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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Willian Arão deixa futuro no Botafogo em aberto: “Foge da minha alçada”


Volante iniciou negociação para renovar, mas permanência na próxima temporada é incerta: “O que vai acontecer para frente fica para depois”





Willian Arão em coletiva nesta segunda-feira:
futuro indefinido (Foto: Marcelo Baltar)
O paulista Willian Arão teve um fim de semana tipicamente carioca. De folga, foi à praia, jogou futevôlei, levou a noiva ao cinema e saiu para jantar. Nesta segunda-feira, no entanto, foi a vez de falar sobre assuntos sérios. Na reapresentação do Botafogo no Estádio Nilton Santos, o volante teve que responder sobre as conversas para renovação de seu contrato e sobre o colega Marcelo Mattos, com quem o clube negocia a rescisão.


Um dos principais jogadores na temporada, Willian Arão tem contrato até o fim da Série B. Na quinta-feira passada, o gerente Antônio Lopes iniciou as negociações com o empresário Flávio Trivella. O jogador reiterou a vontade de seguir no clube, mas deixou o futuro em aberto.

- Estou com a cabeça bem tranquila, pensando no dia a dia, porque tenho contrato até o fim do ano e penso em cumpri-lo. O que acontecerá depois foge da minha alçada. Estou feliz aqui, e espero dar continuidade e ajudar o Botafogo a voltar ao lugar onde ele merece estar. Procuro não me envolver nisso. Estou focado no dia a dia do Botafogo, no próximo treino, no próximo jogo. O que vai acontecer para frente fica para depois. Se eu continuar fazendo um bom trabalho, propostas virão. Se meu futebol cair, não terá nenhum clube atrás de mim. Procuro fazer o meu trabalho no Botafogo para que eu possa ser valorizado e para que eu possa ter reconhecimento. Houve uma conversa (com o Botafogo), sentamos para conversar. Eles me chamaram, acredito que eles querem que eu permaneça. Estou muito feliz aqui e espero definir isso o mais rápido o possível - disse Willian Arão.


Marcelo Mattos

Outro assunto, ainda mais delicado, abordado com Willian Arão foi sobre a situação de seu companheiro de meio de campo, Marcelo Mattos. Na última semana, o volante contestou o fato de não ter recebido integralmente o salário de maio e criou um mal-estar. Na última sexta, o clube ofereceu uma proposta de rescisão ao empresário Carlos Leite. Nesta segunda, Marcelo Mattos foi ao Estádio Nilton Santos, mas não treinou em campo.

- Ele está aí, mas não toquei nesse assunto com ele. Acho que esse é um assunto muito particular dele com a diretoria. Conversamos sobre a folga de fim de semana. O Marcelo Mattos é um dos líderes do nosso grupo, mas nós não nos metemos nesse assunto.

O Botafogo volta a treinar na tarde desta terça-feira no Estádio Nilton Santos. Líder isolado da Série B, com 19 pontos, o time volta a campo na sexta, quando recebe o Boa Esporte, às 21h50, no Engenhão.

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro/GE

De saída, Mattos não vai a campo na reapresentação do Botafogo


Volante, que negocia rescisão de contrato, vai ao Engenhão, mas treina à parte na academia. Recuperado, Pimpão participa normalmente da atividade




Após dois dias de folga, o Botafogo se reapresentou na tarde desta segunda-feira com uma importante ausência. Como era esperado, Marcelo Mattos não participou da atividade, no campo anexo do Estádio Nilton Santos. O volante, no entanto, foi ao Engenhão e treinou à parte na academia. Por conta do alto salário, o clube ofereceu, na última sexta-feira, uma proposta de rescisão ao jogador.

Marcelo Mattos não gostou do fato de, ao lado de Henrique, ser o único jogador a não receber integralmente o salário referente ao mês de maio. Na última quinta-feira, ele contestou o fato no vestiário diante do elenco e da comissão técnica. Na sexta-feira, o presidente Carlos Eduardo informou ao empresário Carlos Leite a intenção do Botafogo de rescindir com Mattos, que tem contrato até junho de 2016. 

René Simões comanda treino debaixo de chuva nesta segunda-feira (Foto: Marcelo Baltar/ GloboEsporte.com)

Em campo, debaixo de muita chuva, os jogadores realizaram um treino físico com o preparador Ednilson Sena. Em seguida, o elenco foi dividido em pequenos grupos e realizou um treino técnico de um toque e, depois, um treino tático de jogadas ensaiadas. O momento que mais chamou a atenção na atividade foi um ataque puxado por Sassá, que, frente a frente com Renan, tropeçou e caiu no chão. Todos levaram na brincadeira e deram risadas.

Rodrigo Pimpão, que deixou o treino de sexta-feira com um corte na caneca esquerda em virtude de uma pancada, treinou normalmente. O atacante recebeu quatro pontos no local, mas já está recuperado. Quem não foi a campo foi o lateral Pedro Rosa. Com dores, ele permaneceu na academia. Milton Raphael foi outra ausência no treino desta segunda-feira. O goleiro, que está em negociação para ser emprestado ao Macaé, foi liberado da atividade para acompanhar o nascimento do filho.

Havia a expectativa de o atacante Luis Henrique, das categorias de base, se juntar nesta segunda ao elenco principal. A comissão técnica, no entanto, mudou de ideia, e o jogador de 17 anos disputará o Campeonato Brasileiro sub-20. Depois ele será integrado aos profissionais.

O Botafogo volta a treinar nesta terça-feira às 14h30, no Estádio Nilton Santos. Na sexta, o Alvinegro recebe o Boa Esporte, às 21h50, no Engenhão. O time lidera a Série B com 19 pontos, em sete rodadas.

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro/GE

Vice do Botafogo crê em decisão da Fifa sobre Jobson em 90 dias


Atacante espera posicionamento da entidade máxima do futebol em sua cidade natal, no Pará. Contrato com o Alvinegro está suspenso




Jobson vai esperar mais alguns meses por uma
 resposta da Fifa (Foto: Vitor Silva / SSPress)
O Botafogo acredita que em três meses terá um posicionamento da Fifa em relação a Jobson. O jogador está proibido de jogar desde que a entidade validou a punição de quatro anos imposta pela Federação Saudita de Futebol, que acusou o atleta a se recusar a fazer um exame antidoping em 2014. O Alvinegro, que suspendeu o contrato do atacante, o liberou para esperar o resultado em Conceição do Araguaia (PA), sua cidade natal.

- Acredito que em 90 dias nós teremos uma solução do caso do Jobson. Na sexta nós tivemos uma reunião com os advogados dele e conversamos a respeito da situação. Até amanhã (terça) teremos uma nova reunião para resolver. O Jobson não vai ficar no Rio de Janeiro. Ele está indo para a terra dele, para que possa ficar esperando a conclusão do processo. Nós temos bastante esperança de que vamos conseguir a absolvição. É muito difícil em termos jurídicos, mas estamos confiantes - disse à Rádio Brasil Nelson Mufarrej, vice-presidente do Botafogo.

A Fifa validou a suspensão de Jobson por quatro anos no fim de abril, momento em que Jobson negociava uma renovação de contrato com o clube. O compromisso se encerrava no meio do ano.

- O contrato com o Jobson já foi encerrado. Existe uma cláusula no contrato dele que se houvesse alguma coisa nesse sentido, o contrato se estancaria. Aí nós suspendemos o contrato dele no dia da decisão da Fifa. Havia antes uma proposta de renovação, mas não foi feita. Agora não tem como renovar. Como pode renovar o contrato se juridicamente ele está impedido de jogar durante quatro anos? - questionou o dirigente.

O cartola tem mantido contato com Jobson, que esteve presente na reunião da última sexta-feira.

- Com relação ao Jobson, ele está muito bem. Está mais centrado, abatido, mas consciente e torcendo pela absolvição.


Entenda o caso:


Há pouco mais de um ano, Jobson foi notificado de que estaria suspenso por quatro anos por ter se recusado a fazer um exame antidoping no dia 25 de março de 2014, pelo Antidoping da Arábia Saudita. O documento dizia que a suspensão preventiva vale para jogos "internamente e externamente". De acordo com a nota, o jogador se omitiu a realizar o teste e não deu ouvidos aos avisos subsequentes. O Comitê Antidoping afirma ter comunicado, primeiramente, o clube sobre a infração. Depois, o jogador teria sido procurado pessoalmente através de telefone e até mesmo em sua residência, não sendo encontrado.

Por fim, Jobson teria faltado a duas audiências no Gabinete da Presidência Geral da Juventude e Bem-Estar de Jidá. O comunicado do comitê lembrou que o jogador já teve outros dois problemas com doping, em 2009, testando positivo para o uso de cocaína, o que o deixou afastado dos gramados, primeiramente, por sete meses, e, depois, por mais seis.

Os advogados do atacante, no entanto, sempre afirmaram que o que aconteceu na ocasião foi uma arbitrariedade. A principal tese levantada pelos responsáveis pela defesa de Jobson é de que trata-se de uma espécie de represália, já que o atacante acionou o Al Ittihad na Fifa para receber salários e outros pagamentos devidos. Como o clube tem força na Federação Saudita, teria havido uma suposta articulação para punir o jogador numa situação no mínimo incomum quando se trata de um procedimento antidoping.

Jobson voltou a entrar em campo e reestreou com a camisa do Botafogo apenas no dia 20 de outubro do ano passado, no empate com o Sport, pelo Campeonato Brasileiro.

Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro/GE

Lateral deu volta por cima após levar tapa de Seedorf e 'baile' contra Fla





Gilberto surgiu no Botafogo com características bem definidas: grande aptidão no ataque, mas com certa deficiência na defesa. As boas jogadas ofensivas foram suficientes para que ele caísse nas graças da torcida em 2013, quando assumiu a titularidade da equipe por vários jogos. A história tomou uma reviravolta quando o jogador não aceitou uma bronca de Seedorf e brigou com o holandês em campo. Porém, foi na semifinal contra o Flamengo que tudo mudou.

Em agosto de 2013, o Botafogo encarou a Portuguesa, no Canindé. Após um lance, Seedorf deu uma bronca em Gilberto, que reagiu. O holandês cruzou o campo e foi em direção do lateral, que não se intimidou e chegou a ganhar um tapa no braço. No vestiário, o brasileiro procurou o camisa 10 e disse que isso jamais deveria se repetir, já que "nem meu pai me tocou".

Seedorf ficou decepcionado e lamentou a briga. Acreditava que Gilberto deveria ter aceitado a bronca e não reagido. Com o apelido de 'professor', o holandês tinha como objetivo orientar o jovem atleta a não levar cartões bobos, mas perdeu a paciência ao ser rebatido. Os jogadores tomaram partido de Gilberto, lamentando a atitude do camisa 10.

Em alta após a briga com Seedorf, Gilberto viu a casa cair alguns meses depois. Na semifinal da Copa do Brasil, contra o Flamengo, o jogador foi facilmente envolvido por Paulinho, que, ao lado de Hernane, foi o grande nome da goleada por 4 a 0 do rival sobre o Botafogo de Seedorf, Jefferson e cia.

Após esse jogo, Gilberto acabou marcado pela atuação. Acabou emprestado para o Internacional, onde ganhou a confiança do técnico Abel Braga. Foi titular por alguns jogos, mas perdeu posição para Claudio Winck e Wellington Silva. O treinador ainda queria sua renovação, mas não ficou no clube e o jovem atleta retornou a General Severiano para a disputa da Série B.

Logo em sua apresentação Gilberto disse que sua primeira temporada como profissional, em 2013, foi de aprendizado. Ele até mesmo citou o jogo com o Flamengo em sua primeira coletiva e disse que a temporada atual serviria para ele apagar isso da lembrança dos torcedores. Jogo por jogo, a missão está se concretizando.

Hoje ele é um dos principais jogadores do Botafogo na Série B, após grande Campeonato Carioca. As boas atuações lhe renderam uma convocação para a seleção brasileira que disputará o Pan-Americano, no Canadá, entre 10 e 26 de julho. O principal objetivo é estar nas Olimpíadas, o que tem grandes chances de ocorrer. Ainda mais se mantiver o nível do futebol apresentado nos últimos meses.

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro

Olho nele! Joia do Bota, Luis Henrique começa a treinar no elenco principal


De volta da seleção sub-17, após marcar quatro gols em cinco jogos, promessa da base será observada por René e não teme pressão: "Levo para o lado da motivação"




Quando se reapresentar nesta segunda-feira, o Botafogo terá novidade. A expectativa da torcida é grande, mas não é qualquer contratação de impacto. O "reforço" é de casa mesmo. Após dois dias de folga, o elenco principal terá seu primeiro contato com Luis Henrique. Principal promessa da base alvinegra, o atacante, de 17 anos, treinará com o grupo principal para ser observado pelo técnico René Simões.

- A expectativa é boa. Venho há meses trabalhando duro, até nas férias procurei manter a forma. Quero fazer bons treinos. Espero chegar, treinar muito e buscar meu lugar. O René decide se vou jogar ou não. Eu vou treinar forte e fazer o que tenho que fazer. Mas vou buscar espaço – disse a joia das categorias de base do Botafogo, animada com a oportunidade.

Artilheiro da Copa do Brasil sub-17, Luis Henrique marcou 14 gols em dez jogos (Foto: Vitor Silva / SSPress)

Luis Henrique desembarcou nesta sábado no Rio de Janeiro após duas semanas com a seleção brasileira sub-17. Nesse período, estava prevista a disputa da Suwon Cup, na Coreia do Sul, mas o torneio foi cancelado por conta do vírus Mers, que vem afligindo o país asiático.

A seleção sub-17, então, aproveitou para treinar em Itu, no interior de São Paulo, durante duas semanas. Tempo suficiente para Luis Henrique mostrar seu faro de gols para o técnico Carlos Amadeu. Foram quatro em cinco amistosos.

- Foram duas semanas muito boas. Não viajamos para a Coreia do Sul por causa da epidemia, mas disputamos amistosos contra adversários de muita qualidade. Foi um período muito bom, que serviu para adquirir experiência.

Entre torcedores do Botafogo, a expectativa é grande. Desde a participação na Copa do Brasil sub-17, o nome de Luis Henrique é quase tão comentado quanto a de alguns atletas do time profissional. O motivo principal foram os impressionantes 14 gols em dez jogos, que atraíram não só a atenção da torcida, mas também a do técnico René Simões. 



- A torcida já me reconhece um pouco nas ruas. A torcida do Botafogo é muito apaixonada. Sei que a expectativa é alta, mas lido muito bem com isso. Não levo para o lado da pressão, mas sim para o lado da motivação. Quero mostrar meu futebol, mas fico tranquilo porque sei da qualidade que tenho. Os torcedores do Botafogo podem esperar muita vontade e dedicação, porque vou sempre procurar honrar essa camisa.

No que depender de René Simões, a primeira oportunidade não deve demorar. O treinador planeja observar Luis Henrique entre os profissionais, como ele se comporta dentro e fora de campo. O treinador, no entanto, já deixou claro que não tem medo de queimar etapas, que a oportunidade está nas mãos do atacante e que a (pouca) idade não será um problema.

- O Luis Henrique é um jogador que há algum tempo quero que treine conosco para eu dar uma olhada. A questão da idade não tem nada a ver. Temos o exemplo do Gerson, que está muito bem no Fluminense. Espero que dê certo. Tomara - frisou o treinador do Botafogo.

Além de Luis Henrique, que será integrado nesta segunda-feira, o Botafogo conta com outros três centroavantes no elenco: Bill, Henrique e Vinícius Tanque, da equipe sub-20, que foi incorporado recentemente aos profissionais.

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro/GE