Páginas

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Oswaldo muda discurso e abre portas para Loco no Botafogo



Técnico do Botafogo rasga elogios ao uruguaio e afirma que ele será bem-vindo caso permaneça no Alvinegro, além de ver alternância do camisa 13 com Bruno Mendes




Oswaldo de Oliveira, Herrera e Loco Abreu - Botafogo (Foto: Paulo Sérgio)
Oswaldo e Loco podem voltar a trabalhar
 juntos Botafogo (Foto: Paulo Sérgio)
O técnico do Botafogo, Oswaldo de Oliveira, mudou seu discurso em relação ao retorno de Loco Abreu ao Alvinegro, após o fim de seu empréstimo ao Figueirense. Durante o Footecon, nesta quarta-feira, o comandante abriu as portas ao camisa 13 e afirmou que gostaria de vê-lo de volta ao Alvinegro:

- O Loco Abreu é um jogador muito inteligente, é um ídolo. Se ele estiver disposto a nos ajudar, vai ser muito bem-vindo. É claro que eu quero que ele retorne.

A declaração contrasta com o que o treinador afirmou em entrevista exclusiva ao LANCE!Net na última semana. Oswaldo chegou a dizer que não vinha o uruguaio como capaz de render em 2013, já que passou por uma temporada de pouco brilho em 2012:

- Se já não foi eficaz neste ano que está se encerrando, imagine um ano mais velho. Não é a questão de ter 20 para 21 anos ou 25 para 26, mas é de 36 para 37. É diferente.

ALTERNÂNCIA ENTRE LOCO E BRUNO MENDES

Caso realmente permaneça ao Botafogo, Loco Abreu deverá encontrar uma concorrência à altura: o jovem Bruno Mendes, de 18 anos, brilhou na reta final do Campeonato Brasileiro e conquistou a vaga de titular absoluto do setor de ataque. por ambos terem a mesma característica de centroavante, Oswaldo de Oliveira não vê os dois juntos no ataque.

Apesar de afirmar que é difícil imaginar os dois começando jogos juntos, o técnico ressaltou que ambos podem se alternar de maneira bastante positiva no ataque. Em julho, Loco deixou o Botafogo exatamente por não se encaixar no esquema tático do treinador e querer mais tempo para jogar após ter ido para o banco.

- Ter os dois juntos no ataque é uma possibilidade remota para início de jogo. Mas acredito que ele podem se alternar muito bem no setor ofensivo do Botafogo - afirmou o treinador.


Leia mais no LANCENET! 


Elkeson assina contrato com Guangzhou Evergrande




Atacante está livre de questões burocráticas na ida para a China



Elkeson - Treino do Botafogo (Foto: Cleber Mendes)
Elkeson foi vendido por cerca de
 17,9 milhões (Foto: Cleber Mendes)
Contratado pelo Guangzhou Evergrande, da China, Elkeson assinou contrato de três anos com o clube asiático na tarde desta quarta-feira, em reunião realizada no Rio de Janeiro. O atacante de 23 anos agora está livre de questões burocráticas e seguirá de férias no Brasil até o dia 4 de janeiro, quando seguirá para o oriente.

Elkeson foi vendido por 6,5 milhões de euros, cerca de R$ 17,9 milhões. Com tudo resolvido, o Glorioso receberá R$ 6,2 milhões, o que corresponde a 35% que tem direito do valor total. O Alvinegro até tentou levar a parte dele de imediato e negociou, mas aceitou receber a quantia em janeiro, conforme desejo dos chineses.

O jogador foi tratado pelo clube chinês como prioridade por um pedido do comandante do time. O filho do técnico Marcello Lippi, ex-comandante da seleção azurra e campeão mundial em 2006, esteve no Brasil como olheiro e foi o responsável por indicar a contratação ao pai, que pediu rapidez na negociação.


Vinícius Perazzini Rio de Janeiro (RJ) LANCENET! 


Audiência do caso Bruno Mendes é marcada para o dia 14 de dezembro


Nova movimentação envolvendo o processo do ex-jogador Andrei contra o Guarani é antecipada. Direitos econômicos do atacante estão penhorados


Sem poder atuar profissionalmente, Bruno Mendes
participou de jogo beneficente (Foto: Thales Soares)
O processo do ex-jogador Andrei contra o Guarani, envolvendo a penhora dos direitos econômicos do atacante Bruno Mendes, pode estar perto de ser resolvido. Nesta quarta-feira, uma audiência foi marcada para o dia 14 deste mês, às 14h (de Brasília). Antes dessa nova movimentação, a anterior estava prevista apenas para o dia 11 de janeiro de 2013.

Bruno Mendes teve seu contrato de empréstimo com o Botafogo rescindido depois de uma decisão judicial que determinou sua volta ao Guarani. O atacante foi comprado pelo grupo HAZ por R$ 7 milhões do clube paulista e registrado no Macaé. A negociação acabou sendo anulada.

Com isso, Bruno Mendes não participou das duas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Pelo Botafogo, ele marcou seis gols em oito jogos. Na terça-feira, ele participou do jogo beneficente promovido por Raí no Engenhão e marcou dois gols.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

Revelação do Bota vira 'Sassalotelli', mas se preocupa: 'Ele é muito doido'



Autor de um gol sobre o Flamengo em sua estreia como titular no profissional, Sassá conta com apoio da família para superar trauma recente


Em casa, Luiz Ricardo Alvez é o Luizinho. Aos oito anos, o futebol lhe deu o primeiro apelido,Sassá, que passou a carregar neste seu início de carreira no Botafogo. Ele gostava de "sassaricar" em campo. A semelhança física com outro atacante, Mario Balotelli, do Manchester City e da seleção italiana, especialmente quando o jovem adotava o estilo moicano, geraram brincadeiras. Surgiu então o "Sassalotelli".

Na última rodada do Brasileiro, sábado, contra o Flamengo, no Engenhão, ele foi titular pela primeira vez e marcou um dos gols do empate em 2 a 2. Apesar de achar graça, Sassá ainda fica meio tímido com o novo apelido. Teme que pensem que a comparação seja por causa do estilo de vida polêmico que o atleta do City leva fora dos gramados.

Balotelli e Sassá, agora já sem o corte moicano (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
O atacante do Bota, de apenas 18 anos, só quer ser parecido no sucesso dentro das quatro linhas.

- O pessoal do Botafogo ficava brincando comigo dizendo que eu pareço com ele porque uma época eu estava com o corte moicano. Aí só falavam Sassalotelli, mas não tem nada
disso não (risos). O que eu quero ser parecido com ele é jogar na minha seleção, em um
grande time da Europa. Mas meu jeito é totalmente diferente dele. Acho que sou um
pouco mais bonitinho também (risos). Ele é muito doido, isso não é para mim não. Pior
que agora todo mundo está me chamando assim. De repente eu acostumo - disse a revelação alvinegra, que recebeu até uma ligação do presidente Maurício Assumpção quando houve a confirmação de que seria titular.
Acho que sou um
pouco mais bonitinho também (risos). Ele é muito doido, isso não é para mim não. Pior
que agora todo mundo está me chamando assim. De repente eu acostumo"
Sassá

No clássico com o Flamengo, o pai estava lá no estádio ao lado da família para torcer por Sassá, como costuma fazer sempre. Orgulhoso do desempenho em campo e do comportamento que o filho tem fora dele, Luiz Roberto contou uma conversa que teve com Oswaldo de Oliveira depois do jogo.

- Conversei com o Oswaldo e o com o Fellype Gabriel também. O Luizinho (Sassá) está só começando. Digo a ele que antes de ser um atleta e um profissional brilhante, tem de ser um homem. O Oswaldo me disse que ele ainda não é um jogador, mas que com certeza, em um futuro próximo, será. Mas já se pode dizer que ele é um homem. Isso me deixou muito feliz, é o reflexo de uma boa educação. Chorei no Engenhão. Meu filho é uma realidade. Para a maioria o clássico foi só para cumprir tabela, mas para nossa família foi um marco. Foi um momento ímpar. No meu trabalho só falavam disso - disse o pai de Sassá.

Sempre presente em todos os passos de Sassá neste início de carreira, Márcio, amigo da família e ex-jogador da base do Bota na década de 80, também elogiou a postura do atacante fora de campo.

- É um garoto muito bom, humilde. Digo que tem de agarrar com unhas e dentes, a concorrência é grande. Mas ele tem a cabeça boa, é uma pessoa exemplar. Garoto de ouro, torço muito.

No início deste ano, Sassá levou um duro golpe, uma provação que precisou ser forte para vencer. Sua mãe faleceu em um acidente automobilístico, o que fez o jovem atleta pensar em desistir da bola.

- Conversei com a minha família e decidi voltar a jogar. Segui trabalhando na esperança de uma hora as coisas acontecerem. Treinei no profissional, desci para os juniores para jogar e agora tive as oportunidades com o Oswaldo.

Sassá com seu staff pessoal: pai, irmãs, sobrinha e amigos (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
Luiz Ricardo disse que o sonho de sua esposa era ver Sassá em campo pelo Brasil na Copa do Mundo de 2014.

- Gostaria que ela estivesse presente, o sonho dela era vê-lo no time principal e defendendo o Brasil em 2014. Infelizmente ela nos deixou muito cedo, mas temos certeza de que está em um lugar iluminado e está vendo até com mais clareza do que nós. Que todos os gols que ele fizer levante as mãos para o céu para ela.

Sassá chegou ao Botafogo com 15 anos depois de começar no Nova Iguaçu e passar pelo Heliópolis. Sem tempo para tirar a carteira de motorista, ele tem de encarar uma maratona para chegar aos treinos do time de juniores, no Caio Martins, em Niterói. Ele acorda às 5h10m e precisa de três ônibus e bastante tempo para chegar.

Sassá - ainda com o moicano que lhe rendeu o
apelido - e noiva Juliana (Foto: arquivo pessoal)
- Se pegar a Avenida Brasil engarrafada então....

Quando treina com os profissionais, a situação fica melhor, já que ele ganha a carona do amigo Cidinho.

- Aí vou no conforto, né.

Confira abaixo a entrevista completa com "Sassalotelli":

Como foi que você descobriu que seria titular no clássico com o Flamengo?

- Os três gols (na final da Taça OPG de juniores) me ajudaram muito a conseguir ser titular. Estávamos treinando na véspera (sexta) e, antes do rachão, o Oswaldo disse que ia fazer uma bola parada. Ele chamou o time titular e eu fiquei ali. Aí o Brinner perguntou quem seria o substituto do Elkeson. Ele disse "Sassá". Foi naquela hora que descobri que iria iniciar o clássico. Depois o Oswaldo conversou comigo sobre qual posicionamento ele queria de mim.

Logo no início do jogo o Seedorf te chamou e teve uma conversa. Como foi o apoio dos mais experientes?

- Foi muito bom. O Seedorf está há muito tempo no futebol. Ele me chamou e deu dicas sobre
o posicionamento. Disse que quando ele pegasse na bola ia me procurar, que era para eu
tentar as minhas infiltrações. Ele me passou muita tranquilidade.
Acompanhei a jogada e, quando eu olhei, a bola estava vindo na minha direção. Aí não
tem jeito... (risos). Sem goleiro ainda... coloquei para dentro"
Sassá

Lembra da jogada inteira do gol e da comemoração?

- Foi uma alegria só. Primeiro gol na estreia como titular, e logo contra o Flamengo. Acompanhei a jogada e, quando eu olhei, a bola estava vindo na minha direção. Aí não tem jeito... (risos). Sem goleiro ainda... coloquei para dentro.

Depois da partida, o Oswaldo disse que você tem estrela. Como você recebe estes elogios?

- Foi muito legal receber os elogios do Oswaldo. Atacante tem de ter isso mesmo, um pouco de sorte é bom. Trabalho bastante para que as coisas aconteçam naturalmente.

Dois dias após o jogo com o time profissional você já treinou com os juniores novamente. Como foi a recepção?

- Foi muito boa. Todos me abraçaram, me deram moral.

Ficou mais famoso depois do gol? As pessoas já estão te reconhecendo na rua?

- Aqui em casa não para de chegar gente, toda hora tem alguém querendo tirar foto.
Minha página no Facebook está bombando (risos). Ganhei muitos amigos, tem quase mil
para adicionar.

