Treinador falou após a
derrota para o Fluminense na primeira partida da final do Campeonato Carioca
Lucas foi expulso e desequilibrou o Botafogo na decisão
(Foto: Bruno de Lima)
Oswaldo de Oliveira,
técnico do Botafogo, após a derrota para o Fluminense na tarde deste domingo
por 4 a 1, analisou a partida, afirmando a boa qualidade técnica do primeiro
tempo.
- Nós tinhamos um jogo
bom, no primeiro tempo. Jogando bem dos dois lados, fizemos logo um gol,
Fluminense partiu para cima e estavamos contendo bem e empataram. Até dez, 12
minutos, era igual - afirmou o treinador, que ainda falou sobre o lance da
expulsão.
- Uma situação que não
tínhamos passado aconteceu. Nosso time não recebeu bem a expulsão e fiquei
torcendo para o intervalo técnico. Logo eles fizeram o segundo gol e eu
esperando o tempo técnico para mostrar o que eu queria para não levarmos mais
gols porque dificultaria - afirmou.
Oswaldo comentou a fato
de o àrbitro não dar a partida técnica logo aos 20 minutos, como normalmente
acontece.
- O árbitro nunca deixa
passar dos 20 minutos, hoje ele deixou e tomamos o terceiro gol. Reagiram muito
mal e não tiveram condições de executar o que eu pedi no tempo técnico e não
conseguimos nos organizar para tentar diminuir o marcador - finalizou.
Após derrota por 4 a 1 para o Fluminense, neste domingo, técnico
ressalta importância de levantar a cabeça para não refletir na Copa do Brasil,
quarta
O baque da derrota por 4 a 1 para o Fluminense, neste domingo, no
Engenhão - que deu larga vantagem ao rival na decisão do estadual - não afetou
tanto Oswaldo de Oliveira. Ao menos publicamente, do alto de sua posição de
comandante do Botafogo, o técnico não fugiu das explicações para cada pergunta
feita após o fim da invencibilidade do time na temporada e lamentou a reação
negativa à expulsão de Lucas e se impos nan hora de manter um fio de esperança
no título.
- Nós tínhamos um jogo bom no primeiro tempo, com jogadas dos dois
lados. O Fluminense partiu para cima depois do gol, mas contivemos os avanços.
Empataram e, até 12 do segundo tempo, o panorama era o mesmo. Mas, quando
ficamos com um a menos, não nos organizamos mais. Torci pelo intervalo técnico,
mas na sequência eles fizeram o segundo, e o terceiro saiu logo antes da
parada. O árbitro nunca deixa passar dos vinte minutos, mas desta vez deixou. A
equipe reagiu muito mal, não teve condições de executar o que eu pedi no tempo
técnico. E, com a categoria do Fluminense, não resistimos e fomos sofrendo
contra-ataques - avaliou.
Oswaldo: semblante abatido na derrota para o Fluminense (Foto: Wagner Meier / Ag. Estado)
A ênfase de Oswaldo, até no papo do vestiário, foi totalmente voltada
para a recuperação psicológica dos jogadores para encarar o Vitória, nesta
quarta-feira, pela decisão da vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. E
lançou um desafio ao grupo, que precisa provar seu brio.
- Não temos tempo de nos preocupar com a derrota agora. Precisamos
levantar a cabeça já. Nosso pensamento estará direcionado para quarta. Não é
discurso, é a realidade. Essa foi minha conversa com eles agora. Não podemos
lamentar. Tem de reagir rápido. Só é vitoriosa a equipe que consegue se
reestruturar e reagir bem. Vou repetir isso até entrar na cabeça deles.
Apesar de estrategicamente evitar falar sobre a redução das chances de
título, por conta do compromisso na outra competição, o técnico rebateu um
questionamento da seguinte maneira:
- Você (jornalista que o dirigiu a palavra) acreditava que aconteceria o
resultado de hoje? Não, certo? Então é possível também. Só não adianta fazer
uma coisa quando outra está na frente. Primeiro, tomo café da manhã. Depois,
vou almoçar - frisou, novamente sobre a Copa do Brasil.
Deco, Fred, Thiago Neves
e Rafael Sobis são decisivos no primeiro jogo da decisão do Carioca. Tricolor
vence de virada: 4 a 1
A CRÔNICA
Faz
diferença numa decisão de campeonato quando o craque do time, o protagonista,
aparece para definir. Faz uma diferença absurda quando todos os principais
jogadores vivem um dia iluminado, praticamente perfeito. Fred, Deco, Thiago
Neves e Rafael Sobis. O quarteto ofensivo do Fluminense deixou o time muito
perto do título carioca neste domingo. No primeiro jogo da final contra o
Botafogo, no Engenhão, todos se destacaram. Decidiram, desequilibraram.
Resultado: vitória tricolor por 4 a 1, de virada. Fred fez um golaço de
bicicleta, Deco e Thiago organizaram os ataques, e Sobis, sempre destaque em
decisões, fez dois. O garoto Marcos Junior, de 18 anos, fechou a goleada. O
volante Renato marcou o único gol alvinegro.
O Botafogo, que também tem um quarteto de qualidade, emperrou nos primeiros 90
minutos da decisão. Maicosuel, Fellype Gabriel, Elkeson e Loco Abreu pouco
fizeram. O time de Oswaldo de Oliveira jogou sem criatividade e ficou com um
jogador a menos desde os 11 minutos do segundo tempo, quando o lateral-direito
Lucas foi expulso. Para ter chance de ficar com o título, o Alvinegro terá de
vencer o segundo jogo por três gols de diferença para levar a decisão para os
pênaltis.
Fred, autor do primeiro gol do Flu, é celebrado pelos companheiros (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
A
invencibilidade alvinegra na temporada, que durava 23 partidas, está derrubada.
É a primeira vez no ano que o time sofre mais de dois gols. O Fluminense vence
o Botafogo no Engenhão pela primeira vez. Até este domingo, eram três derrotas
e seis empates. A exibição de gala do Flu foi vista por 28.182 pessoas (sendo
23 mil pagantes, com renda de R$ 732.015,00).
As equipes
voltam a se enfrentar no domingo que vem, às 16h (de Brasília), no Engenhão.
Antes, porém, terão compromissos no meio de semana. Na quarta-feira, o Botafogo
disputa o jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil contra o
Vitória, no Engenhão, às 19h30m. Na primeira partida, semana passada, empate
por 1 a 1 no Barradão.
A decisão do Fluminense também será nas oitavas de final, só que da
Libertadores. Na quinta, no Engenhão, o Tricolor recebe o Inter, às 22h. Na
ida, em Porto Alegre, empate sem gols.
Botafogo sai na frente, e Fred pedala
Demorou.
Foram 37 longos anos sem que Fluminense e Botafogo decidissem o Campeonato
Carioca. Da última vez, em 1975, a conquista foi tricolor. Oito minutos. Foi o
tempo que o Alvinegro precisou para abrir o placar neste domingo. Um primeiro
tempo de superioridade da equipe de Abel Braga, apesar de o time de Oswaldo de
Oliveira ter começado melhor.
Não chegou
a ser uma blitz alvinegra, mas ao tomar a iniciativa logo cedo o Botafogo
conseguiu o gol. Fellype Gabriel entrou na área pelo lado esquerdo e buscou
Loco Abreu no cruzamento. A zaga afastou para a entrada da área, e Renato
estava por ali. O chute de primeira do volante, de volta após lesão, passou no
meio das pernas de Carlinhos e foi parar no cantinho direito de Diego
Cavalieri: 1 a 0.
O
Fluminense só despertou a partir dali. Com a marcação do Botafogo concentrada
nas laterias, o Tricolor jogou pelo meio e tentou chutes de média distância.
Carlinhos parou em Jefferson, e Jean errou o alvo. Até a parada técnica, houve
equilíbrio na posse de bola, mas o Flu finalizava mais: quatro contra uma do
Bota, a do gol.
A pausa fez
bem aos tricolores. Thiago Neves, Deco e Rafael Sobis cresceram na final e
pouco a pouco conseguiram fugir da marcação. Em jogada individual, Thiago
partiu para cima de Fábio Ferreira, se livrou do zagueiro e bateu de esquerda.
Jefferson pegou, aos 23. O Botafogo se defendia e esperava a chance de encaixar
o contra-ataque, só que ela não apareceu. Maicosuel, Fellype Gabriel e Elkeson
não criaram e as tentativas de buscar Loco Abreu na área fracassaram.
A
persistência tricolor deu resultado. Depois que Elkeson perdeu a posse de bola,
Carlinhos cruzou da esquerda, Thiago Neves escorou de cabeça quase para a
pequena área, e Fred acertou uma linda bicicleta, aos 43: 1 a 1. Gol de
artilheiro, de talento, de decisão. Foi a décima finalização do Fluminense no
primeiro tempo. O Alvinegro teve apenas duas.
- Só
acordamos depois que sofremos o gol. Aí melhoramos a posse de bola, conseguimos
criar. Foi um dos meus gols mais bonitos e também pela importância de ser uma
final. Quarteto
do Flu decide.Goleadano Engenhão
As emoções também começaram cedo no segundo tempo. O Botafogo resolveu voltar a
jogar após o intervalo e foi ao ataque. A primeira boa chance foi alvinegra,
aos seis minutos. Maicosuel cobrou falta para a área, Loco Abreu desviou de
cabeça, e Diego Cavalieri defendeu. O uruguaio reclamou muito de pênalti por
ter sido agarrado por Leandro Euzébio. A arbitragem julgou o lance como normal.
Pouco depois, aos 11, Oswaldo de Oliveira perdeu o lateral-direito Lucas. Ele
fez falta em Thiago Neves para cortar um contra-ataque, recebeu o segundo
amarelo e o vermelho do árbitro Luiz Antônio Silva dos Santos. No lance
seguinte, o gol da virada. Deco, em tarde inspirada, tabelou com Sobis e deixou
o atacante na cara do gol com um toque de muita categoria. Iluminado em
decisões desde os tempos de Inter, o atacante bateu de esquerda para marcar o
segundo do Tricolor.
Maicosuel passou a tentar algumas jogadas de velocidade pela direita, mas sem
sucesso. Elkeson e Fellype Gabriel erraram passes, não conseguram fugir da
marcação e nada criaram. Bem diferente dos protagonistas do Fluminense. Depois
de Deco, foi a vez de Thiago Neves aparecer. Aos, 20, o camisa 7 deu um passe
preciso para Sobis. Livre na frente do gol, ele driblou Jefferson, por pouco
não perdeu o ângulo, mas conseguiu se recuperar e fazer o terceiro: 3 a 1.
Oswaldo fez mudanças no ataque depois da parada técnica. Loco Abreu e Elkeson saíram
para as entradas de Herrera e Caio. Nada mudou. Era um time limitado, sem
qualquer inspiração. O técnico, aliás, foi vaiado e chamado de burro pelos
torcedores quando sacou o uruguaio. Elkeson, muito mal no jogo, também ouviu
vaias ao deixar o gramado. O zagueiro Antônio Carlos teve chance de diminuir,
mas Diego Cavalieri defendeu a cabeçada perigosa.
Abel lançou Marcos Junior no lugar de Thiago Neves. Após mais uma linda jogada
ofensiva do Fluminense, com participação de Deco, Sobis e Fred, o garoto ficou
na frente de Jefferson para consolidar a vitória maiúscula e transformar a
virada em goleada. Festa tricolor no Engenhão sob gritos de "olé" e
título praticamente na mão.
Estádio tem pequena movimentação na manhã deste domingo
Max faz a ronda para proteger o Botafogo (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
Teoricamente, o Engenhão é um palco neutro nos clássicos cariocas. Mas o
Botafogo, que administra o estádio, já tomou conta do espaço para si há muito
tempo. Tanto, que um torcedor pegou seu cachorro na manhã deste domingo para
fazer a ronda do espaço e deixar claro para os tricolores, adversários da final
do Carioca, quem manda no palco da grande decisão, que começa às 16h.
- O Botafogo vai entrar mais feroz que esse cachorro. Vamos entrar
mordendo. Tenho certeza que vamos nos sair bem – disse Noc Mesquita, dono do
cachorro Max.
A movimentação no entorno do estádio durante esta manhã foi pequena e
feita praticamente apenas por botafoguenses. Alguns aproveitavam o fato de
ainda haver muitos ingressos disponíveis para garantir a entrada. Outros já
queriam sentir o clima de decisão e também garantir um bom lugar nos bares
próximos ao estádio.
Família de Vila Velha
(ES) encara estrada
Família encara mais de cinco horas pelo Bota (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
Entre os torcedores que estavam à volta do Engenhão, uma família estava
entre os mais ansiosos pelo duelo deste domingo. Afinal, os cinco encararam
entre cinco e seis horas de estrada desde Vila Velha (ES) até ao Rio de Janeiro
apenas para acompanhar o Botafogo.
- Lá em casa todo mundo é botafoguense doente. Encaramos a viagem porque
a gente acredita no time. Estamos confiantes que vamos conseguir um bom
resultado - afirmou Péricles Lopes.
Pérciles veio ao Rio com a esposa Kelly, o cunhado Marlos e os filhos
Julia e Ryan. E era o menino de nove anos o mais empolgado, já que há a
possibilidade de entrar com os jogadores em campo.
- Eu gosto mais do Loco Abreu. Ele tem um cabeceio muito bom. E gosto da
cavadinha também - disse o menino.
Botafogo e Fluminense começam a decidir o Campeonato Carioca a partir de
16h (de Brasília). No próximo domingo, as equipes fazem o duelo de volta. A
Rede Globo transmite as duas partidas ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha
todos os lances em tempo real.
Flu e Botafogo iniciam disputa pelo Carioca neste domingo depois de
longo hiato. Embalados, clubes vêm com peso de polêmicas extracampo recentes
O último foi em 1971. De lá para cá, são 41 anos sem saber o gosto de
uma decisão de Campeonato Carioca entre Fluminense e Botafogo, clubes que
disputam o clássico mais antigo do Rio de Janeiro, conhecido como
"Vovô", e cuja rivalidade tem transcedido as quatro linhas. É tanto
tempo que dos 22 jogadores que vão começar jogando no Engenhão, na tarde deste
domingo, às 16h (de Brasília), nenhum estava vivo quando o Tricolor bateu o Alvinegro por 1a0em uma partida repleta de polêmica. Agora, escrevem
novo capítulo ao iniciar os 180 minutos para saber quem ficará com o título. A
partida decisiva acontece no próximo dia 13 de maio.
Até hoje, ocorreram nove finais entre tricolores e alvinegros - quatro
de 1918 para trás. O placar aponta 7 a 2 para o Flu, que também tem vantagem no
número de vitórias gerais: 124 a 110, além de 101 empates. Nenhuma delas,
porém, teve a discussão do histórico troféu erguido no Maracanã, com o gol de
Lula, após aparente falta pelo alto de Marco Antônio no goleiro Ubirajara.
Revoltados, os botafoguenses lamentam o lance até hoje.
O encontro ainda apimenta a disputa entre torcida e dirigentes, que se
tornou marca do século XXI. Tentativas de atravessar negociações de jogadores -
a última delas envolvendo o meia Elkeson -, críticas e oposições políticas e
até a interminável briga para descobrir quem ostento a terceiro maior público
no Rio. Antes, o clube das Laranjeiras sobrava, agora foi igualado. O clássico
precisava de uma final para ver o reflexo desta ebulição em campo.
De um lado, o Flu chega à final após conquistar a Taça Guanabara de
maneira sofrida. O time se classificou apenas na última rodada, mas passou pelo
próprio Botafogo nos pênaltis e venceu o Vasco com autoridade em seguida. Em
paralelo, disputa a Libertadores e entre este domingo e o outro, decide uma
vaga nas quartas da competição sul-americana, contra o Internacional.
Já o Botafogo vive um momento especial. O time conquistou no último
domingo a Taça Rio - curiosamente também vencendo o Vasco - e segue sem
saber o que é perder na atual temporada, em 23 jogos. Sob o comando de Oswaldo
de Oliveira, nomes como Fellype Gabriel ressurgiram e passaram a se destacar ao
lado de Jefferson, Renato e Loco Abreu. O Glorioso quer aproveitar o maior
embalo para voltar a conquistar um Carioca, seu 19º na história.
Luis Antônio Silva Santos será o árbitro, auxiliado por Ediney Mascarenhas e
Leonardo de Castro Moreira. O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida no Tempo
Real, com vídeos exclusivos. A TV Globo vai transmitir ao vivo.
Fluminense:o técnico Abel Braga terá alguns desfalques importantes na partida.
Wellington Nem, Diguinho, Anderson e Valencia estão foram. Em compensação,
Thiago Neves se recuperou e está pronto para a partida. De resto, o time segue
sem surpresas. O Fluminense deve entrar em campo com: Diego Cavalieri, Bruno,
Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean, Deco e Thiago Neves; Rafael
Sobis e Fred.
Botafogo: com o retorno de quatro dos cinco titulares, que passaram a semana
recuperando-se de pequenos problemas físicos e não enfrentaram o Vitória, o
técnico Oswaldo de Oliveira já tem o time pronto para o primeiro jogo da final.
O esquema não mudará, mas terá de deslocar um meia que não tem as
características de armador para a função de Andrezinho, único titular fora de ação.
Eis a formação: Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio
Azevedo; Marcelo Mattos, Renato, Fellype Gabriel, Maicosuel e Elkeson; Loco
Abreu.
Fluminense:Wellington Nem, Valencia, Diguinho e Anderson estão se recuperando de
lesões e desfalcam o Tricolor na primeira partida da final.
Botafogo:o volante Lucas Zen, o meia Andrezinho e o atacante Jobson estão vetados
de novo, com leves, mas persistentes lesões musculares, e só os dois primeiros
devem poder ser aproveitados na finalíssima, semana que vem.
Fluminense:Thiago Neves torceu o tornozelo na quarta-feira e deixou o campo
carregado. No dia seguinte não treinou. Mas na sexta-feira mostrou que a torção
foi um grande susto e apareceu em campo realizando todos os movimentos. Com
isso, fica a expectativa de como será a atuação do camisa 7. Contratado como
grande reforço, ele ainda não mostrou o seu melhor. A final pode ser uma grande
oportunidade.
Botafogo:O retorno a mil por hora garantiu a Maicosuel o destaque esperado desde
o início da temporada. Meia imprevisível, de dribles rápidos e já com dois gols
nos dois últimos jogos, ele pode ser o fiel da balança. Deve atuar mais
centralizado, revezando com Fellype Gabriel ou Elkeson, e comprovar sua
motivação para retribuir o investimento do clube com títulos.
Abel Braga, técnico do
Fluminense: “Teremos
pela frente um grande jogo diante de um grande adversário. Tudo pode acontecer,
mas acredito que a decisão do campeonato vai ficar para o segundo jogo. A não
ser que acontece algo de anormal, o que acho difícil tendo em vista a qualidade
das duas equipes. É um jogo de detalhes”.
Elkeson, meia do
Botafogo: "Sabemos
que precisamos ir bem no primeiro jogo, a intenção é abrir vantagem, mas finais
assim são sempre difíceis, o Fluminense empatou nos dois jogos anteriores, em
que saímos na frente. Vai haver uma disputa muito grande por parte das equipes.
Não é resolvido em 90 minutos, e sim nos 180. Precisamos estar atentos, marcar
forte e sair nos contra-ataques, como fizemos contra o Vasco".
* O Fluminense não vence o Botafogo há dois anos (ou oito jogos). A
última vitória do Flu aconteceu dia 7 de março de 2010 por 2 a 1 de virada no
Maracanã, pelo Campeonato Carioca. Herrera marcou para o Bota, com Fred e
Mariano garantindo o triunfo do Flu.
* Curiosamente, as três últimas partidas entre Fluminense e Botafogo
terminaram empatadas em 1 a 1. Este placar aconteceu na última rodada do
Brasileiro do ano passado, em Volta
Redonda, nas semifinais da Taça Guanabara e na sexta rodada da Taça Rio deste
ano.
* Conhecido como "Clássico Vovô", o primeiro confronto entre
Fluminense e Botafogo aconteceu no dia 22 de outubro de 1905, em amistoso
vencido pelo Flu por 6 a 0. Já a primeira partida oficial, válida pelo
Campeonato Carioca, também foi vencida pelo Flu, por 8 a 0 no dia 13 de maio de
1906. Esta é a maior goleada da história do clássico.
No dia 1° de abril, Fluminense e Botafogo voltaram a se enfrentar após a
semifinal da Taça Guanabara. O jogo foi movimentado, mas acabou empatado em 1 a
1. Elkeson abriu o placar no início do primeiro tempo, após tabela com Andrezinho,
mas ainda na etapa inicial Fred deixou tudo igual. O resultado foi o mesmo da
semifinal, mas, na ocasião, o Flu venceu a disputa de pênaltis.