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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Brasileiro: Guilherme Santos deve ser titular do Botafogo contra o Grêmio


Com a ausência de Rafael Forster, suspenso, lateral-esquerdo será movido para compor o trio de meio-campo ao lado de Caio Alexandre e Keisuke Honda na Arena do Grêmio




Guilherme Santos será movido para o meio-campo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)


Bruno Lazaroni trabalha com um nome para substituir Rafael Forster contra o Grêmio. A tendência é que Guilherme Santos inicie a partida pelo Botafogo nesta quarta-feira, às 19h15, na Arena, válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.


O lateral-esquerdo de origem será movido para o meio-campo - função que já exerceu em outros duelos - e jogará ao lado de Caio Alexandre e Keisuke Honda. Rafael Forster, titular da posição, está suspenso por ter sido expulso contra o Sport, na última rodada.


O treinador do Botafogo tem uma dúvida no ataque: Matheus Babi ou Salomon Kalou. O primeiro vinha sendo titular desde a efetivação de Lazaroni no cargo, mas não atuou na Ilha do Retiro por estar suspenso, dando lugar ao marfinense. O comandante ainda vai decidir quem iniciará a partida.


A equipe também terá mudanças na defesa. Sem Marcelo Benevenuto, outro suspenso, a dupla de zagueiros será formada por Kanu e Sousa, formado nas categorias de base do clube. Wesley, capitão do time sub-20, foi relacionado para a partida e será o defensor no banco de reservas.



Fonte: LANCE! Sergio SantanaP/orto Alegre (RS)

A Baixada é fogo! Melhores amigos, Caio Alexandre e Kanu viram protagonistas do Botafogo


Importantes dentro de campo, dupla carrega forte relação longe das quatro linhas tendo a criação em Caxias, município do Rio de Janeiro, como ponto em comum




Caio Alexandre e Kanu comemoram gol (Foto: Vítor Silva/Botafogo)



"Kanu! Kanu! Eu te amo!", exclamou Caio Alexandre após marcar o segundo gol do Botafogo na vitória sobre o Sport, no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro. A dupla, diretamente envolvida no resultado na Ilha do Retiro - o meia marcou um gol e o zagueiro deu uma assistência -, se consolidou como protagonista do Alvinegro. Os dois, contudo, já são parceiros de longa data.


Dois dos atletas com mais jogos do Botafogo na temporada, Caio Alexandre e Kanu são melhores amigos. A amizade, que começou nas categorias de base, se fortaleceu ainda mais no profissional. O meio-campista, em entrevista exclusiva ao LANCE!, afirmou que os dois se uniram para superar momentos difíceis e chegarem ao time titular.

- Chegar no profissional e estar em um momento bom com o Kanu é sensacional. Assim que eu subi para o profissional eu ia de carona com ele ou ele comigo. No começo, ele também não era relacionado, assim como eu. Ele me dava conselhos. Chegou antes de mim, foi emprestado. Trabalhamos muito juntos, domingo que tinha jogo a gente ia para o Nilton Santos de manhã para treinar. Nós crescemos juntos. No começo do ano tivemos nossas primeiras oportunidades no Carioca e poder desfrutar de tudo isso hoje é sensacional. Tem muita coisa pela frente ainda, mas é um momento especial. Olhar para trás e ver tudo o que a gente passou é gratificante - comemorou Caio.

- Muito feliz com esse momento. É desfrutar, mas continuar com os pés no chão para levar o Botafogo ainda mais longe. Desde a base eu gritava no ouvido dele (Caio). Ele sempre atentou, escutou. Está colhendo o que plantou. Ele é merecedor. Fico feliz por ter dado a assistência, ainda mais para ele. Pareceu até que o gol foi meu - completou Kanu.



Caio Alexandre e Kanu indo ao treino (Foto: Arquivo Pessoal)


Além da superação, outro elemento une Caio Alexandre e Kanu: Duque de Caxias, um dos municípios mais famosos do Rio de Janeiro. Os dois são criados e moram no local - inclusive, com uma distância curta entre as casas. A relação entre o camisa 3 e o 19, portanto, vai muito além do dia a dia de jogos e treinamentos no Estádio Nilton Santos.

- A gente se conhecia desde a base, mas se aproximou mesmo no sub-20 e agora no profissional ficamos cada vez mais amigos. Nós dois moramos em Caxias, então estamos sempre juntos. Nossas famílias saem juntas, eu frequento a casa dele, ele frequenta a minha casa. É um cara que me ajuda muito. A gente se cobra bastante para fazer tudo certo, nos minutos finais do jogo o Kanu sempre me diz para lembrar de tudo que passamos para não parar de correr (risos). O mental é importante. Ele merece tudo isso que está vivendo. Sou um grande fã do zagueiro e da pessoa - afirmou o volante.



Kanu com a filha Sofia no aniversário de Caio (Foto: Arquivo Pessoal)

Caio e Kanu carregam Caxias no coração. A Baixada Fluminense se faz presente na amizade dos dois e também na forma como a dupla enxerga o próprio papel fora de campo. Além de o local ser visto como a hora de lazer para os dois, há também uma responsabilidade social.

- Sou nascido e criado em Caxias, até hoje moro lá. Fico feliz de dar orgulho para o meu lugar, para os meus pais e todos aqueles que torcem por mim. Chegar no profissional em um clube gigantesco é a realização de um sonho. Muitos torcem pela a gente, queremos (ele e Kanu) seguir desempenhando um grande papel para representar as pessoas. A gente faz projetos sociais e sempre pensamos em um lugar melhor. Creio que com essa ajuda muitos jovens podem realizar sonhos. Nossa vitória dentro do futebol é uma vitória de Caxias também - destacou o camisa 19.

- Só tenho a agradecer a Caxias. Vivi minha vida toda lá, minha infância, melhores amigos, família... É lá que vou passar minha folga. No meu tempo livre sempre estou lá. Coincidência o Caio também ser de lá. A gente se encontra para treinar, comer... Tem o nosso acaí, que agora ficou famoso, todo mundo conhece (risos). Vamos estreitando mais a nossa amizade. Isso vai para dentro de campo - lembrou o zagueiro.

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Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Botafogo libera Matheus para jogos na base, mas mantém joia em treinos no profissional


Com pouco espaço no elenco, atacante continua no dia a dia pela estrutura do Nilton Santos e para seguir com transição, mas disputará partidas no sub-17 e no sub-20 para não perder ritmo



O Botafogo não tem pressa para lançar Matheus Nascimento, considerado a maior joia da base alvinegra. Com concorrência forte na posição no time de cima, o atacante será incluído na rotina da base para jogar algumas partidas e não perder ritmo de jogo. Isso quando for liberado pelo profissional, que tem prioridade total.


Internamente, o clube trata o novo momento como apenas mais um passo no processo de transição do garoto, que fez 16 anos em 2020. Matheus continuará no dia a dia do elenco principal para aproveitar a estrutura do Nilton Santos. Quando a comissão técnica sinalizar que não conta com o atleta para a próxima partida, ele será liberado para entrar em campo pelo time sub-17 ou sub-20.


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O exemplo quase ideal da nova orientação aconteceu no último fim de semana. Matheus seria relacionado para a partida contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão Sub-17, mas Babi levou suspensão e, com isso, o garoto foi convocado para preencher a vaga no profissional. Ele chegou a viajar para Recife e estaria no banco de reservas contra o Sport, no último domingo, não fosse uma amigdalite.



Matheus Nascimento em treino do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Agora, o garoto será reavaliado e, estando 100%, deve ser incluído no grupo que enfrenta o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro Sub-20, na quarta-feira. Isso se nenhum desfalque de última hora pintar no elenco profissional.


O jovem atacante está no dia a dia do grupo principal desde junho, quando completou 16 anos e assinou o primeiro contrato profissional. Desde então, o garoto surpreendeu pela evolução física, mas ainda é muito jovem e não teve espaço diante da concorrência de Pedro Raul e Matheus Babi, que fazem boa temporada.


Matheus tem apenas uma partida no time principal, quando entrou no fim do segundo tempo contra o Corinthians.


Com multa de 50 milhões de euros (cerca de R$ 326 milhões na cotação atual), Matheus Nascimento assinou por três anos no Botafogo depois de fazer mais de 150 gols nas categorias de base. O garoto é destaque da geração não só em General Severiano, mas também na seleção brasileira, onde é camisa 9 e titular absoluto.



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro