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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Maicosuel, um ano após a volta da lesão no joelho


Sete de maio, dia importante para o meia do Botafogo, que sonha brilhar com a camisa alvinegra e chagar à Seleção Brasielira



Maicosuel - Fluminense x Botafogo (Foto: Alexandre Loureiro)
Maicosuel esperança de brilhar no Botafogo
mais uma vez (Foto: Alexandre Loureiro)
 
Há exatamente um ano, o meia Maicosuel voltava a dar alegrias a torcida do Botafogo. No dia 7 de maio de 2011, o camisa 7 retornava aos campos após uma grave lesão no joelho direito que o afastou da equipe por sete meses. Em partida amistosa contra o Friburguense em Nova Friburgo, o 'Mago' retornou em grande estilo, marcando o gol da vitória alvinegra por 1 a 0.

Um ano depois do retorno, Maicosuel teve bons momentos, assim como o time, e diz que se sente totalmente confiante para fazer suas jogadas, dar seus dribles e encantar cada vez mais a torcida alvinegra.
- Estou recuperado e acredito que estou mostrando isso nos jogos. O recomeço foi complicado. Ainda me sentia meio travado, sem contar a falta de ritmo de jogo, que me impedia de participar mais ativamente. Tive que ter calma e sei que o torcedor também - disse ao LANCENET.

Dos longos e intermináveis dias de tratamento da lesão, o atleta faz um agradecimento especial ao técnico Caio Júnior, que no dia de sua volta chegou a entrar em campo para comemorar o gol junto com os demais jogadores. Caio, aliás, não escondia o grande apreço pelo jogador, pois já haviam trabalhado jontos no Paraná Clube, quando classificaram o tricolor paranaense para a Libertadores de 2007.
- Agradeço ao Caio Júnior, que era meu treinador quando voltei, a todos os companheiros e a toda a comissão técnica por terem me ajudado naquele momento - disse o Mago.

No amistoso na Serra Fluminense, Maicosuel entrou em campo aos 15 minutos da segundo tempo substituindo Cidinho, e logo em seu primeiro lance, sua estrela voltou a brilhar: O camisa 7 recebeu passe de Alex na área, girou em cima do zagueiro, driblou o goleiro e marcou um belo gol.

Ex-colega de clube, o lateral-direito Alessandro é lembrado como sendo um dos amigos mais especiais nos momentos de dificuldade.
- O Alessandro era um grande amigo que eu tinha também e sempre estava próximo - afirmou Maicosuel, ressaltando que todos tinham uma palavra amiga para lhe passar - afirmou.

Na atual temporada, o meia alvinegro sofreu duas lesões musculares em sequência. Uma em fevereiro, durante a partida contra o Macaé, pelo Estadual, e outra contra o Treze, no dia 14 de março, em Campina Grande, pela Copa do Brasil, justamente quando voltava do primeiro problema.

Superadas as lesões, Maicosuel voltou bem ao time botafoguense no duelo contra o Boavista, pela última rodada da fase de grupos da Taça Rio. Na semifinal contra o Bangu, teve grande atuação. Marcou um gol e deu um belo passe para um dos três de Loco Abreu. Ao artilheiro, o camisa sete é só elogios.
- O Loco é um jogador extremamente inteligente, sabe se posicionar bem. Para nós que jogamos no meio é sempre bom contar com ele - exaltou.

Revelado no Atlético Sorocaba, no interior paulista, e com passagens por grandes clubes brasileiros, como Palmeiras e Cruzeiro, além do Hoffenheim, da Alemanha, o jogador está feliz com a fase que vive o Botafogo. Para ele, o elenco do Glorioso dispõe de várias boas opções para o setor de meio de campo.
- Não me lembro de ter estado num time com tantas boas opções. Temos ótimos volantes. A chegada do Fellype Gabriel e do Andrezinho acrescentou muito ao time. Além deles, temos o Cidinho e o Felipe Menezes que também têm totais condições de entrar e ajudar. Ter um elenco forte é fundamental - afirmou.
Nos últimos dias o técnico Oswaldo de Oliveira fez vários elogios ao meia. Segundo ele, é um jogador de grande potencial. O comandante chegou a afirmar que, se o camisa 7 estiver em forma, ele não sabe que vai deixar o time, mas Maicosuel será titular.

Com mais uma volta por cima, o meia vê neste momento renascer um antigo sonho de criança: o de vestir a camisa da Seleção Brasileira.
-Tenho que sonhar, que acreditar nisso. Vou tentar manter um bom nível de atuações, buscar ser decisivo, seja com passes e com gols, sempre que eu puder para chamar novamente a atenção do Mano. É um sonho de criança e um objetivo que vou perseguir até parar de jogar - afirmou. 

COM A PALAVRA:
Caio Júnior 
Técnico de Maicosuel no Paraná Clube em 2006 e no Botafogo em 2011 
Me sinto feliz por ter contribuido de alguma forma no início de sua carreira no Paraná e no momento crucial que foi quando de sua recuperação no Botafogo. Tenho um carinho especial por ele. Quem sabe teremos uma terceira oportunidade de trabalharmos juntos. Eu gostaria.

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Após goleada, Lennon faz seu primeiro treino no Bota com provocação de tricolores




Bota treinou nesta segunda sob a provocação de moradores com bandeiras do Flu
Bota treinou nesta segunda sob a provocação de moradores com bandeiras do Flu



Após a goleada de 4 a 1 para o Fluminense, o Botafogo se reapresentou nesta segunda-feira no Engenhão. A novidade ficou por conta da aparição de Lennon, lateral direito contratado junto ao Vila Nova-GO e que fez seu primeiro treinamento pelo Alvinegro. Os jogadores que não começaram o clássico realizaram musculação na academia do clube.  Já os demais atletas subiram ao campo anexo e foram obrigados a treinar sob a provocação de moradores vizinhos, que ostentavam com orgulho três bandeiras do Tricolor.

O Botafogo estava 23 jogos sem perder, mas a invencibilidade caiu em péssima hora. Na primeira partida da decisão do Campeonato Carioca, o Fluminense venceu por 4 a 1 e abriu larga vantagem para faturar o título. E apesar do elenco alvinegro não se dar por vencido, a batalha será dura: terá que triunfar por, pelo menos, três gols de diferença. Em 2012, o Glorioso só conseguiu a façanha em três ocasiões.

Lucas, que foi expulso contra o Tricolor, no último domingo, poderá jogar normalmente contra o Vitória, nesta quarta-feira, às 19h30, no Engenhão, pela Copa do Brasilo. Entretanto, estará suspenso para o confronto decisivo com o Tricolor no dia 13. Lucas Zen, que se recupera de lesão, e Gabriel são duas opções para ocupar a posição, assim como Fellype Gabriel, que deverá atuar como meia.

Jobson continua em tratamento de dores musculares. O atacante ainda não estará à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira para a partida de volta contra rubro-negro baiano nesta quarta. O jogador não está em alta com a diretoria do clube e comissão técnica, que pedem mais empenho para melhorar sua lesão.

No jogo de quarta, o Botafogo tem a vantagem do empate sem gols ou qualquer vitória simples para avançar às quaras de final da Copa do Brasil e enfrentar o Coritiba. Em caso de 1 a 1, a classificação será definida nas cobranças de pênaltis. Já pelo Campeonato Carioca, o Alvinegro terá uma missão ingrata para ser campeão. O time terá que vencer por três gols de diferença para levar a disputa para as penalidades, já que foi derrotado por 4 a 1 no primeiro confronto.
Bernardo Gentile Do Uol, no Rio de Janeiro


Em dia de ressaca, Botafogo apresenta Lennon e Vítor Júnior


Lateral-direito e meia vestem a camisa do clube um dia depois da derrota por 4 a 1 para o Fluminense, no primeiro jogo da final do Carioca



Na ressaca da derrota para o Fluminense por 4 a 1 no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, o Botafogo apresentou oficialmente dois reforços para a sequência da temporada. o lateral-direito Lennon, de 20 anos, ex-Vila Nova-GO, que assinou contrato de quatro anos, e o meia Vítor Júnior, de 25, emprestado pelo Corinthians até o fim do ano.
Os dois jogadores já estarão regularizados para a disputa da Copa do Brasil. Lennon, no entanto, ainda se recupera de uma lesão no tornozelo direito. Já Vítor Júnior vem treinando com o grupo há uma semana e poderá até ficar no banco de reservas, quarta-feira, contra o Vitória, no Engenhão.

Lennon e Vitor Junior, Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Lennon e Vitor Júnior são apresentados oficialmente pelo Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

Batizado como John Lennon em homenagem ao líder dos Beatles a pedido do tio José, o novo lateral-direito do Botafogo atuou no Campeonato Goiano pelo lado esquerdo. Confiante num bom desempenho com a camisa do clube, não assusta com o impacto da queda diante do Fluminense.
- São coisas que acontecem. Temos um grupo forte e precisamos pensar no Vitória - disse Lennon, na expectativa pela disputa de posição com Lucas, expulso no clássico com o Fluminense, comparando sua chegada ao clube com a de Cortez, que hoje defende o São Paulo. - Ninguém vem de cima, todo mundo começa de baixo.

O professor (Oswaldo de Oliveira) sempre dizia que um dia me contrataria para jogar com ele. A oportunidade apareceu e espero corresponder a essa confiança"Vitor Júnior, meia do Botafogo

Mais experiente e rodado do que Lennon, Vítor Júnior busca espaço para brilhar no Botafogo. Sem chances no Corinthians, foi contratado por empréstimo pelo clube a pedido do técnico Oswaldo de Oliveira, de quem foi adversário em várias oportunidades no Japão.
- Era um clássico e o professor sempre dizia que um dia me contrataria para jogar com ele. A oportunidade apareceu e espero corresponder a essa confiança com muita vontade para dar alegrias aos torcedores do Botafogo - comentou Vítor Júnior.
No treinamento desta segunda-feira, Lennon apenas correu em volta do campo, enquanto Vítor Júnior participou da atividade com bola. Os titulares sequer foram para o campo, com exceção do goleiro Jefferson. Apenas o meia Andrezinho, com um estiramento na coxa esquerda, segue vetado pelo departamento médico.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

Uma tragédia anunciada



OPINIÃO DO TORCEDOR



A tragédia de ontem se configurou pro Botafogo já no primeiro tempo quando o time achou um gol, logo no início, e pensou que se repetiria o mesmo que ocorreu contra o Vasco, em números, gênero e grau, ou seja, a partida seria decidida a seu favor com facilidade, nos contra-ataques e após uma vantagem inicial. Mas o que se viu após o gol foi um time pouco inspirado, sem vontade e abdicando do ataque. Preferiu recuar e ceder espaços ao adversário e isso, lhe foi fatal.  Tal situação já havia ocorrido algumas vezes ao longo dessa trajetória invicta de 23 jogos, mas dessa vez não deu certo e, definitivamente, não precisava ser tão traumático.
Alguém esqueceu que do outro lado estava o Abelão, que de bobo não tem nada. Parece que o técnico tricolor estudou bem o adversário ao escalar seu time com um “quarteto mágico” do meio pra frente, baseando sua força no desempenho de Deco, Thiago Neves, Sóbis e Fred e, no apoio eficiente de seus laterais. Ai morava o perigo para o Botafogo que com, péssimas atuações de Maicossuel, pela esquerda e de Elkeson, pela direita, não consegui anular as jogadas pelos flancos e nem demonstrou ter estratégia para atacar.
A derrocada se deveu ainda à fraca atuação de Lucas desde o início da partida quando, mostrando nervosismo e falta de ritmo, cometeu faltas seguidas que prenunciavam o desfecho trágico de sua atuação. O primeiro cartão que levou foi contestado por Oswaldo de Oliveira no pós-jogo, mas cinco minutos a mais ou a menos não iriam mudar seu destino, tantos foram os momentos para que isso acontecesse. Invariavelmente, o lateral botafoguense segurava os adversários e quando esses conseguiam escapar, o rapa por baixo era a opção. Só podia dar no que deu. 
O episódio contou ainda com a negligência do "indefectível" Oswaldo que a tudo assistia e nada fez. Quando tentou mexer com mudanças inócuas, tipo Herrera no lugar de Abreu e Caio no de Elkeson, a vaca já tinha ido pro brejo, com chocalho e tudo.
O Fluminense, após a parada dos 20 minutos, acordou em campo, ajustou suas fileiras e partiu com determinação para o ataque. O que se viu foi uma quantidade enorme de bolas alçadas na área que, ao final, uma delas teria que dar em gol. Os defensores do Botafogo, invariavelmente, iam pro desarme cometendo faltas próximo à grande área, muitas delas desnecessárias. Não conseguimos segurar o resultado favorável, sequer no primeiro tempo. 
O Flu empatou após um contra-ataque rápido que originou um cruzamento para o miolo de área alvinegra. Fred marcou de bicicleta, com estilo, e saiu tirando onda com razão. Revendo a jogada, percebe-se que se originou numa das muitas jogadas perdidas por Elkeson no ataque, por sua insistência em conduzir a bola nas horas e lugares errados. Sem dúvida, essa foi uma das suas piores partidas desde que chegou ao Botafogo. Seu rendimento tem sido baixo desde que foi passear numa dessas excursões da seleção de Mano. A partir de então, foram raros os bons momentos e por incrível que pareça, não abalou seu posto de titular no time.
O Botafogo, definitivamente, não se encontrou em campo. Talvez no início, nos dez minutos iniciais de cada tempo. Com a ausência de Andrezinho, o suposto quadrado botafoguense formado por ele, Elkeson, Fellype Gabriel e Loco, não funcionou. Parte, pela astúcia de Abel e a maior categoria do quarteto do Flu nesse jogo, e parte pelo postura equivocada do time alvinegro após fazer os eu gol.
Com a volta de Renato à sua posição original, o que se viu foi F. Gabriel ocupando a posição de meia-armador, diferentemente dos últimos jogos quando, deslocado pela esquerda, era imbatível taticamente na retenção dos laterais adversários - vide os jogos contra o Vasco. Destacou-se tanto nesses últimos jogos que Oswaldo chegou a considerá-lo o “Melhor” jogador do Campeonato. Contra o Flu, Maicosuel assumiu aquela posição e se mostrou ineficiente na função, tanto no bloqueio do lateral tricolor como na puxada dos contra-ataques. Alienado no jogo, o Mago ficou devendo de novo.
Com esse posicionamento, perdemos a eficiência de Fellype pela esquerda e criatividade no meio de campo.  
Quanto a Elkeson, pela direita, errou tudo que tentou. Loco Abreu, muito marcado, nada produziu e também não procurou jogo. Foi substituído melancolicamente por Herrera. Perdemos o jogo na disputa no meio onde, livres de marcação, imperaram Deco e Thiago Neves. Deles nasceram as jogadas dos gols do Fluminense.
Com esse desempenho pífio na primeira etapa era de se esperar providências pontuais por parte do treinador botafoguense para o segundo tempo: tipo a substituição de Lucas no intervalo, mesmo que não tivéssemos um especialista no banco, por toda a circunstância que envolvia sua presença em campo e de Elkeson, que errou tudo que tentou enquanto esteve por lá. Acabou vaiado pela torcida, com razão. 


Oswaldo Oliveira (Foto: Livia Villas Boas/ Agência AE)
Se Oswaldo de Oliveira não é chegado às mudanças daquelas de “Professor Pardal” poderia ao menos, com o tempo de intervalo, armar uma estratégia pra proteger seu lateral, impedindo que esse tivesse que sair para o combate direto ou correr feito um desesperado atrás dos meias tricolores, nos contra ataques que se sucederam no reinício do jogo.
Com deficiências claras na armação, o treinador poderia ter optado pela entrada de Jadson na posição do Renato, liberando-o pra agir mais a frente. Fellype Gabriel voltaria pra a esquerda e Maicosuel cairia pela direita, saindo Elkeson. Nada foi feito nesse sentido e deu no que deu. Lucas expulso merecidamente, gol da virada de Sóbis, gol de confirmação de Sóbis, novamente, e gol pra fechar o caixão, como tive que ouvir de um tricolor eufórico.
As chances de reverter essa situação são mínimas, mas elas existem. Tudo depende dos confrontos que os dois clubes terão no meio de semana e como vão se comportar nesses jogos. O Botafogo recebe o Vitória, na quarta-feira, no jogo de volta pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil e o Fluminense, ao Internacional, na quinta, pela Libertadores, ambos no Engenhão. 
O Botafogo precisa fazer uma partida heróica no próximo domingo pra tentar reverter a vantagem do Flu. Uma partida daquelas que só acontecem de 37 em 37 anos. Pelo lado dos tricolores, basta administrar o placar que lhe é amplamente favorável e confirmar o título.
Ah, ia esquecendo, o Botafogo não se concentrou como devia - nem antes, nem durante a partida. Pagou caro por isso!
A semana de ambos os times promete, com muitas emoções, no nível das produzidas nesse domingo, no Engenhão.


Por: Felip@odf /BotafogoDePrimeira