogador muito criativo e disciplinado. Sempre chegava mais cedo e tem um preparador físico específico para ele. No campo, sabia ser líder e passava muita confiança aos jogadores jovens. Apesar de ser um jogador veterano, corria por todo o campo e era muito comprometido. Quando Honda saiu, demorou algumas partidas para que os jogadores se entendessem. Honda não falava espanhol, mas o idioma não era necessário para que seus companheiros captassem as ideias que ele trazia do Milan e toda a experiência internacional.


Relação com Seedorf

A contratação de Honda entra para a lista de negociações surpreendentes do futebol brasileiro e do Botafogo, que há sete anos fez outra, a do meia Clarence Seedorf. E a história dos dois se cruzou na temporada 2013/2014, quando o holandês deixou as chuteiras para ser treinador.


O primeiro clube de Seedorf como técnico foi o Milan, onde o ex-Botafogo treinou a mais nova contratação alvinegra. Honda defendeu o clube italiano entre 2013 e 2017. Na temporada em que trabalhou com o holandês, marcou dois gols em 16 jogos.


Fora das quatro linhas

Honda tem uma vida bem ativa quando o assunto não envolve jogar bola. Fã de um mangá japonês sobre futebol chamado Fantasista, o meia tem uma vertente filantrópica muito forte em sua personalidade. Proprietário de escolinhas de futebol ao redor do mundo desde 2012, ele é dono de dois times, o Bright Stars FC (de Uganda) e o Soltilo Angkor FC (do Camboja), e já foi proprietário de outro na Áustria.



Honda treina a seleção do Camboja — Foto: Reprodução/Instagram


Foi justamente no país asiático em que ele treinou voluntariamente a seleção. Sem receber um tostão pelo trabalho - e sem ter licenças profissionais para isso -, Honda também era embaixador cultural no Camboja. Outro empreendimento interessante do meia é a participação em um fundo de investimentos com o ator Will Smith.


Para o jornalista Tiago Bomtempo, que escreve no blog Futebol no Japão, aqui no GloboEsporte.com, Honda é considerado uma grande personalidade japonesa mesmo entre quem não acompanha esportes. Na opinião dele, é o maior jogador da história do clube, superando Nakata e Nakamura, mesmo não sendo melhor que eles tecnicamente.


- Gosto do "espírito pioneiro" de Keisuke Honda. Ele é fora dos padrões e pensa diferente. Um cara que comprou um time na terceira divisão da Áustria, que abriu uma escolinha de futebol no Camboja... Como ele mesmo se intitula, "jogador de futebol, empreendedor e educador". Nunca foi um gênio do futebol, tanto que foi dispensado na base do Gamba Osaka por ser "comum". Mas, com muito esforço e persistência, alcançou seus objetivos. Tornou-se o maior jogador japonês desta década e pode-se dizer que carregou a seleção nas costas de 2010 a 2016.


Com um pé esquerdo maior que o direito, o meia tem histórico esportista na família. Seu irmão mais velho foi jogador de futebol, mas não teve o mesmo sucesso e hoje é agente do atleta de 33 anos. Um tio-avô de Honda chegou a representar o país nas Olimpíadas de Tóquio, mas na canoagem, em 1964. Levar o nome da família em mais uma edição dos Jogos parece ser a grande motivação da carreira do jogador, que não esconde o desejo. Se dará certo, só o tempo dirá.


Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Lateral-esquerdo Danilo Barcelos é apresentado no Botafogo e elogia Valentim: "Respeito muito"


Jogador de 28 anos foi contratado após rescindir contrato com o Atlético-MG. Ele já trabalhou com o comandante alvinegro no Vasco, em 2019




O Botafogo apresentou mais um reforço nesta sexta-feira no estádio Nilton Santos. O lateral-esquerdo Danilo Barcelos, ex-Galo, falou com a imprensa. O jogador de 28 anos elogiou a tradição do Alvinegro e disse estar feliz em trabalhar novamente com Valentim. Ele foi comandado pelo treinador no Vasco, em 2019.


