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terça-feira, 4 de maio de 2021

Demissões no Botafogo causam atrito; VP's interferem em decisões da gestão e geram desconforto


Alas lideradas por VP's se mostraram como contrárias à decisão, até mesmo com a hipótese de continuar com esportes que não eram autossustentáveis e 'minam' profissionalização




Durcesio Mello é o presidente do Botafogo (Vítor Silva/Botafogo)



As demissões dos mais de 90 funcionários do Botafogo rendeu durante toda esta terça-feira. Internamente, alguns vice-presidentes se mostraram contrários à decisão da atual diretoria. Os esportes olímpicos são um dos assuntos que mais geram conflito: alguns dos membros desta pasta defendiam a continuação das equipes, mesmo com a dívida bilionária apresentada no balanço. O time de vôlei, vale ressaltar, foi encerrado neste corte de gastos.


Alguns dos vice-presidentes queriam que o Botafogo continuasse sustentando os esportes olímpicos, mesmo se fosse com o dinheiro teoricamente direcionado ao futebol. A ideia não foi para frente: a diretoria entende que um esporte como vôlei, na atual conjuntura do clube, só pode continuar através de uma parceria ou com patrocínios que banquem os atletas e a comissão técnica.

O desconforto entre a atual diretoria, do presidente Durcesio Mello, com o conceito de atuação das vice-presidências, vale lembrar, não é de hoje. O mandatário, durante a campanha e logo quando assumiu o cargo, reafirmou o interesse de diminuir o número de VP's - atualmente o Alvinegro conta com cinco - , bem como de descontinuar modalidades que não fossem autossustentáveis. Com a chegada do CEO Jorge Braga em março, o Glorioso encaminhou a proposta ao Conselho Deliberativo de que o número fosse diminuído no Estatuto - por lá, indica-se que hajam 12 pessoas nesta função.



Vôlei do Botafogo foi encerrado (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)


Desta forma, tem sido comum atritos envolvendo vice-presidentes, especialmente, segundo informações, por eles não quererem perder privilégios do cargo. Durante o processo das demissões dos funcionários, houve resistência por esta ala. O clube alegou que, financeiramente, não tinha outro caminho a não ser o corte de gastos pela atual situação financeira.

Entende-se, internamente, que muitos vice-presidentes estão atrasando alguns projetos de profissionalização do clube. O LANCE! apurou que houve vazamento de informações internas nesse processo de demissões dos funcionários por parte dos vice-presidentes para impedir o desligamento dos colaboradores que trabalhavam nos respectivos setores em que estavam. A intenção era não perder força política na ala dentro do clube.

Com as demissões, houve um corte considerável no número de funcionários no clube de General Severiano. A atual diretoria continua com o processo de tentar diminuir o número de vice-presidentes obrigatórios no Estatuto.




Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Após falha em acordo com funcionários, Botafogo comunica demissões



Clube não informa número de afetados e justifica decisão para conter "caótica situação financeira". Anúncio é feito após proposta de redução salarial ser rejeitada pelos trabalhadores



O Botafogo comunicou nesta terça-feira uma reestruturação interna que vai acarretar em demissões de funcionários. O clube não informou o número de trabalhadores envolvidos. Serviços e outras estruturas também sofrerão cortes.


Em nota, a justificativa para a medida foi resposta ao passivo bilionário revelado no último balanço financeiro. A situação "caótica", nas palavras do clube, exigiu a adoção de "medidas urgentes e difíceis". Todos os setores serão afetados.


Na última quinta-feira, a diretoria tentou e não conseguiu um acordo com os funcionários para suspender alguns contratos e diminuir salários e carga horária de trabalho em 25%. A justificativa apresentada foi a tentativa de manutenção dos empregos. Os trabalhadores não aceitaram por acharem o corte muito significativo, ainda mais em momento de pandemia.



Durcesio Mello, presidente do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Leia a nota completa

"O Botafogo tem se manifestado publicamente, com transparência, sobre a caótica situação financeira e a importância de enxugar quadros, serviços e estruturas para garantir a continuidade do Clube. As últimas Demonstrações Financeiras (balanço), publicadas na última sexta-feira (30/04), revelaram um passivo bilionário que reafirma a importância de se aplicar medidas urgentes e difíceis.


No último dia 29 de abril, o SindeClubes (Sindicato dos Empregados em Clubes) realizou uma Assembleia Extraordinária em General Severiano, com a presença da maior parte dos funcionários do Clube, e apresentou, para deliberação coletiva, uma proposta com medidas a serem adotadas para preservar ao máximo a manutenção de emprego e renda nos próximos meses. Foi relatado o momento difícil e a incompatibilidade para se honrar os compromissos. Mas a tentativa, infelizmente, não foi aceita pela maioria em votação.


Para dar seguimento com responsabilidade ao plano de reestruturação interna, a atual gestão do Botafogo não viu outra alternativa que não adotar medidas mais duras, sendo necessário o desligamento de colaboradores. Todos os departamentos, sem exceções, foram impactados pelos cortes. Na manhã desta terça-feira (04/05), os gestores das áreas e o Departamento de RH estão comunicando a decisão aos colaboradores.


Não está sendo fácil desligar profissionais tão importantes para a história da instituição. Mas o Clube toma essa decisão da forma mais correta possível, prezando para que o momento seja respeitoso e humanizado. Além disso, foi contratada uma empresa de Consultoria Estratégica em Recursos Humanos para prestar toda assistência a se recolocarem no mercado. Entre as ações, serão realizados Workshops e treinamentos na busca por novas oportunidades.


O Botafogo agradece a todos os colaboradores que deixam o Clube pela dedicação e profissionalismo durante o período em que estiveram a serviço da Estrela Solitária".



Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Com situação indefinida, Rickson ganha espaço no Botafogo no último mês de contrato



Clube ainda não decidiu sobre o futuro do volante, que tem oito jogos na temporada, seis como titular. Chamusca elogia jogador, mas não garante permanência



O Botafogo vai renovar com Rickson? A resposta para esta pergunta sofreu variações ao longo da temporada. Se há um mês o volante tinha poucas chances de selar a permanência, agora ganhou fôlego com a titularidade nas últimas partidas. O vínculo se encerra em 31 de maio, e não se sabe se o jogador fica para a Série B.


As conversas para definir o futuro do atleta ainda não tomaram um rumo mais decisivo. Enquanto isso, Rickson tenta aproveitar as chances com Marcelo Chamusca para se valorizar. O meio-campista de 23 anos tem oito jogos na temporada, seis como titular. Em dois deles, atuou os 90 minutos. Contra o Macaé, ele marcou um dos gols da goleada por 4 a 0.


O atleta aguarda a negociação com o Botafogo antes de buscar possíveis destinos. No clube, a expectativa é que a questão seja resolvida ainda nessa semana. Ao mesmo tempo, o Botafogo está em busca de um volante e trabalha com a possibilidade de contratar dois nomes. A permanência do cria da base também deve passar pelo sucesso das investidas no mercado.


+ Botafogo S/A: da salvação à desconfiança



Rickson aguarda definição sobre o futuro a um mês do fim do contrato com o Botafogo — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF



Para ter mais espaço no time, Rickson tenta se adaptar à função de primeiro volante, posição escassa no elenco atual. O técnico Marcelo Chamusca elogiou a dedicação do jogador, mas não garantiu a permanência para a disputa da Série B.


- Enquanto o atleta tiver contrato com o clube, estiver disponível, vamos utilizar. Se vai ficar, é questão de análise a cada jogo, a cada semana. Vamos tomar decisões e entender o que é melhor para o Botafogo - disse em sua última entrevista coletiva.


- Temos alguns lesionados, como o Kayque, o Ricardinho, que têm características muito diferentes do Rickson. Estamos com dificuldade na posição. Rickson conseguiu sustentar bem ali, fazer função que não é muito a dele, de primeiro volante. Ele sempre foi volante mais de saída - completou.


Rickson é cria do Botafogo, mas ainda não conseguiu se firmar no profissional. Depois de 10 jogos com a camisa alvinegra em 2019, passou por América-MG e Guarani na última temporada, quando fez 26 jogos e um gol.


Além dele, outro volante está perto de encerrar o vínculo com o clube. O contrato de Luiz Otávio também se encerra no fim deste mês, e a tendência é que não seja renovado. O jogador ficou fora da relação para os últimos jogos do Botafogo.



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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro