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sábado, 13 de junho de 2020

Maracanã 70 anos: Quarentinha é o artilheiro do Botafogo no estádio


Máximo goleador da história do clube de General Severiano também é o jogador que mais balançou as redes no principal palco do futebol carioca



Quarentinha pelo Botafogo (Foto: Divulgação)


O atacante que fazia gols e dava as costas para a baliza, voltando para o centro do campo. Como se fosse comum, Quarentinha nem sequer esboçava um sorriso ao balançar as redes, fato que fazia com certa frequência. O maior artilheiro da história do Botafogo também é o máximo goleador do Alvinegro no Maracanã, principal palco do futebol carioca, que completa 70 anos na próxima terça-feira.

Dos 313 gols que marcou com a camisa do Botafogo, 95 foram no Maracanã. A canhota e os fortes chutes eram a marca registada do atacante. Ao ser perguntado o motivo de não comemorar os gols que marcava, Quarentinha afirmava que estava apenas fazendo o trabalho que era pago para ser feito. No século passado, Armando Nogueira fez uma crônica em homenagem ao atleta do Glorioso.

"Era um chutador temível, um atacante de respeito, que fazia tremer os goleiros, fossem quem fossem. Tinha na canhota o que, então, se chamava um canhão. Chutava muito forte, principalmente, bola parada. Era de meter medo. Nos jogos Botafogo-Santos, era ele, de um lado, o Pepe, do outro. Ai de quem ficasse na barreira. Quarentinha nasceu no Pará, filho de um atacante que lhe herdou, intactos, o chute poderoso e o apelido. Não sei se o pai era tão tímido quanto o filho. Quarentinha jamais celebrou um gol, fosse dele ou de quem fosse. Disparava um morteiro, via a rede estufar, dava as costas e tornava ao centro do campo, desanimado como se tivesse perdido o gol."



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Quarentinha atuou de 1954 a 1964 no Botafogo. Em 1956, foi emprestado ao Bonsucesso para a disputa do Campeonato Carioca após desentendimentos com a diretoria do Botafogo. Foi vice-artilheiro da competição e retornou para o clube de General Severiano. O resto é história: 313 gols marcados em 442 partidas disputadas e uma marca jamais alcançada até os dias atuais.

Pelo Botafogo, foi tri-campeão carioca (1957, 1961 e 1962), bi-campeão do Torneio Rio-São Paulo (1962 e 1964) e vencedor do Torneio de Paris (1963). Além disto, foi artilheiro nas campanhas estaduais em três edições consecutivas: 1958, 1959 e 1960.



Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Aposta com cautela e estrutura de profissional: os planos do Botafogo para Matheus Nascimento


Após assinar com multa de 50 milhões de euros, atacante de 16 anos é integrado ao elenco profissional e passará por fase de transição em 2020. Estreia dependerá do técnico Autuori



A assinatura de contrato anunciada na última sexta-feira entre Botafogo e Matheus Nascimento não ficou só no papel. Significou, também, os primeiros passos do garoto de 16 anos no futebol profissional. Garantido pelo vínculo longo, o clube começa a colocar em prática os planos para a grande promessa da base alvinegra.


Porém, os envolvidos fazem questão de tratar esse novo momento não como promoção definitiva, e sim uma fase de transição para apresentar a joia à realidade do futebol profissional. O plano inicial é de dar chances em treinos para facilitar a adaptação, mas com participação em jogos das divisões de base.


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Matheus Nascimento tem multa na casa dos R$ 300 milhões — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Esse é o planejamento, mas tudo vai passar pela avaliação da comissão técnica. Caberá ao treinador Paulo Autuori decidir se o atleta está pronto para estrear pelo time de cima com apenas 16 anos ou se as chances começarão a partir de 2021.


Enquanto a pandemia não permite a volta do esporte, a mudança é vista como importante para não interromper a evolução de Matheus. Se o ponto de interrogação é grande no profissional, a base tem situação ainda mais indefinida. No elenco principal, além de participar dos treinos, o jogador terá acesso à estrutura que as divisões inferiores alvinegras não possuem.


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Garoto é destaque também na seleção de base — Foto: Rener Pinheiro / MoWA Press


Aliás, o clube estuda fazer o mesmo planejamento com outras joias consideradas promissoras em General Severiano. Ainda não há lista definida dos jovens que passarão por essa transição, mas o volante Kauê - que subiu esse ano ao sub-17, como Matheus - é muito elogiado internamente.


Com o contrato de três anos, o Botafogo conseguiu o limite imposto pela Fifa e se vê mais seguro diante do olhar atento de observadores e clubes estrangeiros. Além do holofote na base alvinegra, com mais de 150 gols segundo contagem própria, Matheus também é grande destaque da geração na seleção de base. A multa rescisória para o exterior é calculada em 50 milhões de euros (cerca de R$ 300 milhões na cotação atual), como publicou primeiro o "Canal do TF".


Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro