Páginas

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Botafogo segura Lodeiro mesmo com proposta no valor da multa

 

Clube faz adequação financeira no contrato do uruguaio, que tem vínculo até o fim de 2014, e evita sua saída também para Rússia, destino de Vitinho

                                           
 

Lodeiro treino Botafogo (Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo)
Lodeiro está no Botafogo desde o meio de 2012
(Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo)
O Botafogo perdeu Vitinho na janela de transferências, mas o estrago poderia ter sido maior. Uma proposta que levaria Lodeiro também para a Rússia chegou ao clube, documentada, no valor da multa rescisória do jogador, feita por um grupo de investidores. Havia ainda o interesse de outros centros da Europa.
 
No entanto, o Botafogo conseguiu segurar Lodeiro apresentando ao jogador uma adequação financeira de seu contrato. Ele recebeu um aumento salarial, ainda que menos do que seria seu vencimento na proposta apresentada pelos investidores, e um novo acordo de luvas.

Lodeiro aceitou a proposta feita pelo Botafogo e seu contrato recebeu apenas um aditivo. O compromisso atual vai até o fim de 2014, já que estrangeiros só podem assinar por dois anos. No entanto, já há outro acordo selado para um vínculo até 2016, que se renova a cada ano.

A contratação de Lodeiro aconteceu no meio do ano passado, pouco antes do jogador disputar as Olimpíadas de Londres. Seu contrato com o Ajax, da Holanda, havia terminado e estava livre para assinar com qualquer clube.

Além de Lodeiro, o Botafogo também recusou propostas pelo zagueiro Dória. Um grupo de investidores acenou com o pagamento de 10 milhões de euros, mas não teve sucesso. A multa rescisória de seu contrato, inclusive, aumentou para 12 milhões.

Por Rio de Janeiro

VÍDEO Botafogo: Edílson esculacha e dá passe à la Ronaldinho



Edílson esculacha e dá passe à la Ronaldinho




Outrora estraga-prazeres, gols no fim viram arma, e jogadores comemoram


Depois da vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians aos 44 do segundo tempo, Seedorf, Rafael Marques e Marcelo Mattos veem sorte do lado do Botafogo



Os acréscimos foram cruéis com o Botafogo no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Nos empates com Flamengo (1 a 1), Atlético-MG (2 a 2) e Internacional (3 a 3), gols nos instantes finais dos jogos tiraram pontos preciosos do Glorioso na luta pelo título. Mas nas últimas duas rodadas, o Alvinegro passou da caça para caçador. No domingo, Elias garantiu a vitória sobre o Criciúma por 2 a 1 aos 46 minutos, e na quarta-feira Hyuri decretou o 1 a 0 sobre o Corinthians aos 44 do segundo tempo (veja no vídeo ao lado). E os alvinegros, agora, agradecem.

Líder do grupo, Seedorf prefere não acreditar em superstição e vê o futebol como um esporte democrático: cada time tem o seu momento de sorte. Mas o craque holandês não deixou de comemorar a vez do Botafogo na cadeia alimentar do Brasileirão.

- É bom (vencer no fim), futebol é isso. Nunca acreditava naquela coisa, superstição... Futebol de vez em quando você toma e de vez em quando faz. No final, essas vitórias no último minuto também tinham que chegar para a gente.

Rafael Marques vê a sorte mudar de lado com os gols no fim (Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo)


A cada jogo a gente vem demonstrando a garra desse time, o quanto a gente está querendo esse título. Depois de tomar três gols e fazer dois no finalzinho, acho que a sorte está do nosso lado"
Rafael Marques, atacante do Botafogo

Marcelo Mattos era um dos mais exaustos ao fim da partida no Maracanã. Ele deixou o campo sentindo cãibras e valorizou o gosto da vitória sobre a defesa menos vazada do campeonato, com nove gols sofridos em 20 partidas.

- Muito difícil jogar contra o Corinthians, uma equipe muito forte, principalmente defensivamente. Mais uma (vitória) no final, gostoso para caramba.

Com 39 pontos, o Botafogo segue na perseguição ao líder Cruzeiro, quatro pontos à frente. Artilheiro do time na competição, com oito gols, Rafael Marques se mostrou confiante no título e vê os recentes gols no fim como prova de que a sorte agora está do lado do Botafogo.

- A cada jogo a gente vem demonstrando a garra desse time, o quanto a gente está querendo esse título. Depois de tomar três gols e fazer dois no finalzinho, acho que a sorte está do nosso lado - avaliou o atacante.

O Botafogo volta a campo neste domingo, às 18h30m, para encarar o Santos na Vila Belmiro.

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro

Atuações: Edílson e Hyuri brilham no Bota; Felipe vai mal no Corinthians


Dupla botafoguense decide a partida em ótima jogada aos 44 do segundo tempo e levam maior nota. Perdido em campo, zagueiro corintiano é o pior






RENAN - GOLEIRO
Não teve muito trabalho, mas foi bem nas duas vezes em que foi exigido.
Nota: 6,5

EDÍLSON - LATERAL-DIREITO
Foi bem defensivamente, conseguindo bons desarmes. Ainda deu um passe espetacular para Hyuri marcar o gol da vitória.
Nota: 7,5

BOLÍVAR - ZAGUEIRO
Mostrou muita segurança. No primeiro tempo, impediu gol corintiano ao cortar um cruzamento de Edenílson para Romarinho já dentro da pequena área.
Nota: 7,0

DÓRIA - ZAGUEIRO
Assim como o companheiro, foi muito firme na marcação. Deu poucos espaços para Emerson.
Nota: 7,0

JULIO CESAR - LATERAL-ESQUERDO
No primeiro tempo teve dificuldades para conter as jogadas entre Alessandro e Edenílson pelo seu lado. No segundo, participou mais das jogadas ofensivas, mas foi pouco efetivo.
Nota: 6,0

MARCELO MATTOS - VOLANTE
Foi bem na marcação de Douglas, conseguindo quatro roubadas de bola. Errou alguns passes ao tentar sair para o jogo. Saiu por cansaço na segunda etapa.
Nota: 6,5

LUCAS ZEN - VOLANTE
Entrou no lugar de Marcelo Mattos e não comprometeu na marcação nos 15 minutos em que esteve em campo.
Nota: 6,0

RENATO - VOLANTE
Menos combativo que os companheiros na marcação, tentou ajudar na organização do meio-campo. Na segunda etapa, errou uma saída de bola que resultou em um lance de perigo do ataque corintiano.
Nota: 6,0

SEEDORF - MEIA
Perdeu duas ótimas oportunidades de gol no primeiro tempo. Tentou organizar as jogadas de ataque da equipe como de costume, mas não esteve em noite muito inspirada.
Nota: 5,5

LODEIRO - MEIA
Correu demais enquanto esteve em campo, mas foi pouco produtivo. Saiu com cãibras.
Nota: 6,0

RAFAEL MARQUES - ATACANTE
Abaixo das suas últimas atuações. Foi participativo, mas pecou na hora dos passes.
Nota: 6,0

OCTÁVIO - MEIA
Entrou no fim.
Sem nota

ELIAS - ATACANTE
Muita briga entre os zagueiros, mas não teve chances de finalizar.
Nota: 5,5

HYURI - ATACANTE
Entrou no lugar de Elias e mostrou mais uma vez que tem estrela. Deu mais velocidade pelos lados e foi coroado com um belo gol no fim do jogo.
Nota: 7,5



CÁSSIO - GOLEIRO
No primeiro tempo, se atrapalhou com Alessandro e quase entregou um gol. No segundo, fez duas ótimas defesas em chutes de Edílson. Não teve culpa no gol de Hyuri.
Nota: 6,5

ALESSANDRO - LATERAL-DIREITO
Teve dificuldades para conter os avanços de Seedorf, principalmente no primeiro tempo. Quase entregou um gol ao holandês em lance de indecisão com Cássio. Na segunda etapa se limitou a defender.
Nota: 5,5

GIL - ZAGUEIRO
Foi bem na marcação de Elias, conseguindo três roubadas de bola. Também neutralizou bem as jogadas aéreas do Botafogo.
Nota: 7,0

PAULO ANDRÉ - ZAGUEIRO
Apesar de salvar um gol em cima da linha no primeiro tempo, foi pior que o companheiro no geral. Teve muito trabalho para conter a velocidade de Hyuri na segunda etapa, chegando a levar amarelo ao parar um contra-ataque.
Nota: 6,0

IGOR - LATERAL-ESQUERDO
Pouco passou para o campo de ataque no jogo. Mas em uma das suas poucas investidas, desperdiçou boa oportunidade ao finalizar de dentro da área em cima de Renan.
Nota: 5,5

FELIPE - ZAGUEIRO
Entrou em um momento de pressão do Botafogo e não foi bem. Tomou um cartão amarelo e deixou Hyuri entrar livre nas suas costas para marcar o único gol do jogo.
Nota: 4,5

MALDONADO - VOLANTE
Suportou bem a grande movimentação do meio de campo durante boa parte do jogo, mas não deu opções de saída de bola quando o time teve a bola nos pés.
Nota: 6,0

EDENÍLSON - VOLANTE
Muito disposição. Fez um ótimo primeiro tempo, com boa marcação e aparecendo como elemento surpresa no ataque. Caiu um pouco na segunda etapa.
Nota: 6,5

DOUGLAS - MEIA
Teve pouco espaço para organizar a equipe, mas nas poucas vezes em que teve a bola dominada conseguiu criar. Um exemplo é o ótimo passe para Igor no início do segundo, mas o lateral não aproveitou.
Nota: 6,0

DANILO - MEIA
Muito apagado, pouco participou do jogo.
Nota: 5,0

ROMARINHO - ATACANTE
Esteve presente em quase todas as ações ofensivas do Corinthians no primeiro tempo, mas não conseguiu espaço para finalizações.
Nota: 6,0

ALEXANDRE PATO - ATACANTE
Entrou no lugar de Romarinho para dar mais presença de área ao time e conseguiu. Incomodou a zaga e quase marcou um gol de cabeça.
Nota: 6,5

EMERSON - ATACANTE
Se movimentou muito para dar opção no ataque, mas levou vantagem em poucos lances. No primeiro tempo, teve duas bias chances de finalização na área, mas falhou.
Nota: 6,0

PAULO VICTOR - ATACANTE
Entrou no lugar de Emerson e pouco tocou na bola.
Nota: 5,5

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Sucesso de Hyuri é novo símbolo da formação do elenco no Botafogo


Jogador, que defendia o Audax e fez o gol da vitória sobre o Corinthians, é mais um nome a se firmar na política de contratações do clube



Quando o Botafogo perdeu quase de uma só vez Fellype Gabriel, Andrezinho e, um pouco depois, Vitinho, durante a janela de transferências internacionais no meio deste ano, o time sofreu um baque em um único setor. O desfalque de três peças de alta rotatividade preocupou. Sem condições de grandes investimentos, a busca por opções no mercado era complicada. Hyuri, ex-Audax, acabou sendo a aposta da vez. A necessidade fez com que ganhasse uma chance e despertasse, marcando três gols em três jogos, o último deles na quarta-feira, que garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians no Maracanã (veja o vídeo).


A situação simboliza o trabalho do Botafogo durante a temporada. Desde o início do ano, a diretoria optou por não fazer grandes investimentos, manteve uma base de 2012 e contratou jogadores experientes, que estavam sem contrato ou em busca de novos ares. Os casos mais emblemáticos são os de Bolívar, ex-Internacional, e Edilson, ex-Grêmio, que rescindiram seus contratos e assinaram por um ano, e Julio Cesar, em fim de contrato com o Fluminense, que firmou vínculo de duas temporadas.

A formação do elenco ainda teve a promoção e efetivação de destaques dos juniores, como Vitinho, Gilberto, Sassá e Octávio, e a volta de Alex do empréstimo aos Emirados Árabes. A maior contratação acabou sendo o atacante Henrique, que pertencia ao São Paulo e pelo qual o Botafogo pagou R$ 3 milhões para ter 50% de seus direitos econômicos.

- Igualo minha felicidade com a da torcida pela maneira como tudo está acontecendo, com o Hyuri fazendo seu terceiro gol, este decisivo, que nos deu os três pontos. Um menino que vimos no Carioca e de repente veste a camisa do Botafogo, conquistando a torcida de forma veemente. É uma tacada de 100% e me alegra muito. Um cantor todo mundo vai aplaudir, pois estão ali para isso. No futebol, há a interferência direta do adversário. Quando consegue que um jogador faça isso é um momento de muita felicidade - disse Oswaldo.

Técnico do Botafogo desde o início do ano passado, Oswaldo vê semelhanças com a situação que viveu no Japão, onde ficou cinco anos no comando do Kashima Antlers. Segundo ele, o trabalho neste segundo ano de clube é o mesmo que fez em terras japonesas no mesmo período.

- Volto a lembrar o que acontecia lá, de captação de novos valores, apostas. Lá, todo mundo concorria para que as coisas acontecessem e eu sabia que daria certo. Vejo muitas semelhanças com o que vivi no Japão - explicou Oswaldo.

Bolívar marca Pato. Zagueiro deixou o Inter para jogar no Bota (Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians)
Um desses exemplos no Botafogo é o lateral-direito Edílson. Terceira opção para a posição, que contava com Lucas e Gilberto, acabou recebendo uma chance no time com a lesão dos dois principais nomes para a posição. Acabou dando passes para os dois últimos gols do Botafogo.

- Ele chegou com referências boas, mas não vinha jogando, nem parava em clube algum. Mas com a qualidade que a gente via e as informações, cedo ou tarde faria isso. Isso não é sorte, é determinado e planejado, o que todo mundo no Bota tem se dedicado a fazer - afirmou Oswaldo.

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Herói de novo no Maracanã, Hyuri diz se sentir à vontade no estádio


Em dois jogos disputados no local, meia-atacante balançou às redes três vezes



Botafogo x Corinthians - Hyuri e Douglas (Foto: Wagner Meier/LANCE!Press)
Hyuri entrou no segundo tempo da
partida (Foto: Wagner Meier/LANCE!Press)
Mais uma vez a vitória veio no final da partida para o Botafogo. Nesta quarta-feira, contra o Corinthians, no Maracanã, Hyuri foi o autor do gol que garantiu o 1 a 0. Pela segunda vez no estádio, o atacante conseguiu ser o herói da partida.

- Fico muito à vontade de jogar no Maracanã, na nossa casa. Aqui é muito legal jogar por conta da torcida que fica mais perto - garantiu o jogador.

Vale lembrar que esse foi o terceiro gol de Hyuri pelo Botafogo. Depois do golaço na partida contra o Coritiba, na 18ª rodada, mais uma vez ele foi protagonista de uma bela jogada que resultou em vitória do Glorioso.

- Fui feliz. Venho treinando no dia a dia porque jogadas assim não acontecem sempre. Tem de fazer esses gols - completou.


Leia mais no LANCENET!

No fim, Botafogo bate Corinthians e mantém perseguição ao Cruzeiro


Hyuri salva o time carioca no fim da partida, e distância para a Raposa continua em quatro pontos. Timão chega a três jogos sem vencer




lance capital

44 do 2ºT
Hyuri recebe lançamento preciso de Edílson e toca na saída do goleiro Cássio para dar a vitória ao Botafogo no Maracanã.


deu errado

Timão fechado
O Corinthians aguentou a pressão até a um minuto do fim, mas cedeu, em um vacilo da sua linha de defesa. Melhor para os cariocas.


como fica?

Fogão na briga
A vitória fez com que o Botafogo não deixasse o Cruzeiro disparar na liderança. A quatro pontos da Raposa, o Glorioso segue na briga.

A pressão foi grande, e o segundo turno começou para o Botafogo do mesmo jeito que acabou o primeiro - de maneira emocionante e com vitória nos minutos finais. Consistente, dono de um volume invejável no ataque, o Glorioso tentou de todos os jeitos furar o bloqueio do Corinthians, a melhor defesa do Campeonato Brasileiro. E conseguiu de maneira memorável: após parar em cima da linha e em boas defesas de Cássio, o time carioca viu o gol salvador sair dos pés de Hyuri, aos 44 minutos do segundo tempo, para vencer por 1 a 0, no estádio do Maracanã, e manter a perseguição ao líder Cruzeiro. Na rodada anterior, o time de Oswaldo de Oliveira já havia vencido o Criciúma com um gol aos 46.

Com a vitória, o Botafogo se manteve na vice-liderança do Brasileirão, com 39 pontos, a quatro do Cruzeiro. O Corinthians, com cada vez mais dificuldades de entrar no G-4, chegou à terceira partida sem vencer e ficou a cinco pontos da zona de classificação à Taça Libertadores da América. Se o título parece palpável ao Fogão, parece cada vez mais distante ao Timão.

Hyuri comemora o gol da vitória do Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)




















O time paulista não costuma deixar que os adversários se aproximem de sua área. Na noite desta quarta-feira, porém, a história foi diferente. Diante de 19.843 pagantes, o Botafogo criou diversas oportunidades para balançar as redes e sair vitorioso. Na melhor delas até a poucos minutos do fim, Seedorf driblou Cássio e tocou para o gol, mas o zagueiro Paulo André apareceu para salvar em cima da linha, num lance que deixou evidente que o esquema de deixar o adversário em impedimento não estava funcionando como de costume.

Os cariocas aproveitaram as brechas do Corinthians nas laterais para dar velocidade alucinante ao jogo. O bom ritmo do primeiro tempo aumentou na etapa final, quando os visitantes resumiram suas jogadas a lançamentos pouco objetivos e chutes de fora da área. Alexandre Pato, que entrou na reta final, após ter voltado às pressas dos Estados Unidos (onde ajudou o Brasil a vencer Portugal em amistoso na terça), chegou perto em cabeceio, mas Renan evitou o gol.

O Corinthians volta a campo no próximo domingo, às 16h (horário de Brasília), no Pacaembu, para enfrentar o Goiás. Já o Botafogo entra em campo no mesmo dia, mas um pouco mais tarde, às 18h30m, para encarar o Santos, na Vila Belmiro.

Seedorf passa por Alessandro no Maracanã (Foto: Andre Durão)



Botafogo começa melhor

O Corinthians tem a melhor defesa do Campeonato Brasileiro. Começou a rodada com apenas oito gols sofridos em 19 jogos, muito por conta do sistema de compactação - as linhas de defesa e meio-campo jogam próximas, e não dão espaço ao adversário. Isso não aconteceu no Maracanã. Consistente, o Botafogo, aproveitando-se principalmente de jogadas pelas laterais, mostrou em poucos minutos por que está brigando na parte de cima da tabela do Campeonato Brasileiro. Correu, driblou, finalizou... Parou em cima da linha.

Em um ritmo de jogo imparável, liderado pelo veterano de 37 anos, Clarence Seedorf, o Botafogo acuou o Corinthians. O holandês protagonizou a melhor chance dos cariocas aos 16 minutos: invadiu a área, escapando da linha de impedimento adversária, driblou Cássio e chutou. No meio do gol, Paulo André evitou por centímetros que os donos da casa abrissem o placar.

Seedorf driblou Cássio, mas chutou em cima de Paulo André (Foto: André Durão / Globoesporte.com)



Explorando as laterais, o time de Oswaldo de Oliveira tocou melhor a bola e colocou o Timão para correr. Mesmo sob os incessantes gritos de Tite, Alessandro deu espaço para que o Botafogo criasse pelo lado esquerdo. Mantido em sua posição original para que Edenílson fosse adaptado no meio-campo, o capitão do Corinthians quase deixou a bola de graça para Seedorf, após bater cabeça, literalmente, com o goleiro Cássio. O holandês ainda teve outra boa chance, num voleio mal sucedido.

As tentativas da defesa do Corinthians de deixar o ataque botafoguense em impedimento falhavam jogada após jogada. Até mesmo o auxiliar de Tite, Cléber Xavier, deixou o banco de reservas para cobrar os zagueiros alvinegros por uma melhora no quesito. Quarenta e cinco minutos de um jogo truncado, com vantagem para o Glorioso.

Hyuri brilha e dá a vitória

No vestiário, os jogadores do Botafogo já podiam saber da vitória por 2 a 1 do Cruzeiro sobre o Goiás, resultado que manteve a Raposa na liderança do Campeonato Brasileiro. Coincidência ou não, o ritmo do time carioca, que já era acelerado, aumentou. Determinados, os donos da casa, foram instruídos por Oswaldo de Oliveira a aproveitar as brechas deixadas pelo Timão pelas laterais. E continuaram apostando na velocidade.

Marcelo Mattos deu pouco espaço para Emerson
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Em busca de um contra-ataque para surpreender o adversário, o Corinthians parecia adotar outro estilo de jogo em relação ao que foi apresentado até aqui no Brasileirão. O time de Tite não tinha a bola - a posse foi de 57% do Botafogo, contra 43% do Corinthians. No primeiro minuto, a equipe paulista até assustou o goleiro Renan com um chute de fora da área de Danilo. A troca de passes, neutralizada pelo bom posicionamento da defesa botafoguense, deu lugar a jogadas que incluíam lançamentos longos e, em algumas oportunidades, “chutões”.

A criação nula do Corinthians contrastava com a pressão do Botafogo. Aos 20 minutos, Cássio salvou o Timão em um intervalo de poucos segundos: primeiro, fechou o ângulo para evitar o gol de Edílson, em finalização à queima-roupa pela direita. Depois, no rebote do escanteio, defendeu novo chute do lateral-direito do Botafogo. A segurança que sobrava ao goleiro faltava aos atacantes da equipe.

Ciente da baixa efetividade do Corinthians, Tite lançou Alexandre Pato - que viajou 10 horas de Boston, onde estava com a seleção brasileira, para jogar no Rio de Janeiro - no lugar de Romarinho. Ele assustou a torcida do Botafogo com um cabeceio, mas pouco mudou. Assim como o jovem Paulo Victor, que substituiu Emerson Sheik.

Ao Botafogo, restou o "abafa": o time carioca tentou de todos os jeitos furar o bloqueio do Corinthians. E conseguiu. Aos 44 minutos do segundo tempo, o habilidoso Hyuri recebeu passe preciso de Edílson e, na saída de Cássio, tocou de cavadinha para dar a vitória aos donos de casa. Explosão no Maracanã. O Fogão se mantém forte na briga pelo título brasileiro!

Jogadores do Botafogo comemoram a vitória contra o Corinthians (Foto: Satiro Sodré / SSPress)

Por Rodrigo FaberRio de Janeiro