- Agradecer. Satisfação imensa em jogar numa camisa pesada como a do Botafogo. Motivado, feliz, minha família feliz em estar aqui. Respeito muito o Valentim. Feliz em poder trabalhar com ele de novo.



Danilo Barcelos Botafogo — Foto: Sérgio Lobo


Confira outros temas abordados na coletiva:

Condição física


- Estou bem fisicamente. Posso estrear caso o professor queira domingo contra o Vasco. Vinha treinando, o que ninguém sabia, aqui no Rio esperando pela negociação. Cheguei a me apresentar antes de vir pra cá lá no Atlético-MG. Estou a disposição do professor.


Jogar na lateral-esquerda do Botafogo


- É uma enorme responsabilidade jogar na posição do Nilton Santos. Quem chega aqui sabe disso. Vamos buscar honrar essa camisa e conquistar títulos pelo Botafogo.


Jogar no Vasco e no Botafogo

- São dois gigantes e cada um tem a sua história. Claro que são times com características diferentes e cada um tem o seu espaço dentro do futebol. Aos poucos vou conhecer mais o Botafogo e espero ser muito feliz aqui.


Sobre a chegada de Honda e se já sabe japonês

- Acho excelente um jogador do nível do Honda estar com a gente. E não sei falar japonês mas até ele chegar vou tentar aprender alguma coisa pra conversar com ele risos...


Atuar no meio e na lateral

- Isso aconteceu várias vezes na minha carreira de poder jogar lateral e extrema... venho para lateral, feliz representar historia q clube tem nessa posição...se prof precisar, vou estar a disposição pq ja fiz essa posição varias vezes.


Fonte: GE/Por Sérgio Lobo — Rio de Janeiro

Fim da novela: Botafogo contrata Honda


Depois de idas e vindas na negociação com a diretoria alvinegra, japonês chega a um acordo com o clube e vestirá a camisa do Glorioso até o fim deste ano



http://globoesporte.globo.com/ge/videos/v/conheca-mais-sobre-honda/8271172/

Conheça mais sobre Honda


O japonês Honda é reforço do Botafogo. O anúncio foi feito pelo próprio jogador em sua conta no Twitter nesta sexta-feira. Logo depois, o Alvinegro também confirmou a negociação em suas redes sociais.



Honda com a camisa do Milan: jogador defenderá o Botafogo em 2020 — Foto: Claudio Villa/Getty Images


Em português, o jogador postou um vídeo em sua conta.


- Oi, tudo bem? Eu sou Keisuke Honda, muito prazer. Eu jogo no Botafogo. Vamos nos ver no Rio de Janeiro. Até logo, obrigado, tchau.



Em português, Honda anuncia chegada ao Botafogo


+ Saiba os detalhes da negociação do Alvinegro com o japonês
+ Contratações do Botafogo: veja quem chega e quem vai embora


Apenas cinco minutos depois do post do japonês, o Botafogo anunciou a contratação através de um vídeo em suas redes.



Botafogo F.R.
✔@Botafogo

New Game! #HondaChegou


Honda é o 12º e principal reforço do Botafogo para a temporada de 2020.


No clube, o clima era de otimismo total desde a última segunda, quando uma reunião entre as partes praticamente definiu a equação financeira. Como ainda faltavam outras pendências contratuais, o jogador chegou a negar na terça o acerto, que já estava encaminhado desde então. Ele receberá um salário fixo mensal e adicionais por metas alcançadas.


Além disso, o japonês receberá 20% de toda a comercialização de marketing que o clube fizer com ele. Em entrevista à Rádio Brasil, Ricardo Rotenberg, membro do comitê do futebol e VP de marketing do clube, afirmou que Honda vestirá a camisa 4 do Botafogo, mesmo número que usava na seleção japonesa.


O meia de 33 anos traz no currículo passagens por grandes clubes na Europa, como Milan e CSKA, além da presença em três Copas do Mundo. Pela seleção, marcou 37 gols em 98 jogos. O último clube do japonês foi o Vitesse, da Holanda.



Honda com a camisa do Milan — Foto: Marco Luzzani/Getty Images


Em General Severiano, o reforço terá como principais concorrentes outros dois recém-contratados: Bruno Nazário, atual titular e camisa 10, e Gabriel Cortez, equatoriano que vem do Guayaquil City e ainda não foi anunciado.


Honda chega para ser a grande estrela de um Botafogo jovem e que perdeu algumas referências desde a última temporada, como João Paulo, Diego Souza e Gabriel. O jogador será apenas o sexto do elenco acima dos 30 anos de idade. Além dele, Gatito, Carli, Guilherme Santos, Cícero e Diego Cavalieri são os outros veteranos.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Análise: pego de surpresa, Botafogo precisa se reinventar para derrotar o Resende


Vitória aos 45 minutos do segundo tempo chega após tempestade no Nilton Santos, que fez o Alvinegro apostar mais nas jogadas pelas pontas




Melhores momentos: Botafogo 2 x 1 Resende pela 4ª rodada do Campeonato Carioca

Foi no sufoco, foi com alívio e foi com sustos. Mas o Botafogo conseguiu vencer o Resende por 2 a 1 na noite da última quinta-feira debaixo de uma tempestade que caiu no Rio de Janeiro. Dada as condições climáticas do jogo - e a formação adversária com três zagueiros -, Alberto Valentim viu seu time ter a necessidade de mudar tudo aquilo que planejou para o jogo com a bola rolando.


Se foi pego de surpresa com a formação defensiva do Resende, o Botafogo não mudou logo de cara o estilo de jogo. Com isso, sempre tentava os passes em profundidade, principalmente com Bruno Nazário como meia de criação. Mas como a zaga adversária estava povoada, as chances de infiltração não deram em nada.


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Como se a dificuldade já não fosse grande o suficiente, o Alvinegro ainda viu Cícero ser facilmente driblado por Geovani abrir o placar.


E aí veio a chuva.



Forte chuva no Rio de Janeiro chegou a paralisar jogo entre Botafogo e Resende — Foto: Botafogo F.R.



Depois de cair o mundo no Nilton Santos, jogo ser interrompido e voltar com várias poças em campo, nada deu para fazer no primeiro tempo. Tática mais clara naquele momento era de que não havia motivos para se prender com a bola no chão e o negócio era chute de longe ou lançamento na área a partir da intermediária. Não deu certo e o Botafogo foi para o segundo tempo com a desvantagem no placar.


Mas tudo mudou aos 50 segundos do segundo tempo. Pedro Raul recebeu de Bruno Nazário e bateu cruzado para a defesa do goleiro. A partir daí já dá para perceber um Botafogo diferente, que pressiona mais e tenta invadir a área pelas pontas, principalmente pela direita. E é por lá que sai o primeiro gol. Fernando entrega para Luiz Fernando, que cruza. Bruno Nazário domina, gira e bate no canto esquerdo do goleiro.


A pressão seguiu, mas o Botafogo não mostrava competência na hora de empurrar para o gol. Entraram Barrandeguy, Rhuan e Rafael Navarro nos lugares de Fernando, Luis Henrique e Thiaguinho, mas eles pouco mudaram o panorama da partida. Continuava faltando pontaria para a equipe.


Ela veio quando Bruno Nazário acertou em cheio o braço de Rezende e o juiz marcou pênalti. Pedro Raul bateu com calma e firmeza para sacramentar a difícil vitória alvinegra. A chuva atrapalhou bastante a possibilidade de ver as ideias que Alberto Valentim tem para o Botafogo, mas mostrou que o Alvinegro consegue mudar o estilo de jogo a depender da situação.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro