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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Jefferson eleva tom da cobrança e pede reação: "Passou da hora"


Capitão faz contas, pede que time assuma luta contra o rebaixamento e se una para melhorar o rendimento nas partidas: "Triste realidade"



Jefferson admitiu que a situação do time é
preocupante (Foto: Agência Getty Images)
A derrota para o Internacional por 2 a 0, domingo, no Beira-Rio, a terceira seguida no Brasileiro, deixou o Botafogo a um ponto de distância da zona de rebaixamento. Nesta segunda-feira, o elenco retornou ao Rio e foi direto para o Engenhão realizar um trabalho de recuperação física. Único titular a ir para o campo, o capitão Jefferson elevou o tom das cobranças. Para ele, não há mais margem de erro para o time e é preciso abertamente assumir a luta contra o rebaixamento.

O goleiro disse que já passou da hora de o time reagir na competição e, principalmente, ter um rendimento melhor nos jogos fora de casa. Jefferson afirmou que não é inteligente achar que será possível se salvar quando restarem poucas rodadas para o time.

- Não podemos ser hipócritas. A situação preocupa. Temos mais 17 jogos e precisamos de sete, oito vitórias para nos livrarmos. Temos elenco e técnico para isso, mas precisamos fazer uma campanha melhor do que no primeiro turno. Temos que ir com a faca entre os dentes, mudar de postura. Estamos subindo ladeira, mas vamos conseguir. Não temos mais tempo. O Botafogo tem que mostrar sua cara. Não tem mais volta, já passou da hora.

Em sua entrevista após a derrota para o Inter, o técnico Vagner Mancini disse que falou "algumas verdades" para o time. Jefferson contou que o tom da conversa foi que haverá cada vez mais cobrança para que a equipe melhore e consiga se afastar da zona de rebaixamento. O goleiro lembrou que desde o início da temporada o Botafogo não conseguiu atingir seus objetivos.

- Foi um alerta que ele fez para não oscilarmos mais. Disse que vai cobrar e está com a razão. Jogador precisa disso. Fora de casa não conseguimos atingir nossos objetivos. Este ano, quase não classificamos no Carioca, saímos precocemente da Libertadores e não fomos bem no Brasileiro. É preocupante. Se não tivemos uma reação até agora, será que vai ser quando faltarem dez, 11 rodadas? É uma triste realidade.

Jefferson é um dos destaques do Alvinegro e pediu união para o time melhorar no Brasileirão (Foto: Getty Images)
Na visão de Jefferson, falar abertamente que a missão do Bota é não cair, deixa a equipe mais alerta. Muito descontente com o aproveitamento alvinegro, o capitão afirmou que é preciso os 11 jogadores se unirem e terem o mesmo pensamento em campo.

- Às vezes vemos que as pessoas têm medo de dizer que se continuarmos assim com estes resultados negativos nós vamos cair. Acho que se pensarmos na possibilidade, vamos concentrar mais, ligar o alerta. Depois do jogo foi o que falei. Não adianta pensar em correr atrás depois. Estou no Botafogo há muito tempo e não vi o time como neste ano. Precisamos unir forças para sairmos desta situação, precisamos pontuar - afirmou o camisa 1.

As contas em busca da tranquilidade já começaram a ser feitas. Nas próximas cinco rodadas, o Bota enfrenta Bahia, Criciúma, Goiás, Grêmio e Vitória, e apenas o time gaúcho está na parte de cima da tabela. Ainda em busca de explicações para o mau momento do Alvinegro, Jefferson espera que o time conquiste ao menos dez pontos contra os concorrentes diretos.

- Será um "jogo de seis pontos para nós". O Bahia está na parte de baixo da tabela, mas tem jogadores de qualidade, rápidos. Agora é hora de todos assumirem responsabilidades. São quatro jogos que temos que somar uns dez pontos para sairmos desta situação. Acho que nunca perdi tanto... É um ano muito difícil mesmo, hoje acho que não tem como explicar nossa situação.

O Botafogo é o 15º colocado do Campeonato Brasileiro com 22 pontos.

Por Fred Huber Rio de Janeiro/GE

Botafogo decide reintegrar Jobson ao seu elenco principal


Atacante é comunicado que passará a treinar sob as ordens de Vagner Mancini, mas é cobrado por comprometimento e disciplina para poder atuar pelo Alvinegro



Jobson vai voltar a vestir a camisa do Botafogo
 (Foto: Ide Gomes / Ag. Estado)
O Botafogo decidiu dar mais uma chance a Jobson. Possivelmente a partir desta terça-feira o atacante de 26 passará a treinar com a equipe principal, comandada por Vagner Mancini. Ele tem contrato até dezembro do ano que vem, mas desde 2012 não atua pelo Alvinegro, que ainda não confirma oficialmente a informação.

Há cerca de duas semanas Jobson voltou a treinar no Engenhão, mas estava com o grupo especial, como é chamado pelo clube o elenco que não está nos planos da comissão técnica. Mas a fase ruim da equipe, somada aos muitos desfalques e à falta de recursos para contratações, fizeram o clube repensar e dar uma nova oportunidade ao jogador.

Jobson teve uma reunião com Vagner Mancini e o gerente técnico Wilson Gottardo nesta segunda-feira, no Engenhão. Nela, o atacante foi comunicado da volta ao grupo principal, mas foi alertado sobre a necessidade de disciplina e comprometimento para que possa ser efetivamente ser utilizado nas partidas.

- Realmente houvesse essa reunião do Jobson com Mancini e Gottardo, na qual ele foi comunicado da reintegração. Agora ainda haverá um encontro da diretoria com o presidente Maurício Assumpção para que o assunto seja tratado. Neste momento o Jobson espera a atualização da planilha de treinos para saber a que horas vai se apresentar. Mas o mais importante é que ele está focado e querendo muito ajudar os companheiros e o Botafogo. A alegria dele foi enorme quando soube que teria essa oportunidade - afirmou Rodolpho Cezar, um dos advogados do atacante.

Em princípio, Jobson passará por um período de avaliação. Principalmente porque precisa recuperar a forma física, já que vem de alguns meses de inatividade desde que parou de atuar pelo Al Ittihad, da Arábia Saudita, seu último clube. Enquanto isso, a comissão técnica observará o desempenho do atacante dentro e fora dos gramados. Caso mostre bom comportamento em todos os aspectos, será relacionado pelo treinador.

Jobson tinha em mãos uma proposta oficial da Portuguesa, que o contrataria por empréstimo até o fim do ano. Mas o jogador ainda tinha a esperança de atuar novamente pelo Botafogo e decidiu esperar que diretoria e comissão técnica alvinegras primeiro tomassem a decisão sobre seu futuro.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

Apoiado em força no Maracanã, Botafogo projeta recuperação


Antes de jogo contra o Bahia, Vagner Mancini destaca bom retrospecto da equipe no estádio, mas cobra regularidade da equipe após derrota para o Internacional



Vagner Mancini botafogo x internacional
(Foto: JEFERSON GUAREZE/Agência Estado)
O Botafogo está a um ponto da zona de rebaixamento. Mas quem vive o dia a dia do clube não tem dúvidas de que a situação poderia ser pior, não fosse a campanha da equipe atuando no Maracanã. Para Vagner Mancini, foi naquele estádio que o Alvinegro teve suas melhores atuações neste Campeonato Brasileiro. E após a decepcionante derrota por 2 a 0 para o Internacional, no último domingo, no Beira-Rio, o técnico tem esse fator como alento e esperança para o confronto direto contra o Bahia, nesta quarta-feira.

O Botafogo atuou seis vezes no Maracanã neste Campeonato Brasileiro, e sua única derrota - 1 a 0 diante do Flamengo - foi na condição de visitante. Como dono da casa, o Alvinegro somou três vitórias - incluindo a goleada por 6 a 0 no Criciúma - e dois empates (com Cruzeiro e Internacional). Vagner Mancini admitiu que o Alvinegro precisa manter ter as atuações no estádio como padrão para toda a competição, e começou a cobrar isso já no vestiário do Beira-Rio.

- Falei algumas verdades que eles deveriam ouvir, eles têm que se cobrar. Claro que são coisas que ninguém leva a público, são coisas internas do aspecto individual e do aspecto coletivo. O Botafogo tem que ser o mesmo dentro e fora do Maracanã. Contra o Bahia temos que fazer o que o Inter fez domingo: ser um time eficiente, que faça boa leitura da partida e espere o momento certo para alcançar o resultado - destacou.

Ainda sem conseguir negociar com o consórcio que administra o Maracanã uma promoção de ingressos, o Botafogo deve vender os bilhetes parar a partida ao preço mínimo de R$ 30 (R$ 15 meia-entrada). Apesar da derrota de domingo, existe a expectativa de que compareça um bom público no Maracanã, que possa apoiar a equipe entendendo que trata-se de um confronto direto na luta contra o rebaixamento.

É exatamente este o pensamento de Vagner Mancini. O treinador afirma que o Botafogo vai encarar a partida desta quarta-feira contra o Bahia como uma decisão. O duelo seguinte vai ser com as mesmas características: o Criciúma, que está apenas um ponto atrás do Botafogo, em Santa Catarina.

- Vai ser um jogo de seis pontos. O Bahia está na zona de rebaixamento, e diante dessas equipes nós temos que adotar uma postura de quem quer se distanciar. Vai ser mais um jogo difícil, pois o Bahia quer sair de baixo. É importante o Botafogo readquirir seu eixo e voltar a vencer rapidamente - disse Mancini.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

Com proposta oficial da Lusa, Jobson terá futuro definido nesta semana


Reunião da diretoria deve decidir destino de atacante, que ainda sonha com uma nova oportunidade no Botafogo



Jobson pode ser negociado com a Portuguesa
 (Foto: Reprodução)
A semana promete ser decisiva para Jobson. Está marcada para esta segunda-feira uma reunião da diretoria do Botafogo que deve decidir o destino do atacante no clube. Caso a decisão seja por não aproveitá-lo no grupo principal, será dado prosseguimento à negociação com a Portuguesa. O clube paulista já fez uma proposta oficial pelo empréstimo, mas que, em princípio não agradou os representantes do jogador.

A tendência é que o Botafogo mantenha a decisão de deixar Jobson treinando com os demais jogadores fora dos planos da comissão técnica, o chamado grupo especial. Mas o atacante mantém a esperança de atuar novamente pelo Alvinegro. Como ainda é funcionário do clube, as negociações de um possível empréstimo para a Portuguesa teriam de passar por uma composição salarial entre os clubes. Jobson, aliás, não foi contemplado no último mês de salários pago pelo Alvinegro. Isso porque o mês quitado foi o de junho, e o contrato de empréstimo do atacante com o Al Ittihad, da Arábia Saudita, se encerrou em julho.

A decisão a ser tomada pela diretoria do Botafogo será posteriormente comunicada aos representantes do jogador para, então, dar rumo às conversas já iniciadas. Há cerca de duas semanas Jobson vem treinando no Engenhão em horários separados do grupo comandado por Vagner Mancini, mas vem mantendo contato com atletas da equipe principal, manifestando o desejo de ter uma nova oportunidade pelo clube com o qual tem contrato até dezembro de 2015.

Jobson atuou pelo Botafogo pela última vez em 2012. Desde então ele vem sendo emprestado a outros clubes. Além do Al Ittihad, ele atuou por Barueri e São Caetano, mas pouco jogou pelos clubes paulistas.

Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro/GE