Páginas

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Mais dois anos com o xerife: Carli renova até dezembro de 2020


Com 95 jogos como alvinegro e autor do gol na finalíssima do Carioca 2018, argentino chega a um entendimento com a diretoria e acerta permanência




O esperado aconteceu. Carli queria seguir no Botafogo, e o clube desejava a permanência do argentino de 31 anos. Nesta quinta-feira, ele oficializou a vontade mútua das partes e assinou a renovação de contrato por dois anos. O novo vínculo vai até dezembro de 2020.



Carli comemora o gol mais importante de sua vida (Foto: Vitor Silva/SS Press/Botafogo)


Autor do gol na finalíssima do Carioca 2018, que deu ao Botafogo a vitória por 1 a 0 sobre o Vasco e levou a decisão para os pênaltis, o argentino de Mar del Plata esteve em General Severiano na tarde desta quinta-feira para firmar sua continuidade no clube. Acompanhado de seus agentes, Alexandre Braz e Diogo Martins, assinou o novo vínculo.


Em entrevista ao GloboEsporte.com, em abril, o jogador afirmou que acreditava na renovação contratual e baseava sua expectativa no que apresentou entre 2016 e 2018.


- Diogo e Alexandre ficam de olhos na minha renovação, são meus empresários e estão encarregados disso. Como você falou, com o gol do título carioca e recuperando minha posição, penso que por isso fica mais perto, mas também penso em 2016, quando cheguei aqui, e em 2017, um ano que foi muito importante. Acho que também tem que ser valorizado.


Identificado com o Botafogo, Carli nunca quis deixar o Botafogo. Quando procurado pelo Peñarol, do Uruguai, mesmo na reserva, sequer quis ouvir a oferta. Assim como aconteceu com os mexicanos Leon e Pachuca em 2017. No Brasil, teve o nome especulado em Atlético-MG e Grêmio.


Carli foi o menos badalado dos gringos que chegaram em 2016, mas o único a se firmar naquele ano. Tornou-se praticamente uma unanimidade, sendo o capitão do time na campanha até as quartas de final da Libertadores do ano passado. Com 95 jogos pelo Botafogo, ele tem sua passagem pelo clube marcada pela liderança dentro do grupo.


Fonte: GE/Por Fred Gomes, Rio de Janeiro

Marcação no campo rival e muita criação: por que o Bota venceu com autoridade



Com a torcida empolgada e apoiando, comandados de Alberto Valentim imprensam Atlético-PR no campo de defesa e vencem sem sustos







Melhores momentos: Botafogo 2 x 0 Atlético-PR pela 12ª rodada do Brasileirão


Em seus últimos cinco jogos, o Botafogo só não atuou bem no empate contra o Ceará, no último dia 6. Nesta quarta, no Nilton Santos, os comandados de Alberto Valentim jogaram como time grande, mostraram quem manda em seu campo e imprensaram o Atlético-PR na vitória por 2 a 0.


Não foram cirúrgicos, algo que Alberto tem pedido ao time. Se fossem, sairiam com uma goleada, como o próprio disse em entrevista coletiva. Mas tiveram atuação que deixou os mais de 10 mil alvinegros presentes ao Niltão elétricos durante a maior parte do duelo.


Atlético encurralado
O Botafogo desde o início resolveu marcar no campo do adversário. No segundo tempo, Valentim, admitiu que em alguns momentos baixou a linha, porém não escondeu o desejo de seguir combatendo na frente.


Botafogo procurou ficar a maior parte do tempo no campo do adversário (Foto: Footstats)

Os três atacantes que iniciaram a partida, por exemplo, conseguiram roubadas de bola. Duas para Pimpão, mesmo número para Luiz Fernando e uma para Kieza.

Kieza, aliás, novamente foi muito combativo, mas pecou ao não aproveitar nenhuma de suas seis finalizações.

Foram 21 finalizações e 11 chances reais de gol. O Furacão só teve três oportunidades claras.

Meio-campo com passe calibrado
Embora tenha terminado com menos posse (41%), o Botafogo teve paciência com a bola nos pés. Atletas que mais tocaram na bola dentre os alvinegros, Matheus Fernandes (31), Lindoso (30) e Valencia (26) quase não erraram passes. Matheus uma vez, e os outros duas vezes cada.



Lindoso bate bem o pênalti e abre o placar no Niltão (Foto: Luciano Belford/SSPress/Botafogo)

Renatinho, que entrou no segundo tempo, descolou passes decisivos para Kieza e Ezequiel. Melhorou bastante a produção alvinegra e não errou nenhum de seus oito passes.

Luiz Ricardo e Pimpão em alta
Jogadores que já sofreram muita rejeição no Botafogo, Luiz Ricardo e Pimpão foram celebrados pela torcida.

O primeiro, apesar dos cinco erros de passe, apresentou-se o tempo inteiro na frente e teve atuação defensiva segura.

No lance que resultou no pênalti cobrado com perfeição por Rodrigo Lindoso, ele cruzou bola na medida para Kieza, que desperdiçou debaixo da trave. No rebote, K9 rolou para Lindoso chutar em cima do braço de José Ivaldo.



Luís Ricardo teve boa atuação contra o Furacão (Foto: Luciano Belford/SSPress/Botafogo)


Pimpão, além de levar pânico ao lado direito da defesa atleticana com arrancadas, mais uma vez chamou atenção pela disposição na recomposição.

Gol estranho em jogada eficaz
A bola parada de Valencia virou arma alvinegra. Banalizada no início da temporada, época em que o time abusava do chuveirinho, ela segue aparecendo, mas os resultados têm sido mais concretos.

Nesta quarta-feira, apesar do gol esquisito, que acabou anotado na súmula como contra de Renan Lodi, a jogada foi muito bem construída. O chileno levantou, Yago desviou e Igor apareceu para tentar colocar na rede. Doze minutos depois, mais uma cobrança, Igor raspou, e Lindoso quase anotou o terceiro.


Números do jogo
Botafogo 2x0 Atlético-PR



Posse de bola: 41%x59%
Finalizações: 21x20
Chances reais: 11x3
Cabeçadas: 3x1
Bolas levantadas: 17x20
Escanteios: 8x9
Faltas: 11x9
Passes errados: 19x26
Desarmes: 23x22
Roubas de bola: 18x10
Contra-ataque: 3x1


Fonte: GE/Por Fred Gomes, Rio de Janeiro

Valentim festeja atuação: "Poderíamos ter saído com uma goleada"



Treinador lamenta chances perdidas no Nilton Santos, mas valoriza resultado antes do recesso para a Copa do Mundo





Melhores momentos: Botafogo 2 x 0 Atlético-PR pela 12ª rodada do Brasileirão


O técnico do Botafogo, Alberto Valentim, afirmou que a equipe poderia ter saído com uma goleada do Estádio Nilton Santos, não fossem as chances perdidas pelos alvinegros no segundo tempo. Ele lembrou que a vitória por 2 a 0 - gols de Lindoso, de pênalti, e de Renan Lodi (contra) - é importante para a classificação e disse que a paralisação em função da Copa do Mundo trará benefícios.

- Vitória superimportante. Hoje conseguimos jogar bem, controlar, fazer com que o Atlético tivesse poucas chances claras. As chances perdidas no segundo tempo. Poderíamos ter saído com uma goleada, mas estão todos de parabéns. Falei no intervalo que poderíamos ter feito mais já no primeiro tempo.

Vitória muito importante para a nossa classificação. Viver jogo a jogo. Fizemos 1 a 0, conseguimos controlar bem. Fizemos com que Atlético tivesse pouquíssimas chances claras

Sobre o recesso até julho - o próximo jogo será contra o Corinthians, no dia 18 do próximo mês -, Valentim disse que trará benefícios:

- Essa parada vai ser importante para descansar o time. Tem o lado mental e o lado emocional.



Alberto valentim (Foto: Fred Gomes)


Confira os melhores trechos da coletiva de Alberto Valentim:

Estratégia

Primeiro queríamos posicionar o nosso desenho ofensivo, mas atacar muito rapidamente como uma corrente. No segundo tempo, a ideia era que continuássemos a marcar. Sofremos um pouquinho de não recuperar a bola, mas gostei muito da equipe.


Entrada de Luiz Ricardo
Marcinho vinha num desgaste muito grande, e o Luís vinha muito bem nos treinos.


Qualidade

Procuramos jogar, marcamos com qualidade. Vínhamos recuperando isso nos últimos jogos.


Erros de finalização

Em algumas jogadas acho que tivemos falta de sorte, mas já falei que temos cobrado mais frieza e tranquilidade na hora de finalizar.


General

Rabello jogou todos os jogos, faz gols na frente e com muita qualidade na fase defensiva. Lógico que vai chamar atenção. Falei que se pintar uma possível venda que vá ser boa para o clube e para os jogadores, a gente não tem direito de segurar.


Após recesso

Temos que buscar o número máximo de vitórias aqui e tentar buscar algumas fora de casa. Vamos treinar tudo. São 10 dias de folga. Vamos ter 21 dias de trabalho e 27 sessões de treino. Vou voltar a massacrá-los no bom sentido na parte tática, técnica e nas fases ofensiva e defensiva.


Ajustes

A fase ofensiva corrigimos alguns posicionamentos, dos volantes e do Léo, e dos atacantes de beirada. A gente conseguiu fazer bons jogos. O time voltou a ser forte fisicamente, voltou a ser organizado. Pegamos um campo muito bom hoje. Treinamos ontem, e eu citei aos jogadores que tínhamos de aproveitar a qualidade do nosso campo.


Disputa por posição

Tem que existir uma briga sadia. Você citou Luís com o Marcinho. Tem Yago com Marcelo. Tem o Gilson com o Moisés. No meio, ora entra Jean, ora entra Matheus. Isso é difícil para mim. Eu falei isso lá atrás. Na final, chegou a jogar jogador que não tinha jogado comigo. Aí não é frase feita. Hoje faço quatro meses, e vocês não me viram reclamar de perder jogadores em nenhum dia. E eu perdi jogadores importantes.


Cartilha para as folgas

O Felippe Capella (preparador físico alvinegro) passou sessões de treinos de musculação e aeróbicos para eles não virem zerados. É um treino básico para o jogador não ficar parado por muito tempo.


Fonte: GE/Por Fred Gomes, Rio de Janeiro