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sábado, 8 de outubro de 2022

Rafael busca sequência após primeiro jogo completo pelo Botafogo



Lateral volta a ser titular após lesões que comprometeram quase toda a temporada



Mais de um ano depois da estreia, Rafael fez na última quinta-feira o primeiro jogo completo com a camisa do Botafogo. O camisa 7 deixou para trás as lesões que comprometeram quase toda a temporada e quer sequência nas oito rodadas que faltam para terminar o Campeonato Brasileiro.


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Rafael em campo contra o Avaí — Foto: Vitor Silva/Botafogo


O lateral-direito fez nove partidas com a camisa alvinegra até agora. Foram quatro em 2021, na reta final da Série B, todas saindo do banco de reservas. Nesse ano, foi titular outras duas vezes além da vitória sobre o Avaí. Em ambas, teve o azar de sofrer contusões traumáticas que só permitiram que ele estivesse em campo cinco vezes ao longo do ano.


Os jogos de Rafael em 2022


Botafogo 1x1 Boavista (25/01): saiu aos 56 minutos do primeiro tempo

Juventude 2x2 Botafogo (21/08): entrou no intervalo

Fortaleza 1x3 Botafogo (04/09): saiu aos 18 minutos do primeiro tempo

Botafogo 1x3 Palmeiras (03/10): entrou aos 6 minutos do segundo tempo

Avaí 1x2 Botafogo (06/10): jogou os 90 minutos


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- Foi uma vitória muito importante (contra o Avaí) para buscar nossos objetivos nessa reta final de temporada. Somos a segunda melhor equipe fora de casa, mas o São Paulo é um time muito difícil. Vai ser um jogo duro - disse Rafael à Botafogo TV.



Botafogo pode conquistar quarta vitória seguida como visitante (https://ge.globo.com/video/botafogo-pode-conquistar-quarta-vitoria-seguida-como-visitante-11009790.ghtml)



Esperança de sequência

Agora, o jogador de 32 anos quer ficar longe do departamento médico para terminar o ano como titular. O Botafogo tem mais oito jogos de Campeonato Brasileiro para fazer, tem a permanência na Série A encaminhada e pode brigar pelo possível G-8 se emplacar bons resultados.


Na posição, a esperança é que a boa forma do camisa 7 dê à incerteza no lado direito da defesa. Na ausência de Rafael, que ficou sete meses afastado por lesão, Daniel Borges e Saravia revezaram a titularidade. Só que nenhum dos dois convenceu a torcida nesse período.




Confira a entrevista de Jefferson e Gatito Fernandes (https://ge.globo.com/video/confira-a-entrevista-de-jefferson-e-gatito-fernandes-11008508.ghtml)


Em duelo direto pelas vagas "extras" para a Libertadores de 2023, o Botafogo enfrenta o São Paulo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Morumbi, pela 31ª rodada do Brasileirão.



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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Recordistas no Botafogo, Gatito e Jefferson colecionam momentos marcantes



Paraguaio quebrou o recorde de estrangeiro com mais jogos e conversou com o brasileiro - terceiro jogador que mais atuou pelo clube - por chamada de vídeo organizada pelo ge



O torcedor do Botafogo pode se vangloriar de ter um goleiro ídolo no elenco desde 2009 ininterruptamente. Além da identificação quase instantânea de Jefferson e Gatito Fernández, os dois ainda são recordistas com a camisa do clube. Mais recentemente foi a vez do paraguaio bater a marca que era de Joel Carli e se tornar o estrangeiro com mais partidas pelo Bota, com 188 jogos. Jefferson, por sua vez, atuou 454 vezes com a camisa alvinegra, é o goleiro com mais partidas e o terceiro jogador que mais entrou em campo na história do clube.


Com o brasileiro morando nos Estados Unidos e o paraguaio em Florianópolis após a vitória por 2 a 1 em cima do Avaí, o ge promoveu um encontro virtual entre os dois ídolos. Veja a conversa na íntegra no vídeo abaixo.


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Confira a entrevista de Jefferson e Gatito Fernandes (https://ge.globo.com/video/confira-a-entrevista-de-jefferson-e-gatito-fernandes-11008508.ghtml)



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A convivência diária entre os dois durou duas temporadas: da chegada de Gatito, em 2017, até a aposentadoria de Jefferson, no ano seguinte. Pouco tempo depois de aparecer para treinar no Nilton Santos, o paraguaio conversou com o dono da camisa 1, que fez questão de tranquilizar sobre como seria a vida no clube.


- Uma coisa me marcou muito e eu gostaria de fazer com quem vier depois. Não sei se ele lembra, mas uma vez estávamos indo para o treino e ele falou pra mim: "Gatito, você joga tranquilo, faz o seu trabalho". Ele me apoiou dizendo que sempre estaria 100% do meu lado, se eu tivesse a oportunidade de jogar ou se fosse ele. Foi muito marcante, porque era um ídolo do clube, que é muito querido por todos os torcedores. Poderia ser uma postura contrária, porque a gente vê isso muitas vezes no futebol, acontece. Graças a Deus, nunca aconteceu comigo. Foi uma coisa muito do coração dele.


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Jefferson e Gatito jogaram juntos no Botafogo em 2017 e 2018 — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



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Jefferson garante que lembra do episódio contado por Gatito e também já passou por algo parecido quando ainda era garoto. O brasileiro jogava pelo Cruzeiro, entre 2000 e 2001, quando Felipão chegou para ele e fez questão de passar confiança, mesmo com a concorrência de Bosco e Gomes na época. Os outros goleiros também deram força ao jovem de menos de 20 anos.


- Acho que o principal é o respeito pelo nosso companheiro. Porque a gente está ali em busca dos objetivos. Mas eu acho que tem que ter o respeito. Eu me lembro que, quando eu me lesionei, o Gatito entrou e entrou muito bem. Estava tendo uma sequência de jogos, consolidando. Tinha todo o reconhecimento dos botafoguenses. Quando eu voltei, melhorei da lesão, eu sabia que havia uma atmosfera. "O Jeferson precisa voltar! O Jefferson é o capitão!" Mas eu sabia que era o momento dele. A gente tem que reconhecer que era o momento do Gatito.


O respeito e admiração não ficou apenas no campo e passou também para a vida pessoal. A segurança e tranquilidade dos goleiros sempre chamou a atenção um do outro. Os dois se tratam como amigos e trocam mensagens até hoje, mesmo sem o convívio de todo dia.


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Mas respeito, admiração e companheirismo não são as únicas coisas que unem Jefferson e Gatito Fernández. Os dois goleiros também passaram por graves lesões que os deixaram de fora por mais de um ano. Enquanto o brasileiro passou por duas cirurgias no tríceps, o paraguaio teve que se ausentar devido a um edema ósseo no joelho.


- Trocamos muitas mensagens durante essa lesão dele. O Gatito sempre foi um cara que sempre se cobrava muito, que nem eu. Via o clube passando por momentos ruins e sabia que poderia ajudar. Eu acompanhava que, mesmo lesionado, ele ia para os jogos. Falei: "Acho que o mais difícil é você controlar o emocional. O mais difícil é ter paciência". Ele precisava de mais tranquilidade, porque na cobrança você acaba fazendo coisas que não está tão acostumado a fazer. Ele soube lidar com essa situação. Ele superou isso e decolou de novo, hoje está vivendo um grande momento. Revivendo, né?


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- Lembro que ele me falou para não me cobrar demais. Porque a gente volta achando que em poucas semanas vai voltar a ser o que foi antes da lesão. Ele me ajudou muito. Essa situação ficou para trás. Só tenho a agradecer pelas palavras, sempre me mandou mensagens na época da lesão. E agora também, com o nosso bom momento, ele também está presente. Só tenho a agradecer, porque essa postura engrandece mais a pessoa que é o Jeferson. Quem conhece fora do campo, no dia a dia, sabe a qualidade de pessoa que ele é e o quanto o pessoal aqui sente saudade dele dentro do clube.


Para seguir no bom momento, o Botafogo enfrenta o São Paulo, fora de casa, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, domingo, às 16h (de Brasília), no Morumbi. A tendência é que Gatito amplie ainda mais o recorde de jogos de um estrangeiro no clube já que deve ser titular. O Bota é o nono colocado, com 40 pontos, mesma pontuação do próximo adversário, e está a dois do América-MG que fecha o G-8 do Brasileirão.


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Fonte: Por Davi Barros e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro