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quinta-feira, 17 de março de 2016

Novo leilão não atrai comprador, e Bota vai propor acordo por imóvel


Valor reduzido para R$ 3,75 milhões não foi o suficiente para seduzir o mercado. Local oferecido foi o 33° andar do Edifício Santos Dumont, no Centro do Rio




Botafogo deve mudar a estratégia e vai tentar acordo por
 imóvel (Foto: Divulgação / edificiosantosdumont.com.br)
O novo leilão promovido pela Justiça do 33° andar do Edifício Santa Luzia, no Centro do Rio de Janeiro, não encontrou comprador. A ação aconteceu na última quarta-feira. O valor de lance mínimo - que inicialmente era de R$ 7,5 milhões - caiu para R$ 3,75 milhões, mas novamente não seduziu o mercado. O imóvel, que pertence ao Botafogo, tem 650m².


O imóvel foi a leilão por conta de dívidas condominiais. Antes de ser penhorado, o Botafogo chegou a propor um acordo para a quitação das dívidas. O valor apresentado era parcelas de R$ 60 mil por seis anos. O condomínio não se manifestou sobre a proposta e o caso foi levado adiante. Agora, diante da falta de compradores, o Botafogo deve mudar a estratégia de deixar o imóvel ser leiloado e montar uma nova proposta. Porém, a decisão de um novo leilão cabe ao credor da dívida.


Anteriormente, a atual diretoria do Botafogo enxergava com ceticismo a manutenção da propriedade do imóvel. A justificativa era de se livrar de um local que proporcionava prejuízo e ainda serviria para trazer dinheiro para o caixa combalido. Outros conselheiros argumentavam que era um prejuízo se desfazer de um imóvel localizado em área nobre da capital carioca. Em discussão acalorada no Conselho Deliberativo em fevereiro, a decisão foi deixar caminho livre para a venda. O assunto deve ser novamente colocado em pauta.


Apesar da crise financeira, o Botafogo conseguiu na última semana a tão sonhada Certidão Negativa de Débito (CND). Isso alivia a pressão por fontes emergencial de renda. O documento permite o Botafogo a negociar investimento público e tira o temor de não poder disputar competições oficiais, como prevê a MP do futebol.

Por Chandy Teixeira/Rio de Janeiro/GE

Ricardo fala em mudança, mas repete escalação do Bota em treino fechado


Apesar de admitir uma alteração na equipe para enfrentar o Madureira, técnico não chegou a testar nenhuma troca no time titular nesta quinta-feira. Neilton seria opção




Jean, Yaca, Octávio, Salgueiro, Leandrinho e Rabello
 tiraram foto após treino (Foto: Divulgação / Instagram)
Na manhã desta quinta-feira, na Escola Naval, Ricardo Gomes comandou pela primeira vez em 2016 um treino sem a presença da imprensa. Em entrevista coletiva no início da tarde, em General Severiano, o técnico do Botafogo admitiu que pode fazer uma mudança na equipe que enfrenta o Madureira neste domingo, em Los Lários, mas nenhuma alteração chegou a ser testada na atividade realizada a portas fechadas no campo da Marinha. O treinador repetiu a escalação com Salgueiro e Ribamar no comando de ataque, dupla que foi testada pela primeira vez no empate por 1 a 1 com o Fluminense no último domingo.


O treino foi reservado para Ricardo Gomes trabalhar a parte tática e jogadas ensaiadas. A formação teve Jefferson, Luis Ricardo, Carli, Emerson e Diogo Barbosa; Airton, Bruno Silva, Lindoso e Gegê; Salgueiro e Ribamar. Com a defesa sólida, a tendência é que, se o comandante realmente for mexer na escalação, a alteração seja no setor ofensivo. E assim, Neilton seria um dos candidatos. O atacante vem entrando no decorrer dos jogos desde o dia 21 de fevereiro e ainda não teve chance no time titular - a única vez que teve oportunidade de começar uma partida nesta temporada foi em uma equipe formada por muitos reservas diante do Boavista. Luís Henrique corre por fora, e Gervasio "Yaca" Núñez deve voltar a ser relacionado e ficar no banco com a ausência de Lizio, convocado para a seleção boliviana.


Após o treino, alguns jogadores aproveitaram para tirar fotos da paisagem atrás do campo, que inclui a Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar e a região litorânea de Niterói. O Botafogo volta a treinar na Escola Naval na manhã desta sexta-feira, desta vez com os portões abertos para a imprensa. Com um ponto, o Alvinegro divide a quarta colocação da Taça Guanabara com o Fluminense e enfrenta o Madureira neste domingo, às 18h30 (de Brasília), em Los Lários.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE

Em treino fechado, Neilton e Luis Henrique são testados no Botafogo


Na Escola Naval, o meia Gegê e o volante Rodrigo Lindoso deram vez aos atacantes


Neilton já está plenamente recuperado de lesão na coxa esquerda (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

O técnico Ricardo Gomes não queria imagens e a atividade desta quinta-feira, do Botafogo, na Escola Naval, foi fechada à imprensa. Mas houve testes na equipe titular. Durante a atividade, Neilton entrou no lugar de Gegê e, alguns minutos depois, Luis Henrique substituiu Rodrigo Lindoso, o que deixa o time ainda mais ofensivo.

Os demais foram os de sempre: Jefferson, Luis Ricardo, Carli, Emerson e Diogo Barbosa, Airton, Bruno Silva, Salgueiro e Ribamar. O treinador espera mudar bem pouco no decorrer do Campeonato Carioca.

- Fizemos um trabalho que, com imagens, seria complicado. Pode botar na minha conta. A tendência é repetição ao máximo - garantiu.

Luis Henrique completa 18 anos neste dia 18 de março. Titular no início dos trabalhos, perdeu espaço. Em tese, Salgueiro é quem ocupa a vaga dele atualmente.

Neilton, por sua vez, vem entrando no segundo tempo das partidas, após superar lesão na coxa esquerda. Já 100% fisicamente, falta se encaixar na equipe da melhor forma. Ricardo Gomes deve aproveitar a atividade desta sexta e de sábado para fazer os últimos ajustes antes do duelo contra o Madureira. O jogo é neste domingo, e Los Larios.


Fonte: Lancenet/Felippe Rocha/Rio de Janeiro (RJ)

Ricardo prega manutenção no Bota, mas admite: "No máximo uma troca"


Alvinegro teve treino fechado nesta quinta-feira na Escola Naval, mas mudanças profundas estão descartadas. Técnico ainda rasgou elogios ao jovem Emerson




O Botafogo já tem uma identidade. Essa é a avaliação do técnico Ricardo Gomes. Depois de comandar um treino fechado na manhã desta quinta-feira na Escola Naval, no Rio, Ricardo Gomes descartou mudanças profundas na equipe que vai enfrentar o Madureira, no domingo, pela segunda rodada da Taça Guanabara. O técnico admite, porém, uma mudança.


- Fizemos um trabalho que, se eu entregasse com imagens, ia ser complicado. Pode colocar na minha conta (a decisão de fechar o treinamento). A tendência (de escalação da equipe) é a repetição, no máximo uma troca. Mas muito mais pelos exercícios que formação - revelou Ricardo Gomes.

Ricardo Gomes satisfeito com a vista na Escola Naval (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)

Além de estar satisfeito com o conjunto até aqui, Ricardo Gomes tem outra felicidade dentro do Botafogo: Emerson Santos. O jovem zagueiro foi alvo de elogios do técnico que marcou época na mesma posição.


- Ele (Emerson) bate muito forte na bola. Vi poucos jogadores com essa batida. Não vou falar porque ele me lembra alguns grandes nomes do passado. E ele bate também colocado. E isso vai dando confiança. Ele vai dar fruto. No último jogo, as intervenções do Emerson no jogo, eu gostei muito. As cobranças de falta não é de agora. O que eu vi no jogo contra o Fluminense, foi o Emerson em forma e com intervenções com categoria. E isso me agradou bastante - avaliou.


O técnico também comentou sobre a troca temporária de local para treinamentos do Botafogo. Durante quase um mês, o time treinará na Escola Naval. A medida visa preservar o gramado de General Severiano. Ricardo diz que não há grande diferença.


- Um ligar que não dá para reclamar. Aqui (General Severiano) é bom, mas precisamos economizar o campo. Lá temos um campo com dimensões maiores. Aqui era bom, lá, que vamos ficar este mês, não tem nada para colocar. Aqui é bom, lá também - comparou.


Veja outros pontos da coletiva de Ricardo Gomes
Forma até agora
Espero evolução do Botafogo. Sabendo que (o próximo jogo) vai ser contra um time (Madureira) com bons jogadores. Mas eu espero evolução do Botafogo. Os dois últimos jogos, subimos um degrau nessa evolução.


Proteção a Luís Henrique?
É diferente. No ano passado, tinha só o Luís Henrique. Quando eu cheguei, o Botafogo tinha oito jogos e dois gols. Isso é um peso para o garoto. Com o Ribamar é diferente. Carioca é diferente do Brasileiro, que tinha que a obrigação subir (de divisão). Hoje é muito mais a opção técnica e tática que uma proteção. Pode ser que precise isso no Brasileiro, mas no Carioca, não.


Perfomance contra os pequenos
Sinceramente, tem que ganhar, sou obrigado pela grandeza do Botafogo. Cada jogo tem sua história. O Madureira, de acordo com vocês, é um dos melhores. Tem que ter entusiasmo e técnica. As duas coisas andam juntos.


Jogos em sequência fora do Rio de Janeiro
Claro que preocupa. Nosso país é continental. Manaus, por exemplo, você precisa de dois, três dias para recuperação. Estamos esperando as definições. Estamos atentos para diminuir a margem de erro.


Por Chandy Teixeria e Pedro Venancio/Rio de Janeiro/GE

Emerson sonha com Olimpíadas, mas CBF enxerga convocação como difícil


Zagueiro de 20 anos ganha os holofotes no Botafogo com 12 jogos como profissional. Tempo escasso para testes é o entrave para Seleção, que o enxerga como promissor




Emerson comemora o gol contra o Vasco
(Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Não é só Luís Henrique e Neilton que são potenciais jogadores "olímpicos" no Botafogo. O meteórico Emerson também quer chamar atenção às vésperas dos Jogos Rio 2016. Com apenas 12 jogos como profissional, o zagueiro de 20 anos tem ganhado a concorrência com nomes mais badalados e conseguiu abocanhar parte dos holofotes do time. E como todo bom protagonista tem o seu talento marcante: os chutes fortes. Foi assim que ele marcou seu único gol com a camisa do Alvinegro no clássico contra o Vasco. Contra o Flu, enfiou uma bomba no travessão e quase surpreendeu Diego Cavalieri com um chute do meio-campo. Tudo muito rápido na vida do jogador que começou o ano como uma boa opção da base. Agora, com a vaga no time titular conquistada da forma sólida, Emerson, bem ao seu jeito, não esconde que sonha com uma convocação para a seleção que vai disputar as Olimpíadas.


- Quem sabe? Eu vou continuar fazendo meu trabalho, continuar trabalhando firme. Se o professor achar que eu mereço essa oportunidade, eu vou ficar muito feliz - disse o zagueiro que usa as frases curtas para se livrar logo da mira implacável das câmeras e microfones.


Porém, o sonho do garoto prodígio alvinegro não encontra dentro da CBF grande realidade. Apesar de enxergar como um jogador promissor, um membro da comissão técnica não acredita em convocação do zagueiro para os Jogos Rio 2016. O motivo é a falta de tempo para testes. A seleção olímpica tem apenas mais dois amistosos antes das Olimpíadas - Nigéria (dia 24) e África do Sul (27). No entanto, excepcionalidades podem mudar o panorama, uma vez que a avaliação é positiva.




- Fico feliz por estar sendo reconhecido. Eu só tenho que continuar treinando. Ainda não sou ninguém. Não fiz nada ainda. Acho que tenho muito para crescer. Vou seguir trabalhando - afirmou o zagueiro.


Os zagueiros convocados por Rogério Micale para os dois últimos compromissos para o Rio 2016 foram Dória (Granada-ESP), Rodrigo Ely (Milan-ITA), Wallace (Monaco-FRA) e Rodrigo Caio (São Paulo). Apesar de não aparecer nesta lista, Marquinho (PSG-FRA) é presença certa. Ainda há expectativa dentro da CBF de que Miranda (Inter-ITA) seja convocado para integrar o trio com idade superior a 23 anos permitido pelo regulamento dos Jogos Olímpicos.



Por Chandy Teixeira e Pedro Venancio/Rio de Janeiro/GE