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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Nos passos de Gatito, Perri se consolida no Botafogo e postula vaga de titular



Goleiro coloca histórico de pegador de pênaltis em campo no primeiro clássico da temporada 2023 e conquista torcida do Botafogo



O treinador do Botafogo, Luís Castro, tem o famoso "problema bom" para resolver no gol alvinegro na temporada 2023: quem deverá ser o titular Gatito Fernandez ou Lucas Perri? Enquanto o paraguaio ainda se recupera de uma lesão no ombro, o jovem vem recebendo oportunidades e aproveitando, como fez na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, defendendo um pênalti de Calegari.


- Quando acontece um pênalti, a gente tem um minuto para concentrar e fazer o melhor possível, para não facilitar para o cobrador. Esperei até o último momento e consegui defender. Ano passado, eu pude defender alguns pênaltis, legal ficar marcado por esse lado. É seguir trabalhando - afirmou o goleiro.





Lucas Perri defende pênalti para o Botafogo contra o Fluminense — Foto: André Durão



A defesa contra o jovem lateral tricolor foi a primeira pelo Botafogo em uma partida oficial, mas o histórico em 2022 mostra que Perri justifica seus 1,97m quando tem o batedor à frente na marca penal.


Foram sete pênaltis defendidos no total na última temporada. Seis ainda enquanto vestia a camisa do Náutico, dois pela Série B, dois pelo Pernambucano e dois pela Copa do Nordeste, e um no Glorioso no amistoso contra o Crystal Palace, em dezembro.


Muito além dos pênaltis, Lucas Perri conquistou a confiança dos torcedores alvinegros pela segurança mostrada debaixo das traves, mesmo ainda com poucas partidas pelo clube. Ao todo, são seis jogos oficiais, com cinco vitórias e uma derrota, e quatro gols sofridos, três contra o Athletico-PR e um contra o Volta Redonda.





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A grande questão que fica é quem será o goleiro titular quando Gatito Fernandez estiver à disposição. Enquanto o paraguaio se recupera, o técnico Luís Castro prefere não entrar em comparação entre os dois jogadores.


- Seria uma deselegância da minha parte comparar ele com Gatito ou Douglas. Ele tem feito boas partidas, como todo o time. Isso não é surpresa alguma porque tem trabalhado muito bem no dia a dia. Quando coloco um time em campo é porque estou a espera do melhor deles - destacou.


Começo semelhante

Foi também com protagonismo nos pênaltis que Gatito Fernandez começou a construir a, hoje, enorme idolatria que tem com a torcida do Botafogo. Contratado depois de um bom brasileiro com o Figueirense em 2016, Fernandez começou o ano seguinte na reserva de Helton Leite, até a Libertadores.



Gatito Fernández brilha e Botafogo, heroico, se classifica nos pênaltis na Libertadores (https://ge.globo.com/video/gatito-fernandez-brilha-e-botafogo-heroico-se-classifica-nos-penaltis-na-libertadores-5676624.ghtml)



O brasileiro saiu machucado durante o jogo contra o Olimpia, na Pré-Libertadores, Gatito entrou em campo e defendeu três pênaltis na disputa, garantindo a classificação do Glorioso. Desde então, são 194 partidas totais, o estrangeiro que mais vezes vestiu a camisa alvinegra, muitos pênaltis defendidos e uma linda história escrita.




"Esse é o Botafogo que vai jogar o Brasileiro", afirma Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/esse-e-o-botafogo-que-vai-jogar-o-brasileiro-afirma-pedro-dep-a-voz-da-torcida-11322086.ghtml)


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Pênalti à parte, Botafogo fez seu melhor trabalho defensivo contra o Fluminense de Diniz



O clássico do Maracanã não teve um time claramente dominante, não teve frequentes sensações de gol e teve faltas em excesso. E é fato que, antes de Victor Sá arrancar para dar a vitória ao Botafogo, o Fluminense tivera a bola na marca do pênalti para mudar a história, mas Lucas Perri foi decisivo. Ainda assim, a vitória alvinegra tem um aspecto interessante: a forma como Luís Castro lidou com o estilo de Fernando Diniz.


Uma das vantagens de ter trabalhos com um mínimo de continuidade é poder observar como cada encontro entre treinadores é uma espécie de continuação do anterior. Em 2022, Castro e Diniz se encontraram duas vezes. E o terceiro jogo foi aquele em que o português melhor controlou as ações ofensivas tricolores.





Victor Sá em vitória do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Neste domingo, o Botafogo ficou com a bola por 41% do tempo. No primeiro turno de 2019, ficara só 20% até perder por 1 a 0, no jogo de maior domínio do Fluminense. No returno, ampliou a posse para 35%, abriu 2 a 0 até ceder o empate na segunda etapa. Não que o alvinegro tivesse enfrentado o tricolor de Diniz disposto a competir pela posse, mas Luís Castro afirmou após o jogo que gostaria de ter estendido mais os períodos do time com a bola.


O ponto mais importante foi que o Botafogo permitiu ao Fluminense apenas sete finalizações. No último Brasileiro, foram 11 num jogo e 18 no outro. Jogos contra este Fluminense impõem uma escolha difícil aos rivais. Ao concentrar jogadores em torno da bola, obriga o rival a evitar se ver em inferioridade numérica no setor em que a jogada ocorre, mas também não se fragilizar no lado oposto, para onde o Fluminense pode fazer inversões de jogo.


Neste domingo, o Botafogo controlou o lado em que o time de Diniz aglomerava seus jogadores para trocar passes curtos, evitou bolas em profundidade e sofreu pouco com inversões. Tampouco incomodou tanto no ataque. Foi um jogo de poucas chances. O alvinegro teve uma bola parada no primeiro tempo e contragolpes surgidos após o primeiro gol. O Fluminense, com poucas soluções para variar o corredor das jogadas, construiu o lance do pênalti na melhor jogada da partida, quando Keno ofereceu ao time algo que faltava: um ataque à profundidade, até sofrer o pênalti de Rafael. Mas Calegari, que estranhamente executou a cobrança numa decisão que escapou ao controle da comissão técnica, parou em Lucas Perri.


Já o gol de Victor Sá expôs uma questão que, vez por outra, reaparece no Fluminense: um lançamento feito por um jogador sem pressão diante de uma linha defensiva com dificuldade para controlar o passe às suas costas.


O clássico de início de temporada ficou a dever em termos técnicos e teve 38 faltas. Foi truncado em boa parte do tempo. Mas o Botafogo foi recompensado pelo trabalho defensivo, talvez o melhor de todos os confrontos com Diniz. Ainda que Lucas Perri tenha sido salvador no lance do pênalti.



Fonte: GE/Por Carlos Eduardo Mansur
Jornalista. No futebol, beleza é fundamental

Análise: defesa de pênalti dá ânimo ao Botafogo, que passa em primeiro teste de 2023



Após primeiro tempo de pouca inspiração, equipe de Luís Castro cresce após Lucas Perri defender cobrança de Calegari; defesa é ponto alto



O Botafogo passou pelo Fluminense no primeiro grande teste da temporada 2023. A vitória por 1 a 0 no Maracanã pode ser dividida em dois momentos-chave na ótica alvinegra: o antes e o depois do pênalti de Calegari defendido por Lucas Perri ainda nos minutos iniciais do segundo tempo.


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Antes, a equipe comandada por Luís Castro tinha muita dificuldade para criar. Preso na marcação no meio-campo, o Botafogo só chegava ao ataque quando um dos defensores era obrigado a dar um chutão e Tiquinho Soares travava duelos físicos com os zagueiros no pivô, sempre sozinho e isolado. Foi assim, inclusive, que o camisa 9 conseguiu uma boa falta perto da área, que Gabriel Pires cabeceou perto da trave - a melhor chance do time no primeiro tempo.


Os primeiros 45 minutos não foram bons - também não foram lá uma tragédia, é importante ressaltar. O cenário do jogo foi ruim, já que o Fluminense também tinha um jogo muito amarrado no meio-campo. O lado do Botafogo, porém, ficou marcado por essa dificuldade de sair jogando e sair da marcação adversária no meio-campo.





Lucas Perri, Botafogo — Foto: André Durão/ge


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Tudo mudou na questão anímica quando Lucas Perri defendeu o pênalti batido por Calegari aos seis minutos do segundo tempo. A partir disso, o Botafogo passou a ficar mais leve, passou a explorar os lados e achou espaços na defesa do Fluminense. A intervenção do camisa 1 deu ânimo para todos os outros jogadores.


Além da questão mental, também há o aspecto tático. Luís Castro substituiu as ineficazes bolas longas por passes direcionados. Ao trocar a bola na defesa, o time esperava o Fluminense subir para tentar pressionar e, neste momento, lançava para tentar encontrar um ponta saindo nas costas do lateral. Na maioria das vezes, o passe era muito forte ou a jogada era parada por impedimento. Mas ela só precisou dar certo uma vez: Tchê Tchê lançou para Victor Sá, que aproveitou a saída de Samuel Xavier para entrar livre e marcar.


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Com o controle do placar, o Botafogo reafirmou a estrategia de buscar o "contra-ataque perfeito". A bola era do Fluminense, enquanto o time de Luís Castro se defendia em busca das saídas em velocidade nas pontas. A equipe teve duas chances claras de marcar: Tiquinho errou um voleio após um cruzamento de Lucas Piazon e Carlos Alberto, depois de arrancar por todo o campo, chutou em cima de Fábio.


Nos minutos finais, porém, esse controle foi perdido. A equipe já não tinha a bola naturalmente, com o Fluminense tendo controlado boa parte da posse desde o começo, mas o Botafogo tentava atacar e arriscava descidas quando recuperava. Nos minutos finais, o time abdicou de subir e praticamente devolvia a bola para o rival de graça. Foi arriscado, mas o time de Fernando Diniz nada criou de forma efetiva.




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Defesa em alta

Adryelson e Victor Cuesta foram dois protagonistas "silenciosos" pelo lado do Botafogo. Se o Fluminense pouco criou - com exceção do pênalti -, muito se passa pelo trabalho da dupla no Maracanã.


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O principal trabalho foi em isolar Germán Cano, principal arma ofensiva do time de Fernando Diniz. O camisa 14 deu apenas uma finalização na partida, um chute desviado e que foi facilmente defendido por Lucas Perri. Em campo, o brasileiro e o argentino se alternaram para acompanhar as movimentações do atacante.


Para segurar Jhon Arias, Luís Castro contou com Lucas Piazon para auxiliar Rafael no lado direito. O atacante pode não ter aparecido tanto na parte ofensiva, mas foi importante taticamente e no auxílio na marcação do colombiano, que também praticamente passou batido em campo.





Adryelson, Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo



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Fote: GE/Por Sergio Santana — Rio de Janeiro