Páginas

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Copa do Brasil: Pedro Raul vira dúvida e acirra disputa entre Rafael Navarro e Igor Cássio


Alberto Valentim pode ter que escolher entre as pratas da casa para escalar o Botafogo que visitará o Caxias do Sul, nesta quarta-feira, pela primeira fase da Copa do Brasil



No último jogo, Navarro iniciou entre os titulares, mas foi Cássio quem deu a vitória (Foto: Vitor Silva/Botafogo)


Mesmo com a vitória no clássico contra o Vasco, o Botafogo apresentou nítidas limitações e não viu o seu ataque fluir. Um dos maiores fatores tem Pedro Raul como protagonista, já que o centroavante, em alta, foi desfalque. E pode ser que a condição se mantenha para o importante jogo desta quarta-feira, contra o Caxias do Sul, pela primeira fase da Copa do Brasil.

Alberto Valentim externou que Pedro está com "dores que aumentaram" e que iria aguardar a "reação" do atleta nas próximas horas. O fato é que, com este cenário, acirra a disputa entre Rafael Navarro e Igor Cássio. O segundo, possivelmente, larga na frente, tendo em vista que foi o herói no último domingo, com gol já no apagar das luzes do Clássico da Amizade, no Nilton Santos. Certo? Pelo visto, não.

O técnico do Alvinegro também respondeu sobre a tal concorrência e explicou os seus critérios nas escolhas:

- Só lembrando vocês que o primeiro jogo, eu que escalei o time, e o Igor estava no jogo para aquele jogo. Então, esse jogo eu optei pelo Navarro, ele tinha entrado bem nos jogos já, principalmente no segundo jogo. Vem treinando bem. E vai ficar essa disputa. Não tem isso que o Igor é segunda opção ou Navarro primeira. Nós vamos ver isso no dia a dia. Quem trabalha comigo sabe que eu vivo o dia a dia.

Das cinco rodadas da Taça Guanabara, Igor Cássio foi titular nos dois primeiros jogos e ficou os duelos pelas 3ª e 4ª rodadas no banco, sem nem sequer ser acionado. Tem um gol e 206 minutos de ação até aqui.

Rafael Navarro, por sua vez, só iniciou entre os 11 contra o Vasco, porém já atuou quatro vezes, ao longo de 123 minutos em 2020. Ainda não foi às redes.

Nos índices de pontuações do site especializado em números Footstats, Navarro aparece com uma marca levemente superior: 7.73 a 6.02.


Confira outras comparações entre Rafael Navarro e Igor Cássio (via Footstats):


FINALIZAÇÕES

Rafael Navarro: 2 (1 no alvo - aproveitamento de 50%)
Igor Cássio: 3 (2 no alvo - aproveitamento de 66,7%)

PASSES

​Rafael Navarro: 27 (24 certos - aproveitamento de 88.9%)
​Igor Cássio: 36 (31 certos - aproveitamento de 86.1%)

ASSISTÊNCIAS

​​Rafael Navarro: 0 (1 passe para finalização)
​Igor Cássio: 0 (2 passes para finalização)

CRUZAMENTOS/LANÇAMENTOS

​​​Rafael Navarro: 3 (1 cruzamento bem destinado)
​Igor Cássio: 3 (1 lançamento bem destinado)


Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Análise: Botafogo encontra na transição a saída para uma partida com pouca criatividade


Alvinegro mostra dificuldades para criar jogadas quando tem a bola, mas melhora ao apostar nos passes verticais que levam o time do ataque para a defesa, principalmente com Caio Alexandre



Melhores momentos de Botafogo 1 x 0 Vasco pela 5ª rodada do Campeonato Carioca


O Botafogo que enfrentou o time reserva do Vasco neste domingo esteve longe de ser o que Valentim espera para 2020. Na pior apresentação do elenco titular na temporada, por vezes parecia que os jogadores não sabiam muito o que fazer quando tinham a bola. A saída para o Alvinegro foi apostar na transição rápida para o ataque, o que só foi acontecer no segundo tempo.


Apesar disso, o Botafogo acertou duas vezes a trave, mas em lances isolados na etapa inicial. O primeiro deles em cobrança de falta de Bruno Nazário e que Kanu cabeceou, enquanto o segundo foi em bonita jogada de Luis Henrique, também com o camisa 10, e que quase marcou um golaço. O problema alvinegro é que tirando esses lances de perigo, faltou criatividade na construção das jogadas, muito ocasionada pelos constantes erros de passe.


No segundo tempo, Valentim continuou vendo seu time errando a hora certa de partir para cima do adversário. Na entrevista coletiva, o treinador comentou que faltou aos comandados encontrar o momento certo de atuar de maneira mais incisiva no ataque.


– O que eu enxerguei no primeiro tempo foi o seguinte: nós estávamos errando alguns passes e, algumas vezes, procurando verticalizar quando não cabia ainda a jogada. Foi um pedido meu na parada técnica e, depois, no intervalo. A ideia é nós fazermos posse sim, mas procurar verticalizar porque temos jogadores com características para isso. No segundo tempo, a ideia era a mesma (posse) fizemos quase 400 passes hoje, mas a ideia de achar no momento certo essa jogada na vertical. O Vasco marcou também, se defendeu bem, com jogadores rápidos lá na frente. Então dificultou nosso jogo ofensivo.



Bruno Nazário foi o jogador mais criativo no meio de campo do Botafogo, mas parecia sobrecarregado — Foto: ANDRÉ DURÃO


Caio Alexandre entra bem

Revelado na base do Botafogo, Caio Alexandre entrou aos 33 do segundo tempo, no lugar de Alex Santana, que substituía Cícero, poupado. Nos cerca de 15 minutos que ficou em campo, o garoto deu dois bonitos passes para frente (verticais). O primeiro gerou o gol alvinegro, após Bruno Nazário dominar e tocar para o meio. O segundo foi a chance que o Botafogo tinha para garantir o resultado, mas faltou capricho a Luis Henrique.


- O professor me ajuda muito, me dá muitos conselhos. Nos treinamentos ele sempre pede para dar dinâmica ao time, de sempre aparecer e pegar na bola. Isso que eu procurei fazer quando entrei hoje. Consegui achar boas bolas ali. Uma para o gol e outra para o Luis Henrique. Os conselhos dele são muito importante para mim - disse o volante na zona mista do estádio. E, ao que tudo indica, ganhou pontos com Valentim, que o elogiou.


- Às vezes eu até fico chateado de não colocar o Caio para jogar, porque é um menino que vem treinando muito bem, mesmo com as duas derrotas que nós tivemos nas duas primeiras rodadas. Ele se destacou, procurou jogar, procurou fazer aquilo que nós queríamos e, hoje, deu um passe maravilhoso para o Bruno fazer, depois, o cruzamento na área no lance do gol.


O que deu certo:


entrada de Caio Alexandre no time deu mais rapidez ao time;
quando bem feita, as transições deram resultado;


O que pode melhorar:


velocidade na saída da defesa para o ataque;
atacantes estavam isolados e não recebiam muitas bolas;


O que não funcionou:


troca de passes; por vezes o time parecia displicente e errava toques simples;
falta de criatividade fez com que o Botafogo não tivesse boas chances;


Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro