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sábado, 27 de agosto de 2016

Justiça chama Flamengo, Botafogo e Arão para audiência de conciliação



TRT-RJ marca sessão dia 5 de setembro para tentar dar fim ao litígio pela saída do jogador do Alvinegro. Fora do processo, Rubro-Negro é convidado para tomar parte





Arão terá que voltar aos tribunais para se defender em
 processo movido pelo Botafogo (Foto: Marcelo Hazan)
Com o fim da Olimpíada, os tribunais de Justiça cariocas reabriram nesta semana, e o caso Willian Arão ganhou mais um capítulo. Após o Botafogo recorrer em segunda instância no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, em junho, o desembargador Bruno Louzada agendou uma audiência de conciliação para o dia 5 de setembro, às 11h (de Brasília), em seu gabinete no TRT-RJ. A novidade é que, após analisar o processo, ele intimou não só o jogador e seu ex-clube, como também convocou o Flamengo, que originalmente não faz parte do processo. Caso não haja acordo, o juiz irá marcar uma data para julgamento. Independentemente do resultado, ainda caberá recurso em última instância no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.


Após duas derrotas na Justiça, o Botafogo está mais otimista desta vez. Em General Severiano, o fato de advogados do Flamengo terem sido intimados a comparecer é visto como um sinal de que o desembargador dará razão à ação alvinegra e vai propor ao rival pagar uma quantia para encerrar o caso. Na Gávea, o departamento jurídico ainda não recebeu a intimação, mas já tomou ciência do assunto e está analisando o fato para saber se vai querer ou não tomar partido a favor de seu jogador, que é um dos destaques do time na temporada.

Arão já obteve duas vitórias na Justiça até o momento: em dezembro do ano passado, recebeu tutela antecipada que o permitiu se desligar do Alvinegro até o julgamento e deixou caminho livre para se transferir para o Rubro-Negro. E em março, viu a juíza da 27ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro considerar nula a cláusula de renovação automática que havia em seu contrato no Botafogo

Em novembro do ano passado, o Botafogo chegou a fazer duas vezes o depósito de R$ 400 mil para acionar o dispositivo de renovação automática, mas ambos foram devolvidos por Arão, que já desejava se transferir para o Flamengo. A Justiça tornou sem efeito a cláusula por entender que o contrato fere a nova resolução da Fifa que proíbe investidores de ter direitos econômicos de atletas. Na visão da juíza da 27ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, o próprio volante foi considerado seu "investidor" e dono de parte do montante econômico na renovação. O Botafogo discorda da interpretação e por isso leva o caso adiante, mas o departamento jurídico acredita que o processo pode durar meses ou anos para uma definição devido ao ineditismo da matéria.


O "caso Arão" azedou o clima entre os clubes, pois a diretoria do Botafogo acusou o Flamengo de ter assediado o jogador. Por isso, o Alvinegro se recusa a conversar sobre outros assuntos com o rival enquanto não receber uma indenização que julga ter direito. Tanto que, quando membros da direção cogitaram alugar a Arena Botafogo, na Ilha do Governador, para outros times, o presidente Carlos Eduardo Pereira avisou que não há negócio com o Rubro-Negro.


Nos últimos meses, também chegou a ser especulado por alguns veículos de imprensa que o clube da Gávea estava abrindo diálogo com o Alvinegro para administrar o Engenhão, rebatizado de Nilton Santos. Porém, rapidamente o Botafogo usou as redes sociais para negar a informação e postar foto do estádio com a legenda: "A casa é do BOTAFOGO e ponto final!"


Fonte: GE/Por Fred Gomes e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Após notificar Olympique e quase ir à Fifa, Bota enfim recebe grana de Dória


Assim como no ano passado, franceses atrasam, mas depositam para o Alvinegro os R$ 7,3 milhões da segunda das quatro parcelas pela aquisição do zagueiro em 2014



Dória visitou recentemente os seus ex-companheiros
 de Botafogo em General (Foto: Divulgação/Instagram)
A história se repetiu. Foi com atraso, cobrança e até ameaça, mas enfim o Botafogo recebeu o dinheiro da segunda parcela da venda de Dória ao Olympique de Marseille em 2014. Pelo combinado, a grana era para ter sido depositada no dia 1º de julho. O Alvinegro notificou o clube francês e esperou por um mês. Novamente sem resposta, o departamento jurídico chegou a preparar a papelada para entrar na Fifa outra vez - no ano passado, só obteve o primeiro pagamento depois que acionou a entidade. Mas desta vez não precisou chegar a tanto, pois nas últimas semanas pingaram na conta os € 2 milhões (cerca de R$ 7,3 milhões) a que tinha direito.


Quem cuida da ação é o advogado Eduardo Carlezo, que trata de questões internacionais para o Botafogo. Como não precisou entrar na Fifa desta vez, economizou 5 mil francos suíços (cerca de R$ 17 mil) referentes aos custos do processo. Mas com os frequentes atrasos do Olympique, o Alvinegro pode precisar gastar de novo para receber as duas parcelas restantes.


Dória foi negociado há dois anos com o clube francês por 6 milhões de euros (cerca de R$ 21 milhões). No acordo, o pagamento foi dividido em quatro parcelas: a primeira em julho de 2015, no valor de € 1 milhão; a segunda e a terceira em julho e dezembro de 2016, respectivamente, em quantias de € 2 milhões; e a última em julho de 2017, novamente por € 1 milhão.


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Pouco aproveitado na França, Dória foi emprestado ao São Paulo no ano passado e depois seguiu para o Granada, da Espanha. Ele chegou a frequentar a seleção olímpica, mas perdeu espaço na reta final. Após retornar à França, somente no início deste mês de agosto é que o zagueiro, aos 21 anos, enfim estreou profissionalmente pelo Olympique.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro


De volta à fila, Carli deve mudar "fama" para reconquistar espaço no Botafogo


Ex-titular e xodó da torcida, argentino é conhecido por ir bem nos jogos e não tão bem nos treinos, mas Jair avisou que chance vai aparecer nos treinamentos: "Meritocracia"




Carli vai precisar melhorar desempenho nos treinos
 para ganhar vaga (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)
A torcida do Botafogo tem estranhado um fato: nos últimos dois jogos, Carli ficou no banco do Botafogo diante de São Paulo e Sport. Nas redes sociais, são comuns questionamentos do por que ele não tem jogado se já está recuperado dos problemas físicos. Após surpreender com grandes atuações no primeiro semestre, o argentino virou xodó dos alvinegros e é o único dos gringos a cair nas graças dos torcedores. Porém, o longo período ausente por conta de lesões o fizeram perder espaço. E Jair Ventura já avisou: para reconquistar sua vaga, terá que fazer por onde convencê-lo. Por enquanto, não pretende mexer na dupla com Renan Fonseca e Emerson que deu resultado.


– Nós temos dois jogos sem sofrer gol, então não tem porque mexer. A situação do Carli também foi por conta da lesão, ele perdeu a posição e agora está esperando o momento de retornar. Eu estou muito satisfeito com os jogadores que vêm jogando, então o momento é de esperar. Não só ele como todos, esperar e buscar o espaço dentro dos treinos. Meritocracia, aquele que estiver melhor vai jogar – argumentou o comandante.


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O problema é que, se o espaço tem que ser conquistado nos treinamentos, Carli vai precisar mudar a sua "fama" em General Severiano. Desde que chegou ao clube, assustou a comissão técnica nos treinos. Então treinador alvinegro, o ex-zagueiro Ricardo Gomes admitiu que ficou preocupado por ele não demonstrar segurança, em compensação quando foi escalado transformou a opinião e parou Fred, Guerrero, Nenê... Sabe aquela história de que treino é treino e jogo é jogo? Foi assim que o próprio argentino se defendeu ao ser questionado sobre o tema.Deu a entender que não pode disputar com a mesma intensidade contra companheiros.


Carli desembarcou no Rio de Janeiro sob desconfiança. A chance no time surgiu quando Renan Fonseca se machucou e, ao entrar em campo, rapidamente conquistou a torcida e seu espaço na equipe. O argentino fez um excelente estadual, mas não conseguiu dar sequência ao trabalho por conta de constantes problemas musculares. Com status de xerife e capitão na ausência de Jefferson, ele teve seu contrato renovado até 2018, porém, participou de apenas dois jogos no Campeonato Brasileiro. Ao todo, o xerife disputou 16 partidas e fez dois gols pelo Alvinegro.


Fonte: GE/Por Thiago Lima/Niterói, RJ