Tem algum jogador em que você se espelha?

- O Borges. A finalização dele acho muito boa, e chuta com as duas pernas. É matador
mesmo.
Sassá entre os amigos de infância Vinícius e Rafael (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
Já o informaram como vai ser na próxima temporada, se você faz a pré-temporada com o time principal?

- Ainda não me disseram nada. Na próxima quinta-feira viajo para o Brasileiro sub-20. Depois que vou saber. Espero estar junto com o profissional. Este ano foi muito bom, mas espero que o próximo seja melhor ainda.

O ataque é considerado uma das carências do Botafogo por causa da quantidade pequena de peças. Isso o anima?

- É, espero conseguir uma vaguinha (risos).

Qual a expectativa e a motivação para o Campeonato Brasileiro sub-20?

- Tem alguns garotos com o contrato vencendo agora, estão todos motivados a fazer um
grande campeonato e permanecer no Botafogo.

Por Fred Huber Nova Iguaçu, RJ

Unidos pela dor: fusão do remo e futebol do Botafogo completa 70 anos


Morte de jogador de basquete em quadra foi fundamental para unir os dois clubes. Família do ex-atleta doará camisa oficial do último jogo de Albano




Clique no link e veja Jornalista Rafael Casé lança livro sobre os 70 anos da fusão do Botafogo


No início dos anos 40, o bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, abrigava dois dos clubes mais importantes da cidade. Ambos com nome parecido, mas distantes um quilômetro um do outro. O Clube de Regatas Botafogo ficava na praia. Já a sede do Botafogo Futebol Clube era a mesma de hoje, na Rua General Severiano.

Embora tão próximos, os dois Botafogos continuavam separados. Até o dia 12 de junho de 1942, quando se enfrentaram em uma partida de basquete: Botafogo de Regatas contra Botafogo FC. Armando Albano era um dos principais jogadores da equipe de General Severiano. Um dos cestinhas do clube, saiu atrasado do trabalho e chegou à quadra com o jogo já em andamento. Trocou de roupa com pressa e se juntou ao grupo.

- Ele entra no final do primeiro tempo. Apesar de ser um dos cestinhas do clube, nessa partida ele não marca nenhum ponto. E vai para o intervalo. (...) Eles estavam fazendo um bate bola de aquecimento para a segunda etapa. Quando ele foi abaixar para pegar a bola, ele caiu na quadra - explica o jornalista e autor do livro sobre a fusão do Clube, Rafael Casé.

Albano foi levado ao vestiário e a partida recomeçou. Após alguns minutos tentando trazê-lo de volta à vida, a notícia da tragédia interrompeu o jogo. Até hoje, o duelo nunca foi terminado. O Botafogo de Regatas abdicou do direito de jogar a continuação para que o Albano tivesse como homenagem uma última vitória. O placar permaneceu o mesmo: 23 a 21.

- A morte em um jogo justamente entre os dois clubes foi o estopim. O presidente Augusto Frederico Schmidt, do Regatas, disse que não havia mais como os dois Botafogos serem um só. E o presidente do Futebol concordou - relembra Rafael.

A fusão foi oficializada seis meses depois, no dia 8 de dezembro de 1942. Da união dos dois nasceu o Botafogo de Futebol e Regatas. Os escudos também se misturaram e o preto e o branco, comum aos dois, foram mantidos.

À esquerda, o escudo do Clube de Regadas. À direita, do Botafogo FC (Foto: Reprodução TV Globo)
A camisa que Albano usava quando faleceu em quadra está preservada e será doada pela família ao alvinegro. Botafoguense, o filho Arnaldo guarda com carinho a relíquia, que é considerada o maior símbolo da união dos dois clubes.

- (A camisa) vai ficar no lugar onde ele jogou, onde ele gostava, onde ele viveu, onde ele deu a vida. Nós nunca tivemos mágoa do Botafogo, muito pelo contrário. Temos um orgulho muito grande, uma satisfação muito grande de meu pai ter jogado lá. Por tudo que eles fizeram, não só pelo meu pai, mas por mim.

Já o clube presenteou a família de Albano com uma camisa de basquete atual, para marcar o aniversário da fusão do futebol com o remo.

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro