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domingo, 28 de junho de 2020

Weber elogia entrega do Botafogo na volta do Carioca: "Jogadores se empenharam ao máximo"


Substituto de Paulo Autuori, que por protesto não comandou equipe, Renê Weber festeja resultado que deixa Botafogo na briga e elogia a Caio Alexandre: "Deu intensidade e qualidade"



Melhores momentos de Botafogo 6 x 2 Cabofriense pela 4ª rodada da Taça Rio


Ainda que tivesse a liminar do STJD a seu favor, Paulo Autuori decidiu não comandar o Botafogo na partida contra a Cabofriense neste domingo em forma de protesto, e portanto o auxiliar Renê Weber foi quem esteve na beira do campo na goleada por 6 a 1. Nas considerações após a partida, Renê disse ter gostado principalmente da entrega dos seus jogadores.


+ Atuações: Luis Henrique é o melhor contra a Cabofriense


- Nós temos que parabenizar. Como foi dito no vestiário: jogo ás 11h da manhã, temperatura elevada. Querendo ou não, o desempenho tende a cair, mas conseguimos manter a intensidade e um nível de jogo interessantes. Quando eles fizeram o segundo gol, estávamos um pouco atrás. A ideia era pressionar desde o começo, não deixar o adversário jogar, fazer o maior número de gols para o caso de precisar. Os jogadores se empenharam ao máximo, a gente precisava da vitória e de um saldo bom. Conseguimos - festejou o auxiliar.



Renê Weber, auxiliar do Botafogo, na partida contra a Cabofriense — Foto: André Durão


Renê Weber elogiou bastante o garoto Caio Alexandre, autor do sexto gol do Botafogo na partida - a propósito, um golaço. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Alex Santana.


- O Caio, que é uma promessa, entrou e fez o gol, deu mais intensidade física para o jogo, além de qualidade técnica. No resumo da parte técnica e tática, entramos para definir. Fizemos um gol cedo, e a equipe como um todo se comportou muito bem. Só tenho que elogiar quando percebo que eles estão se entregando, querendo jogar. A pandemia fez todo mundo ter ainda mais vontade de voltar. Não podemos perder ninguém, ainda tinha essa preocupação - disse.


Veja outros pontos da entrevista de Renê Weber:

Jogadores da base

- Temos que utilizar jogadores da base aqui. O Caio é talentosíssimo, o Luis Henrique nem se fala, vai para o alto nível quando amadurecer. Eles tiveram grandes atuações, mas esses pela juventude naturalmente têm um pouco mais de condição física. Conversando com o Paulo, que estava assistindo, tivemos essa ideia. Agora, é matar quarta-feira, respeitando a Portuguesa. É entrar entre os quatro que tupo pode acontecer.


Pouco tempo de preparação

- Impossível alguém em uma semana alguém atingir seu ápice técnico, físico e tático. A gente fala das variáveis que o jogador deve ter. Coisa que aborda no dia a dia, definindo nosso comportamento como equipe. Historicamente, o Botafogo faz jogadores na base. Formar o jogador, usar em títulos e depois vender. Não é formar para vender. Primeiro, ganhar títulos. Somos um país vendedor. Formação é importante. Temos bons jogadores, que no seu devido tempo vão ser utilizados.


Atuação de Honda

- Do Honda, com três meses de parada, não se pode exigir mais do que foi feito. Ele é essencialmente técnico. Pode hoje não ter tido aquela intensidade do outro jogo, mas tem um bom passe. Dois meias com qualidade, com ele e Bruno (Nazário). De um modo geral, se comportou bem. De um modo geral, a gente esteve dentro do que esperava.


Expectativa para o clube-empresa


- Eu sou um crítico pessoalmente disso, com relação ao modelo de gestão dos clubes. Nós caminhamos para um clube-empresa. Quando o Manchester United foi comprado por um grupo americano, achavam que mudaria a cultura e não foi assim. Sou um apologista das ligas, com união dos clubes. Eles que devem administrar o futebol, sempre partindo do clube. Espero que aconteça em breve. A gente ouve comentários sobre isso. Quem coloca os jogadores em campo são os clubes. Espero que brevemente isso seja o futuro: clube-empresa e liga. O modelo atual é falido e ultrapassado.



Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Botafogo goleia Cabofriense e mantém chances de ir às semifinais


Ainda sentindo a falta de ritmo, Alvinegro fez valer a boa atuação coletiva no retorno do Campeonato Carioca e aplicou goleada, por 6 a 2, neste domingo, no Nilton Santos 



Pedro Raul e Caio Alexandre marcaram na goleada alvinegra (Foto: Vítor Silva/Botafogo)


Depois de mais de três meses longe dos gramados, o Botafogo voltou às atividades no Campeonato Carioca, com goleada, por 6 a 2, sobre a Cabofriense, pela quarta rodada da Taça Rio. Ainda sem ritmo e longe da forma ideal, o Alvinegro fez o dever de casa e conseguiu o resultado melhor do que o esperado, no Nilton Santos, com dois gols de Pedro Raúl, um de Cícero, um de Bruno Nazário, um de Luis Henrique e um de Caio Alexandre. Emerson Carioca e Diego Sales anotaram pela equipe da Região dos Lagos.


Com o resultado, o Botafogo chegou a sete pontos e igualou o Boavista na segunda colocação do Grupo A, mas ainda fica atrás no saldo de gols. O time de Paulo Autuori mantém as chances de classificação para as semifinais do segundo turno e volta a campo, na próxima quarta-feira, contra a Portuguesa, no Estádio Luso-Brasileiro.


Início animador

O Botafogo começou a partida da melhor forma possível no Nilton Santos. Depois de ótima jogada individual e finalização cruzada de Luis Henrique pela esquerda, Pedro Raul apareceu na pequena área para abrir o placar, aos três minutos de jogo. A partir daí o ritmo da partida, foi, aos poucos, diminuindo e o Botafogo esbarrava na forte marcação adversária a partir da intermediária.


Cícero ressurge

O Glorioso tentava explorar os contra-ataques sem sucesso. A equipe esbarrava nas dificuldades técnicas após longo período de inatividade. No final da primeira etapa, Cícero, que esteve próximo de deixar o clube, apareceu com um chute de fora da área, que desviou e foi parar no fundo da rede de George. 


Artilheiros resolvem

No início da segunda etapa, a Cabofriense assustou ao diminuir com Emerson Carioca. Pedro Raul, no entanto, voltou a dar tranquilidade ao Botafogo, quatro minutos depois, após aproveitar lançamento de Bruno Nazário para fazer 3 a 1 e se isolar na artilharia da equipe na temporada com seis gols. O time visitante voltou a incomodar quando Diego Sales converteu pênalti cometido por Luiz Fernando.


Base brilha


Sem pernas a Cabofriense parou por aí. Bruno Nazário aproveitou lançamento de Caio Alexandre e fez 4 a 2 para o Alvinegro, aos 29. O gol deu mais tranquilidade à equipe de Paulo Autuori. Em outra jogada individual de talento, Luis Henrique, outra cria da casa, fez fila e chutou de fora da área com a perna direita para marca o quinto. Caio Alexandre, que entrou na segunda etapa, ainda teve tempo de deixar o dele após assistência do peruano Lecaros pela direita. O meia acertou de fora da área para fechar o placar e decretar a vitória alvinegra.


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FICHA TÉCNICA


BOTAFOGO 6 X 2 CABOFRIENSE

Data/Hora: 28/06/2020, às 11h (de Brasília)
Local: Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
Gramado: Bom
Público/ Renda: Portões fechados
Árbitro: Rodrigo Carvalhães de Miranda (RJ) Nota L!: 6,5 - Arbitragem segura, sem lances polêmicos. Acertou no pênalto a favor da Cabofriense.
Assistentes: Luiz Claudio Regazone (RJ) e Michel Correia (RJ)
Cartão amarelo: Cícero (BOT)
Cartão Vermelho: Não houve.

Gols: Pedro Raul (3´/1ºT, 1-0 e 8´/2ºT, 3-1), Cícero (39’/1ºT, 2-0), Emerson Carioca (4´/2ºT, 2-1), Diego Sales 15´/2ºT, 3-2), Bruno Nazário 29´/2ºT, 4-2), Luis Henrique 34´/2ºT, 5-2) e Caio Alexandre (44/2ºT, 6-2)

Botafogo: Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto, Ruan Renato, Cícero (Luiz Otávio, 40´/2ºT) e Danilo Barcelos; Alex Santana (Caio Alexandre, 18´/2ºT), Honda e Bruno Nazário (Lecaros, 40´/2ºT); Luis Henrique, Pedro Raul e Luiz Fernando (Fernando, 18´/2ºT). Técnico: Renê Weber

Cabofriense: George, Watson, Lucas Cunha, Fábio e Victor Feitosa; Luan (Uellinton, 31´/2ºT), Emerson Carioca, Gama (João Pereira, 35´/2ºT) e Pedrinho (Natan, 17´/2ºT); Diego Sales (Fabiano, 16'/2ºT) e Kaká. Técnico: Luciano Quadros


Fonte: LANCE! Fernanda Teixeira/Rio de Janeiro (RJ)

Atuações do Botafogo: ataque rouba a cena, e Luis Henrique é o melhor contra a Cabofriense


Ataca fez um golaço e deu duas assistências na goleada de 6 a 2 sobre a Cabofriense



Luis Henrique: O melhor em campo. Apesar das limitações físicas pelo pouco tempo de treino, mostrou velocidade, drible e coroou a boa atuação com um golaço, o quinto do Botafogo. Antes, deu duas assistências nos dois gols que abriram o placar no Nilton Santos. Nota 8,5.


Pedro Raul: Mostrou bom posicionamento, qualidade no domínio de bola e nos arremates para garantir a vitória do Botafogo. Abriu o placar e colocou o 3 a 1 no marcador em momentos em que a Cabofriense ensaiava reagir. Menção honrosa para Bruno Nazário, outro que liderou o ataque. Nota 8,0.


Cícero: Voltou ao time titular com direito a gol e boa atuação. Foi peça chave em uma mudança de formação do Bota, que atuou todo o primeiro tempo com três zagueiros. O volante foi uma espécie de líbero, não vacilou muito na defesa e ainda marcou em um chute forte de fora da área. Nota 7,5.



Pedro Raul, Bruno Nazário e Luis Henrique em Botafogo x Cabofriense — Foto: André Durão



Veja as notas


Diego Cavalieri [GOL]: 5,5

Marcelo Benevenuto [ZAG]: 6,0

Cícero [VOL]: 7,5

(Luiz Otavio [VOL]: sem nota)

Ruan Renato [ZAG]: 5,5

Danilo Barcelos [LAE]: 5,0

Alex Santana [VOL]: 6,5

(Caio Alexandre [VOL]: 6,0)

Honda [MEI]: 6,5

Bruno Nazário [MEI]: 7,5

(Lecaros [ATA]: sem nota)

Luiz Fernando [ATA]: 5,5

(Fernando [LAD]: 5,0)

Luis Henrique [ATA]: 8,5

Pedro Raul [ATA]: 8,0



Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro